História O outro eu - Se conhecendo melhor

Levi

Mikasa com ciúme de mim, me imaginando em casa de stripper, era demais.

"Não precisa ter ciume, eu não frequento mais esses lugares e eu ia gostar de um show seu" - disse quando consegui controlar minha risada.

"Não é ciúme, até parece. Foi só... Foi só uma cena que acho nojenta e ... e que vocês homens adoram."

"Aham ... sei" - com minhas mãos em seu rosto, trouxe Mikasa para um beijo, devagar, sentindo cada milímetro da sua boca. Um beijo sedutor, que arrepia e que você não quer parar porque quando percebe está hipnotizado.
Com o clima esquentando, passei a beijar seu pescoço, chupar sua orelha e Mikasa apertava meus braços e soltava alguns gemidos baixinhos entre sua respiração ofegante.

"Levi, precisamos fazer algo para comer. Está ficando tarde."

"Minha comida está pronta" - olhei em seus olhos e apertei sua bunda, Mikasa sorriu.

"Você não presta. Credo." - ela se afastou de mim indo para cozinha.

Tentei atrapalhar Mikasa várias vezes, queria ela comigo, mas se manteve firme e concentrada em fazer uma comida para nós. Me deu algumas tarefas como cortar legumes, arrumar a mesa, colocar pratas, talheres e copos para nós dois.

"O que foi que me olha tanto?" - Mikasa perguntou quando percebeu que não parava de admirar-la jantando.

"Você é diferente das outras mulheres, tem um jeito só seu, é independente. É linda."

"Que belas palavras senhor cara de tédio" - Mikasa riu de mim como se eu tivesse dito uma piada.

"Falei algo engraçado?"

"Não é querendo me achar, mas me disseram isso, várias e várias vezes, menos a parte do linda, foi sutil.. gostei. Mas a vida me ensinou da pior maneira Levi, eu não tinha outra escolha a não ser assim, entende?"

"Eu sei, a história dos seus pais e a família do Eren ter te acolhido." - comentei meio sem jeito, com medo da reação dela. Não sabia se era um assunto delicado, não queria estragar o clima.

"Mas e você, não sei sobre sua vida, na verdade acho que ninguém sabe."

"É complicado" - que história vou inventar agora?

"Se não quiser me contar tudo bem, eu respeito seu espaço. " - Mikasa perguntou talvez percebendo meu desconforto e demora pra responder.

"Sem problemas, eu só sou um pouco fechado mesmo" - disse pegando nossos pratos para lavar. "Então ... era uma vez."

"Não Levi, sem brincadeiras" - ela riu da minha piada.

"Bom, eu tive uma mãe solteira que morreu quando eu ainda era criança. Então fui criado um tempo pelo meu tio até que ele achou meu pai e me entregou como um pacote. Acho que os dois nunca se deram bem, minha mãe e meu tio, ele não foi uma pessoa muito amorosa e gentil comigo. Ele gosta de fazer negócios e ele viu isso no meu pai, infelizmente se tornaram amigos."

"E você se dá bem com seu pai?" -perguntou

"Ele se culpa por não ter me visto crescer e tem muitos planos pra minha vida, planos de futuro, de negócios ... muitos planos" - O peso da consciência estava aumentando.

"E esses planos também são seus ou só dele?".

"Não sei bem ao certo, eu sei que são bons e acho que não seria sacrifício da minha parte. Ele me acolheu, sou grato por isso." - Quem iria cuidar de um menino de 10 anos depois de anos sem ver? Claro que sou grato.

"Você quer dar orgulho pra ele, mas isso vai te fazer feliz?"

Porque ela ainda quer saber, eu disse que os planos dele são bons. Isso já não é suficiente? Como se fosse um alerta, a voz do meu pai dizendo que Ackerman obededece, que está no nosso sangue, vem a minha cabeça.

"Mikasa, já jantamos, lavamos a louça, secamos e guardamos. Porq você ainda está de roupa?"

"Não, Levi, vamos conversar. Quero saber sobre você, sua vida, eu me interesso."

"Por hoje já deu, outro dia conversamos"

"Você não gosta do seu pai, é isso? Tem medo dele ou de decepcionar? Ele te faz lembrar sua mãe? ..."

Sem perceber Mikasa já estava indo para o banheiro, andando de costas eu guiava seus passos para onde queria. Ela me encheu de perguntas e só percebeu quando encostou na parede do quarto.

"Você fala demais pirralha"

Possui sua boca antes que ela me fizesse mais perguntas. Queria excita-la, provoca-la, fazer que ela esquecesse esse assunto ou que não pensasse em outras perguntas.

"Eu quero fazer uma coisa e quero ouvir você gritar."