História O namorado da minha melhor amiga! - Capítulo - 4: Entregues

Entregues

Era a quinta vez que Kyung mexia em seu celular, estava com tanta vontade de ligar para o platinado que sentia pequenas gostas de sangue brotar dos seus lábios de tanto mordisca-los, mas não sabia como chama-lo e provavelmente seria questionado do porquê ele tinha salvo em seus contatos o número de Park, porém desde da noite passada não conseguia ficar um minuto sequer sem pensar no platinado, e depois de conseguir encontrar milk-shake de baunilha em uma mercearia próximo ao prédio que estava passando um temporada, teve certeza que estava caindo aos encantos de Chanyeol.

Contudo, se quisesse manter algum contanto com o grandão, teria que ser rápido, afinal ele tinha um prazo, e logo mais iria voltar a sua rotina de trabalho, porém dentro do seu peito estava uma combustão de sentimentos, ele não sabia como distinguir o que sentia ao ver Park, tudo o que ele poderia dizer era que, o platinado tinha um imã capaz de fazer as defesas do moreno quebrarem, ele podia sentir as vibrações lhe empurrando cada vez para aquele ser magnético de um metro e oitenta, e se continuasse daquele jeito, uma hora ou outra perderia o controle.

– Soo eu vou precisar sair, vou aproveitar que estou aqui e ir atrás de uma papelada para minha mãe – Disse Jas toda arrumada pronta para sair.

– Tudo bem amor, eu vou ficar – Kyung apesar de ter nascido próximo a aquele lugar, não conhecia muito o território, as vezes que ia para Seul era para coisas de trabalho, e mal conseguia aproveitar o passeio.

– Own.... Não quero que fique sozinho – Jas disse com uma voz manhosa – Não quer vim comigo? – Kyung negou com a cabeça, mesmo que no fundo não quisesse ficar só, ele também não estava a fim de ver nada que fosse de trabalho, no seu íntimo quem ele queria passar o dia era nada menos que Chanyeol, e parecia que o universo estava conspirando ao seu favor, pois a sugestão de Jasmin fez o peito do menor quase pular para fora da boca – Chama o Chanie para te mostrar a cidade, percebi que se deram muito bem, e conhecendo aquele orelhudo com ele é, vai adorar ficar tagarelando sobre os lugares que adora ir.

– Eu não tenho o número dele, e provavelmente ele deve estar trabalhando hoje – Kyung tentou não parecer entusiasmado com ideia, entretanto o brilho em seus olhos era tão evidente que Jas teve que conter um riso.

– Vou ligar para ele, só um minuto – Jas deslizou dedo pela tela de seu celular a procura do numero do platinado, discou e logo a voz rouca do maior ressonou do outro lado – Chanie está muito ocupado hoje?

– Estou em uma reunião com Suho aqui, te ligo em cinco minutos – Disse Park um pouco eufórico, pelo som que estava do outro lado, deveriam ter pelo menos mais cinco pessoas falando ao mesmo tempo, mas antes que ele desligasse fez um pedido ao platinado.

– Se não for muito incomodo, tem como você levar meu Soo para passear, mas só se tiver livre depois disso? – A voz da morena saiu manhosa, e Kyung não pode deixar de rir com divertimento.

– Com Kyung? – Ao ouvir o pedido da amiga, platinado parou tudo o que estava fazendo, e escutar o nome do moreno fez seu coração balançar, ele passaria a tarde com Kyung, e mesmo lotado de coisas para fazer naquele dia, seu instinto dizia que seria uma boa ideia, afinal estava louco para agradecer pelo milk-shake, mas não só isso, Soo era legal, tinha uma ótima conversa, e acima de tudo era interessante, entretanto ele não sabia até que ponto ele poderia ser instigante, e no fundo estava louco para sair daquela montanha de assuntos pendentes – Me manda uma mensagem com o endereço e diz para ele que em poucos minutos eu chego.

– Obrigado meu amigo lindo, agora tenho que desligar porque estou atrasada – Ela desligou o telefone e antes que saísse do recinto, avisou ao namorado que em poucos minutos Chanie iria busca-lo para conhecer a região.

Kyung mal pode conter a felicidade no peito, estava ansioso para o maior chegar, logo tratou de tomar um bom banho, vestir suas melhores roupas, e usar seu melhor perfume, toda aquela produção valia apena, estava mais que certo que o moreno tinha sim sentimentos pelo platinado, e negar aquilo não estava lhe ajudando. A hora parecia eterna, os minutos se rastejavam e um Kyung nervoso rosnava no apartamento, ele havia perdido as contas de quantas vezes se olhou no espelho para ter certeza de que estava tudo bem, mesmo que não soubesse, seu propósito era conquistar Park, afinal, se não fosse para isso, por que seu estomago estaria revirando só de imaginar o grandão ao seu lado?

