História O Mistério de Angel - Capítulo 25

Haviam se passado quatro dias desde que Stiles havia levado dois tiros, um na perna, o que o impossibilitava de andar sem apoio e um na barriga, que segundo os médicos atingiu o intestino, e lhe causou uma grave hemorragia a qual, depois de contida, não causou maiores problemas, porém, para Stiles, tirando esses pequenos transtornos, o detetive se via mais feliz que antes, afinal, estava com a garota que gostava e para ele isso já era um grande avanço.

-Então doutor, posso ir pra casa? – Perguntou ansioso.

-Garoto, você tem muita sorte hein. – Respondeu Deaton sorrindo. – Se livrou da morte e em poucos dias esta bem recuperado, meus parabéns!

-Só consegui isso por causa da minha ruivinha. – Falou ele sorrindo.

-Eu sei, estar apaixonado é uma das melhores coisas do mundo meu jovem. – Disse o médico enquanto pegava uma muleta e entregava a Stiles. – Mas devemos ter cuidado para não magoar ninguém.

-Eu sei. – Respondeu ele sorrindo.

-Então, quanto à sua alta. – Começou o médico o olhando de maneira preocupada. – Está dada, mas quero te ver semana que vem aqui para podermos tirar esses pontos.

-Pode deixar doutor que eu volto.

-Bom mesmo. – Respondeu ele. – E espero que até lá consiga estar caminhando sem muleta.

-Também espero, afinal, quem vai caçar os bandidos? – Pediu ele sorrindo.

-Só peço que não se esforce muito por enquanto, pois os pontos ainda estão frágeis e podem arrebentar. – Falou o homem o olhando de maneira preocupada.

-Vou me cuidar. – Disse ele sorrindo.

-Duvido muito detetive, conheço seu tipo. – Disse Deaton sorrindo em resposta.

-E faz bem em duvidar doutor. – Disse o jovem sorrindo em resposta, em seguida dando um leve aceno para o médico e saindo do lugar.

Stiles foi em direção ao elevador, afinal, não conseguia caminhar muito bem devido ao tiro, e se sentia angustiado com a muleta, achava que a mesma, mais atrapalhava que o ajudava, porém, como não havia o que fazer quanto a isso, o garoto desceu até o primeiro andar, onde encontrou seu pai o esperando com um Mercedes conversível.

-Carrão hein pai! – Comentou Stiles ao entrar no banco do passageiro.

-Eu sei, troquei o meu antigo por esse, acho que vou segurar por um bom tempo.

-Se o senhor trocar, prometo que não falo mais com você! – Brincou Stiles, afinal, podia ter perdoado o pai, mas não aceitava o fato dele gastar demais.

-Então vou segurar esse pelo resto da minha vida. – Dizendo isso o homem ligou seu carro e começou a seguir em direção ao escritório de seu filho. – Stiles você tem certeza do que está prestes a fazer?

-Tenho sim pai. – Disse ele nervoso. – Inclusive a Lydia está lá com todo mundo, então se eu não for, vão me chamar de covarde.

-Duvido que diriam isso de ti Stiles. – Disse o homem com um olhar extremamente orgulhoso. – Ainda mais depois do que fez para resolver esse caso que nós mesmos tínhamos dado como encerrado

-Pois é pai, se não tivessem encerrado, nada disso teria acontecido comigo. – Rebateu Stiles.

O clima ficou tenso devido a resposta inoportuna do garoto, e da saída do hospital até o velho prédio onde encontrava-se o escritório de Stiles, nenhuma palavra foi trocada. No momento em que Noah parou o carro, não aguentou o silêncio e falou com o filho.

- Filho eu confio muito em você e no seu trabalho, mas sabe que qualquer coisa que precisar eu estarei aqui embaixo junto com as viaturas, quando estiver tudo pronto, nós subiremos. – Disse o homem sério, porém com a expressão extremamente preocupada.

-A Lydia avisa vocês. – Disse ele descendo do carro. – Façam pouco barulho.

-Pode deixar e boa sorte filho. – Falou Noah.

-Pra vocês também pai. – Ao dizer isso, o garoto começou a ir em direção à seu escritório, onde toda a verdade sobre o assassinato de Allison seria revelada em poucos minutos.

Lydia estava sentada em sua mesa, esperando que Stiles chegasse, pois segundo ele, hoje conseguiria sair do hospital, então tudo havia sido marcado para essa tarde, quando Kira, Liam, Scott, Isaac, Malia, Petter e Théo estariam presentes, porém todos já estavam perdendo a paciência.

-Cadê ele? – Perguntou Peter impaciente.

-Já esta vindo, do hospital passaria direto aqui. – Disse ela nervosa.

-Mas porque ele quer a presença de todos? – Pediu Scott.

-Ele tem algumas coisas pra dizer. – Respondeu Lydia indo em direção à janela.

-Entendemos que ele quer falar algo importante. – Disse Malia impaciente. – Mas o que EU tenho haver com isso?

-Nem me pergunte. – Disse a ruiva, vendo que um Mercedes conversível se aproximava. – Só fiz o que o Stiles me pediu, que no caso era chamar vocês sete.

