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História O pai do meu namorado - Primeiro encontro


Escrita por: Liaah_

Notas do Autor


Oooii eu escrevi essa fic a um tempo já, mas eu espero que vocês gostem 💜
Deixem seus comentários, para eu saber se devo continuar ou não postando, eles não muito importantes no progresso de uma fic
Lá vai o capítulo 💜

Capítulo 1 - Primeiro encontro


Fanfic / Fanfiction O pai do meu namorado - Primeiro encontro

P.O.V. Emily

- Qual é o seu problema, Brooke?!- questionei, encarando minha melhor amiga séria, com os braços cruzados sobre o peito.- Como você pode voltar para aquele cara depois de tudo o que ele te fez?

Brooke encarou o chão, como se já esperasse por aquilo. Por favor, ela já me conhecia a sete anos. Sabia muito bem o que eu iria dizer.

- Em...-ela começou, gesticulando com as mãos enquanto não chamava pelo apelido que ela me deu na sexta série mas que usamos até hoje.- você sabe que eu amo o Ethan.

Eu suspirei, olhando ao redor antes de responder. Estávamos paradas na porta do colégio, tínhamos acabado de sair da aula e por algum motivo, ela decidira que aquele era um bom momento para me contar que havia voltado com seu ex-namorado cafajeste.

Todos os estudantes que passavam ao nosso redor nos encaravam. Eu não sabia se era por causa da minha voz alterada, da cara fechada de Brooke, ou da minha expressão de escárnio.

- Eu sei que você o ama.- falei, ajeitando minha mochila azulada no ombro.- Mas você amá-lo, não muda o fato de ele ser um mulherengo que não te merece.

- Em.- ela disse, colocando cada uma de sua mãos em um dos meus ombros.- Ele está diferente, você vai ver.

Concordei com a cabeça, apenas para que ela ficasse bem. Claro que eu não aprovava o nem tão novo assim namorado dela, mas Brooke era muito sensível se eu brigasse e deixasse de falar com ela por a mesma ter voltado com o ex, ela ficaria muito mal. Acredite, eu tenho bastante experiência quando o assunto é a minha melhor amiga.

Quando ela abriu a boca para dizer algo, uma buzina soou ao nosso lado. Nos voltamos para aquela direção e vimos um Sedan prateado parado junta a guia.

- Vão entrar ou não vão, senhoritas?- disse o rapaz lá dentro, sorrindo para nós abertamente.

- É pra já, Mendes.- disse Brooke, apressando-se  para o carro. Ela provavelmente só estava com medo de que eu dissesse mais alguma coisa sobre seu relacionamento.

A segui e assumi o banco do passageiro, enquanto minha amiga pegava o banco de trás. Fechei a porta, olhando para o rapaz sentado ao meu lado.

- Achei que tinha ido buscar o carro lá na Austrália pelo tanto que demorou.- comentei, fingindo seriedade.

- Parei para falar com os moleques.-  Shawn devolveu, usando aquele seu jeito descontraído e palavreado simples e despojado.- Qual o problema? Não está acostumada a ficar muito tempo sem mim, né?

- Bobo.- revirei os olhos, me inclinando em sua direção e pressionando meus lábios contra os seus.

Shawn riu do meu breve comentário e deu a partida no carro. Ficamos os três jogando conversa fora por uns quinze minutos, até que Shawn estacionou na porta da casa de Brooke.

- Tchau meus amores.- ela se despediu, dando um beijo em nossas bochechas.

- Até amanhã.- dissemos juntos, vendo-a descer do carro e entrar em sua casa. Assim que a porta da frente foi fechada novamente, Shawn voltou a dirigir.

- O quê aconteceu entre vocês duas?- perguntou, franzindo a testa sem tirar os olhos da rua.- Estava um clima meio tenso aqui dentro.

Suspirei antes de responder.

- Brooke voltou com o Ethan.

- O quê?!- ele pareceu tão indignado quanto eu quando recebi a mesma notícia.- Como? Por quê?

- Aparentemente, ele veio procurá-la na semana passada e disse que queria voltar. E lógico, que ela aceitou.- eu fiz minha costumeira cara de emburrada quando o assunto era aquele.- Quando o assunto é aquele babaca, ela sempre dá o braço a torcer.

- Dessa vez se aquele idiota não se comportar, pode deixar que eu mesmo vou resolver isso. Afinal, Brooke é minha amiga também.- falou, estudando o peito em uma posição corajosa.

Observei-o com um sorrisinho de canto. Ele percebeu e passou rapidamente os olhos por mim.

- O quê foi?- questionou, parecendo confuso.

- Nada, só acho fofo quando você  é protetor assim.

- Então tá né.- ele deu de ombros, rindo de leve, como se não compreendesse o porquê de eu achar tal coisa. Quando achei que iríamos ficar em um breve silêncio, ele voltou a se pronunciar.- Tenho uma surpresa para você.

Voltei-me para ele no exato momento em que aquelas palavras terminaram de sair de sua boca. Eu era uma pessoa curiosa. A palavra surpresa era como uma bomba nuclear para mim, de tanto que me chamava a atenção.

- O que é?- perguntei, rezando para que ele respondesse. Vez ou outra, Shawn gostava de fazer um "suspense" como ele mesmo dizia. Eu queria matá-lo quando ele fazia isso.

