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História O Monótono Diário de Isaac - 22 de Outubro, 2018 - Segunda (10h57)


Escrita por: lyanklevian

Notas do Autor


Este livro, O MONÓTONO DIÁRIO DE ISAAC, está em fase BETA. Isso significa que essa ainda não é a versão final (passará por revisão, correção essas coisas).

Caso você encontre frases mal escritas, erros ou qualquer coisa estranha no texto, me avise. Dessa forma, você estará ajudando uma aprendiz de escritora (eu) a melhorar o trabalho. 😊

Conto com a ajuda de vocês sempre que notarem algo a ser melhorado 💙

Um suuuper abraço da autora de Boys Love...

Lyan K. Levian 🐌


...

É sério... Preciso de sua ajuda.



Se você ver algo ruim, ou se não estiver com descrições tão boas, manda mensagem para mim.



Quero sempre melhorar meu trabalho, e no momento meu Beta-reader não está podendo betar... ó_ò


🍓

Capítulo 119 - 22 de Outubro, 2018 - Segunda (10h57)


Fanfic / Fanfiction O Monótono Diário de Isaac - 22 de Outubro, 2018 - Segunda (10h57)

22 de Outubro, 2018 – Segunda (10h57)


De: [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Quero tomar as rédeas de minha vida!

 

Bom dia, amiga! Então, hãã… Eu queria ter escrito para você ontem à noite, mas acabou não dando tempo.

Aconteceram poucas coisas, mas… Foram o suficiente para ocupar todo o meu domingo. Você nem vai acreditar… Aliás, não teria motivos para não acreditar, não é? Mas… Nossa!

Para começar, tem aquele sábado à noite em que te contei que faria a brincadeirinha com o Nicolas, lembra? Bom, eu desci as escadas, deitei a cabeça no colo dele e pedi para que continuasse estudando. Ele fez aquela cara linda de incógnita, e foi quando comecei a provocá-lo com a boca, mordendo o volume por baixo da bermuda. Ele ficou duro bem rápido, e coloquei-o para fora. “Volte a estudar, Nick… Finge que nosso professor não pode ver. Vai, continue lendo!”, e comecei a chupá-lo bem devagar, sem pressa e apenas na pontinha, apenas sentindo cada curva da glande em minha boca.

No fim, ele não conseguiu ler nada, e apenas deixou o livro de lado enquanto metia em minha boca, ajoelhado no sofá. Enquanto isso, abaixei a bermuda do Nicolas e comecei a brincar mais uma vez com aquela entrada virgem quentinha e apertada. Os movimentos de meu namorado pararam, e senti meu dedo ser apertado pelo ânus dele.

Pedi: “Deixa? Por favor

Então, sem dizer mais nada, ele voltou a movimentar os quadris para meter em minha boca, só que num ritmo mais lento. Sei que isso era por causa do incômodo de minha invasão, mas… Eu realmente queria senti-lo por dentro, nem que fosse apenas com meus dedos.

Zak, é melhor parar… Tenho medo de você encontrar algo estranho aí”. Eu achei aquilo engraçado e fofo ao mesmo tempo. Dei uma risada com as narinas, porque minha boca estava ocupada (deliciosamente ocupada), e ele insistiu: “Zak, tô falando sério. Eu não suportaria a vergonha se…

Soltei o pênis dele, que ficou todo babado apontando para meu rosto, e o encarei de baixo: “Eu não tenho um pingo de nojo de você, Nick. Quando é comigo, você não se importa… Por que com você eu seria diferente? Deixa eu brincar um pouco, vai…

Ele não disse mais nada, e fechou os olhos enquanto eu o chupava, girando dois de meus dedos em seu ânus. Agora, você quer saber se eu encontrei “alguma coisa”? Bom, digamos que… Quando não se faz uma limpeza lá dentro, existe o risco, não é? Eu sabia disso. A sensação de encontrar “algo” é mais ou menos a seguinte: coloque seu dedo na boca. Chupe-o… Sinta a maciez da língua e das partes internas da bochecha… Agora imagine que no fundo da garganta você sente o toque de um drops de morango. Deu para entender?

Ok, eu fui sutil… Mas é semelhante a isso. E como eu estava completamente inebriado pelo fato de ter meus dedos engolidos pela bunda do Nicolas, aquilo não me incomodou nem um pouco. Principalmente quando encontrei a região que o fez gemer mais… Ah, como eu amo ouvi-lo gemendo de tesão! Tudo o que eu queria era fazer meu namorado entender que aquilo não era ruim como ele pensava (se fosse, eu não daria para ele com tanta empolgação, né).

