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História O muro que nos separa - Cap 05 - O akumatizado (A)


Escrita por: btzssousa

Capítulo 11 - Cap 05 - O akumatizado (A)


Fanfic / Fanfiction O muro que nos separa - Cap 05 - O akumatizado (A)

Call me what you wanna

I'll be what you wanna

I've been here a thousand times

Ay, ay

Fallin' for another

I don't even bother

I could do it all my life

• Topic - Breaking me


No quarto do Adrien:


Cheguei no meu quarto e me joguei na cama - eu estava confuso; aconteceu tanta coisa num dia só.


— Nunca vou te entender, garoto. - o Plagg fala ao meu lado. - Você fica todo pensativo por causa da Kagami, se declara pra Ladybug e corre pra Marinette.
— Correr pra Marinette? - falo confuso. - eu precisava de uma amiga, Plagg.


Ele parou na minha frente.


— Eu falei o nome de três pessoas e você só percebeu um... - ele riu baixinho.


Revirei os olhos.


— Tá, mas e a Ladybug? Você não tinha parado de se declarar pra ela? - ele cruzou os braços.
— Sim, mas é que... - me lembrei da japonesa.


— Você está confuso. - ele concluiu.
— É... Tipo isso. - fiquei olhando pro teto.


Ficamos em silêncio e o Plagg foi pra cômoda, ele queria terminar de comer seu precioso queijo.


Eu estava me sentindo muito estranho, principalmente depois dessa conversa com a Marinette, ela não era muito de falar sobre seus sentimentos comigo e do nada se abriu pro Chatnoir.


— Será que ela não confia em mim? - murmurei.


O Kwamii me olhou meio confuso.


— Quem não confia em você, garoto? - olhei pra ele sem graça. - Ah, entendi. Você ta falando da Marinette, certo?
— É...
— Claro que ela confia. - ele deu de ombros. - ela acabou de falar sobre os sentimentos dela pra você. - ele jogou um pedaço de queijo pra dentro de sua pequena boca.


Me senti impaciente.

— Ela se abriu pro Chatnoir, Plagg. - me sentei na cama.
— Você é o Chatnoir, Adrien. - ele disse irônico.
— Eu sei, mas ela nunca falou sobre os sentimentos dela pra mim como Adrien. - comecei a me sentir magoado. - poxa, eu sempre falo dos meus sentimentos pra ela...

Notei um olhar de desconfiança de meu Kwamii.

— Não me olha assim. - falei olhando pra janela. - é que eu considero ela minha melhor amiga e, aparentemente ela não me considera o dela...

O pequeno comedor de queijo voou até mim.

— Adrien, será que não tem outro motivo pra ela não querer se abrir pra você? - ele olhava nos meus olhos.
— Não entendi. - falei confuso. - que outros motivos além da falta de confiança dela em mim poderia ter?

O Kwamii murmurou alguma coisa.

— Hã? - falei.
— Nada, garoto. Só acho que você deveria parar pra pensar nas coisas que o Nino te fala. - ele deu de ombros e voltou pra cômoda.

Fiquei um tempo pensando no que ele quis dizer, mas estava sem cabeça para as piadinhas do Plagg.

Continuei sentado olhando a janela e meus pensamentos me levaram até a Ladybug. Ser amigo da Lady, era mais do que eu havia sonhado e se ela amava outro, a única coisa que eu poderia fazer, é seguir em frente.

Enquanto eu pensava, senti minhas pálpebras pesarem - me levantei e fui me preparar pra dormir.

De manhã:

Acordei cedo e decidi estudar, não queria dar motivos pro meu pai me tirar do colégio.

— Nunca vi alguém gostar tanto de estudar como você. - o Plagg se sentou em cima da mesa.
— Se eu quiser continuar frequentando o colégio, preciso tirar notas boas. - olhei pra ele.
— Isso é tão chatooo... - ele revirou os olhos.

Ri do drama dele e voltei a focar nos estudos.

De noite:

Passei o dia praticamente estudando, parei apenas pra comer; isso me cansava demais. Vi que era cedo, mas o sono estava falando mais alto - fui me preparar pra dormir.

Quando finalmente me deito na cama, escuto um estouro alto vindo da rua.

— Que isso? - murmurei.

Olho pro Kwamii que estava brincando com uma peça de queijo.

Outro estouro.

— Plagg, será que é um akuma? - pergunto surpreso. - faz tanto tempo que o Hawk Moth não da as caras...

