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História O Monótono Diário de Isaac - 02 de janeiro, 2019 Quarta (18h47) - (parte 1 de 3)


Escrita por: lyanklevian

Notas do Autor


Hey readers! Lyan aqui.

Gente, eu sei que é ruim ter o capítulo picado dessa maneira... Mas eu prefiro assim do que ficar uma semana sem postar nada.

Me desculpem... =__=

Dito isso, boa leitura! ^_^

Capítulo 152 - 02 de janeiro, 2019 Quarta (18h47) - (parte 1 de 3)


Fanfic / Fanfiction O Monótono Diário de Isaac - 02 de janeiro, 2019 Quarta (18h47) - (parte 1 de 3)

(PARTE 1 DE 3)

 

02 de janeiro, 2019 – Quarta (18h47)


De: [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Réveillon de boca cheia, e revelações de Sônia


 

Com um dia de atraso, mas acho que ainda posso lhe desejar um feliz ano novo, minha irmã espiritual! Eu gostaria de perguntar a você como foi a virada, de estar com você sentada agora ao meu lado na sacada de meu quarto em vez de apenas escrever.

Mas somente isso já me deixa feliz o bastante. Saber que em algum lugar você estará lendo o que lhe escrevo.

Bem, meu réveillon começou na segunda-feira, último dia do ano, quando levamos o Lucas na casa da Dona Rosa, como ela havia pedido no Natal. O Nicolas estava com uma camisa branca por causa daquela história de atrair a paz, e eu escolhi uma camiseta vermelha sem estampa (eu preferia uma preta que tenho, mas ele achou que me faria parecer de luto).

Estávamos no carro do Jonas, pois o Nicolas ainda está com aquele imobilizador na perna e não pode dirigir. Nosso destino era a DouxFun, boate dos amigos de minha cunhada.

Algumas horas antes, quando combinamos de ir lá, comentei com a Jaqueline enquanto guardava alguns pratos:

Eu não sei se quero ir num lugar tão cheio de gente, Jack… Ainda estou querendo ficar quieto, na minha…

Eu vou pedir para eles reservarem o camarote do canto pra gente, aí não vai ter ninguém enchendo o saco. E também, é sua primeira virada com a gente, Dáki… Por favor, por favorzinho?

Fiquei sério olhando para o sorriso dela. Eu simplesmente não consigo negar nada para aquela garota. Ela tem o maldito poder de derreter todos os meus argumentos com um simples pedido, e quando falei um “tá bom” desanimado, ela me rodou no ar e deixou marcas de batom na minha bochecha e na testa. Mais tarde no mesmo dia o Nicolas agradeceu por eu ter aceitado.

A gente sempre passa a virada lá. Não vai ser ruim, vai ver”.

Eu vou ficar o tempo todo com a bunda grudada no banco, ok?

E eu vou te fazer companhia. Não teria como ser diferente, mesmo se eu quisesse”, respondeu ele, apontando a perna.

Por esse motivo ninguém se surpreendeu com minha cara de desânimo quando estávamos indo para lá. No caminho até a boate vi muita gente pela rua, curtindo umas músicas duvidosas em carros com som alto. Era como se a festa na boate estivesse transbordando por todas as ruas principais de Eloporto – e por falar nisso, a ponte principal que liga Vale do Ocaso a Eloporto ainda estava toda enfeitada com as luzes do Natal. Foi o primeiro momento da noite em que tirei a expressão de merda da cara para me encantar com alguma coisa.

Lindo, né?”, comentou o Nick. “Eu já tinha visto antes, nos últimos dias que fui para a universidade”.

Continuei olhando pela janela enquanto passávamos pela ponte iluminada, mas meu sorriso se perdeu. Ele parou de ir para a faculdade na metade de novembro por causa daquilo. Precisou pegar o conteúdo com alguns colegas antes das férias de fato iniciarem.

Me incomoda muito a forma como qualquer coisa me lembra aquela noite. Mesmo uma visão tão bonita como a ponte de Eloporto toda enfeitada era uma porcaria de gatilho para lembrança ruim.

O Nicolas, que estava comigo no banco de trás do carro, notou essa minha pequena mudança de humor. Segurou minha mão e sussurrou:

Ei, eu tô aqui, tá?