Enfim. Movi os dedos dentro dele e continuei com a boquete até sentir o gozo em minha língua (eu gosto disso… Gosto demais! É como se ele demarcasse que sou dele… Por isso ninguém mais além de Nicolas Rafael Belson pode fazer aquilo comigo).

Ele ficou ofegante por um tempo, e pediu (um pouco envergonhado) para que eu fosse lavar os dedos. Quando voltei, encontrei-o pensativo no sofá.

Foi tão ruim assim?”, perguntei, enfiando minha cabeça no pescoço dele, para sentir o cheiro de suor que havia ficado.

Não exatamente ruim, mas foi estranho… E constrangedor”.

Não precisa ficar assim. Não encontrei nada que você já não não tenha visto em mim… Não é?”.

Ele deu um meio sorriso, mas percebi que ainda estava muito sem graça. Por isso acabei mudando de assunto e, naquela noite, não fizemos mais nada além de conversar um pouco até cairmos no sono.

No dia seguinte (que foi ontem) fui com o Nick, Jack e Jonas visitar o Lucas na Dona Rosa. Bem cedo. Soubemos que ele tem ido muito melhor na escola, o que só prova que o problema era mesmo a convivência com a Sônia naquela situação tóxica. De acordo com a avó do Pinguinho, ele sempre pergunta quando vai voltar a morar com o pai, e quando a mãe vai “sarar do dodói”. Fico com pena de ver ele falando essas coisas… Nossa vontade era de revelar logo que agora o quarto dele está em minha casa, mas achamos melhor contar apenas no dia em que ele de fato mudasse. A Jaqueline disse que manter expectativas para uma criança tão pequena pode ser ruim, e todos concordamos.

O Claus estava meio noiado, se é que você me entende. A fala mole, olhos vermelhos… Ele jurou que está se esforçando para largar, só que às vezes não consegue e tem uma recaída. Eu não posso mentir e dizer que sei como é, porque não sei. Mas imagino que se livrar de algo assim não deva ser fácil. Ele diz que a força dele é a mãe e o sobrinho, mas que ainda tem os velhos amigos que fazem a cabeça dele.

Eu até pensei em entrar no assunto de “que merda de amigos são esses?”, mas fiquei na minha. Ele já parecia arrependido o suficiente. E largar velhos amigos deve ser mais complicado do que largar maconha. Eu que o diga… Até hoje ainda não sei se me livrei totalmente da Hellen (honestamente, espero que sim).

Enquanto todos estávamos no sofá, o Claus estava sentado no chão da sala, mesmo tendo espaço para ele. “Fui ver a maaana, tá ligaaado? É duuuuro ver ela daquele jeeeeito”. Pelo que ele disse, a Sônia está depressiva, sem energia nem para gritar, querendo voltar para casa e jurando que não usaria mais nada. Só que a psicóloga que cuida dela diz que, se ela voltasse agora, usaria no mesmo instante. De acordo com o que a Dona Rosa nos contou, a explicação da psicóloga é que esses apelos emocionais são chantagens para voltar no antigo padrão, por isso esse é o momento mais delicado para a Sônia. E quando o Nicolas perguntou se ela comentou sobre nós, a Dona Rosa tentou esconder, mas arrancamos do Claus que ela nos culpa por todas as desgraças da vida dela. Até coisas que nem teríamos como ter culpa, sabe? Nós nos tornamos o saco de pancadas moral dela. Principalmente eu, o que não foi nenhuma surpresa.

Se eu fico chateado? Olha… Chateado não é bem a palavra. Não gosto dela, e não faço a menor questão que ela goste de mim. Mas saber que tem mais de uma pessoa (além do Marcus) emitindo essa onda de ódio contra minha pessoa mexe um pouco com a cabeça, né… E pelo que a Dona Rosa contou, ela até pergunta do Lucas, mas não com um sentimento de saudade, e sim para saber se ele está vivo, e para ter certeza de que ela não vai precisar “dar uma de mãe”, como a própria Sônia já falou em outras ocasiões. Como foi sempre a Dona Rosa que cuidou dele, acho que ela não despertou aquele tal instinto, sei lá. Posso estar falando merda (o que não seria novidade)… Enfim. Fato é que a Sônia não está nem aí para o filho (que a idolatra feito deusa, sabe-se lá por qual motivo).

