História O Nerd Gay e o Homofóbico - O Guilherme é viado, você não sabia?

P.O.V Erick

Mariana começa a rir: — Preferi o pedido do segundo jeito.

Eu rio de nervoso: — Isso é um sim?

— Idiota, claro que é.  — Ela diz e meu coração acelera.

Eu me levanto feliz da vida e pego a caixinha com um lindo anel.

Me ajoelho e boto o anel na mão dele.

Ela se levanta também e nós demos um longo beijo.

O pessoal do restaurante aplaude.

— Olha a vergonha que você está me fazendo passar. — Ela diz entre os beijos. — Seu faveladinho, só você mesmo.

— Faveladinho que você ama, não é? — Falo a provocando.

Ela dá uma risada me ignorando. O jeito que ela adora fazer.

— Vamos embora logo, já passei muita vergonha por hoje. — Ela pede pegando a bolsa.

— Vou te deixar em casa amor. — Falo dando um selinho nela.

P.O.V Lucas

Estou terminando de revisar algumas matérias para o vestibular. Mesmo ainda estando no 2º ano é importante me preparar desde já, ainda mais que quero prestar para medicina sendo pobre e aluno de escola pública.

Sou interrompido por um barulho vindo da janela do meu quarto. Fico com medo e vou averiguar. Quando chego perto da janela me deparo com Estela.

— Estela! — Digo surpreso já abrindo. — O que faz aqui a essa hora?

Estela entra e me dá um abraço forte: — Que saudades Lucas.

— Onde você esteve todo esse tempo? — Pergunto preocupado. — Eu fiquei sabendo que você foi expulsa pelos seus pais.

— Sim, me escorraçaram. — Ela fala decepcionada. — A Tabata conseguiu com que eu ficasse na casa de uma tia dela. Mas hoje os pais dela descobriram e me expulsaram de lá, e ainda a proibiram de me ver. Não tenho para onde ir.

Que situação meu Deus. Vejo que ela começa a chorar. As duas não podem viver seu amor. Morro de medo que isso aconteça entre mim e o Gui.

— Você pode dormir aqui. — Sugiro. — Mas terá que ser discreta e sair bem cedo pela janela. Caso minha mãe ou meu pai vejam estaremos ferrados.

Ela em abraça forte: — Muito obrigado meu amigo. Você foi a única pessoa que me acolheu. Tinha ligado para alguns amigos, mas ninguém podia. Você realmente é uma luz na Terra.

Eu não sei que plano foi esse que eu tive. Tem tudo para dar errado. Mas não posso deixar minha miga na mão.

_Quebra de tempo_

P.O.V Erick.

De mãos dadas com Mariana entro em sua mansão.

— Mãe, pai. Cheguei. — Ela anuncia.

Chegamos à sala e vejo o casal Albuquerque vendo TV na sala.

Eles reparam que estamos de mãos dadas.

— Gostaria de fazer um anúncio para vocês. — Ela fala. — Eu e o Erick estamos namorando.

— Que maravilha. — Minha mãe se levanta e nos cumprimenta. — Sejam felizes.

— Ora, ora. Se não é o filho do meu sócio. — Beto se aproxima de mim. — Espero que cuide bem da minha menina.

— Pai por favor, não é como se fosse casarmos. — Mariana diz rindo.

— Quem sabe um dia. — O cumprimento forte. — Cuidarei muito bem dela. Se formos da mesma família quero que mantenhamos os laços e a prosperidade dos negócios.

Vejo um brilho no olhar de Beto.

— Zelma. — Beto chama a empregada que vem de imediato. — Traga um vinho para nós por favor e quatro taças. Vamos comemorar.

Eu olho sorrindo para Mariana e a beijo. Espero que nosso relacionamento dê certo.

P.O.V Guilherme

Estou fazendo uma social aqui em casa com meu parça Rafa.

— Quem era? — Pergunto de curioso enquanto dou uns goles na vodca.

— Era a Sabrina. — Rafa se senta. — Ela vive me ligando.

