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História O namorado do meu crush - Pobres Curculigos


Escrita por: Annye25

Notas do Autor


Olá <3
Hoje estou no prazo certinho kkkkk
Ainda recompenso vocês com um capítulo de 4.000 palavras porque estou bastante inspirada.
Espero que gostem e aproveitem bastante o fluffy desse cap.
Capítulo narrado por: Renjun, Chenle, Jeno e Renjun, respectivamente.
Boa leitura!

Capítulo 13 - Pobres Curculigos


- Vamos, Jeno. – Ouço, mesmo de olhos fechados, a voz melodiosa de Jaemin. A cama já não se encontra mais tão pesada, denunciando a falta da presença de seu corpo. Lee, que está ao meu lado, ronca, sequer despertando com as palavras de Na para si.

- Hm. – Espreguiço-me, me sentindo um pouco “leve”, devido ao comprimido que tomei no meio dessa madrugada. Meu rosto esquenta à medida que as memórias invadem minha mente, as feições preocupadas de Jeno e Jaemin ao me verem mais uma vez em estado de crise me deixaram ainda mais envergonhado e culpado por ter interrompido o sono dos mesmos. – B-bom dia.

- Oh, bom dia, Junnie. – Diz, alisando meus fios em um cafuné. – Dormiu bem?

- Hm, sim. – Acabo bocejando, sem querer acertando a barriga de Jeno com um de meus braços, e o mesmo deixa uma leve reclamação sair de seus lábios. – Oh, me desculpe.

Peço e Jaemin começa a rir escandalosamente.

- Ótima tática para acordar ele, Junnie. –  Comenta, antes de levantar e caminhar até o banheiro no quarto do namorado, a fim de continuar a vestir seu uniforme.

- Ha, ha, ha. – Lee finge estar rindo, sua voz saindo alguns timbres mais roucos, antes de me pegar de surpresa pelos braços e apertar meu corpo como se fosse um ursinho de pelúcia. – E como está esse dorminhoco?

Questiona, me deixando com ainda mais vergonha.

Jeno vem agindo estranho comigo desde o dia de ontem, o que me deixaria bastante assustado se eu parasse para pensar que há menos de uma semana nós mal nos falávamos. É proximidade demais para eu poder compreender assim de maneira tão fácil.

- E-estou bem. – Digo totalmente encabulado. Ao mesmo tempo em que meu subconsciente berra para que eu me solte, o restante de meus pensamentos e meu corpo clamam para que eu continue aproveitando-me deste aperto.

- Fico feliz que tenha dormido o restante da noite bem. – Boceja alto. – Fiquei com medo que aquele calmante da mamãe literalmente apagasse você por tempo indeterminado.

- Não, eu já havia tomado ele ates, estou acostumado. – O tranquilizo, esticando um de meus braços molinhos para lhe provar.

- Estão muito dormentes? – Jeno os segura, brincando com flacidez dos mesmos.

- Mais ou menos, em meia hora esse efeito passa. – Suspiro, me soltando de seu corpo, fazendo questão de não encará-lo nos olhos para esconder minhas bochechas rubras.

Abaixo-me para pegar meu uniforme -que fora devidamente dobrado por Jaemin na noite passada-, que se encontra na cômoda ao lado da cama, escutando um ‘click’ no processo.

- Jaemin-ah! – Exclamo indignado, nem precisando direcionar minha atenção a si para saber que se trata do mesmo.

- Desculpa, Junnie, mas não pude evitar. Você está tão bonitinho com esse pijaminha. – Diz, como se isso realmente fosse o suficiente para o influenciar a cometer este ato, e Jeno gargalha de sua falta de vergonha.

- Mas eu não gosto de fotos. – Faço bico e pego rapidamente as minhas coisas, correndo em direção ao banheiro, antes que o mesmo invente de tirar mais fotos.