Nessa hora, nem o enfeite natalino mais incrível do mundo venceria os sorriso dele. Desejei que estivéssemos sozinhos mas, como minha cunhada e meu primo estavam nos bancos da frente, apenas retribuí o sorriso, obviamente não conseguindo atingir a mesma magnitude, e voltei a olhar pela janela até chegarmos à boate.

Entramos pela porta dos fundos, seguindo a Jack, e não demorou muito para que estivéssemos acomodados num dos camarotes mais caros da DouxFun. Obviamente, não desembolsamos nada para estar ali. Pagaríamos apenas pelo que fôssemos consumir.

Os camarotes de lá ficam num patamar mais alto que a pista de dança. São basicamente várias salas no andar de cima, contornando toda a área da boate. Apesar de pequenas, são muito aconchegantes, com um sofá macio e mesa de centro. A parede que se volta para o interior é toda de vidro, então temos uma vista privilegiada do palco e da pista de dança – o vidro é daqueles que parece um espelho do lado de fora.

Foi minha primeira vez no camarote, e devo dizer que realmente amei estar ali. Apesar da sensação de estar num aquário à visa de todos, eu sabia que não tinha como nos ver. Além do camarote onde ficamos, tem vários outros ao redor da área interna, então dava para ver que os vidros se pareciam mesmo com espelhos – e sabe-se lá o que acontece em cada um.

Eu vou com o Jonas ver um pessoal”, disse a Jack, elevando a voz para se sobrepor à música eletrônica. “Podem ficar à vontade que não vamos interromper nada”.

Não vai ter nada para ser interrompido!”, falei quase gritando.

Ela não respondeu, e saiu com uma piscada que fez minhas orelhas ferverem. O Nicolas provavelmente não ouviu, pois estava no sofá perto da janela de vidro olhando o movimento do andar de baixo, na pista de dança.

Depois de receber duas porções de batatas fritas e uma jarra de suco – porque o Nicolas está tomando remédios, e porque eu não sou tão besta assim – me certifiquei de trancar a porta, já que no corredor de fora qualquer bêbado sem noção poderia tentar entrar. Depois me acomodei ao lado de meu namorado, assistindo o formigueiro humano na pista de dança.

Está mais cheio do que das outras vezes que viemos”, comentei.

Todo réveillon aqui é assim, desde que inaugurou. Eu e minha irmã sempre viemos, e todas as vezes ficamos numa dessas salas. É que eu também não curto a muvuca de virada de ano.

Me recostei no ombro dele, e não liguei muito para as batatas. Assisti um pouco do show de uma banda no palco, e fiquei curtindo a carícia dele em minha perna.

Isso te incomoda?”, ele perguntou. “Tocar aqui… É ruim para você?

Neguei com a cabeça. Eu estava gostando daquilo, e os machucados que fiz na virilha já quase não existem mais.

O Nick continuou com movimentos suaves, inocentes. Depois olhou para a porta, verificando que estava trancada, e se virou para mim. Os dedos dele começaram a apertar mais minha coxa, e os lábios vieram até meu pescoço.

O que você vai fazer?

Só o que você quiser…

Meu coração acelerou, e olhei pela janela transparente. Engoli em seco.

Então vamos fazer coisas que não necessite tirar as roupas… Eu não sinto que estou pronto para algo assim, desculpe”.

Não se preocupe

Recebi um beijo no lóbulo da orelha que arrepiou os pelos de meu braço. Depois ele desceu as mãos até minha barriga, levantou minha camiseta e deu um beijo na cicatriz ao lado do umbigo.

Nick, cuidado. Sua perna

Ela está muito bem imobilizada, relaxe. Eu consigo dar prazer ao meu namorado sem movê-la. Só vou precisar de minha boca…

Boca? Nick, espera…?

Ele começou a dar mordidas por cima de minha calça jeans, exatamente no lugar onde minha ereção crescia. Eu não acreditava naquilo. Olhei em volta, preocupado, mas éramos apenas nós dois. A porta trancada. A janela espelhada onde somente a gente enxergava o outro lado. Ele continuou a usar os dentes para friccionar meu pênis já duro, e isso fez minha cabeça ficar anuviada.

