Call me what you wanna
I'll be what you wanna
I've been here a thousand times
Ay, ay
Fallin' for another
I don't even bother
I could do it all my life
• Topic - Breaking me
No quarto do Adrien:
Cheguei no meu quarto e me joguei na cama - eu estava confuso; aconteceu tanta coisa num dia só.
— Nunca vou te entender, garoto. - o Plagg fala ao meu lado. - Você fica todo pensativo por causa da Kagami, se declara pra Ladybug e corre pra Marinette.
— Correr pra Marinette? - falo confuso. - eu precisava de uma amiga, Plagg.
Ele parou na minha frente.
— Eu falei o nome de três pessoas e você só percebeu um... - ele riu baixinho.
Revirei os olhos.
— Tá, mas e a Ladybug? Você não tinha parado de se declarar pra ela? - ele cruzou os braços.
— Sim, mas é que... - me lembrei da japonesa.
— Você está confuso. - ele concluiu.
— É... Tipo isso. - fiquei olhando pro teto.
Ficamos em silêncio e o Plagg foi pra cômoda, ele queria terminar de comer seu precioso queijo.
Eu estava me sentindo muito estranho, principalmente depois dessa conversa com a Marinette, ela não era muito de falar sobre seus sentimentos comigo e do nada se abriu pro Chatnoir.
— Será que ela não confia em mim? - murmurei.
O Kwamii me olhou meio confuso.
— Quem não confia em você, garoto? - olhei pra ele sem graça. - Ah, entendi. Você ta falando da Marinette, certo?
— É...
— Claro que ela confia. - ele deu de ombros. - ela acabou de falar sobre os sentimentos dela pra você. - ele jogou um pedaço de queijo pra dentro de sua pequena boca.
Me senti impaciente.
— Ela se abriu pro Chatnoir, Plagg. - me sentei na cama.
— Você é o Chatnoir, Adrien. - ele disse irônico.
— Eu sei, mas ela nunca falou sobre os sentimentos dela pra mim como Adrien. - comecei a me sentir magoado. - poxa, eu sempre falo dos meus sentimentos pra ela...
Notei um olhar de desconfiança de meu Kwamii.
— Não me olha assim. - falei olhando pra janela. - é que eu considero ela minha melhor amiga e, aparentemente ela não me considera o dela...
O pequeno comedor de queijo voou até mim.
— Adrien, será que não tem outro motivo pra ela não querer se abrir pra você? - ele olhava nos meus olhos.
— Não entendi. - falei confuso. - que outros motivos além da falta de confiança dela em mim poderia ter?
O Kwamii murmurou alguma coisa.
— Hã? - falei.
— Nada, garoto. Só acho que você deveria parar pra pensar nas coisas que o Nino te fala. - ele deu de ombros e voltou pra cômoda.
Fiquei um tempo pensando no que ele quis dizer, mas estava sem cabeça para as piadinhas do Plagg.
Continuei sentado olhando a janela e meus pensamentos me levaram até a Ladybug. Ser amigo da Lady, era mais do que eu havia sonhado e se ela amava outro, a única coisa que eu poderia fazer, é seguir em frente.
Enquanto eu pensava, senti minhas pálpebras pesarem - me levantei e fui me preparar pra dormir.
De manhã:
Acordei cedo e decidi estudar, não queria dar motivos pro meu pai me tirar do colégio.
— Nunca vi alguém gostar tanto de estudar como você. - o Plagg se sentou em cima da mesa.
— Se eu quiser continuar frequentando o colégio, preciso tirar notas boas. - olhei pra ele.
— Isso é tão chatooo... - ele revirou os olhos.
Ri do drama dele e voltei a focar nos estudos.
De noite:
Passei o dia praticamente estudando, parei apenas pra comer; isso me cansava demais. Vi que era cedo, mas o sono estava falando mais alto - fui me preparar pra dormir.
Quando finalmente me deito na cama, escuto um estouro alto vindo da rua.
— Que isso? - murmurei.
Olho pro Kwamii que estava brincando com uma peça de queijo.
Outro estouro.
— Plagg, será que é um akuma? - pergunto surpreso. - faz tanto tempo que o Hawk Moth não da as caras...
O Kwamii suspirou.
— Vai fundo. - sua cara era de tédio.
— Plagg, mostrar as garras.