 

 

 

Poucos minutos depois e eu já me encontro devidamente vestido e limpo, com os produtos que Jeno havia me emprestado. Ao sair do lavatório vejo Jaemin arrumar a gravata do Lee, que coça seus olhos com sono. A cada vez me sinto mais culpado por tê-los acordado no meio da noite.

- Não precisa ficar assim, Junnie. – Jaemin parece ler minha mente, interrompendo o dilema da mesma antes que eu realmente comece a me martirizar. – Você não teve culpa por ter acordado assustado.

Completa e Jeno continua antes que eu possa dizer alguma coisa.

- É, isso acontece. – Me encara calmo, antes de piscar descontraído, quase me fazendo morrer de encantos. – Eu sou preguiçoso por natureza, então não preocupe comigo.

Diz antes de caminhar em direção ao banheiro.

 

 

- Porque estamos indo para escola tão cedo? – Pergunto, balançando nossas mãos distraído, já que o casal insistiu em segurar as minhas para andarmos pela rua. A jaqueta azul do Lee me aquecendo por completo, já que possui quase o dobro do meu tamanho. O que me faz pensar: Não sei realmente o que acontece com o Nomin, mas eles meio que desenvolveram uma mania de me vestirem com suas roupas.

- Eu sempre tenho que chegar mais cedo, por causa do conselho estudantil. Ai, quando estou com Jeno, acabo arrastando ele junto comigo. – Na responde, embalando também nossas mãos e rindo baixinho com isso.

- Verdade, vamos ter que esperar cerca de uma hora para a aula começar. – Jeno resmunga, parecendo com tédio só de imaginar.

- Deixe de ser preguiçoso, menino. Vocês podem me esperar na sala da recepção. – Jaemin da um peteleco em sua testa e completa, mais nos mandando fazer do que sugerindo essa alternativa.

- Ok. – É única coisa que Jeno fala, antes de concordar sorrindo. Eu apenas dou de ombros, já que não possuo absolutamente nada de melhor para fazer a não ser desenhar, sendo que estou com uma imensa preguiça de abrir meu skethbook.

 

Não demoramos para chegar no colégio, já que a casa de Lee é realmente bem próxima do mesmo. Apenas alguns alunos passavam pelo portão de entrada, parando no processo apenas para nos observar e me deixar ainda mais envergonhado por estar entrando de mãos dadas com um dos casais mais queridos daqui.

- Volto rapidinho. – Na se despede da gente, selando os lábios do namorado e depositando um rápido beijinho na minha testa, coisa que fez eu desviar o olhar e Jeno rir ao meu lado.

Queria entender o porquê do mesmo não ter soltado nossos dedos.  Até tentei fazer isso, no momento em que cruzamos o pátio, mas Lee aumentou ainda mais o aperto de nossas mãos, antes de encara-me sorrindo e negar que eu fizesse isso.

Se o seu objetivo é flertar comigo até me deixar ainda mais apaixonado por si, devo dizer que ele está dando super certo.

- Vamos para a recepção. – Jeno nos arrasta até pararmos na primeira divisão do colégio. Suspiro feliz, pelo fato do ambiente parecer aconchegante com suas cadeiras macias e estofadas e pelo mesmo se encontrar totalmente deserto devido o horário.

Sento-me em uma das poltronas e o castanho acomoda-se ao meu lado. Ele deveria ter coisas melhores para fazer do que ficar aqui comigo, porém não comento nada por estar bastante contente com a sua presença ao meu lado.

Como num passe de mágica meus olhos se encontram novamente pesados, não sei dizer se é pela luz e o silêncio do ambiente, que contribuírem para que eu fique com sono, ou se é pelo efeito do calmante que bebi nessa madrugada. Sou fraco demais para resistir ao sono, meus parentes e amigos sabem disso, o que faz com que eu acabe dormindo em qualquer lugar, até mesmo nessas cadeiras super macias e confortáveis do colégio.

Acho que vou apenas tirar um cochilo.

- Você ainda está com sono? – Jeno pergunta, me fazendo despertar e abrir os olhos para assentir. – Durma mais um pouquinho então.

