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História O nadador e o assistente - Capítulo 16


Escrita por: phmmoura

Capítulo 16 - Capítulo 16


Embora não tivesse mais como abaixar o zíper, Nelson não soltou. Ele o encarou por um bom tempo antes de erguer os olhos para olhar no rosto de Cris.

O assistente olhou de volta para ele com uma expressão provocativa, o sorriso nunca deixando seus lábios. Com dificuldade, o nadador abriu seus dedos rígidos e soltou o zíper, recuando um passo.

No entanto, antes de Nelson descobrir se seu assistente usava algo ou não por baixo da jaqueta, Cris segurou o colarinho e a barra com as mãos, o rosto vermelho.

— Você está pronto? — perguntou com uma voz tímida e incomum. Nelson engoliu em seco. Cris, inquieto, parecia mais envergonhado que o nadador. Ele desviou o olhar, encarando Nelson pelo canto do olho. — Até eu fico com vergonha… Normalmente, quando faço isso, estou prestes a…

Cris não terminou a frase, suas bochechas ainda mais vermelhas. Nelson assentiu novamente, incapaz de dizer nada. O nadador não percebeu, mas ele prendia o fôlego enquanto aguardava o assistente revelar o que estava por baixo da jaqueta

— Tudo bem… se realmente quiser saber o que tem aqui embaixo… lá vai… — De mãos trêmulas, Cris fechou os olhos, virou o rosto e abriu a jaqueta de uma vez.

Nelson não soube o porquê, mas fechou os olhos também. Sua respiração ficou mais rápida e superficial. Mas a curiosidade o devorava por dentro. Após vários longos segundos, o nadador abriu um pouco os olhos.

Debaixo da jaqueta verde e amarela com a bandeira do Brasil, Cris usava um maiô azul-claro.

— Uma pena! Não estou pelado! — gritou.

O assistente riu enquanto o nadador mostrava várias expressões. Primeiro, Nelson tinha uma expressão vazia. Depois deixou o queixo cair. Então, mexeu a mão no ar, abrindo e fechando a boca diversas vezes, lutando para encontrar as palavras certas. Ou qualquer palavra. No instante seguinte, seus lábios se moviam como se ele falasse, mas nenhuma voz saiu. Enfim, ele tremeu e cobriu o rosto com a mão. Depois de alguns segundos, ele riu.

— Você me enganou! — Nelson conseguiu dizer entre os risos.

Sua voz ecoou pela piscina interna. Cris, então, juntou-se e ambos riram.

— Foi você quem quis saber o que tinha debaixo da jaqueta.

Demorou um pouco para que parassem de rir. Nelson segurou a barriga e respirou para se recuperar.

— Faz tempo desde que ri assim — disse, ainda sorrindo.

Ele olhou bem para Cris. Vendo com calma, sabia que era um maiô de competição devido ao tecido, mas não era para esportes profissionais. Ele observou o assistente da cabeça aos pés e não conseguiu impedir o rosto de corar ao ver a protuberância entre as pernas. Ele é mesmo um cara, pensou, desviando o olhar.

— Qual é a do maiô? —Nelson perguntou para tirar a atenção de si. Cris notou que ele o encarava. Dava para saber pelo sorriso do assistente. — Acho que já vi, mas não sei onde… digo, não é roupa de profissional…

— Isso aqui? — Sorrindo, Cris girou algumas vezes para que o nadador pudesse ver os dois lados. Chegou até a erguer a barra da jaqueta para que o nadador visse sua bunda. — É um maiô de escola japonesa. É bonitinho, não é?

— De escola japonesa? — Nelson encarou ele por um bom tempo. — Por que você tem algo assim?

— Mari quem me emprestou. Eu comprei um novo pra trabalhar com você, mas… vamos dizer que era um pouco estimulante demais — respondeu Cris com um sorriso malicioso, colocando as mãos nas costas.

Acho que esse daí já é estimulante o bastante, pensou Nelson, sem olhar para Cris diretamente.

— Que tipo de maiô você comprou? — Ele perguntou o que pensava sem nem perceber.