Lá pelas dez e meia da manhã saímos todos (inclusive a Dona Rosa e Claus) para um parquinho no bairro dela que tem uma lanchonete ao lado. A intenção de todos era descontrair e deixar o Lucas se divertir num lugar diferente. Eu ficava o tempo todo olhando para os lados, vendo se não havia ninguém suspeito andando (e mancando) por perto.

Zak, tente relaxar um pouco”, foi o que o Nicolas cochichou para mim. Provavelmente meu estado de nervoso estava deixando todos tensos… Ou irritados (provavelmente a segunda opção). “A gente tá num lugar aberto e cheio de gente… O Marcus pode ser louco, mas não seria ingênuo de atacar nessa situação”. O argumento era válido, mas demorou um pouco até que eu parasse de me sentir como um coelho solto num mato com lobos.

Depois de terminarmos nossos lanches, não nos demoramos muito mais no local. O Lucas já estava sonolento no meu colo (sim, no meu colo… Eu quase derreti com isso), então decidimos ir embora. Primeiro levamos o Pinguinho, Claus e Dona Rosa para a casa deles, e depois, antes de pegarmos o caminho até o Pântano dos Mosquitos, notei o Nicolas cochichando algo para o Jonas. Fiquei intrigado com aquilo, e o vi piscar em concordância para meu namorado.

Quando entramos no Gol do Nicolas, apenas nós dois, finalmente perguntei do que se tratava. Ele respondeu:

Nada de mais… Apenas sugeri ao Jonas que você e eu precisávamos de um tempo a sós”.

Naquela hora, entendi tudo. Mas, ao passo em que ficarmos sozinhos significavam coisas quentes, também significava certa vulnerabilidade. Eu fiquei meio dividido entre a empolgação e a preocupação, e não preciso nem dizer que o Nicolas notou isso, né?

Se quiser, podemos ir num motel… O que acha?

A gente não está podendo gastar com isso agora, Nick”.

Ok, para nossa casa, então. A gente pode reforçar o sistema de latas”.

Meu coração deu uma batida mais forte quando ele falou sobre voltar para nossa casa. Eu sorri por causa disso, e acabei relaxando um pouco.

Não precisa… Se reforçar mais, nem a gente vai conseguir entrar”.

Ele sorriu de volta sem tirar os olhos do trânsito e, antes de trocar de marcha, acariciou minha perna, indo da coxa até minha virilha.

Ah, pelos deuses… Apenas isso já foi o suficiente para eu querer chegar logo em casa e arrancar as roupas dele… E as minhas.

Assim que chegamos, me certifiquei que ninguém conseguiria se aproximar do casarão sem fazer uma algazarra metálica, trancamos portão, a porta da sala e a da cozinha e verificamos as pseudo-cortinas (para que nossos atos ficassem, de fato, entre quatro paredes). Depois disso fui tomar um banho, e ao terminar o Nicolas entrou para tomar o dele.

Só para esclarecer, eu gosto de tomar banho com ele. Mas quando o banho é para limpezas mais profundas, a coisa precisa ser feita sem mais ninguém por perto.

Enquanto o Nicolas tomava o banho dele, dei uma ajeitada na sala, que estava com almofadas esparramadas e nossa coberta jogada no chão. Não que eu estivesse muito preocupado em transar num lugar organizado, mas… Minha cabeça estava com excesso de pensamentos, e eu não conseguia simplesmente me sentar e ficar esperando que nem um boneco. A preocupação e a satisfação brigavam dentro de mim, e mexer nas coisas fez eu fingir para mim mesmo que estava sendo útil.

Um tempo depois, quando eu já começava a estranhar a demora, o Nicolas desceu as escadas segurando minha mochila pela alça. É lá que estão a bala de prata e o lubrificante…

Ele chegou bem perto e passou os dedos de leve no meu curativo: “Estou com medo de te machucar mais”.

Eu apreciei profundamente aquela preocupação, mas acabei pensando em algo, e dei risada: “Nick, minha bunda fica bem longe de minha testa”.

Ele deu um riso enviesado, bem safado e gostoso, e parece que aquela preocupação boba de meu namorado cavalheiro se foi (e o cavalheirismo foi embora junto). As mãos dele deslizaram para minha calça, e no minuto seguinte já havíamos retirado nossas roupas.

Sei que fui ávido demais nesse começo, mas eu estava com um pouco de pressa, achando que a qualquer momento ouviríamos as latas chacoalhando. Minha cabeça realmente não me deixava em paz, e aquele medo meu (de ter a casa invadida) estava me dando nos nervos.

