História O Namorado Da Minha Irmã - Gateway To Hell

Durante todo o jantar eu fui o centro das atenções enquanto mamãe e Amber me perguntavam sobre o primeiro dia de trabalho, elas estavam mais animadas do que eu e confesso que aquilo estava começando a me irritar, tudo o que mais queria era esquecer cada minuto passado dentro daquela livraria depois da breve visita que fiz à sala de Zayn e minha irmã e mãe não paravam de falar um segundo sobre o como eu deveria trabalhar na livraria até me formar na escola e que eu nunca encontraria um chefe melhor do que Zayn. Quem me dera. Quando o jantar finalmente terminou ajudei Isaac com a louça e depois fui até meu quarto calçar um par de tênis para ir ensaiar na casa de Harry.

Depois de receber inúmeros avisos de meus pais dizendo que eu não poderia voltar tarde e dar todas as informações possíveis de Harry, eu finalmente pude sair de casa.

O cacheado não morava longe e não foi difícil encontrar a residência, não era de todo grande, possuía dois andares e varias janelas, o gramado era extremamente verde o que me levava a pensar que a mãe de Harry gostava de cuidar do jardim levando em conta que todas as flores eram do mesmo tom de cor da casa, amarelo queimado. Toquei a campanhia e esperei que alguém abrisse a porta, levei um susto quando uma menina de cabelo colorido praticamente pulou em cima de mim me fazendo perguntas.

- Você é a Lucy né? Que pergunta boba, claro que você é a Lucy. Muito prazer sou Gemma irmã do cabeludo. É muito bom saber que Harry encontrou uma amiga, eu pensei que ele não iria fazer amizade tão rápido já que sempre foi um menino tímido, mas ai aparece você, e você é linda. Você tem irmãos? Por que se você tiver algum da minha idade pode apresentá-lo pra mim. – A tal Gemma já me empurrava para dentro da sala e só se aquietou quando Harry apareceu.

- Não assuste a Lucy. Oi Lucy. – O cacheado falou enquanto puxava Gemma do meu lado no sofá, onde ela me colocara sentada, e se sentava ao meio de nós duas.

- Oi Harry. – Baguncei seus cabelos e ele logo tratou de arrumá-los, coisa que eu achava impossível já que parecia uma juba. – E respondendo sua pergunta Gemma, eu tenho dois irmãos e considerando que você é mais velha que Harry então suponho que nenhum dos meus irmãos tenham a mesma idade que você.

- Nenhum irmão com vinte e quatro anos? – Ela perguntou com um olhar esperançosos e eu neguei com a cabeça vendo ela bufar em seguida. – Até o Harry já arranjou amigos nessa cidade e eu ainda não.

- Não precisa ofender também.

- Desculpa maninho lindo do meu coração. – Gemma agarrou Harry e o puxou para um abraço, quando o soltou o cacheado estava vermelho por conta da força com que a irmã depositara na troca de afeto.

- Deus Gemma, você ainda vai me matar com esses abraços.

A irmã lhe mostrou a língua e se levantou do sofá arrumando a toca vermelha que usava na cabeça.

- No fundo você gosta. – Disse convencida e o irmão revirou os olhos. – Bom, foi um prazer conhecer você Lucy, mas agora o dever me chama. – Ela jogou um beijo no ar e pegou sua bolsa em cima da mesa de centro. – Divirtam-se crianças, mas não demais. – Piscou um olho e desapareceu porta a fora.

- Não liga pra Gemma, ela tem problemas.

- Gostei dela, menina animada. – Pode-se dizer que ela era bem o oposto de Harry, mas era nítido o quanto eles dois se amavam. Pensar naquilo fez lembrar de meus irmãos e o como nós também éramos diferentes, mas conseqüentemente meu cunhado apareceu em minha cabeça então parei de pensar na relação que tinha com meus irmãos.

- É animação de mais pra mim. – Harry se levantou do sofá e me alcançou a mão ajudando-me a levantar. – Vamos ensaiar então. – Ele seguiu em direção à escada e eu o segui, no final do corredor havia uma porta vermelha, a única de cor diferente e o quarto de Harry, no cômodo havia uma grande cama de casal encostada sob a janela, um guarda roupa que ocupava uma parede inteira, uma cômoda relativamente grande ficava ao lado da cama, as paredes eram em um tom de azul, mas uma delas era coberta por pôsters de bandas, filmes e super heróis, o quarto era tão organizado que até me surpreendeu, a coberta bem esticada combinava com a fronha dos travesseiros e almofadas. – Organizado, eu sei. Minha mãe é meio viciada em faxina e organização. – Aquilo não me surpreendeu já que minha mãe também era assim.

[...]

- Onde você vai passar as férias de verão? – Eu e Harry ensaiamos por uma hora, nesse meio tempo sua mãe chegou do trabalho e fez biscoitos para nós, agora estamos sentados no chão do seu quarto comendo-os enquanto conversamos.

- No sitio do meu avó, faz um tempo que não vamos lá.

- E você gosta de ir pra lá? Quero dizer, algumas meninas não gostam de lugares no interior. – O cacheado disse enquanto tascava mais um biscoito – delicioso por sinal – na boca.

- Eu gosto, sempre amei o sitio e adorei a idéia de irmos passar as férias lá...

- Mas...

Cogitei não contar a Harry o motivo que me fizera reprovar a idéia de ir até o sitio, mas nós já éramos amigos – pelo menos eu o considerava meu amigo – então não vi problema algum em desabafar, até porque ele parecia bem interessado em saber.