Muitos depois a campainha toca, o som agudo logo chegou aos ouvidos do moreno e seus pés correram para atender a porta. Seus pequenos dedos giraram a maçaneta, seu coração estava inquieto, um tremendo reboliço, parecia até seu primeiro encontro, o que não deixava de ser para ele, pois agora estava ciente de que sentia algo a mais pelo grandão, só não poderia chama-lo de amor. Poderia?

– Chanyeol! – Exclamou Kyung ao ver a figura alta a sua frente. Park também estava bonito, na verdade ele não precisava de muito para estontear beleza, seu simples sorriso era o suficiente para deixa-lo mais gracioso que já era – Entre....

Chanyeol entrou no apartamento, seus olhos percorreram todo o local minuciosamente, estava com um ar tímido pairando sobre si, desde que se conheceram, aquela seria a primeira vez que ambos passariam um longo tempo juntos, entretanto o platinado estava mais acanhado por lembrar da surpresa que o menor fez para si, e nos seus lábios um sorriso cheio de receio desenhava seu rosto. Até aquele momento ele não tinha notado o quão bonito o moreno estava vestido em uma calça preta bem justa que marcava todos os seus músculos, uma camiseta branca deixando bem explicito o quanto seu peitoral era desenhado, e seu cabelo.... Oh, esse parecia deixa-lo ainda mais atrativo, os fios esparramos com um toque desgrenhando deixando os olhos de Park cheios, ao todo, Kyung estava delicioso, como uma carne pronta para ser devorada, ou um milk-shake de baunilha que deixava os lábios de Chanyeol com um gosto de quero mais.

– Uau.... – Sussurrou Chanie sem querer. Kyung notou que o platinado não tirava os olhos do seu corpo, e aquilo deixou ainda mais a mercê de seus desejos, vê aquela cabeleira platinada olhando diretamente para si, de maneira sinuosa fez suas veias pulsar. Chanyeol tentou desfaçar olhando em todas as direções que podia, mas estava obveio que o menor estava chamando sua atenção – Onde deseja ir?

– Não sei, não conheço nada por aqui – Ambos estavam ansiosos para saírem juntos, entretanto os lugares que o platinado frequentava poderia não ser do agrado do moreno, e ele não queria deixa-lo desconfortável, e antes que Chanyeol dissesse alguma coisa, Kyung sugeriu – Vamos fazer assim, saímos para beber em algum bar, só para esquentar, e depois vemos para onde iremos.

– Tudo bem – Aquela pareceu ser uma ótima ideia para Chanyeol, mesmo que ele não bebesse com muita frequência, só em ocasiões muito importantes quando era algum evento social, e com seus amigos, mas aquela também era uma ocasião importante, levar Kyung para se divertir – Vamos no seu ou no meu carro?

– No seu – Kyung nem pensou antes de responder, ele havia gostado do aroma que era o veículo do maior, tinha cheiro de Chanyeol, e por ser um carro grande era confortável.

Ambos entraram no carro, estavam prontos para irem. Algo dentro de Kyung dizia que aquela tarde seria incrível. Eles seguiram para um bar qualquer do centro da cidade, Park não costuma ir a lugares como aqueles, pois ele sabia muito bem que, assim como o sucesso tem seu lado bom, o lado ruim também uma hora vem à tona, e os rumores do passado sobre sua vida pessoal quase levaram o platinado a desistir da carreira, mesmo que amasse, contudo, apesar de estar com o moreno de lábios carnudos, ele estava alerta, no fim alguém do site de fofocas poderia dizer coisas absurdas ao seu respeito por estar em um simples bar com um amigo.

Os dois pediram bebidas leves, estavam de carro, e cuidado era necessário. Eles conversavam coisas aleatórias, de como por exemplo o centro, que era um ambiente mais carregado de pessoas, e tinha uma densa sonoridade poluída de carros e ônibus, mas aqueles assuntos eram apenas para quebrar o gelo, mal se conheciam de verdade, não tinham muitos assuntos, mas um em particular animaram seus ânimos.

– Obrigado pelo milk-shake – Disse Park tomando um gole de cerveja, odiava o gosto amargo e sem sal que o liquido descia goela a baixo, entretanto o menor parecia gostar, e ele não queria fazer desfeita, afinal Kyung fez questão pagar.