O maior problema era a irritação comigo mesmo por não conseguir relaxar. Porra, nem em meu próprio canto eu poderia ter tranquilidade? Esse era o pensamento que estava me rondando quando decidi que iria aproveitar aquele momento ao máximo. E quando eu falo em aproveitar a máximo, eu me refiro a: tudo o que eu estava com vontade desde o dia anterior.

Quando estávamos nos beijando no sofá, peguei o vibrador em minha mochila e pedi: “Quero que use isso”.

Igual fiz em você aquele dia?

Não, não… Você não entendeu. Quero que você use… Enquanto faz comigo…

Eu não estava nem aí. Se era para fodermos, que fosse algo completo. Tudo o que eu queria naquele momento era algo forte o bastante para me entorpecer. E como eu não usaria drogas nem por decreto, o jeito era me embebedar da coisa mais inebriante que eu tinha ao meu alcance: o Nicolas com um vibrador enterrado nele enquanto me comia. E só para deixar claro: eu não estava sob efeito de álcool. E agora, enquanto escrevo este e-mail para você, também estou sóbrio. O que estava me deixando daquele jeito era uma mistura louca de apreensão, adrenalina, desejo e paixão (caralho, esse é um coquetel dos bons, hein? Pra derrubar, mesmo!).

Acho que você pode imaginar que ele não recebeu minha sugestão da mesma forma que o Lucas receberia um doce. O Nicolas deu uma travada, e a mão dele parou quieta sobre meu quadril. Então insisti:

Eu te ajudo… Deixa?

Talvez você tenha notado, amiga… Eu meio que usei a mesma tática da noite anterior: tentei fazer uma voz meiga, falar com jeitinho e fazer olhos de cãozinho abandonado. Talvez tenha sido um jogo sujo de minha parte, mas… Ah, fala sério! Que atire a primeira pedra quem nunca antes tentou convencer alguém usando desse artifício. Tem horas que a gente precisa usar o que tem para atingir nossos objetivos, não é? Então só te peço que não me julgue. É a última coisa que preciso nessa vida.

O fato é que isso funcionou. O Nicolas deu um suspiro conformado e acariciou meu rosto (sempre dando uma espiada no curativo em minha testa, o que me leva a pensar que talvez ele tenha aceitado por pena, mas não ligo… O que importa é que aceitou).

Então… O que faço?”, ele perguntou, encolhendo os ombros.

Eu pensei um pouco antes de sair falando minhas bobagens de sempre. Lembrei de como foi minha primeira penetração (não com o Nicolas, mas sim com o vibrador), e baseado nisso decidi: “Deita aqui, de barriga para baixo”.

Ele fez uma cara como quem diz “não sei, não”, mas não reclamou. Deitou-se, me dando uma visão deliciosa, e escondeu o rosto nos braços cruzados. A posição era muito semelhante a de alguém que vai receber uma massagem, e foi exatamente isso que me veio à cabeça naquele momento. Me debrucei sobre ele e dei uma mordida no arco de sua orelha enquanto ele esperava.

Enchi meus dedos de lubrificante, e comecei a massageá-lo por fora, passando a mão na bunda dele, e de vez em quando abrindo-a um pouco para observar o meu objetivo. E eu deslizava meus dedos lá, só para ver as reações dele. Em todas as vezes, percebi que o Nicolas prendia a respiração. E só quando vi que ele deu uma relaxada com essas aproximações é que fui inserir meus dedos. Bom, dizer que ele estava “relaxado” pode não ser a descrição correta… Ele estava meio ofegante, mas não parecia que era de nervoso. Eu já transei com ele vezes o suficiente para entender quando meu namorado está com tesão. E vê-lo sentir tesão por estar sendo massageado na bunda é simplesmente foda – sem trocadilhos (ou com trocadilhos, dane-se!).

Apesar de minha certeza, perguntei se ele estava bem. Ao ouvir um “uhum” abafado, continuei. E dessa vez não senti nenhum “drops de menta” lá no fundo. Eu não perguntei, mas imagino que ele tenha se limpado durante o banho (fico imaginando a cena… Ah, céus, tenho que parar com isso).

Continuei com aquela massagem nas partes mais escondidas do Nick, e liguei o vibrador. Eu nem tinha feito nada ainda, mas ele me espiou e perguntou: “Acho que ainda não tô pronto pra isso”, e eu só pedi pra ele relaxar.

