(s/n) on:
Acordo escutando um grande barulho no bar e me levanto vendo que o Ban não estava na cama mais. Faço minhas higienes e me arrumo, desço as escadas e encontro dois homens junto com os sete pecados capitais e a princesa Elizabeth.
- E aí pessoal? - digo pegando uma maçã - Bom dia pra vocês.
- Bom dia mana. - Meliodas diz sorridente - Não sei se você se lembra deles, são Gilthunder e Howzer, cavaleiros sagrados de Liones.
- Lembro só do pequeno Gil. - sorrio e vou ao lado dos dois - Que não é mais tão pequeno assim não é mesmo.
- Você é a (s/n) né? - ele diz e eu assinto - Nossa, você não mudou nada.
- Nós sabemos que nunca vou. - respondo com uma risadinha e viro pro outro garoto - Howzer né? Prazer, sou (s/n), pecado do exibicionismo do pavão, o oitavo pecado capital.
- Prazer, eu não te conheci antes, mas pelo que vi na luta, você é incrível. - ele diz e eu sorrio convencida.
- Sou mesmo né? - dou uma piscadinha e percebo que Ban estava um pouco incomodado - Pelo que vi de você, também é muito forte.
- Ah, obrigada. - ele responde com a mão atrás da nuca.
- Vamos duelar qualquer dia. - digo sorrindo simpática e ele cora levemente.
- Va-vamos sim. - sorrio e vou preparar comida pra mim.
- O que você tá fazendo? - Hawk vem atrás de mim .
- Cozinhando algo pra mim. - olho para a massa do bolinho e faço uma leve careta - Ou melhor, tentando.
- Com certeza vai ficar horrível, afinal, você aprendeu comigo. - Meliodas diz se aproximando.
- É mesmo. - dou uma risadinha.
- Senhorita (s/n). - Elizabeth me chama e eu olho para ele - Esse seu anel, é um anel da mais antiga realeza da Britânia não é? - olho pro meu anel e sorrio levemente.
- É sim. - respondo - Parece que demônios gostam de se apaixonar por princesas. - digo me referindo aos meus pais e também a ela e Meliodas, isso faz ela corar e assentir.
Termino de fazer os bolinhos de bacalhau e o capitão se aproxima junto com os dois cavaleiros sagrados, olhando o prato.
- Parece bom, vou querer provar. - o loiro diz.
- Eu também. - Gil e Howzer falam.
- À vontade. - digo estendendo o prato para eles.
Os três pegam e colocam na boca, mas logo em seguida fazem caretas e retiram a comida da boca rapidamente. Dou risada e como normalmente.
- Sem ofender, mas como consegue comer isso? - Howzer me olha com cara de ânsia.
- Me acostumei com comidas ruins. - digo rindo e terminando de comer.
- Entendo. - ele dá uma risadinha e puxa o banquinho dele pro lado do meu - E então, você é descendente da realeza?
- Mais ou menos. - dou risada.
- Me conta mais. - ele apoia sua cabeça na mesa me olhando atento e eu sorrio.
Olho para o Meliodas que sorri assentindo, não era sempre que eu gostava de contar sobre meu passado, o loiro aproveita e aponta com a cabeça pra direção de onde o Ban estava.
Quando olho para lá, vejo que ele segurava a caneca de cerveja com força enquanto encarava Howzer com uma feição irritada. Será que ele está com ciúmes de mim?
- Bom. - sorrio e olho pra Howzer - Meu pai era do clã dos demônios e se apaixonou pela princesa da Britânia, que muitos séculos atrás era unida e regida por um único rei. Os dois me tiveram, mas o clã das deusas os matou e alegaram que eu era uma aberração. Aí o Meliodas me encontrou e me criou como irmã dele. Eu me tornei imortal para me vingar do clã das deusas, mas não deu muito certo e bom, parei de envelhecer desde então.
- Que incrível. - ele diz e pega minha mão analisando o anel.
- Então, esse anel foi da minha mãe, estava perdido há muitos séculos, mas ele foi recuperado e está comigo agora. - ele sorri e solta minha mão, logo direcionando seu olhar a mim.
- Ele é lindo, assim como você. - coro instantaneamente.
- O-obrigada. - respondo e vejo Ban se levantar bruscamente e sair do Chapéu de Javali.
- (s/a), posso falar com você? - Merlin se aproxima.
- Claro. - sorrio e me levanto - Foi um prazer te conhecer, vamos duelar depois.
- Será uma honra. - ele diz galanteador e eu sigo Merlin até um canto do bar.
- O que foi? - a olho curiosa.