Eu não parei de olhá-lo um segundo sequer. Ainda tenho essa preocupação de me certificar que é de fato o Nicolas ali, mesmo que seja óbvio que não tenha mais ninguém com a gente.

Naquela noite me permiti curtir o toque dele como eu não fazia há tempos. Da outra vez que transamos, eu mal aproveitei o momento. Mas nessa virada, movido apenas pelo calor do momento e por aqueles olhos verdes, eu deixei. Me deitei no sofá do camarote, e ele se acomodou sobre mim, com a boca ainda se movendo de meu umbigo até o cós de minha calça, me provocando.

Por alguns segundos, tive um breve vislumbre daquele Nicolas predador que tanto gosto. No momento seguinte, aquilo sumiu. Ele me olhou, e falou um pouco alto para que eu pudesse ouvi-lo por cima da música:

Se eu estiver exagerando, me avise, Zak… Não quero invadir algo sem saber. Então por favor, me avise caso se sinta mal…

Eu queria pedir aquele olhar de volta, mas fiquei quieto e concordei com a cabeça. Talvez aquele lado do Nicolas só volte completamente depois que eu parar de ter pesadelos horríveis, ou quando eu não tiver mais surtos por lembrar do que aconteceu.

Mas aquele Nicolas não me dá medo. Pelo contrário.

Fechei os olhos e voltei a sentir a língua morna em volta do meu umbigo, e em seguida os dentes sobre a calça jeans. Os beijos molhados e as mordidas estavam combinando com a música de toque sensual. Os dançarinos e dançarinas lá em baixo certamente estavam fazendo aqueles movimentos que enlouqueciam metade do público que assistia, mas eu não estava olhando para eles. Minha atenção era apenas para meu namorado de cavanhaque aparado que abraçava meus quadris.

E novamente, senti a fricção por cima do pano espesso de minha calça.

Isso é tortura…”, sussurrei.

Que? Não dá pra ouvir…

Abri o botão e desci o zíper. Tirei-o para fora e encostei a glande nos lábios daquele homem gostoso. Não precisei falar nada. Meus olhos estavam semi cerrados, e tudo o que eu queria era sentir a boca dele me engolindo.

Ao primeiro toque da saliva quente, eu gemi alto. Que sorte que a música tomava conta de tudo, porque continuei gemendo, de tão delicioso que estava. Eu apenas queria mais, mais, e comecei a mover meus quadris, metendo mais forte na boca dele. Naquele domingo ele chegou a fazer isso em mim, mas as sensações não estavam tão fortes como dessa vez. Acho que na boate eu me soltei mais, e consegui curtir o momento sem pensar em mais nada. Que saudade eu estava de fazer isso sem ter um monte de coisa na cabeça!

Agarrei os cabelos dele, e continuei me movendo.

Boca gostosa”, falei, e nem sei se fui ouvido. O entorpecimento estava crescendo, e todo o meu ser se tornou música eletrônica e sensações físicas. “Me chupa mais forte

Sei que dessa vez ele ouviu, porque a força de sucção aumentou, assim como os sons que fiz. Torci para que meus gemidos fossem encobertos por toda a barulheira, e apenas deixei fluir… E fluiu tudo na boca do Nicolas.

Nick, desculpa… Não era pra chegar a esse ponto. Eu ia parar antes, mas…

Me calei quando percebi que ele sorria e limpava o canto da boca. Ah, céus, que cena mais erótica e deliciosa a dele passando o polegar nos lábios para lamber uma gota de meu sêmen… Nossa, eu não presto. Amei ver aquilo, e por isso afirmo: eu não presto.

Fechei minha calça e me aproximei para beijá-lo.

Obrigado, Nick… Obrigado, obrigado, obrigado… Foi maravilhoso…

Ele deu uma leve mordida em meu queixo.

Eu é que agradeço por ter sido tão honesto sobre o que queria, Zak. Se você soubesse o quão irresistível fica quando se solta assim…”.

Não fale besteiras… Me deixa sem graça”.

Ele deu um sorriso apenas com um dos cantos da boca. O olhar era meio que de safado, de quem ainda não estava satisfeito.
 

(...continua na parte 2/3)

 


Notas Finais


KISSES ~ KISSES

Lyan K. Levian


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