História O meu trágico começo - A Saga de uma Deusa. - A Tortura

P.o.V Irunihh ON

Estou com medo. Não devia ter empurrado a Eru, e agora eu vou ter que treinar machucada, depois da "lição de moral" da mamãe.  

Cheguei em casa calmamente. Fui ao meu quarto, colocar um conjunto de roupas velhas e fui a garagem, descendo a escada que lá tem. Já embaixo, peguei duas correntes velhas e as coloquei em mim, amarrando-as no teto e esperei.  

Em três minutos escuto a voz da minha mãe, trazendo uma faca e um chicote de espinhos, sorridente como quando chega de uma missão. 

Então você empurrou a Eru-chan né, seu lixo? - Ela puxou o chicote – Conte até cem, sem parar ou gemer, ouviu? 

Então eu comecei a contar, e a cada número ela dava uma chicotada, alternando entre as pernas, a barriga e os braços. Depois, de terminar de me chicotear, ela pegou a faca, passando por cima dos cortes feitos pelos espinhos, aumentando a gravidade de cada um dos machucados, fazendo eu gritar de dor sobre isso. 

Quando se cansou, ela saiu e deixou a faca, a minha faca. Com um puxão, eu arranquei as correntes de ferro maciço e peguei a faca, saindo disparada para o meu quarto. 

Guardei a faca, já limpa e esterelizada no criado-mudo, tomando um banho e vestindo um pequeno conjunto de roupa preta que uso para treinos. 

Olhei para a a faca no meu criado-mudo. Está na hora de mudar. Peguei a minha franja e algumas mechas, as jogando para a frente, e comecei a cortar o que eu não tinha separado, deixando-os rente a raiz. 

Limpei tudo e desci até o quintal. Quando cheguei já vi tudo pronto, as pedras eram enormes, mas para mim um soco já bastava. Começei a socar as pedras uma por uma, vendo-as se tornar poeira a cada toque cheio de fúria que emanava de mim. 

Feito meu teste diário, peguei uma pequena toalha e sequei o meu suor, esperando minha mãe chegar e ver o meu trabalho. Dito e feito. Ela desceu a montanha que tinha atrás de casa, vendo o meu novo corte de cabelo. 

O que você fez com o seu cabelo? - Perguntou séria e imparcial, como sempre. 

Cortei – Respondi curta e grossa, atiçando a paciência do ser abominável a minha frente – Fica melhor para treinar e não tem risco de alguém puxa-lo para me atingir, como pode acontecer com essa diaba que você chama de anjo. - Pronto. Agora que eu apanho mesmo.  

Eu só vi ela levantar a mão para me acertar, antes de ouvir a porta abrir e o meu pai entrar e ver aquela situação. Ele odeia me ver brigando com a minha mãe, tanto que ela evita me torturar quando ele está em casa. Mas hoje eu me ferro bonito com ele. 

Nós nos sentamos na mesa da cozinha, esperando o meu pai descer e vir conversar com a gente. E foi como eu imaginava: Minha mãe jogou ele contra mim, dizendo que eu estava mal-educada demais e ela não aguentava mais isso.  

Só que diferente de outras vezes, ele acreditou. Dessa vez ele me deu um tapa, bem forte e sem motivação, afinal ele não gosta de machucar ninguém. Eu fiquei tão chocada e triste que eu me isolei no canto do quarto, chorando e chorando muito. 

Mas uma vez eu olhei para a minha faca. Ele me chamava, queria o meu sangue como nunca, e mais uma vez eu cedi. Começei a cortar meus pulsos, cada vez mas forte e profundo, mas eu me curo muito rápido, mal sangrava e o corte fechava novamente. 

E depois de todas essas tentativas falhas eu dormi, com somente uma coisa na cabeça: 

"Como eu sou inútil"