Na rua:
Sai pela janela e fui pra um telhado próximo; ao olhar em volta tomei um susto com o que vi, a cidade estava tomada por uma gosma rosa.
Outro estouro.
Fiquei parado por um tempo, queria localizar de onde vinha o som, mas não consegui - eu precisava achar a Ladybug, acredito que ela saiba o que está acontecendo. Corri pelos telhados e acabei batendo de frente com a joaninha.
— Ai! - ela falou me olhando.
— Te machuquei, my lady? - seguro sua mão.
— Não, não.
Outro estouro.
— Da onde vem isso? - a azulada perguntou.
— Eu achei que você saberia. - fiquei olhando de um lado pro outro a procura do causador daqueles estouros. De repente vi uma bola grande e rosa vindo em nossa direção. - CUIDADO! - empurrei a minha parceira.
A bola rosa passou voando pela gente e bateu em cheio numa chaminé; logo notei que aquilo era uma bomba, não só pelo formato, mas pelo barulho também.
Olhei pra frente e vi o akumatizado misterioso, ele era todo rosa e tinha um canhão em sua mão direita.
— Eu sou o sr. Chicletão. - ele se apresentou. - estão prontos pra se deliciar com os meus chicletes? - o akumatizado riu e lançou mais uma bomba na nossa direção.
Por pouco não sou atingido, mas fui rápido como um gato.
— Vai ter que fazer melhor que isso. - falei.
— Argh. - o sr. Chicletão bateu seu pé.
O akumatizado começou a atacar várias bombas em minha direção, mas a Ladybug foi rápida e me defendeu com seu ioiô.
— Me de seus miraculous e tudo ficará bem. - sua expressão era seria. - ou, farei Paris virar uma grande e grudenta piscina de chiclete.
— Nunca! - eu e a azulada falamos.
Começamos a lutar contra ele, o akumatizado era bem ágil e pra minha infelicidade eu estava morrendo de sono.
Eu e a joaninha parecíamos dois ratinhos fugindo de um gato, por pouco não fomos pegos.
— Nunca pensei que eu fosse ficar fora de forma. - ouvi ela resmungar.
— Relaxa, até que não estamos tão ruim assim. - tentei relaxa-la.
A Lady parou por um instante e cheguei a pensar que ela procuraria por ajuda, mas a azulada voltou ao normal e ativou seu talismã; o objeto cai em sua mão, ela para pra analisar e aparentemente pensa num plano.
— Chat, se prepara. - a Ladybug corre em direção ao akumatizado.
Ativo meu cataclismo.
A azulada gruda o sr. Chicletão no talismã e eu usei meu cataclismo no canhão. O akuma saiu do objeto quebrado e ela o neutraliza.
— Tchau, tchau, borboletinha. - a joaninha pega o objeto e joga pra cima. - Miraculous Ladybug.
Observei Paris voltar ao normal.
— Zerou. - falamos e batemos os punhos.
— É, voltamos ao trabalho... - falei. - Estava com saudades dessa adrenalina.
O pior é que eu estava mesmo com saudades de lutar ao lado de minha parceira.
Ela revira os olhos.
— Eu estou preocupada. - a azulada murmura. - nunca estive tão ruim nas lutas.
— Você se saiu bem, my lady. - falei tentando passar confiança.
— É sério, Chatnoir. - ela diz séria.
Eu também fiquei preocupado com jeito que lutamos hoje, eu precisava focar mais na esgrima e acredito que a Ladybug também vai se esforçar mais caso faça algum esporte.
— Você faz algum tipo de exercício na sua vida como cívil? - perguntei.
— Não. - ela disse seca.
— Ah, por isso. - falei concluindo meu pensamento.
A azulada estava me olhando de um jeito tão estranho que acabo tentando mudar de assunto.
— Achei que íamos precisar de ajuda. - falei.
— É, eu também. - seu jeito não era nada animado.
O brinco dela começou a apitar.
Ela olhou pro civil que estava atrás de nós.
— Eu cuido dele. - falei. - vai pra casa.
— Obrigada. - a joaninha jogou seu ioiô num telhado. - até mais, gatinho.
Fico observando ela ir embora e depois me viro pro senhor que estava em pé me esperando. Ele me falou aonde morava e eu o deixei em casa; depois fui direto pra minha, eu precisava dormir.
No quarto do Adrien:
Cheguei e já me joguei na cama novamente.
— Não estava com saudades disso. - o Plagg fala com uma voz cansada.