– Imagina, depois daquela nossa conversa no mercado seria impossível não tomar um gole e não lembrar de você – Kyung disse da maneira mais natural possível, sem parecer que estava galanteando o maior, entretanto não foi bem assim que Park entendeu, pois, suas bochechas pareciam um pimentão, estava corado, e aos olhos do menor aquilo era encantador, ver um homem daquele tamanho com vergonha de uma simples resposta.

– Da próxima deixe-me retribuir – Park soltou um sorrisinho. Sua consciência sabia que ali, bem na sua frente, vestido como se tivesse em um encontro, era o namorado da sua melhor amiga, mas quando estava a sós com o menor era como se Kyung fosse apenas um cara que ele conheceu em algum evento fotográfico, não que Jas não combinasse com o baixinho, no entanto Soo fazia parecer que ele era livre para ser qualquer pessoas, desimpedido, sem ninguém, e aquilo era estranho, pois, suas outras amizades também tinham parceiros ou parceiras e quando Chanyeol conversava com elas, ele podia sentir uma barreira mística dizendo que não podia atravessar aquele limite, contudo, olhar nos grandes olhos de Kyung era como ver um céu sem fim, não havia limites ou barreiras. Não que ele conseguisse ver!

– Pode ter certeza que eu irei cobrar – O moreno notou o que estava acontecendo ali, Park estava entrando em sua rede de pesca, e ele não precisou estar alterado alcoolicamente para se jogar em seus ramos engrenhados. Sua voz ainda era insegura para Kyung, seu olhar era um misto de incerteza sobre as hipóteses que ele criou, era notável em cada silaba do moreno que ele queria um pedacinho do platinado, e Chanyeol não sabia, a única coisa que sentia era uma atmosfera diferente vinda do menor, essa que lhe chamava de diferente jeitos, e um deles eram o seu perfume, pois o aroma que o moreno de lábios carnudos exalava fazia seu olfato gritar por mais.

– Quer perfume é esse? – Indagou Park fungando o ar a procura do tal perfume. Logico que ele sabia que vinha do menor, só não entendeu o porquê fazer aquele teatro apenas para questionar sobre o aroma delicioso que banhava as peles lívidas de Kyung.

– Framboesa, quer sentir? – Kyung poderia ter-lhe oferecido o braço para Chanyeol experimentar do aroma, mas ele foi mais ousando instigando o mais alto fungar seu pescoço. Park meio receoso foi de encontro com o cheiro, estavam sentados um do lado outro, e quando o as narinas do platinado soltaram um leve sopro, Kyung gemer baixinho, ele fechou os olhos instantaneamente. Chanyeol estava tão próximo de si, que ele podia ouvir a respiração entrecortada próximo ao seu ouvido, uma sinfonia que ele desejou ouvir na sua cama enquanto seus corpos se chocarem.

– Dá vontade de comer – Disse Park sem pensar, o efeito que ele perfume teve sobre seu corpo foi tão grande que ele não parou para pensar em suas palavras, só depois de minutos que se tocou do que tinha feito e pediu milhares de desculpas para o moreno. Kyung adorou, ele já podia sentir sua calça apertar só com a voz rouca de Chanyeol dizendo aquelas palavras em seu ouvindo, teve conter o prazer que estava sentindo em olhar para o platinado todo atrapalhado.

Eles não ficaram muito tempo no bar, e logo partiram para o passeio. Aquela nuvem carregada de timidez e vergonha aos poucos dava espaço para sorrisos, piadas sem graças e muitas gargalhadas. Em todo lugar atrativo que pudessem ir, eles foram, no shopping, café, no cinema –  o que na opinião de Kyung foi a melhor parte do seu dia – mas o que ele não esperava era que, algo melhor estava por vim, não era o museu de arte moderna – lugar favorito de Chanie – ou o parque aquático na zona ecológica de Seul, não, a melhor parte era bem ali, com a noite caindo sobre os dois, risonhos, por reviverem momentos de infâncias comendo algodão doce, por relembrarem o passado e verem o quão as coisas tinham mudado, e principalmente o quanto foi bom estar um do lado do outro naquela tarde.

– Muito obrigado Park – Disse Kyung caminhando sobre a calçada com um sorriso bobo no rosto – Nunca me divertir tanto.