Acho que posso confessar com você que tinha um pouco de minha própria ansiedade envolvida. Eu já estava com três dedos alargando-o, estava tendo uma das visões mais gostosas de todas as minhas trepadas com ele, então tudo o que eu queria era ver o meu vibrador sendo engolido por ele. Passei a ponta da Bala de Prata pelas nádegas lambuzadas de lubrificante, para ele senti-lo tremer. Afinal, por experiência própria eu sei como é estranho enfiar de uma vez e ligar lá dentro, sem antes acostumar com a vibração.

Zak, desliga… É muito forte”.

Ele pediu isso sem que eu sequer tivesse penetrado-o com o vibrador.

“Ok… Vou fazer com ele desligado”.

Eu já estava louco para ver aquilo, então tirei meus dedos devagar, e substituí pela ponta da Bala de Prata. Apenas a ponta… O ânus dele parecia uma boca pervertida com um pirulito longo roçando os lábios… Ah, Deus do céu, eu estava com meu coração disparado vendo aquilo, e talvez por isso eu tenha ido rápido demais… Coloquei metade do vibrador no Nicolas sem avisar, e ele cravou os dentes com um gemido que me pareceu mais por incômodo do que por prazer.

Doeu?

Não, mas… Ahh… Ardeu um pouco

Pedi desculpas, mas eu estava tão… Ah, sei lá… Entorpecido é a palavra. Meus olhos estavam arregalados, e eu só conseguia pensar em uma coisa.

Uma… Única… Coisa…

Em acostumá-lo rapidamente com o volume do vibrador, para que eu pudesse, finalmente…

Ah, amiga… Eu sei que não presto. Eu estava mais preocupado com meu prazer naquela hora do que com o bem estar do Nicolas. E você consegue adivinhar o motivo? Bom, é que não devo ter ficado nem um minuto com o vibrador na bunda dele… Vê-lo engolir aquele bastão prateado fez eu querer ser engolido. Fez eu querer ser o bastão… E como já estávamos ambos despidos, e o lubrificante estava do meu lado, peguei um punhado, deixei meu pau bem molhado, e…

Ah… Meu… Deus… Como foi delicioso me enterrar ali. Amiga, se eu te falar que quase fiquei zonzo aquela hora você acredita em mim? Parecia que tinha algo na minha cabeça que não me deixava ver nem ouvir direito. Era um prazer que ia além da simples sensação do corpo. Sim, eu estava fodendo a bunda do Nicolas. Era ele, e eu sabia disso, pois não bebi nem usei drogas. Era meu namorado deitado de bruços, com a cabeça no travesseiro e mordendo a fronha, provavelmente porque eu estava sendo muito bruto…

É, sei sei que não é correto. Pra falar a verdade, demorou pra eu perceber que estava sendo um cavalo estúpido, só preocupado com o meu prazer. E o motivo de eu perceber isso era que o que antes eram gemidos do Nicolas, estavam começando a soar mais com grunhidos de dor. Para piorar, lembrei que a própria Hellen havia dito que eu estava sendo bruto.

Odeio ter que lembrar dela e daquele momento, mas… Por mais que eu queira apagar aquele momento de minha cabeça, saber que eu sou um ativo péssimo veio à minha mente naquela hora.

Ouvir o som de minha pélvis batendo nas nádegas dele, e me ver ser engolido até o talo realmente me tirou a razão. Mas não vou negar que, nos poucos minutos que aquilo durou, foi absurdamente delicioso.

Sim, poucos minutos. E isso porque gozei muito rápido. Para falar a verdade, acho que foi quase como um exorcismo meu. Tirar de mim o que ainda tinha daquela experiência em minha cidade natal. E como o Nicolas em momento algum pediu para que eu cessasse os movimentos, fui até o fim.

Acho que posso dizer que foi sorte a dele que não durei muito tempo. Sei lá… Senão eu poderia machucá-lo.

Depois de ter feito movimentos tão vigorosos (pra não repetir que fui estúpido) e gozar daquele jeito (minha voz se exaltou um pouco, fiquei até com vergonha) meu corpo amoleceu. Caí ao lado do Nicolas e fiquei ofegante. Quando olhei para ele, ouvi:

Você tem que ir com mais calma, Zak…

Foi mal… Doeu?

Ele ficou quieto por alguns segundos, torceu os lábios, e chegou um momento em que me perguntei se ele iria voltar a falar, ou se só ia me deixar adivinhar o estrago que fiz. Mas ele suspirou e finalmente respondeu:

Doeu… E não achei bom do jeito que você diz que é”.