Em outras circunstâncias eu até negaria isso, porém meu cérebro já se encontra bastante “desligado”, e a única coisa que faço é concordar consigo. Não sei em qual momento isso aconteceu, mas meu rosto dormente cai sobre seu ombro, e, mesmo que parte de minha consciência tenha se dado de conta disso, não movi uma célula do meu corpo para sair dessa posição um pouco constrangedora.

 

 

 

 

 

 

 

XXX

 

 

 

 

 

 

- “(...) Soy la nueva alternativa contra contaminación, Y tu eres la energía que me carga (...)”

Cantarolo a letra de uma de minhas músicas favoritas, La complicidad de Perota Chingó, bem belo e felizinho.

Hoje nada é capaz de abalar meu bom humor, pois minha manhã amanheceu extremamente animada e florida. O horóscopo diz que estou passando por um momento de bastante sorte e que sentimentos bonitos estão para serem desenvolvidos por alguém. Se isso foi uma indireta para Park Jisung eu diria que o mesmo está completamente correto. A cada dia que se passa eu sinto que finalmente deixei de ter dedo podre para homem, e isso está me deixando sufocado de tão feliz.

Foi impossível para mim não recordar de ontem na lanchonete, Jisung havia sido tão amorzinho, segurando minhas mãos por debaixo da mesa e querendo saber mais sobre botânica. Inclusive, preciso comentar isso com Renjun depois, se o mesmo puder arranjar um espacinho para mim nessa sua agenda lotada de Lee Jeno e Na Jaemin. Exagerado eu? Só um pouquinho. Mas enfim, voltando ao meu lindo crush, de dedos monstruosos que se contorcem como os de um homem elástico – inclusive, preciso pedir para ele mostrar a Renjun aquelas coisas que ele faz, eu achei que fosse quebra-los de tão louco que aquilo era- e que me deixam bastante assustado; Graças a Park minha noite não poderia ter sido melhor.

Ah, eu estou tão apaixonadinho.

Suspiro, podando com bastante carinho os meus filhos – que na verdade são da escola, mas ninguém a não ser eu e o jardineiro cuida dessas lindas plantas- que eu adotei depois de ver a quantidade de lixo que esses mal-educados jogam aqui. Sério, minha vontade é de fazer cada um engolir os papeizinhos que deixem atirados nos pobres bebês.  Esses dias até mesmo cartinha de declaração tinham descartado aqui.

Argh!

Não importa, hoje não posso ficar com raiva. As pobrezinhas das plantinha foram pisadas por um engraçadinho que achou divertido rolar por cima das mesmas. Alguns até me chamariam de chato, por fazer um escarcéu por causa disso, mas qual é! Existe a grama para pular, brincar, rodopiar ou fazer qualquer merda que esses retardados queiram.

Levei uma das folhinhas danificadas para casa e pesquisei em um site muito bom; jardineiro.net, informações sobre esses curculigos. Eles tiveram sorte por serem plantas resistentes, que não necessitam de extremos cuidados, caso contrário estariam totalmente arruinados.

- Prontinho bebês, papai cuidou direitinho de vocês. – Sorri em direção ao arranjo, agora milimetricamente podado.

Parei alguns segundos para admirar meu trabalho, apenas sendo interrompido por um grito agudo.

- Cuidado, a bola! – O até então desconhecido berra, mas é tarde demais para que eu possa me jogar e impedir a catástrofe de acontecer.

Uma fucking bola, pesada para cacete devo ressaltar, de basquete fora parar bem no meio dos curculigos que recém concertei.

Retiro o que disse anteriormente, parece que o destino mudou de ideia sobre me deixar com bom humor.

Grr

Respiro pesadamente, quase chorando de ódio. Pego a bola, com uma imensa vontade de arremessa-la goela baixo do indivíduo sem coração que feriu esses pobres serzinhos.

- Ei, cara. Me desculpe... – Um garoto aparece, aparentando estar arrependido. Ele veste o uniforme do time e isso só me faz revirar ainda mais os olhos. Ótimo, apenas um imbecil do basquete.  