O Kwamii suspirou.

— Vai fundo. - sua cara era de tédio.
— Plagg, mostrar as garras.

Na rua:

Sai pela janela e fui pra um telhado próximo; ao olhar em volta tomei um susto com o que vi, a cidade estava tomada por uma gosma rosa.

Outro estouro.

Fiquei parado por um tempo, queria localizar de onde vinha o som, mas não consegui - eu precisava achar a Ladybug, acredito que ela saiba o que está acontecendo. Corri pelos telhados e acabei batendo de frente com a joaninha.

— Ai! - ela falou me olhando.
— Te machuquei, my lady? - seguro sua mão.
— Não, não.

Outro estouro.

— Da onde vem isso? - a azulada perguntou.
— Eu achei que você saberia. - fiquei olhando de um lado pro outro a procura do causador daqueles estouros. De repente vi uma bola grande e rosa vindo em nossa direção. - CUIDADO! - empurrei a minha parceira.

A bola rosa passou voando pela gente e bateu em cheio numa chaminé; logo notei que aquilo era uma bomba, não só pelo formato, mas pelo barulho também.

Olhei pra frente e vi o akumatizado misterioso, ele era todo rosa e tinha um canhão em sua mão direita.

— Eu sou o sr. Chicletão. - ele se apresentou. - estão prontos pra se deliciar com os meus chicletes? - o akumatizado riu e lançou mais uma bomba na nossa direção.

Por pouco não sou atingido, mas fui rápido como um gato.

— Vai ter que fazer melhor que isso. - falei.
— Argh. - o sr. Chicletão bateu seu pé.

O akumatizado começou a atacar várias bombas em minha direção, mas a Ladybug foi rápida e me defendeu com seu ioiô.

— Me de seus miraculous e tudo ficará bem. - sua expressão era seria. - ou, farei Paris virar uma grande e grudenta piscina de chiclete.
— Nunca! - eu e a azulada falamos.

Começamos a lutar contra ele, o akumatizado era bem ágil e pra minha infelicidade eu estava morrendo de sono.

Eu e a joaninha parecíamos dois ratinhos fugindo de um gato, por pouco não fomos pegos.

— Nunca pensei que eu fosse ficar fora de forma. - ouvi ela resmungar.
— Relaxa, até que não estamos tão ruim assim. - tentei relaxa-la.

A Lady parou por um instante e cheguei a pensar que ela procuraria por ajuda, mas a azulada voltou ao normal e ativou seu talismã; o objeto cai em sua mão, ela para pra analisar e aparentemente pensa num plano.

— Chat, se prepara. - a Ladybug corre em direção ao akumatizado.

Ativo meu cataclismo.

A azulada gruda o sr. Chicletão no talismã e eu usei meu cataclismo no canhão. O akuma saiu do objeto quebrado e ela o neutraliza.

— Tchau, tchau, borboletinha. - a joaninha pega o objeto e joga pra cima. - Miraculous Ladybug.

Observei Paris voltar ao normal.

— Zerou. - falamos e batemos os punhos.

— É, voltamos ao trabalho... - falei. - Estava com saudades dessa adrenalina.

O pior é que eu estava mesmo com saudades de lutar ao lado de minha parceira.

Ela revira os olhos.

— Eu estou preocupada. - a azulada murmura. - nunca estive tão ruim nas lutas.
— Você se saiu bem, my lady. - falei tentando passar confiança.
— É sério, Chatnoir. - ela diz séria.

Eu também fiquei preocupado com jeito que lutamos hoje, eu precisava focar mais na esgrima e acredito que a Ladybug também vai se esforçar mais caso faça algum esporte.

— Você faz algum tipo de exercício na sua vida como cívil? - perguntei.
— Não. - ela disse seca.
— Ah, por isso. - falei concluindo meu pensamento.

A azulada estava me olhando de um jeito tão estranho que acabo tentando mudar de assunto.

— Achei que íamos precisar de ajuda. - falei.
— É, eu também. - seu jeito não era nada animado.

O brinco dela começou a apitar.

Ela olhou pro civil que estava atrás de nós.

— Eu cuido dele. - falei. - vai pra casa.
— Obrigada. - a joaninha jogou seu ioiô num telhado. - até mais, gatinho.

Fico observando ela ir embora e depois me viro pro senhor que estava em pé me esperando. Ele me falou aonde morava e eu o deixei em casa; depois fui direto pra minha, eu precisava dormir.