Se aquilo foi um choque para mim? Na verdade, não. O maior choque foi ele ter falado tão sinceramente, e com uma ruga na testa, indicando que estava um pouco irritado.

Se eu tivesse visto (ou imaginado) essa expressão dele antes, provavelmente não teria feito como fiz. E aqui cabe uma reflexão que tive naquela hora: talvez um virjão como eu (porque eu ainda me considerava meio-virgem no sexo ativo) ainda tenha muito o que aprender sobre como ter prazer sem ser um cretino com a outra pessoa.

Quando ele falou que não achou bom e que doeu, a culpa começou a bater. E fico lembrando de como era quando eu me masturbava imaginando que estava sendo ativo: eu aumentava tanto a velocidade do movimento que, depois de gozar, meu braço sempre ficava dolorido. Essa mania de querer apressar o movimento quando está chegando no auge acabou custando o desprazer na primeira vez do Nicolas como passivo.

Eu até poderia romantizar aqui, dizer que foi maravilhoso, mas… Teve esse percalço. O único a sentir prazer fui eu, e isso não é nem um pouco romântico. Talvez eu que seja um desastre completo, não é? E ver o Nicolas com a testa enrugada de irritação após o sexo foi meio decepcionante. Eu queria ter conseguido dar a ele uma “primeira comida” digna de revirar os olhos de tesão, assim como ele fez comigo. Mas tudo o que consegui foi eu mesmo me entorpecer enquanto usava ele como um “buraco gostoso”. Muito gostoso… Mas, enfim. Eu fico aqui me perdendo e lembrando, mas é verdade que estou arrependido.

Depois de minha experiência ridícula como ativo ele se levantou e disse que era a vez dele. Pensei que ele fosse devolver na mesma moeda, ser bruto comigo também, me foder até me rasgar, mas ele foi delicado. Entrava e saía de mim olhando em meus olhos, dando suspiros profundos, e quando ele acelerou os movimentos perguntou se eu estava bem.

É claro que eu estava bem. Já estou acostumado a ser comido por ele. Eu amo isso… Mas por um lado percebi também que ele estava mostrando como se fazia. No começo fiquei com meu ego destruído, como se estivéssemos competindo quem é o melhor ativo. Mas quando ficou mais do que evidente de que ele é infinitamente melhor que um cavalo descontrolado (eu), apenas curti ser penetrado com tanto carinho.

Ah, amiga… Eu chego a cansar de listar todas as coisas que ainda tenho que aprender com o Nicolas. E quero que, com o tempo, eu aprenda a fazer ele até pedir para ser comido por mim.

Ele é bem maior que eu (tanto o corpo quanto o membro), e parece que a posição de “Nicolas come Isaac” se encaixa melhor do que a cena de um garoto andrógino metendo em um cara tão másculo como é meu namorado.

Mas eu estou pouco me fodendo para esse estereótipo. Não é errado eu querer ser ativo. Só porque tenho o rosto delicado não quer dizer que não queira usar meu pênis de todas as formas. E fico lembrando de como foi… Realmente gostei muito, mas agora sei que meu objetivo é tirar gemidos de prazer dele com eu sendo ativo. Chego a pensar tanto nisso que às vezes acho que sou um pervertido ninfomaníaco sem salvação…

Sobre isso, eu pesquisei a respeito, e não sou ninfomaníaco (apesar de tudo o que conto a você). Agora, quanto a ser um pervertido sem salvação, aí já não tenho certeza… Talvez eu seja. E não estou nem aí com isso, desde que meu namorado continue me aceitando.

Pareço um pervertido desesperado por atenção, isso sim… E novamente digo: não estou nem aí com isso.

Bom, apesar de eu saber que não dei ao Nicolas a melhor primeira vez como passivo, estou meio que satisfeito. Eu pensei em dizer que estou “orgulhoso”, mas aí eu estaria mentindo. Orgulhoso eu vou ficar quando fizer ele pedir mais. Ficarei feliz de verdade quando eu fizer com que ele se sinta pleno, da mesma forma como ele fez eu sentir quando gozou em mim. É assim que ele precisa se sentir comigo penetrando-o: pleno.

É muito arrogante de minha parte querer que meu namorado deseje ser penetrado por mim? Sei lá, sinto como se eu estivesse mendigando por um troféu inútil de ativo-incrível. Mas essas coisas às vezes passam por minha cabeça, sabe? Querer que o sexo com meu namorado seja totalmente ótimo não é crime, né? Querer que ele olhe para mim e pense “olha lá, meu garoto bom de cama”.