- Não peça desculpa a mim, peça as plantas. – Serro meus dentes irritado. Tenho certeza que meu rosto se encontra vermelho de raiva.

- Hã? Ah, ok. – Coça sua nuca envergonhado. – Sério, desculpa a você e essas suas plantas ai.

Responde, fazendo uma careta confuso.

- Ei, Yeo One! – Uma voz conhecida grita do mesmo lugar que o coreano veio, e eu encaro a sua direção quase que imediatamente.

Jisung corre até onde estamos ofegante, provavelmente por estarem treinando, e sorri largamente ao notar minha presença.

- Chenle! – Exclama animado, sorrindo ainda mais largo, se é que isso é possível.

- Hey, Jisung-ah. – Aceno meio tímido, ignorando os fortes batimentos em meu peito.

- Ué, por que essa expressão irritada? – Ele me pergunta atencioso, abaixando-se até ficar na mesma altura que a minha.

- Esse seu amigo aqui. – Aponto para o tal Yeo One, que apenas dá de ombros. – Machucou os meus curculigos.

Sim, acabei de decretar que eles são meus e estão sob minha responsabilidade dentro desta escola.

- Ei! Eu já me desculpei. – O citado levanta seus braços rendido. Não demorou para que se afastasse, resmungando o quão doido eu sou, coisa que quase me levou a jogar minha pazinha em si, só não fiz isso porque preciso me manter culto na frente do amor da minha vida.

- Tudo bem, eles se machucaram muito? – Jisung se aproxima, analisando o arranjo um pouco confuso, me proporcionando uma visão ainda mais próxima e bela de seu rosto.

Meu crush é tão lindo.

- Mais ou menos, mas vou ter que podá-los de novo. – Reclamo, cruzando os braços irritado.

- Eu posso ajudar você a concerta-los se quiser, já que também fui culpado. – Park sorri, me fazendo derreter pelo o seu risinho.

Meu príncipe encantado, quer o mundo? Eu te dou.

- Ok, mas vamos ter que fazer isso depois da aula, agora não vai dar mais tempo. – Concluo, olhando em meu relógio de pulso.

- Beleza. – O mesmo concorda de prontidão. – Vamos subindo?

E eu rapidamente assinto. Nunca que eu negaria subir ao lado de sua maravilhosa companhia.

Minutos depois meus materiais de botânica, incluindo o balde, a pazinha, minhas luvas e outros utensílios, se encontram devidamente amontoados dentro do recipiente, já que eu apenas os soquei ali dentro.

Adamos no maior romance pelos corredores -quer dizer, na minha linda cabecinha sim, mas na realidade apenas caminhamos normal. -, com Jisung conduzindo meus instrumentos, já que ele insistiu até eu não poder recusar mais para segura-los, e eu quase pulando ao seu lado animado.

Conversamos sobre várias coisas, lhe expliquei algumas das informações que precisa saber para me ajudar a concertar os curculigos e ele me disse que entendera tudo, mesmo que eu duvide bastante disso. Até pararmos frente ao meu armário, a fim de eu deixar minhas coisas e tirar os meus materiais escolares de dentro do mesmo.

- Qual a sua sala?  - Jisung pergunta, me vendo recolocar a senha desse cubículo quadrangular.

- 321, mas não precisa me levar até lá se não quiser, ela é muito longe da sua. – Fora tempo de eu terminar a frase para que um grito característico seja escutado.

- Ya, Zhong Chenle!  Quantas vezes eu preciso te dizer para não usar essas roupas por cima do uniforme? – Senhor Kim exclama, já querendo se aproximar.

- Merda. – Sussurro. – Vem comigo.

- Espera, o que? – Park quase grita confuso ao ser arrastado por mim em alta velocidade, quase correndo para ser mais exato.

- Depois eu te explico! – Berro, já sentindo minha respiração ficar pesada.