– Eu que agradeço por ter me tirado do caos do trabalho – Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, apenas o som dos carros gritando para lá e para cá, e seus pés indo de encontro ao estacionamento do parque – Antes de ti deixar em casa, tem um lugar que quero te levar, aqui perto do parque aquático – Kyung apenas assentiu com a cabeça, aquela seriam sua última parada, estava ansioso para saber que lugar era aquele que o maior estava levando-lhe, e pelo tom doce que Park usou, ele tinha certeza que era algo bom.

Cinco minutos foram o suficiente para pararem em uma rua aparentemente comum, com casas de ambos os lados, alguns mercados e uma praça cheia de arvores dando vida ao local pouco caótico, mas Park sabia exatamente que lugar era aquele, que rua era aquela, ele podia fechar os olhos e lembrar da sua mãe levando-lhe para tomar seu milk-shake de baunilha em uma sorveteria bem onde estavam.

– Aqui – Disse Chanyeol parando em frente a um estabelecimento. Kyung olhou para a placa acesa que dizia ser uma sorveteria, então ele teve ideia do que Park estava fazendo ali – Quero lhe retribuir pela encomenda de ontem.

Kyung sorriu largo, ele até já podia sentir na língua o sabor do seu leite favorito. Os dois adentraram o pequeno estabelecimento, haviam pouquíssimas pessoas sentadas em algumas mesas no local, o cheiro dos mais diversos sorvetes preenchia o ambiente, tudo era muito aconchegante, logo se acomodaram em uma mesa e um homem veio lhes atender.

– Seja bem-vindo Sr. Park, faz tempo que não vem nos visitar – Era um senhor de aproximadamente cinquenta anos, provavelmente o dono do estabelecimento – E quem é o seu amigo?

– Obrigado Sr. Lee, esse é o meu amigo Kyung, ele é namorado da Jas, está passando uns dias aqui em Seul e advinha.... Achei um parceiro de milk-shake – Lee conhecia Chanyeol a muitos anos, desde que era um garoto sempre que ia com sua mãe a sorveteria pedia o mesmo sabor do leite, e nunca optava por apreciar um sorvete, mesmo que fosse de baunilha. Kyung sorriu e cumprimentou o senhor formalmente, entretanto não pode deixar de sentir uma ponta de decepção ao ouvir o platinado lhe chamando de amigo e ainda por cima ressaltando que era comprometido com sua melhor amiga.

– Então hoje serão dois? – Indagou o senhor sorrindo ao ver o olhar de Park brilhar – Farei do jeito que gosta, caprichado.

– Obrigado Sr. Lee – O velho saiu deixando os dois a sós. Kyung não conseguia não demonstrar desapontamento, seu semblante que antes estava alegre e vivo, agora era de decepção, ele sabia que o platinado não estava errado, entretanto precisava ele ter dito aquilo? – O que houve Kyung?

– Nada! – Soo tentou disfarçar sua tristeza contida, fez de tudo para deixar o dia agradável, seria idiotice dele fazer com que a noite terminasse com um Kyung de cara emburrada e com raiva. Minutos depois o senhor trouxe o leite de baunilha, e a primeira sucção que o moreno fez no canudo foi o suficiente para ir ao céu e voltar, nunca havia provado algo tão delicioso na sua vida, aquele sem duvidas era o melhor de todo o planeta, o sabor mesmo sendo adocicado tinha um risque de amargo no final que deixava tudo mais excêntrico, e a consistência era puxada para uma massa de sorvete de flocos – O que é isso?

– Sabia que ia gostar – Park disse bebendo o seu logo em seguida – Me fiz a mesma pergunta a primeira vez que provei – Kyung sorriu, não era de se espantar que teria a mesma reação, afinal ambos tinham o mesmo gosto – Você precisa ver o final, tem um gostinho de mel.

Aquele era realmente o lugar preferido de Park, e agora seria de Kyung pois tudo o que estava relacionado ao platinado, o moreno tinha um pedaço ligado, mesmo que indiretamente. Enquanto a noite passava voando, os dois bebiam e faziam teorias sobre como era feito aquele misto de sabor que banhavam ambos os lábios, Sr. Lee nunca revelou a ninguém como preparava a formula, e por muitas vezes o platinado chorou e implorou para que o velho lhe desse a receita, assim não teria que vir tão longe apenas por aquele liquido que tanto gostava.

– Ele deve usar algum tipo de poção, porque não pode ser possível que isso seja feito pelas mãos humanas – Dizia Kyung com um tom de mistério tirando altas risadas do platinado, esse também não ficava de fora e entrava na brincadeira.