Não tenho certeza, mas talvez tenha sido por isso que perguntei:

Do que você gosta em mim, Nick?

De início ele pareceu se assustar com a pergunta, mas dois segundos depois vi aquele sorriso bondoso que só meu namorado consegue dar. Apenas esse sorriso já seria o suficiente para derreter todo o Alasca, mas ele disse:

Acho que já comentei isso, Zak… Que você tem uma presença impossível de ignorar, e algo vibra em sua volta fazendo com que eu queira ficar perto… Você me olha nos olhos de forma que eu me sinto observado de verdade, como se você fosse o único que me enxergasse. Antes isso me dava um pouco de medo, mas agora acho que quero que você me desvende”. Dizendo isso, ficou me olhando, acariciando meu rosto, sempre espiando meu curativo. “São muitas coisas, Zak… É difícil ficar listando tudo. Por que pergunta isso?

Sei lá, eu só… Às vezes só quero entender como alguém como você quis se aproximar de mim

Por um momento achei que ele fosse pedir para eu explicar melhor, mas talvez o Nicolas já tenha pego meu padrão besta de auto depreciação, e sequer fez menção de tentar entender. Provavelmente porque ele entende melhor que eu mesmo. Essa coisa de querer ser desvendado por mim entrou em meu peito como um raio, chegando a doer como agulhada. Fez com que eu lembrasse de quando nos conhecemos, a forma como o Nicolas me encarava, como se tentasse ler minha mente. Isso ainda acontece, mas não me sinto mais desprotegido como antes. Sinto um aconchego, e por isso entendo perfeitamente quando ele diz querer ser desvendado por mim, porque eu meio que quero o mesmo.

Amar o Nicolas está me fazendo um ser humano melhor, mesmo que eu meta o pé na jaca de vez em quando…

Fui abrir um saco de salgadinhos para sanar a “larica pós sexo” (se é que isso existe), e parece que nessa hora minha consciência começou a voltar à realidade. E me refiro ao fato de saber que, em algum lugar por perto, havia um assassino atrás de mim.

Sabe quando toda a magia do momento acaba como um balde de água fria? Então, imagine um balde de gelo caindo em seu estômago. Por mais que eu estivesse me sentindo bem depois da transa dupla, não tinha como negar.

Nick, o que a gente faz quando ele voltar?

Do jeito que você fala, parece que tem certeza que isso vai acontecer, hora ou outra”.

Por acaso, você acha que não?

Com a pergunta, me sentei no chão com ele para comermos sem sujar nosso sofá-cama.

Na verdade, eu torço para que o Marcus seja preso antes de ele se recuperar do tiro na perna. Aí a gente não precisa ficar se preocupando…

Queria ter essa certeza… Queria conseguir ter uma vida normal aqui”.

Vamos tentar ter uma vida normal… Isso que a gente fez agora já não é um bom começo?

Ele disse com um riso meio safado, mas algo naquele riso fez eu perceber que ainda tinha coisas que o Nicolas não disse. Se é relacionado ao meu sexo bruto, ou ao medo do Marcus, é um mistério, pois perguntei e ele apenas mudou de assunto:

Vamos fazer coisas que pessoas normais que acabaram de se mudar fariam… O que você gostaria de fazer?

Eu não estava convencido daquela força dele, mas mesmo assim entrei na onda:

Hum… Um churrasco, talvez? Eu nunca tive essa experiência. Quero dizer… Nunca tive um pessoal pra chamar em casa, e mesmo que tivesse, meus pais tornavam isso impossível. Os únicos de que participei foram na casa da… Ah, você sabe de quem…

É, eu sei… Mas então, quer fazer um churrasco, aqui mesmo? No Pântano dos Mosquitos?

Eu dei risada, porque ele pareceu meio chocado. Respondi:

Não, na casa da Dona Maionese… Dãã, é claro que é aqui! Onde mais seria?

Ele limpou um pouco do farelo da boca e deu de ombros. Estávamos ainda sem roupas, e vê-lo comendo salgadinhos daquele jeito, sentado todo desleixado no chão, era uma cena digna daquelas revistas de fotos sensuais. O maldito não precisa fazer força para ser deliciosamente sexy com aquele corpo meio bronzeado. Basta existir.