— Tá tudo bem o namoro mano? — Pergunto.

— Está bem sim. — Ele responde meio incomodado e o encaro levantando a sobrancelha. — Na verdade não... Tem umas paradas... Nós ainda...

— Vocês ainda não treparam? — Arregalo os olhos.

— Ah, você sabe como é menina... — Ele responde rindo.

— Se fosse o Erick ele iria dizer que depois que ela experimentar rola não vai mais querer parar. — Falo rindo me lembrando.

Nesse momento chega minha mãe: — Eu ouvi tudo.

— Oi mãe. — Tento me recompor e esconder as bebidas embaixo da almofada. — Demorou hein.

Ela dá um beijo em mim e Rafa: — Fico feliz de ver vocês mantendo a amizade. É uma pena que Erick não está aqui. Aliás desde que voltei a trabalhar, ele me vê na mansão e nem cumprimenta.

— O Erick é um babaca de um homofóbico de merda. — Digo. — Mas nem vou falar de coisa ruim. A senhora não respondeu. Por que demorou?

— Depois do trabalho fui sair com o Carlos. — Minha mãe responde.

— Dona Damiana tá pegando o diretor. — Rafael zoa. — Vai dar namoro logo logo.

Minha mãe joga uma almofada nele.

— Ele tem pegada mãe? — Pergunto na zoação, já que eu estava meio alterado.

— Quer levar uma surra no meio da fuça Guilherme. — Ela me ameaça. — Esqueceu que eu sou sua mãe?

Eu e Rafael começamos a rir pra caralho.

— Os dois rapazinhos posem acabar essa festinha de você e jogar essas bebidas fora, que eu sei que estão escondidas debaixo das almofadas. — Ela fala nos despachando enquanto começa a organizar a sala.

_Quebra de tempo_

P.O.V Mariana

Entro na escola de mãos dadas com Erick. Vejo alguns olhares da pobretada que habita este colégio. Em especial Guilherme e aqueles amiguinhos estranho olhando para nós e cochichando. Que se dane todo mundo.

Erick e eu entramos na sala. Ele me dá um selinho e vai conversar com os amigos. Sophia vem ao meu lado. Eu já reviro os olhos.

— O Erick amiga? Sério isso. — Ela pergunta.

— Sim. Estamos namorando traste. — Respondo sem paciência.

— Ual. Achei que estivesse apaixonada pelo Guilherme ainda. — Diz Sophia.

— Que se foda Guilherme, preciso esquecer ele. — Digo sincera. — Vamos ver o que vai dar eu e o Erick.

Um professor de meia idade entra na sala: — Bom dia pessoal. Sou Allan. Consegui atribuir essas aulas na sexta-feira. Serei o professor substituto de vocês de Língua Portuguesa, enquanto a professora Daniela, é esse o nome, estiver afastada.

— Finalmente teremos aula de Português. — Diz o nerdzinho daquele Lucas.

Alguns meninos do fundo reclamam: — Cala a boca nerd. Tava ótimo sem português.

Outro comenta: — A pena mesmo é ficar sem ver a bunda da professora.

Vários alunos riem. Eu reviro os olhos. Pego meu fone e coloco nos ouvidos. E lá vamos nós... Mais um dia para aguentar nessa merdinha de estado.

_Quebra de tempo_

Eu e Erick estamos aos beijos no quarto dele. Os pais dele não estão em casa. Vamos foder a tarde inteira.

Ele me pega com força e coloca na cama: — Ai que pegada que você tem. Nunca vi igual. — Digo sem fôlego.

— Aposto que o Guilherme não tinha né. — Erick diz enquanto me beija. — Aquele ali só tem pegada com o baitola do Lucas.

— Como assim? — Pergunto sem entender.

— Ué amor, você não sabe. — Ele estranha. — O Guilherme e o Lucas estão namorando.

Meu Deus, eu não posso estar ouvindo aquilo.

— O Guilherme é viado, você não sabia? — Ele prossegue.

Minha mente começa a girar.