– Acho que ele joga, lírios do lave, dente de leão e uma pintada de sangue de dragão – Continuou Park tirando altas gargalhadas de Kyung. Chanyeol realmente tinha uma mente fértil. De onde vinham aquelas coisas?

– E não vamos esquecer de uma gota de amor, porque é impossível não amar isso – Kyung disse por fim acalmando seus ânimos, estava até com dor de barriga de tanto que riu, ninguém nunca tinha conseguido tão façanha.

– É meu caro, mas isso aqui é apenas para bons amantes – Falou Park fazendo Kyung pensar a respeito. Até aquele momento de suas existências, eles eram os únicos que amavam de paixão o leite de baunilha, então, aquilo tornava os dois bons amantes. O moreno sorriu ao pensar que talvez, apenas talvez, Chanyeol fosse a pessoa perfeita para si, mas ele estava com Jas, e seria muito descaramento da sua parte faze-la de tola e entregar seu coração para alguém que só teve contato por três dias, contudo para Kyung estava mais para três séculos, havia uma ligação profunda ali, não tinha como negar, mas era confuso demais para o menor distinguir tais sentimentos, e infelizmente ele podia sentir, mesmo que apenas pequeninos, pedaços de Chanyeol em sua volta.

– Então isso nos torna amantes – Disse Kyung rápido e direto. Park paralisou com a frase, a sonoridade que proviam dos lábios do moreno não parecia de alguém que estava brincando, ou que disse sem pensar. Amantes.... Chanyeol então percebeu que, o moreno havia lhe fisgado, que aquela tarde não foi um simples passeio e que na verdade Kyung estava lhe chamando para o canto do mar, para as águas profundas que eram seu coração, e ele estava se entregando, pois, ele se sentiu atraído pelo menor, não só fisicamente como interiormente, a beleza exótica que era a pessoa de Soo havia mexido com as suas estruturas, porém ele estava diante de um precipício que, se pulasse não teria mais volta.

– É... Dois amantes – Foram suas últimas palavras até seus dedos correrem contra os do menor e com pressa seguiram para o carro. Chanyeol entrou e logo em seguida Kyung fez o mesmo, os dois se encaram por segundos, se perguntando se estavam mesmo certos do que estavam fazendo, Park não sabia, pois sua boca fora avida contra o do moreno, e foi ai que ele teve certeza que aquela cascata que estava caindo era o seu fim. Kyung também não estava diferente, tinha desejado tanto aqueles lábios e finalmente ele estava deleitando-se do platinado. Ele então constatou que, apesar do sabor dos beiços do maior estar com gosto de baunilha, pode sentir a macies que era a língua de Chanyeol lhe preencher.

Para Kyung aquele não era um simples beijo, e não estava sendo, pois suas carnes bailavam uma dança carregada de sensualidade e ternura, era indescritível como as mãos grandes de Chanyeol sabiam eram onde exatamente eram seus pontos fracos. Sem desgrudar os lábios, Kyung subiu no colo de Chanyeol, ele pode sentir seu membro rijo contra suas nadegas, nunca um homem havia feito-lhe sentir tantas sensação em apenas toques.

Ele queria dizer alguma coisa, cortar o beijo e dizer o quanto aquilo estava errado e que ambos deveriam parar por ali, e seguir como se nada tivesse acontecido, mas a verdade era que Kyung queria tudo de Chanyeol, do corpo até a alma, cada pedacinho que aquele orelhudo tinha, ele queria para si, pois tudo encaixava perfeitamente, os lábios, as mãos do maior que agora estavam dentro de suas calças apalpando sua bunda, o sabor doce que as carnes labiais do platinado deixava em seus beiços, aquilo tudo era demais, e quanto mais Kyung tinha, mais ele queria.

– O que estamos fazendo? – Indagou Kyung após apartar o beijo, ele já podia sentir falta do calor do outro só com aquele curto espaço de tempo.

– Eu não sei.... – Chanyeol parecia que tinha tomando uma grade dose de vodka pura, pois estava entorpecido com o cheiro de framboesa que percorria suas narinas, ele beijava delicadamente cada canto do pescoço grosso de Kyung, sem nem se importar se aquele ato era errado, estava possuído, e nem ele mesmo sabia como desligar aquela droga.

– Eu.... – Kyung tentou se desfazer daquilo, de toda aquela burrada, mas já era tarde demais, a boca de Chanyeol havia lhe calado, e todos os seus comandos estavam entregues a aquele orelhudo chamado Park Chanyeol, e tudo bem se aquele ato era errado, ele pensaria nas consequências depois.