— Você está bem interessado em mim de maiô, hein. Isso me deixa feliz — disse, aproximando-se de Nelson. — O outro maiô não era… apropriado para o trabalho. Mas quem sabe você vai me ver com ele qualquer dia desses…

— Eu… Eu não sei o que dizer… — Nelson se esforçou para não encarar Cris. Era difícil demais olhar na cara do assistente e não ficar estimulado.

—Só de ver a sua reação já compensou ter pego isso emprestado — disse Cris, recuando, ainda sorridente. Ele tirou a jaqueta e alongou os braços. — Ei, me passa seu celular e carteira.

Nelson tirou os dois do bolso sem pensar duas vezes. Mas parou antes de entregá-los.

— Por quê? — perguntou, suspeito.

— Não confia em mim? — Cris mostrou a palma da mão para Nelson. O nadador olhou a mão e então para o dono, e passou o celular e carteira. — Obrigado pelo voto de confiança.

Cris envolveu os objetos com sua jaqueta e os colocou no chão. Quando terminou, ele virou-se para Nelson com um sorriso, dando voltas ao redor dele.

— Q-Que foi? — gaguejou o nadador sob aquele sorriso, sem jamais tirar os olhos de Cris. Ele podia não conhecer o assistente há muito tempo, mas conhecia o bastante para ter certeza de que era o sorriso de quem está planejando algo.

— Lembra que um dos meus trabalhos é animá-lo? — perguntou Cris com um rosto sério. Nelson inclinou a cabeça. Mas, antes que pudesse fazer qualquer coisa, o assistente empurrou o nadador com ambas as mãos.

Tudo se moveu em câmera lenta para Nelson. Primeiro, ele percebeu que estava caindo na piscina. Então virou sua cabeça para o assistente. Quando viu aquele sorriso, tentou pegar o braço de Cris e puxá-lo junto.

Porém, o assistente foi mais rápido. Antes que o nadador conseguisse pegá-lo, Cris tirou seu braço de alcance. Tudo que Nelson pôde fazer foi cair na piscina enquanto via o sorriso do menino vestindo um maiô.

O nadador ergueu a cabeça acima da água. Ele respirou e limpou os olhos.

— Por que você fez… — Antes que terminasse, Cris deu alguns passos para trás e correu, pulando na piscina também. Por reflexo, Nelson cobriu o rosto quando a água respingou.

Cris colocou a cabeça acima da água e sorriu para o nadador.

— Eu sabia que deveria ser importante e tal. Tipo, você entrou na água após tanto tempo, mas… — Ele corou e colocou uma mão na bochecha e depois virou a cabeça, fingindo estar com vergonha. — Eu não podia esperar e decidi roubar sua primeira vez pra mim.

— Você é um idiota, tu sabe, né? — A boca aberta de Nelson se transformou em um sorriso enquanto ele ria. Ele foi atrás de Cris, mas o assistente nadou para longe, a risada deles ecoando por toda a piscina.

— Me sinto melhor agora — disse Nelson após eles saírem da piscina meia hora depois.

— De nada! — exclamou Cris com um grande sorriso.

— Não nego que você ajudou. — Nelson não conseguia conter seu sorriso enquanto tirava o excesso de água do cabelo. — Sinto falta de competir, mas nem lembro quando foi a última vez que só brinquei na água assim. Provavelmente foi quando eu era pequeno…

— Sendo assim, meu trabalho está feito! — O sorriso de Cris não diminuiu enquanto ele tremia de frio.

Nelson notou e olhou em volta, mas não achou nenhuma toalhas por perto. Ele pegou a jaqueta de Cris com o celular e carteira.

— Vamos sair dessas roupas molhadas antes que você pegue uma gripe.

— Estou gostando do rumo dessa conversa. — O sorriso de Cris ficou malicioso na hora.

Nelson encarou ele com uma expressão vazia. No segundo seguinte, ele riu e balançou a cabeça.

— Você é que nem sua prima — disse, caminhando até o vestiário.

— Não sei se é elogio ou não… — Cris amuou-se enquanto seguia o nadador.