No quarto do Adrien:

Cheguei e já me joguei na cama novamente.

— Não estava com saudades disso. - o Plagg fala com uma voz cansada.
— Desculpa, Plagg. - tento olhar pra ele.

O Kwamii pareceu rir do meu jeito cansado e foi pra cômoda.

Acabei dormindo.

De manhã:

Acordei com o sol batendo em meu rosto, olhei pro lado e vi o meu Kwamii dormindo - sorri, eu tinha tanta sorte de te-lo comigo.

Peguei meu relógio e vi que já estava bem cedo. Resolvi que ia me arrumar e depois ir comer.

No corredor:

Estava indo em direção a cozinha e passei pelo escritório do meu pai, a porta estava meio aberta; notei que havia gente lá dentro, o que me era estranho, estava muito cedo.

Cheguei mais perto pra ver quem era e ouvi meu pai conversando com a Natalie.

— Finalmente consegui concerta-lo. - ele mostrava alguma coisa pra sua secretaria.
— Fico feliz, assim posso voltar a te ajudar. - seu corpo dá uma tremida.
— Não, Natalie. - ele leva ela até um sofá. - ainda é muito cedo, deixe comigo por enquanto, ok? - ele guarda o que estava segurando atrás do quadro da minha mãe.

No quarto do Adrien:

Volto pro quarto meio confuso com o que eu acabei de escutar. Vou até a minha cama e acordo o Plagg.

— O que foi, garoto? - ele resmunga.
— Temos que ir. - falo pensando no colégio.
— Já?
— Já. - ri de seu jeito.

Peguei a minha mochila, botei uns pedaços de queijo nela e desci pra comer.

Na cozinha:

Enquanto eu comia, a Natalie aparece na cozinha, ela me parecia bem fraca, o que me preocupava - já se faziam mais de dois meses que ela estava assim.

— Está pronto, Adrien? - ela para na minha frente. - irei te acompanhar até o colégio.
— Tem certeza? - pergunto. - você não parece nada bem.
— Seu pai ficou sabendo que o Hawk Moth voltou a atacar e ele me pediu pra te acompanhar.

Aquilo me soava estranho, mas acabei dando de ombros.

No colégio:

A conversa que eu escutei do meu pai com a Natalie ficou martelando na minha cabeça, o que será que ele concertou? Por que ela não pode ajudar ainda? Fiquei pensando nisso enquanto andava até a sala.

Me sentei no lugar de sempre; depois de um tempo o Nino chegou e sentou ao meu lado, ele me contou como foi seu dia no cinema.

Minutos depois a professora chega.

A primeira aula acabou rápido e num piscar de olhos já estávamos na metade do segundo tempo. De repente o diretor entrou na sala e pediu pra falar com a turma.

Ele falou sobre a nova akumatização e disse que a partir daquele dia, iria começar um treinamento de fuga anti-akuma. Olhei discretamente pro Plagg e o Kwamii fez um sinal pra que eu fosse no banheiro.

Pedi licença e sai da sala.

No banheiro:

— Você acha que isso vai dar certo? - perguntei pro Plagg.
— É claro que vai. - ele deu de ombros. - o diretor só vai mostrar uma forma de recuar o prédio.
— Bom, vou ver se consigo vir como Chatnoir pra auxiliar, vou falar com a Ladybug também.

O Kwamii ficou pensativo.

— Não sei se isso é uma boa ideia, que desculpa você vai usar pra não vir?
— Vou pensar nisso. - falei abrindo a porta. - agora temos que voltar pra sala.

No vestiário:

Eu estava saindo do vestiário e bato de frente com alguém.

— Ai! - gemi.
— Me desculpa. - olhei pra frente e vi que era a azulada.

Olhei pra ela e senti uma fisgada no coração; depois de ter conversado com a minha amiga sobre seus sentimentos, ela me pareceu ser tão frágil, mais do que já parecia ser.

Saber sobre isso me deixou curioso e ao mesmo tempo intrigado. Eu queria muito descobrir quem é o amor dela.

Reparei seu olhar meio distante.

— Te machuquei, Marinette?
— N-não. - ela respondeu.
— Você tem certeza? - notei seu rosto meio avermelhado. - você está vermelha.
— T-tenho s-sim, A-adrien. - ela sorriu.

Fiquei pensando numa forma de perguntar sobre o que tínhamos conversado sem dar muito na cara que eu era o Chatnoir.

— Marinette, eu queria te perguntar uma coisa, mas...

O sinal tocou.



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