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História O Noivo Imaginário - Prólogo


Escrita por: Emy-yamanaka

Notas do Autor


Gente, eu resolvi refazer a fic. Pois, alguns de vocês me incentivaram bastante.
Só espero que esteja a altura da expectativa de vocês. Caso o contrário, fiquem a vontade para me dizer.
Ainda sim, eu me inspirei na ideia geral do livro da Tessa Dare. Não quis mudar o nome da fic e não consegui pensar em outra coisa. Mas a fic seguirá um rumo diferente do livro.
Enfim, boa leitura. Espero que gostem.

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction O Noivo Imaginário - Prólogo

Hinata era uma menina tímida, odiava ser o centro das atenções. Mas parece que o universo conspirava contra ela. O que ela gostava mesmo não era apreciado pela sociedade, nem por seu pai. Claro, ela era uma donzela. Por Deus! O que ela tinha na cabeça! Hinata queria ser escritora. Ela adorava escrever, mas não era apenas cartas. Ela vislumbrava escrever um romance assim como sua autora preferida, Jane Austen. Por isso, ela vivia com as mãos sujas de tinta e a ouvir os sermões do pai, e os planos mirabolantes de sua madrasta para seu futuro: um casamento promissor e que a tirasse de casa.
​           O pai de Hinata ficou viúvo quando ela estava com quatro anos. Foi muito triste a perca da mãe tanto para ela, quanto para o pai. Quando Hinata estava prestes a completar seis anos, o pai se casou com Terumi. Um ano depois, Hinata ganhou uma irmãzinha, Hanabi, que agora estava com 16 anos e em sua primeira temporada em Londres.
​               Terumi era muito deferente do que Hinata desejava que fosse, infelizmente. Ela era louca por bailes, vestidos e cavalheiros. E havia só um algo incomum entre elas, elas adoravam os romances de Jane Austen, mas era apenas isso. Pelo céus, se Terumi ao menos deixasse Hinata em paz com a sua tinta e suas folhas de papel... Mas não, ela tinha uma ideia melhor: arrumar um bom casamento para enteada, fazendo-a dançar e jogando-a nas mãos de algum príncipe respeitável. Claro que não o Príncipe, mas qualquer homem que se sentisse honrado em apreciar a beleza de Hinata, ou a falta dela.
​               Hinata não se considerava bonita, e é claro que os cavalheiros concordavam com ela. Já estava com 22 anos e as únicas propostas de casamento que recebeu foram de cavalheiros que poderiam ser seus avôs. Ainda bem que o pai de Hinata não a forçou para essa enrascada.
​               Tudo o que a menina desejava era ser feliz com seu amor próprio. Será que seria tão difícil deles entenderem que ela queria ficar sozinha, com sua falta de beleza e tinta e papel? Ela queria ser escritora não uma donzela em perigo esperando pelo príncipe encantado. Claro que ela queria escrever isso, mas era só escrever. Uma história linda da mocinha e do mocinho que se apaixonaram perdidamente.
           Ela já tinha se conformado não tinha chances de ter um romance arrebatador com um homem, mas ela podia fazer isso em seus escritos. Hinata era romântica e se fosse para se casar, teria que ser por amor. Era pedir muito que fosse amada e correspondesse tal sentimento
​               Além de tudo isso, Hinata tinha pavor de multidões. Sempre “metia os pés pelas mãos”, pois ela era muito tímida e ficava a gaguejar quando estava na presença de um homem “interessante”. Não tinha capacidade de formular uma frase coesa.
​               Senhor! Como ela ficou entusiasmada na sua primeira temporada, com seus 16 anos. Ela achava que iria chegar no salão de baile e fazer os homens caírem aos seus pés e as senhoritas morrerem de inveja. Porém, o que Hinata conseguiu fazer? Nada... Ela não fez nada. Quando um cavalheiro veio chamá-la para uma dança, ela simplesmente não soube falar que aceitava. A madrasta aceitou por ela, e era uma valsa. O rapaz tentava conversar e Hinata apenas gaguejava um sim ou não. Foi um fiasco. Provavelmente o moço ficou tão assustado, achando que ela era “louca”, que espalhou para os outros cavalheiros e, então, Hinata agora, quando ia à bailes, ficava na companhia das mães casamenteiras ou fazia o papel de acompanhante de sua irmã Hanabi. Quem em sã consciência tiraria uma demente para dançar?