Já eu, me encolhia com uma almofada no colo, para esconder o pênis amolecido e a cicatriz na barriga.

Você tem certeza, Zak? Mesmo com aquele cara à solta?

Ué, mas foi você que acabou de sugerir que fizéssemos coisas normais, caramba!

Ele deu um riso misturado com um suspiro lento. E concordou com a cabeça.

Semana que vem, então?

Pra mim está ótimo… E outra, tendo bastante gente, ele não faria nada. Ele sempre aparece quando as coisas estão mais pacatas, ou seja, quando eu aparento estar sozinho. É tipo sua teoria de quando estávamos em público”. Ele não respondeu nada. Apenas continuou me encarando e comendo os salgadinhos. Se eu não soubesse que o Nicolas fica daquele jeito naturalmente quando sério, eu pensaria que ele está tentando me seduzir. “Chame seus colegas da faculdade. Quero bastante gente. Chame também aqueles dois casais de amigos seus, e os da Jack

Uau, para que tanta gente?

Digamos que finalmente vamos inaugurar essa casa como sendo um lar… Não concorda?

O Nicolas se aproximou e sentou-se ao meu lado. Ganhei um beijo, seguido de um carinho na bochecha.

É, acho justo”.

Vida normal, aqui vamos nós!

Quando eu falei, ofereci a palma da mão, e ele bateu. Depois, peguei o celular dele e mandei um convite geral no grupo de colegas de classe. Ele ficou olhando eu escrever, e só depois que mandei a mensagem é que ele falou:

Ah, espera… Eu não queria que todos daí viessem

Mas, apesar disso, já era tarde demais. O pessoal foi respondendo, concordando, perguntando o que precisaria levar, e quando eu vi o nome do tal de Sidney aparecendo nas confirmações, percebi o erro. Esse foi o tal que achava que eu era uma espécie de prostituto.

Naquela hora, senti um gelo ruim, um arrependimento. Já comecei a me martirizar de como havia sido burro e tudo o mais, e comecei a pedir desculpas para o Nicolas. Só parei porque ele me ameaçou nunca perdoar se eu ficasse pedindo desculpas.

Agora que tudo já passou eu estou até achando bom que ele vai vir. Quero olhar na cara do filho da puta e falar umas coisas para ele.

Não que eu vá ter essa coragem toda na hora, mas… Bom, veremos. Eu só quero aprender a cuidar de meu próprio rabo. Começar a cuidar de minha vida, sabe? E fazer um churrasco em casa e encarar o cretino que queria me alugar pode ser um começo. O Nicolas chegou a perguntar se essa era uma vontade indireta de falar umas coisas para o Marcus, e… Talvez seja, mesmo.

Ai, amiga… Nem sei o que pensar. Se esse colega de faculdade do Nicolas for um “Marcus dois” eu não vou aguentar. Minha vida não pode ser tão cheia de desgraças assim, pode? É sério, sempre me pergunto que raio de pecado eu cometi na encarnação passada, para merecer isso.

Ok, estou sendo precipitado… Nada aconteceu. Ai menos, não ainda.

Fora isso, não conversamos mais naquela noite. Apenas tomamos banho e fomos ver um filme na televisão. O Nicolas estava bem concentrado assistindo, mas eu não consegui nem chegar aos primeiros quinze minutos.

Hoje pela manhã o Nicolas veio com uma história de orçarmos cerca elétrica para meu portão. Com isso poderíamos ter uma tranquilidade extra, pois ficar com latas cercando o casarão para sempre é meio complicado.

Essa ideia foi boa, sabe? Vai fazer eu me sentir mais seguro. Acho.

E também estou pensando em fazer aulas de direção. Ser mais independente e poder ajudar os Belson com as coisas da floricultura, sabe? Para muitas coisas precisamos de carro, e o Jonas nem sempre pode fazer tudo.

Quero ser útil. Tem doído cada vez mais eu ser o garotinho inútil que precisa ser protegido. Eu não quero ser imprestável para sempre, me entende?

Quero ser mais ativo… Você me entende? Da mesma forma como fui ontem à noite com o Nicolas, e aprender a ser um ativo decente. Fazer direito. E não estou falando apenas de sexo, mas também na vida. Fazer as coisas de um jeito que as pessoas confiem em mim! É isso que quero. Ser requisitado, ser visto como importante. Parar de me sentir do jeito que tenho me sentido há tanto tempo… Desde que me conheço por gente.

Quero mudar, amiga… Ser um Isaac melhor!

 


Notas Finais


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