 

 

 

 

 

 

 

XXX

 

 

 

 

 

 

 

Renjun ressona em meu ombro, sem ao menos perceber que suas mãozinhas agarram meu braço. Noite passada, após quase ter me matado de susto por ser acordado com seu desespero palpável, ele havia adormecido abraçado em mim e Nana. Sua aura fofa está me deixando bastante encantado, é como se ela fosse um feitiço seu que inebria qualquer um que passar alguns segundos na sua presença, e eu não tenho dúvidas de que serei capaz de me apaixonar por si.

E sequer possuo medo disso, acho que é um processo meio instantâneo e inevitável demais para que eu possa impedir que aconteça.

- Ei, Jeno. – Jaemin aparece meio atordoado, logo sorrindo ao assistir o corpo do menor recostado sobre meu.

Tsc, depois diz que não está apaixonado.

Alguns alunos pararam para ver, mas não ligamos, já que isso não lhes diz respeito.

Sei que também fotografias devem ter sido tiradas, para fofocar ou colocar no grupo da escola no Facebook, e mais uma vez não nos importamos. O mundo seria muito melhor se as pessoas cuidassem da própria vida, ao invés de quererem saber da dos outros.

Trocamos selares rápidos e eu me vejo com muita dó de acordá-lo, pois o mesmo parecia tão cansado quando adormeceu, por ter cochilado por apenas algumas horas durante a noite passada, que me parece um enorme pecado ter que fazer isso.

- Estou com muita dó de acordar ele. – Conto, vendo Jaemin sorrir encantado, enquanto acaricia levemente os fios de cabelos de Huang, levando o mesmo a se mexer e sussurrar algo completamente incompreensível ao meu lado, e arrancando murmúrios da pequena plateia que arranjamos por estarmos bem no meio do saguão.

- Ei, cara. – Hwitaek passa, acompanhado de E’dawn, e ambos sorriem em nossa direção antes de se afastarem no maior clima romântico. Eu e Nana apenas acenamos, não querendo fazer muito barulho e acordar Renjun que está muito sereno ressonando.

Esses dois... Por que tão complicados?

- Vamos leva-lo até sua sala e lá nós acordamos ele. – Jaemin sugere, antes de se levantar e pegar minha mochila, a de Renjun e as minhas muambas do basquete.

- Ok, mas quero ver eu conseguir carrega-lo sem ele acordar. - Digo, já colocando o plano de Nana em ação.

Agacho-me em frente ao corpo pequeno de Junnie adormecido sobre uma das poltronas, e Jaemin o coloca com todo o cuidado do mundo sobre minhas costas. Uma sensação de nostalgia me faz recordar do primeiro dia em que vi o Huang, onde o mesmo havia adormecido na cacunda do Nana.

Ri abafado, que menininho dorminhoco arrumamos.

Pedi para que as pessoas aglomeradas no meio dos corredores se afastem para que eu possa passar junto com o meu namorado e futuro namorado, e as mesmas nos encaram incrédulas.

 

- Pera, Lee Jeno está caregandoo um who nas costas?

- Viu, nada é impossível de acontecer. Assim até eu sou capaz de namorar com ele.

- Que seja, mas não acho que esse “namoro”, se é que dá para ser chamado disso, irá durar por muito tempo. Quer dizer, o que Lee Jeno e Na Jaemin iriam querer com alguém tão esquisito?

- Meu amor, essa escola está virada. É nerd querendo popular, popular querendo nerd. Falta só me falarem que Mark Lee também está namorando um piradinho da cabeça.

 

Todos falam livremente, mesmo que sussurrado, como se nós não fossemos capazes de escutar. O que me irritou bastante, a ponto de me obrigar a parar e falar de uma vez por todas.

- Será que vocês poderiam cuidar da vida de vocês? – Digo, em alto em bom som -controlando bastante o meu timbre ao que Renjun se remexe sobre minhas costas, pois não quero que o mesmo presencie essa cena absurda-, e logo todos fazem silêncio.

