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História O meu talvez "felizes" para sempre - Capítulo 7


Escrita por: CaLuiz

Capítulo 8 - Capítulo 7


Flávia narrando...

Mandei mensagem para o Igor, mas ele está estranho, vago, e me deixa sempre no vácuo.

Isso me irrita profundamente, e por esse motivo, chamei minha querida amiga para comer brigadeiro em casa.

Quando meu expediente acabou, eu e ela nos encontramos em frente a minha casa.

Abri a porta e já fomos direto para a cozinha preparar algo.

Temos que comer comida de sal para nos sustentar e depois morrer com doce.

Que bad.

Sou mais eu, socorro, não posso ficar assim por causa de macho que tranza comigo não.

- Tudo bem aí Fla? - perguntou a So.

- Uhum, e com você?

- Tô legal. - ela deu de ombros.

Pelo visto nós duas não estamos muito bem hoje.

- O Igor foi trabalhar hoje? - perguntei visivelmente curiosa.

- Sim, ele foi.

- Ah. - murmurei.

- Mas ele estava estranho, definitivamente algo está errado com ele amiga. - ela me abraçou.

- Também acho, mas ele não conversa comigo. - foi minha vez de dar de ombros.

Não posso fazer nada, eu tentei conversar, ele não quis, então ele que vá tomar onde ele quiser.

Que inferno.

Fizemos batata frita e arroz, fomos para a sala e colocamos o filme Se Eu Ficar.

Esse é para chorar muito.

O filme começou e eu logo deixei as lágrimas caírem sem impedimento.

Apesar de a minha família ser chata comigo e não aceitar meu jeito de ser muito bem, sinto falta deles.

Meus pais, meus queridos e chatos pais, que falta fazem em minha vida.

- Flávia, você realmente está bem? - Sofia ficou preocupada.

- Estou sim, é só a saudade mesmo. - dei um sorriso fraco.

Terminamos de comer e pausamos o DvD.

Voltamos para a cozinha e lavamos toda a louça suja que estava na pia.

Depois secamos elas e guardamos no armário.

- Não tô afim de fazer brigadeiro agora, vai demorar muito para esfriar. - resmunguei.

- Vai mesmo. - ela gargalhou.

- Tenho brigadeiro comprado só para enrolar, pode ser? - perguntei.

- Pode. - ela respondeu já indo até a direção da geladeira.

Ela pegou o pote e colocou em cima da mesa, já aproveitei e peguei uma colher e enfiei na boca.

- Eiiiii, assim não dá. - ela fez cara de brava.

- Nem quero mais enrolar, vamos comer assim mesmo. Tem sorvete também. - nossos olhinhos brilharam de felicidade.

Pegamos todos os doces e voltamos para o filme.

A Mia no hospital, o Adam doido, isso sim é uma relação bonita de se ver.

Queria um amor assim, só queria mesmo.

Duvido que exista.

A primeira vez deles, ah que fofo, eles falam sobre música e acabam na cama, eu na minha primeira vez só senti dor.

Para começar o cara foi um filho da puta e nem sabia em qual buraco meter, e quando acertou, só me machucou mesmo.

Até sangrei.

E não senti nada desse prazer indescritível e blábláblá.

Fiquei morrendo de medo de tranzar novamente, mas quando fiz foi com uma pessoa experiente, e dessa fez eu pude aproveitar.

Ficamos devorando os doces enquanto o filme passava, e a cada cena triste, eu e ela chorava juntas igual criança quando perde a chupeta.

- Migaaa, ela vai morrer agora que o irmão não a prende mais, e o gostoso do Adam vai ficar sozinhoooo. - a Sofia soluçou alto.

- Alguém traz ele para minha casa, ele não pode ficar sem babá. - chorei e ri junto.

Nada como duas trouxas em um mesmo lugar para melhorar tudo.

Subitamente tudo desligou.

- Socorrroooooo. - eu e ela gritamos juntas.

Peguei meu celular que estava ao meu lado e acendi a lanterna.

Nesse momento, alguém _ou alguma coisa_ bateu na porta.

Isso está parecendo filme de terror.

Nossa Senhora das Putas Virgens, cuida de mim e da minha amiga, amém.

Fui de ponta de pé até lá e abri.

Dei de cara com meu vizinho bonito, e ele estava brincando com uma mecha do seu cabelo e sorrindo.

- Tudo bem meninas? Estava no meu quarto e ouvi um pedido de socorro, precisam de ajuda? - ele perguntou preocupado.

- Não, só... nos... assustamos quando a energia acabou. - fiquei envergonhada.

O som doce da sua risada preencheu o ar, e logo o furacão de cabelos castanhos se jogou nos braços dele.

- Eu tenho medo de escuro. - ela apertou ainda mais ele.

Sorri internamente, até algum tempo atrás ela estava chorando, e agora já está se preparando para pegar um boy.

- Posso dormir aqui com vocês hoje? - ele pediu descaradamente.

- Claro, temos medo de ficar sozinha quando tudo está negro. O quarto de hóspedes está vazio, pode ficar lá se quiser. - ajudei a So.

Ele a pegou no colo e os dois subiram, me deixando sozinha para arrumar toda a bagunça.

Desgraçados do tártaro. 



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