-Tudo bem, mas que ele chegue logo, tenho uma modelo pra daqui meia hora. – Falou Théo, prestes a se levantar.

-Não precisa sair Théo. – Falou Stiles enquanto entrava no local apoiado em sua muleta e recebendo olhares de todos os presentes. – Sei que quando me viram pela última vez eu não estava assim, mas devido à alguns incidentes, isso acabou acontecendo. – Falou sorrindo.

-Então, você poderia começar de uma vez? – Perguntou Isaac impaciente.

-Claro, e peço que todos vocês permaneçam sentados. – Disse olhando de um a um. – Lyds, fique ao meu lado, por favor. – E assim ela o fez, recebendo olhares estranhos vindos de Malia, os quais preferiu ignorar.

Então, após alguns minutos de silêncio, Stiles trocou um olhar com a namorada, tomou fôlego e começou a revelar os fatos:

-Tudo ocorreu na noite do dia 20, quando alguma pessoa, com a mente doentia resolveu dar um fim à vida da mais nova modelo da Victoria Secret’s, Allison Argent. Essa pessoa, tinha certeza que o crime seria perfeito, pois como já havia boatos de que ela estava louca, o mais fácil seria matá-la e coloca-la como próprio algoz de sua morte, porém, não contava que os amigos fossem atrás de um detetive, pois estavam insatisfeitos com o laudo da perícia, ou melhor, com a perícia que nem existiu, pois, os policiais aceitaram propina para não fazê-la e simplesmente alegaram aquilo que todo mundo dizia. – Mesmo com os olhares de dúvida, ele continuou. – Então, essa pessoa como eu disse anteriormente já havia tudo programado, provavelmente, sabendo da saída de Allison com os amigos, resolveu pegar emprestada da casa do Senhor Dunbar a caminhonete dele, que é um tanto comum pelas ruas de Nova York ultimamente, dessa forma, ninguém saberia de quem era o carro, porém, cometeu um grande erro, entrou em um condomínio cheio de câmeras, onde uma fica especificamente virada para as placas dos carros, fazendo com que soubéssemos a quem pertencia o automóvel, dessa forma, começamos a unir uma pecinha aqui, outra ali, até descobrirmos o assassino, e o mesmo, na noite de sexta – feira cometeu um grave equívoco, quando por acaso, o mesmo estava me perseguindo e acabou por me atingir na perna e no intestino. –Deu uma pausa para tomar ar, olhou para todos ali presentes, com expressões assustadas e nervosas, então prosseguiu com a história. – Era noite e voltávamos do condomínio de Allison, onde, pela segunda vez falamos com a pessoa que abriu o portão para que ele entrasse, alegando que iria visitar a Senhorita Hale, porém não foi o que ele o fez. – Disse ele enquanto pegava o controle do retroprojetor e colocava rodar as imagens das câmeras de segurança. – Porém esse nosso assassino esqueceu de tirar um artefato importante da própria pele no dia em que foi praticar o ato, um anel meus caros! Pois é! Ele não estava de luvas na hora que entregou o dinheiro para o nosso vigia, esse foi um dos equívocos do assassino.

Os presentes começaram a olhar de um para outro, com suas expressões repletas de confusão e apreensão, pois, não sabiam o que viria a seguir. Porém, ninguém interrompeu o detetive, o qual prosseguiu com sua análise dos fatos.

- Eu estava olhando as mãos de todos, como vocês mesmos fizeram, e vejo que todos aqui tem um ou outro anel, mas aquele era especial. – Falou ele olhando para uma pessoa em particular. – E esse anel, pode ter escapado das câmeras, mas não de nosso amigo porteiro, não é mesmo Peter? –Perguntou ele fazendo todos que estavam perto dele se afastarem. – Quis matar a Allison só porque ela não aceitou posar para o seu álbum repugnante? Ou porque na noite do dia 19 ela discutiu com você e te demitiu? Hein! Explique-se garoto!

Peter estava sem reação, não sabia o que fazer, já que o plano que considerava perfeito havia falhado.

-E o seu pior erro não foi mata-la e sim fingir que não se importava com o caso, quando na realidade, colocou seu cúmplice atrás de mim na sexta-feira!

Nesse momento, Lydia pegou o celular sem que ninguém percebesse e ligou para Noah que estava junto com os outros policiais em frente ao local. Com esse sinal, começaram a marchar em direção ao escritório.

-Como você descobriu seu detetive nojento?! – Gritou Peter com raiva.

-Foi simples, sempre desconfiei de vocês, e quando o nosso amigo Dunbar disse que havia brigado com você e depois não encontrou mais a chave do carro, ligamos os pontos. – Disse ele sorrindo quando viu a porta abrir. – E quanto a tentativa de me matar, nunca usem o mesmo perfume no dia a da e para assassinar um detetive que se passou por modelo porque quem acaba se ferrando são vocês.

Nesse momento a policia invadiu o local algemando os dois, que juravam vingança a Stiles, porém, pra ele nada mais importava, pois havia conseguido concluir o caso mais importante de sua vida.