Jaemin apenas sorri e alisa uma das minhas mãos que seguram as pernas do Junnie, negando como quem diz que isso é perda de tempo. Apenas bufo, subindo lentamente as escadas com o corpo do menor sobre minhas costas.

- Ei, Nana. – A figura de Yanan aparece, chamando nossa atenção. – Oh, olá Jeno.

Sorri de maneira simpática.

O chinês é realmente uma das pessoas mais queridas que conheço, ele possui um coração enorme, capaz de comportar todo mundo. Não é à toa que é o presidente do conselho estudantil.

- Nan-hyung.  – Nana o saúda. – O que foi?

- Preciso que você olhe isso aqui. – O loiro balança sua planilha dizendo ser algo importante.

- Ah, ok. – Meu amor concorda, antes de caminhar até o mesmo. – Jeno, se importa de ir andando primeiro?

- Você sabe que não. – Sorrio e o tranquilizo. Jaemin as vezes tem umas paranoias muito loucas. – Já venho pegar nossas bolsas.

Sinalizo para minhas coisas e de Renjunnie, que continuam sendo apoiadas pelo mesmo e não lhe dou tempo de afirmar, voltando a caminhar com o menor resmungando de desconforto em meus ouvidos, provavelmente ele ficaria com vergonha se soubesse que fez isso.

Paro em frente sua sala de aula, sendo mais uma vez encarado por seres embasbacados, tudo somente por eu estar com Huang em minhas costas.

- Onde fica a classe dele? – Pergunto a uma garota, que não para de nos encarar junto com seu grupinho.

- A-ali. – A mesma aponta para a segunda classe recostada na janela.

- Deixa que eu ajudo você, oppa. – Uma de suas amigas corre em direção a mesa de Junnie, sequer me dando oportunidade de negar, antes de arrastar a cadeira para que eu pudesse pousar o seu corpo adormecido.

- Obrigado. – Agradeço e a mesma apenas sorri junto de suas colegas.

Admiro sua simpatia, mas isso não é o suficiente para me convencer de que ela é próxima de Renjun, pelo simples fato do mesmo parecer sofrer algum tipo de bullying e não possuir outro amigo a não ser Chenle, Lucas e Jungwoo.

Agacho-me de lado, colocando o corpo do menor sentado sobre a cadeira e, finalmente, o mesmo começa a despertar. Já estava ficando até preocupado, achando que o efeito do calmante se alongara demais em seu corpinho.

- Ei, Junnie. – Chamo suave, ficando frente a frente de seu rosto.

- Hm. – O mesmo coça seus olhos preguiçoso, me fazendo rir.

- Está na hora de acordar, dorminhoco. – Brinco, sem conseguir me conter e acariciar o seu rosto.

- O-onde? – Pergunta, abrindo seus olhinhos, logo se arrependendo ao olhar em volta e constatar que todos os seus colegas encaram o nosso pequeno show.

Não demorou para que suas mãozinhas tampassem seu rosto. Ele está envergonhado.

- Ei, Renjunnie. – O chamo novamente, mas o mesmo se nega a me encarar e olhar a todos a nossa volta.

Ri, negando algumas vezes.

- Não precisa ficar com vergonha de mim, ok? – Sussurro para que apenas Huang possa ouvir e ele assente, ainda com as mãos cobrindo seu rosto.

Retiro as mesmas delicadamente, me deparando com suas bochechas avermelhadas. E por algum motivo me bate uma imensa vontade de beija-las, porém não farei isso agora.

- Ok? – Questiono novamente e Renjun me responde com um ‘sim’ baixinho. – Venho buscar você na hora do intervalo, ok?

 

 

 

 

 

 

XXX

 

 

 

 

 

Quando despertei, devido ao barulho e murmulho de alguns alunos, não imaginava que estaria numa situação tão vergonhosa como a de agora. Jeno tinha me trazido até a minha sala de aula enquanto eu dormia, não quero nem pensar no alarde que isso deve ter feito no corredor.