- Acho que o King pode conseguir desfazer esse feitiço da Elaine. - ela diz pra mim.
- O que vocês tão falando de mim aí? - King se aproxima curioso e eu suspiro pesadamente.
- King, podemos conversar? - ele assente - Vamos na varanda do quarto do meu irmão.
- Ok. - ele diz e vamos até lá, logo Diane se aproxima de nós dois.
- Uiuiui, o que estão cochichando aí? Posso saber? - ela diz sorridente e King cora.
- Claro. - respondo.
- Então fala (s/a), o que você tem que falar que até saímos do bar? - King pergunta curioso se sentando no ombro da Diane.
- É complicado, mas o Gowther e a Merlin descobriram que a Elaine aprisionou as memórias que o Ban tem relacionadas a mim, por isso ele não se lembra de nada. - digo com lágrimas nos olhos - E nenhum dos dois sabe como desfazer isso, a Merlin acabou de me dizer que pode ser que você saiba, já que é o rei das fadas e tem conhecimento dos poderes delas.
- Bom, eu não sei ao certo como ela fez isso. - ele diz e Diane limpa minhas lágrimas com o indicador - Como o Ban está com você?
- Ele está normal, até se lembrou de coisas básicas que eu gosto, como tirar as cebolas da comida antes de por no prato. - respondo me escorando na grade da varanda - E antes de dormirmos ele sussurrou "eu sinto que você e importante pra mim".
- E ele saiu todo estressado do bar agora a pouco, você sabe o motivo? - Diane pergunta curiosa.
- Acho que ele ficou com ciúmes porque o Howzer estava me cantando.
- Então quer dizer que esse feitiço não anulou os sentimentos dele por você, apenas apagou as memórias. - King diz com a mão no queixo - Vou ver o que posso fazer para te ajudar.
- Obrigada King. - digo com a voz chorosa.
- Vai dar tudo certo amiga, mesmo que ele não se lembre, se os sentimentos ainda estão ali, você pode reconquistá-lo. - Diane diz tentando me reconfortar.
- O Gowther e a Merlin me falaram para fazer o mesmo. - digo sorrindo - Obrigada mesmo.
- De nada. - ela diz sorridente.
- King. - o chamo e ele me olha - Me desculpa, mas a partir de hoje, eu odeio a sua irmã.
- Relaxa. - ele dá uma risadinha - Ela realmente passou dos limites agora.
- Vou atrás do Ban. - eles assentem - Ah, e estou feliz que tenham se acertado.
- Obrigado. - ambos respondem corados e eu saio correndo atrás do Ban, logo o acho sentado ao pé de uma árvore observando o céu.
- Ban? - o chamo me sentando ao lado do mesmo, que me puxa para o colo dele num abraço inesperado - O-o que foi? - pergunto corada.
- Não fala nada, só fica aqui. - ele diz e eu apoio minha cabeça no ombro do maior.
Sinto ele acariciar meus cabelos e fecho os olhos envolvendo o pescoço dele com meus braços. Como eu sinto falta do meu Ban, que está sempre perto de mim, que me xinga e com quem posso brigar até a morte sem o perder porque somos imortais. Eu sempre achei que fomos feitos um pro outro, dois pecadores condenados a viver para sempre.
- (s/n). - ele me chama e eu o olho - Por que eu sinto essas coisas todas por você?
- Que coisas?
- Ciúmes... - ele diz baixo - Eu nunca senti isso por ninguém, mas por algum motivo, ver o Howzer se aproximando e falando com você daquele jeito fez meu sangue ferver.
- O que mais?
- Sinto vontade de ficar do seu lado, cozinhar com você, beber com você. - ele diz e leva sua mão até meu rosto - E uma vontade imensa de te beijar.
- Então faz isso. - digo baixo e ele me puxa para um beijo.
Dez anos, faziam dez anos que eu não sentia o toque da boca dele sobre a minha, anos esses que mostraram o quanto sou dependente do amor dele. Não se passava um único dia em que eu não pensava nele.
E agora, aqui estamos, finalmente juntos de novo e ele nem se lembra de mim. Nosso beijo era cheio de amor e saudade, era um beijo extremamente necessitado. O quebramos pela falta de ar e ele me olha nos olhos.
- Me mostra como a gente era. - ele diz e eu sorrio com os olhos brilhando - Eu amo você garota, mesmo sem me lembrar de nada, esse sentimento é tão forte que eu não consigo evitar ele.
- Eu também amo você Ban. - digo com lágrimas nos olhos e o abraço fortemente - Prometo que vou fazer de tudo pra você se lembrar.
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