— Desculpa, Plagg. - tento olhar pra ele.
O Kwamii pareceu rir do meu jeito cansado e foi pra cômoda.
Acabei dormindo.
De manhã:
Acordei com o sol batendo em meu rosto, olhei pro lado e vi o meu Kwamii dormindo - sorri, eu tinha tanta sorte de te-lo comigo.
Peguei meu relógio e vi que já estava bem cedo. Resolvi que ia me arrumar e depois ir comer.
No corredor:
Estava indo em direção a cozinha e passei pelo escritório do meu pai, a porta estava meio aberta; notei que havia gente lá dentro, o que me era estranho, estava muito cedo.
Cheguei mais perto pra ver quem era e ouvi meu pai conversando com a Natalie.
— Finalmente consegui concerta-lo. - ele mostrava alguma coisa pra sua secretaria.
— Fico feliz, assim posso voltar a te ajudar. - seu corpo dá uma tremida.
— Não, Natalie. - ele leva ela até um sofá. - ainda é muito cedo, deixe comigo por enquanto, ok? - ele guarda o que estava segurando atrás do quadro da minha mãe.
No quarto do Adrien:
Volto pro quarto meio confuso com o que eu acabei de escutar. Vou até a minha cama e acordo o Plagg.
— O que foi, garoto? - ele resmunga.
— Temos que ir. - falo pensando no colégio.
— Já?
— Já. - ri de seu jeito.
Peguei a minha mochila, botei uns pedaços de queijo nela e desci pra comer.
Na cozinha:
Enquanto eu comia, a Natalie aparece na cozinha, ela me parecia bem fraca, o que me preocupava - já se faziam mais de dois meses que ela estava assim.
— Está pronto, Adrien? - ela para na minha frente. - irei te acompanhar até o colégio.
— Tem certeza? - pergunto. - você não parece nada bem.
— Seu pai ficou sabendo que o Hawk Moth voltou a atacar e ele me pediu pra te acompanhar.
Aquilo me soava estranho, mas acabei dando de ombros.
No colégio:
A conversa que eu escutei do meu pai com a Natalie ficou martelando na minha cabeça, o que será que ele concertou? Por que ela não pode ajudar ainda? Fiquei pensando nisso enquanto andava até a sala.
Me sentei no lugar de sempre; depois de um tempo o Nino chegou e sentou ao meu lado, ele me contou como foi seu dia no cinema.
Minutos depois a professora chega.
A primeira aula acabou rápido e num piscar de olhos já estávamos na metade do segundo tempo. De repente o diretor entrou na sala e pediu pra falar com a turma.
Ele falou sobre a nova akumatização e disse que a partir daquele dia, iria começar um treinamento de fuga anti-akuma. Olhei discretamente pro Plagg e o Kwamii fez um sinal pra que eu fosse no banheiro.
Pedi licença e sai da sala.
No banheiro:
— Você acha que isso vai dar certo? - perguntei pro Plagg.
— É claro que vai. - ele deu de ombros. - o diretor só vai mostrar uma forma de recuar o prédio.
— Bom, vou ver se consigo vir como Chatnoir pra auxiliar, vou falar com a Ladybug também.
O Kwamii ficou pensativo.
— Não sei se isso é uma boa ideia, que desculpa você vai usar pra não vir?
— Vou pensar nisso. - falei abrindo a porta. - agora temos que voltar pra sala.
No vestiário:
Eu estava saindo do vestiário e bato de frente com alguém.
— Ai! - gemi.
— Me desculpa. - olhei pra frente e vi que era a azulada.
Olhei pra ela e senti uma fisgada no coração; depois de ter conversado com a minha amiga sobre seus sentimentos, ela me pareceu ser tão frágil, mais do que já parecia ser.
Saber sobre isso me deixou curioso e ao mesmo tempo intrigado. Eu queria muito descobrir quem é o amor dela.
Reparei seu olhar meio distante.
— Te machuquei, Marinette?
— N-não. - ela respondeu.
— Você tem certeza? - notei seu rosto meio avermelhado. - você está vermelha.
— T-tenho s-sim, A-adrien. - ela sorriu.
Fiquei pensando numa forma de perguntar sobre o que tínhamos conversado sem dar muito na cara que eu era o Chatnoir.
— Marinette, eu queria te perguntar uma coisa, mas...
O sinal tocou.
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