E, pior, quando o olhei seu rosto estava a uma distância bastante próxima do meu.

Aaaaaa que vergonha.

Sem falar que meus colegas me encaram apavorados, alguns com raiva por eu estar falando com Lee assim tão próximo. Isso só fez com que eu cobrisse meu rosto embaraçado, logo sendo interrompido pelo jogador a minha frente.

- Ok? – Jeno reforça e eu assinto, o avisando que não terei vergonha, mesmo que isso seja praticamente impossível. – Venho buscar você na hora do intervalo, ok?

- Ok. – Concordo mais uma vez e o mesmo levanta.

- Já trago as tuas coisas com o Jaemin. – Diz, antes de sair quase correndo.

Sinto vários olhares pesarem sobre mim e apenas me encolho, já odiando receber toda essa atenção.

- Era só o que me faltava. – Minah, uma de minhas colegas bufa. Dando início a um burburinho.

- Olhem, ele até mesmo está usando um casaco que parece ser do Jeno, lembro de já ter visto ele com isso.

- Não se preocupe, logo-logo Jeno e Jaemin se cansam dele, afinal o que esse coiso tem a oferecer? – Junhyuck, um de meus colegas fala, ou melhor grita, do outro lado da sala.

Eu só queria poder desaparecer...

 

Felizmente o sinal soa e o professor de física entra na sala, pontual como sempre, mandando todos calarem a boca. Muitos de meus colegas entram também, já que eles gostam de esperar bater para realmente se arrumarem realmente aqui dentro do ambiente, e senhor Kim pede para darmos início a aula.

Por força de hábito eu coloco minha mão sobre a janela, só então lembrando que Jeno e Jaemin estão com os meus materiais, e acabo quase praguejando no processo.

Onde caralhos os meteram?

- Com licença, professor. – Como se pudessem ler minha mente, Jaemin aparece abrindo a porta com delicadeza. Ao seu encalço vejo a figura de Jeno, que acena para mim sorrindo, me deixando corado.

Todos movem sua atenção entre eu e o casal parado repetidas algumas vezes.

- Oh, Na Jaemin. – O professor Kim saúda. – O que deseja?

- Viemos trazer os materiais do Junnie. – Na repete o apelido que havia me dado, me deixando ainda mais constrangido na frente da sala.  Corre até a onde estou sentado e entrega-me minha bolsa, analisando o meu blazer antes de completar; – Você perdeu um botão do seu casaco na casa do Jeno, depois precisamos costura-lo para não perder.

Quase o amaldiçoou por reparar tanto nas coisas. Isso só fez com que passassem a sussurrar mais sobre a gente.

- O-ok. – É a única coisa que consigo responder, antes do mesmo surpreender a todos beijando minha testa de maneira prática.

- Desculpe interromper sua aula, professor Kim. Até o intervalo, Junnie. – Fala se retirando rapidamente, por estar atrasado também para entrar na sua sala.

- Até o intervalo, Junnie.  – Jeno pisca, antes de sair e fechar a porta.

A partir daí começa-se uma grande confusão de vozes, que foram interrompidas apenas porque o nosso professor de física é impaciente.

- Silêncio. – Pede, virando-se para o quadro.

Bom, a única certeza que tenho é que não estou entendendo mais nada. Nomin está agindo de maneira tão estranha comigo, mesmo isso sendo um estranho maravilhoso, o que me deixa com medo do que possa vir a acontecer. Mas não quero e não vou pensar sobre isso, pelo menos por  agora.

 

Continua...  


Notas Finais


E esse Chensung acontecendo? aaaa muito fofinhos.
ps: Recomendo muito a música indicada pelo Chenle, hino Uruguaio da galera de humanas.
Gostaria de dizer que este momento é meu, estou morrendo com o Jeno finalmente notando o Renjun.
Sobre os colegas do Junnie? Nada a declarar, já era de se esperar que isso fosse acontecer.
Bom, acho que é isso...
Até a próxima <3
~view em we go up ~


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