                Oh, como uma romântica incurável, na verdade, Hinata não tinha nada de romântico em sua vida.
​               Hinata estava cansada das tentativas falhas da madrasta de fazê-la casar e cansada dos sermões de seu pai. Aparentemente, o pai queria se ver livre dela. Como ele não conseguiu gerar um herdeiro homem, as propriedades do pai passariam para o sobrinho Neji, que perdeu os pais quando ainda era um menino para um acidente de carruagem. Neji era como um irmão para Hinata. Ele era quatro anos mais velho. E, agora, estava seguindo os passos do tio.
​            O pai de Hinata alegava que ela, como primogênita dele, ainda que uma mulher, que não sua herdeira, devia trazer orgulho para família. E o que ela poderia fazer era se casar bem. Na verdade, quando o pai estava mais calmo depois dos sermões ele dizia:
​               — Minha filha, eu falo isso porque eu quero que você seja feliz. Eu já estou velho e quando o Neji casar e herdar tudo isso, não haverá espaço para você. Você é muito parecida com a sua mãe. Ela era uma mulher muito romântica, sei o quanto que tive que batalhar para conseguir o coração dela, só que valeu todo o esforço. E você é o fruto de tudo... Do nosso amor. E eu te amo, minha filha, por isso trate de arrumar um marido e o ame. Sei que ele será um louco senão a corresponder.
​               O pai de Hinata era contraditório, era romântico e bruto ao mesmo tempo. Homens! Claro que se falasse que ele era romântico, ele faria uma guerra para provar o contrário. Mas ela podia ver o cansaço nos olhos dele, ele dizia a verdade. Ela tinha segurança de que o primo com certeza não a desampararia, mas o pai tinha razão. Neji, como futuro Conde, teria suas responsabilidades, e ela não estava incluída ainda que fosse sua irmã. Hanabi tinha a mãe, e ela a quem tinha a não ser seu pai? Nem sua amiga poderia fazer algo. Já não tinha quase o bastante para ela e a mãe. Tenten era sua melhor amiga e sua mãe era Tsunade.
               A madrasta bateu na porta do quarto de Hinata. Ela rapidamente guardou seu escritos na gaveta da escrivaninha e foi atendê-la.
​               — Muito bem. Hinata, minha querida, quero te apresentar hoje a um cavalheiro.
​               Então o que Hinata poderia fazer, a não ser entrar em pânico e querer fugir dos planos da madrasta.
​               — N-ão, não estou inte-ressa-da eu já... Já conheci meu cavalheiro, estava agora mesmo escrevendo-lhe uma carta.
​               A madrasta não conseguiu esconder o espanto, o que deu a Hinata uma imensa satisfação. É claro, antes de perceber o que tinha feito. Oh, céus ela deveria ter pensado que sua mentira não a livraria do assunto. É claro que aquilo servia para mais umas dezenas de indagações.
​               - Ótimo, então quando ele virá nos visitar?
​               - Oh, hum... Ele não po-de. Ele queria, mas teve que ir embora do... do país. Para aaa...
​               Hinata pensou em um lugar onde não pudesse ser possível que sua família fosse atrás de notícias do seu pretendente.
​               — A Escócia. Sim... É a Escócia.
​               — Por que ele estaria tão longe?
​               — Porque ele está numa viagem diplomata, algo relacionado ao exército. Ele tem deveres.
​               — Diplomata?
​               — Sim. Ele é o Duque responsável. Não sei dizer bem como funcionam essas coisas...
​               — Oh, Senhor. Um Duque? E quanto à família dele? Nós precisamos no mínimo conhecer a família então.
​               — Sim, mas não dá. Os pais dele estão mortos.
​               — Então pelo menos me diga o nome de tal cavalheiro?
​               — Uzu-ma-ki. O nome dele é Naruto Uzumaki.
​               Oh, meu Deus! De repente o pretendente imaginário tinha nome. E antes do fim da tarde ele ganhou cabelos loiros (como o sol), olhos azuis (como o mar), voz grave (como o som das ondas), personalidade firme, mas gentil e alegre. E, agora, Hinata deveria mesmo escrever uma carta, de verdade, senão a madrasta não a deixaria em paz. Ela estava encrencada.
​               