- Mas Amber vai levar Zayn e eu não sei se é uma boa idéia já que não conhecemos ele direito. – Eu não precisava desabafar tudo também.

- Zayn é seu cunhado? – Ascenti com a cabeça e Harry continuou. – Haa o cunhado de novo, você não parece gostar muito dele.

- Não é que não goste, é só que...- Engoli em seco e Harry me incentivou a continuar. – Ele me trata diferente do que um cunhado deveria tratar a irmã da namorada.

- “Diferente” como? – Harry ajeitou a postura e focou os olhos em mim, senti a vergonha tomar conta quando vi que seu interesse só aumentava.

- Só “diferente”. – Dei de ombros não querendo me aprofundar mais naquele assunto. Harry estreitou os olhos e me olhou desconfiado.

- Sabe que pode confiar em mim não é? Sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas você foi minha primeira amiga aqui em Londres e eu já te considero uma pessoa próxima. – Afirmei com a cabeça e tratei de mudar de assunto.

[...]

Duas semanas passam rápido, ainda mais quando você vai fazer uma viagem com um cara que não confia, as férias de verão haviam finalmente chegado e com ela a espera pela viagem até o sitio acabou. Nas duas semanas que se passaram eu freqüentava a casa de Harry quase todos os dias para ensaiar e nós sempre acabávamos conversando por horas, nossa amizade aumentava a cada dia, tanto que eu contei à ele toda a história com Zayn, o cacheado ficou meio surpreso e pediu pra que eu tomasse cuidado. Mantive meu trabalho na livraria durante as tardes, apesar de tudo eu gostava de trabalhar lá. Zayn continuava com as suas investidas, ele me chamara em sua sala três vezes para pedir com ia indo o trabalho, e minhas visitas até a sala dele sempre resultavam em ele atrás de minha cadeira mordendo meu pescoço enquanto eu suspirava pesadamente, Louis me olhava com um olhar desconfiado quando eu voltava, mas nunca comentava nada. Eu me sentia mal por Amber, mas meu corpo não reagia do modo como eu esperava aos toques de Zayn. Na sexta feira me despedi de Ashley e Zoe – que ainda não havia nos contado o motivo do termino do namoro com Liam – e fui de carona até em casa com Harry, como todos os dias.

O carro de meu cunhado estava estacionado do lado de fora da garagem e lembrei que aquele era o combinado, Zayn almoçaria conosco e depois iria dirigindo até o sitio com Amber. Harry também notou o carro e segurou minha mão.

- Fique tranqüila, no final será as melhores féria que você já teve. – Ele tentou me confortar e eu forcei um sorriso, lhe dei um abraço prometendo que ligaria assim que chegasse caso achasse sinal em meio ao mato.

Me arrastei até a porta de casa relutando enquanto virava a chave na fechadura, minha mochila foi largada no chão e eu segui em direção a cozinha encontrando apenas Zayn no cômodo. Ele estava apenas com uma calça jeans que pendia de uma forma sensual em seu quadril, seu troco nu denunciava as tatuagens e eu respirei entre dentes quando ele se virou em minha direção com aqueles olhos penetrantes.

- Oh, você chegou. – Um sorriso brincava em seu rosto e eu apenas continuava estática em frente a geladeira. – Seus pais já foram para o sitio e levaram o Isaac, então você irá comigo e Amber. – Concordei com a cabeça e me virei fuçando no refrigerador em busca de água. – Eu fiz o almoço pra você. – Aquilo me chocou.

- Pra mim? – Perguntei enquanto tentava a todo custo engolir a água que descia rasgando em minha garganta

- Amber disse que você poderia comer qualquer coisa, mas enquanto ela toma banho resolvi lhe fazer um prato rápido. – Ele levantou a tampa da panela revelando um macarrão de aparência maravilhosa.

- Não sabia que cozinhava. – Eu já pegava um prato me servia de uma quantia generosa.

- Há muitas coisas sobre mim que você não sabe. – Minha mão que segurava o prato fraquejou quando senti seu corpo atrás do meu, suas mãos pousaram em minha cintura e o queixo se apoiou em meu ombro, ele prensava minha cintura contra o balcão cada vez mais forte e eu só conseguia pensar que minha irmã estava no andar de cima e poderia aparecer a qualquer momento. Seus dedos gélidos jogaram meu cabelo para o lado e logo seus lábios distribuíam beijos pela minha nuca, ele tirou o prato da minha mão e me virou rapidamente para frente de si, eu me choquei com o seu peitoral ainda descoberto e quase que por instinto minhas mãos pousaram nos músculos definidos de sua barriga, sua boca ainda trabalhava, agora em meus ombros, ele corria a língua pela região e com a ponta do dedo levou a alça de minha camiseta para o lado junto com a do sutiã. Meus ouvidos captaram som de passos e eu empurrei Zayn para o lado, voltado minha atenção para a panela de macarrão, segundos antes de Amber entrar na cozinha com um sorriso no rosto. O moreno foi se vestir devidamente enquanto eu terminava de comer, minhas malas já estavam com os meus pais uma vez que as arrumei na noite anterior então apenas colocamos a bagagem de Zayn e Amby no porta malas e partimos pela rodovia. Os fones de ouvido me faziam companhia enquanto eu tentava ignorar o olhar os olhares de Zayn pelo retrovisor. Eu me perguntava o que teria acontecido se Amber não tivesse chegado na cozinha e a culpa mais uma vez se apoderava de mim, aquelas férias seriam um inferno e eu acabara de ganhar passagem de graça para conhecer o demônio.