— Vou deixar isso por sua conta. Ei, tá com a chave? — perguntou Nelson quando tentou abrir a porta do vestiário.

Cris tirou a chave de um dos bolsos da jaqueta e destrancou a porta. Ele pegou duas toalhas do primeiro armário e jogou uma para o nadador.

— Não tem problema? Tipo, é pros funcionários daqui e tudo mais — disse Nelson, olhando para a toalha e depois pro assistente.

— De boa. E, tecnicamente, nós somos funcionários. Pelo menos eu sou.

Sem dizer nada, ele aceitou a toalha sem hesitar.

— Está limpa, se estiver com medo disso. Nos certificamos de que todas as toalhas estejam lavadas aqui no clube — disse ele com orgulho na voz.

— Não tava preocupado com isso, mas fico feliz em saber. — Apesar de sua expressão, Nelson secou seus cabelos e o corpo.

Antes que notasse, Nelson assistia seu assistente se secar. Não percebi, mas esse maiô é apertado. Realmente demarca o corpo esbelto dele… e o tecido grudado na pele…

Cris secou seu longo cabelo preto com cuidado, mas ainda havia algumas partes molhadas. Algumas gotas caíram e lentamente traçaram o contorno de seu pescoço.

Nelson não tirou os olhos enquanto observava as gotas deslizarem e serem absorvidas pelo maiô. Mas seu olhar não parou quando as gotas desapareceram. Seus olhos desceram pelo corpo de Cris.

O assistente começou a secar suas pernas e Nelson só conseguia observar. Ele tem pernas lindas… Digo, são esbeltas e firmes… Seu coração palpitou.

Quando notou o que estava pensando e fazendo, o nadador ficou vermelho, virou-se e se focou em secar seu próprio corpo. Ele é um cara, precisou se lembrar. Ele é um cara… Não importa o quão bonito e… sexy… pareça, ele ainda tem… um lá embaixo… que nem eu…

Nelson sabia disso e tentou manter a mente vazia. Porém, apesar de toda sua força de vontade, não conseguiu impedir alguns olhares furtivos para o assistente que secava seu corpo.

Cris finalmente percebeu. Ele colocou a toalha em volta do pescoço e caminhou para mais perto do nadador.

— Você está, não sei, por algum motivo, intensamente me vendo me secar? — perguntou, brincando.

O nadador ficou com um tom alarmante de vermelho.

— Eu… hã… eu…

— Você só tá deixando as coisas mais duras — disse Cris, deslizando um dedo pela barriga de Nelson. — Eu prometi que ia diminuir as provocações, mas você só tá fazendo manter essa promessa bem dura. — Suas mãos deslizaram mais baixo.

Nelson olhou também, notando a protuberância em seu shorts. Ele arregalou os olhos, mas Cris chegou lá antes que pudesse esconder com as mãos.

— Não precisa ficar com vergonha. É uma reação natural — disse, desfazendo o laço do short. — Falando nisso, não acertamos a sua recompensa.

— Re-recompensa…? — Nelson engoliu em seco, paralisado. Não sabia o que fazer. Mas, mesmo assim, os shorts só ficava mais apertado. — Recompensa pelo quê…?

— Por ontem. Você venceu nossa aposta, por isso merece uma recompensa — disse Cris, abaixando os shorts de Nelson.

O membro dele estava ereto e duro. Estava a poucos centímetros da mão de Cris.

— E-Eu não deveria escolher…?

— Parece que já fez sua escolha. — Cris tocou com cuidado, sorrindo com a reação de Nelson.

O nadador se certificou de olhar nos olhos do assistente.

— Mas… mas…

— Da última vez, eu não consegui fazer nada porque estávamos no hospital. Mas não tem como deixar uma ereção dessas escapar sem fazer nada — disse. — Pode me empurrar para longe, caso não queira…

Nelson não fez nada. Cris mostrou um sorriso malicioso antes de ficar de joelhos.


Notas Finais


Espero que tenham gostado XD
Me digam o que acharam desse cap


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