21 de Setembro de 1813.
​               Caro Lorde Naruto Uzumaki,
               Estou te escrevendo, pois menti para a minha família que tenho um pretendente. Claro que me inspirei no meu querido Darcy, o meu Duque, aquele que Jane Austen colocou todas as melhores qualidades e o transformou no meu sonho. Por isso, sei que é impossível que tal sonho se realize. Contei um emaranhado de mentiras, mais complexas possíveis, para que não desconfiem e me deixem em paz.
​               Disse a eles que nos conhecemos na propriedade de minha querida amiga Tenten e sua mãe, Lady Tsunade, viúva de Sir. Jiraya, em Brighton. Fui visitá-la o ano passado. Eu vi você quando andava a cavalo, sozinha. Você me ajudou quando o cavalo estava “descontrolado”. Claro que eu não poderia envolver minha amiga nessa mentirada. Nós, eu e você, conversamos várias vezes, mas eu sempre saía em segredo. E só agora você resolveu me confidenciar seu grande amor, através de uma carta. Que eu acidentalmente perdi. Oh, que pena, estava tão envolvente...
​               Você, meu querido Lorde, se apaixonou por mim à primeira vista e, agora, pretende me fazer sua duquesa. Mas ainda não pode se ausentar do sua obrigação diplomata para vir formalmente. É isso, estou praticamente noiva de um Lorde ausente. Aquele que roubou meu pobre coração de donzela apaixonada.
​               Advinha qual foi a primeira coisa que minha irmã Hanabi, perguntou: “Vocês se beijaram? Como foi?”. O que eu poderia dizer? Claro que eu disse que sim, pois afinal nossa aventura de verão foi muita significativa para que tal proeza acontecesse. Como foi? Foi inesquecível, arrebatador e quente. Claro que não falei “quente” para minha irmã, afinal, essa é a sua primeira temporada e não quero que ela saia por aí tentando descobrir na prática o que poderia significar um “beijo quente”, não que eu saiba. Ah, como sou uma tola!
​               Espero, sinceramente, que essa carta seja perdida... Que ela voe de cima da carruagem do correio e se despedace em uma possa de lama.
​               Ah, eu também disse que você estava na Escócia. Como poderei saber um endereço Escocês? Não tinha pensando nisso. Como sou burra. Vou enviar para o quartel, pronto resolvido. Tenho certeza que essa carta será perdida por lá, pois não haverá ninguém com esse nome, claro que a ideia de nunca chegar é melhor ainda. É o que quero crer. Senão, posso prever os rostos risonhos daqueles que lerão e me acharam uma “louca”, já que é assim que os cavalheiros da Inglaterra pensam ao meu respeito. Louca, sim, pois sou a menina não que consigue pronunciar uma só palavra quando tentei conversar com um deles. Dá para notar porque prefiro escrever, né? Na verdade, estou começando a concordar com o título, pois enquanto minha família vibra meu compromisso, eu estou aqui brincando de faz-de-conta. Sou uma menininha tola.
​               Enfim, meu nome é Hinata Hyuuga. Filha do Conde Spencer, Hiashi Hyuuga. E eu sou a sua paixão, você não consegue pensar em mais nenhuma outra pessoa a não ser eu.
​            Ah, talvez eu receba uma carta nas próximas semanas afirmando que meu Duque morreu. E eu ficarei de luto e não me poderei me casar, pois eu te amo de todo coração. Não poderia te substituir.
         Claro que já estou pensando em como desfazer essa situação, pois essa mentira irá acabar comigo, na verdade ela já está me consumindo. Como pude pensar em tal coisa e não saber que me sentiria totalmente culpada? Quero sentar no chão e espernear como uma criança que faz birra. Contar a verdade para eles e dizer que não me julguem. Eu só quero ser uma solteirona em paz. Já tenho muitos homens na minha vida e não preciso de mais um. Como faço para eles entenderem?
​            De sua querida.

 

10 de outubro de 1813.
            — Capitão, chegaram suas correspondências.


Notas Finais


Deixem me saber o que vocês acharam.
;)


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