- Meu pai vai vir me visitar.

Eu o encarei de queixo quase caído. O pai de Shawn nunca fora um pai muito presente na vida de seu filho. Quando Shawn era pequeno, seu pai e sua mãe se separaram e a mãe ficou com a guarda do menino. Ele passava apenas um final de semana por mês com seu pai, quando o mesmo estava no país, porque ele trabalhava como produtor de cinema e estava sempre viajando para coordenar gravações de novos filmes. Já faziam três anos que eu namorava Shawn e eu nunca nem mesmo vira seu pai. Ele não tinha nem mesmo fotos, porque sua mãe as queimara de raiva do ex-marido. Apesar de tudo isso, Shawn sempre disse que seu pai era um cara legal e descolado. Muito do seu jeito despojado ele dizia, tinha herdado dele.

Como é normal quando você vai conhecer os pais do seu namorado, eu senti um frio na barriga ao perguntar:

- Quando ele chega?

- Nós estamos indo encontrá-lo agora mesmo.- respondeu, como se aquela fosse a informação mais dispensável do mundo.

Eu contive o impulso involuntário de saltar no banco do carro.

- SHAWN MENDES COMO DIABOS VOCÊ PODE ME CONTAR ISSO SOMENTE AGORA?

- Calma, Em.- ele riu. Sempre ria quando eu ficava irritada ou brava com ele.- Não é nada demais, é só o meu pai.

- "Só o meu pai".- repeti, fazendo uma imitação bem fajuta de sua voz.- Você sabe que esse homem que eu estou prestes a conhecer pode ser o meu sogro pelo resto da minha vida? E se ele não gostar de mim? E se ele me achar muito desleixada?

Eu olhei para minhas roupas com uma careta. Estava vestindo uma calça jeans meio surrada, uma regata roxa justinha e botas pretas. Minhas simples roupas de rotina do colégio. Como eu podia aparecer na frente do pai do meu namorado pela primeira vez daquele jeito?

- Em, você está surtando.- comentou Shawn, virando em uma esquina.

- Shawn, passa na minha casa primeiro para eu me trocar.- falei, nervosa.

- Não dá, já chegamos.- ele disse, estacionando seu Sedan junto a calçada de pedra.

Meu coração quase parou. Ele tinha parado em frente a uma  lanchonete famosa da região, a Superticious. O nome era um pouco bizarro, mas a comida era ótima. Eu e Shawn sempre viemos almoçar aqui juntos depois da aula. Acho que era por isso que ele tinha combinado de se encontrar com seu pai ali.

Devo ter ficado uns bons minutos estagnada no lugar, porque quando dei por mim, Shawn já estava do lado e fora do carro, se apoiando na janela aberta me encarando com um sorriso acompanhado de seus belos olhos intensos.

- Você vem?- quando eu fiz que não com a cabeça, ele suspirou e  me confortou com aquele sorriso branco maravilhoso que só ele sabia dar.- Meu amor, está tudo bem. Ele vai gostar de você, eu garanto.

- Mas olha o meu estado, Shawn.- falei quase em um choramingo.

- Você está linda.- ele viu que eu gostei do elogio, por isso insistiu mais um pouco.- Vamos, meu amor, ele já está nos esperando.

Respirei fundo, tentando criar coragem o suficiente para a situação que estava sendo encaminhada a enfrentar. Passei as mãos por meus cabelos rapidamente, tentando ajeitá-los de maneira que ficassem aceitáveis. Eles eram lisos e compridos na cor castanha clara, mas naquele dia, justo naquele dia, eu havia deixado a janela do carro aberta e um vento que eu não imaginei que seria tão prejudicial a minha saúde mental, os bagunçou. Droga.

Saí do carro, evitando minhas pernas de tremerem. O nervosismo me invadia como a maré invadia a areia em uma noite de tempestade na praia.

- Relaxa.- Shawn disse pegando minha mão, entrelaçando seus dedos nos meus.

Entramos na lanchonete, o lugar estava parcialmente cheio, por ser um horário de almoço. Shawn me conduziu ao fundo do local, onde haviam algumas mesas ao ar livre. Lá, ele me guiou até uma mesa em que apenas um homem estava sentado.

Quando chegamos perto, esse homem se levantou para nos receber.

Uau, foi o que eu pensei quando o vi. O homem deveria ter uns 40 e poucos anos, tinha cabelos castanhos bem escuros que batiam em seus ombros, uma barba por fazer que chamava a atenção para o seu rosto e tinha um físico musculoso, que estava coberto por uma calça jeans de lavagem escura, sapatos pretos, uma camiseta preta e uma jaqueta de couro. Ao redor do pescoço, ele usava um colar prateado com um pingente de flecha. Ele era muito bonito.

Como assim o meu pai do meu namorado era tão gato daquele jeito?!

Fiquei calada enquanto Shawn abraçava seu pai, ambos trocando tapinhas nas costas.

Então Shawn voltou ao meu lado, colocando uma de suas mãos em minha cintura.

- Pai, essa é a minha namorada de quem te falei, Emily. Em, esse é o meu pai, Norman.

O pai do meu namorado me observou com atenção. Se os olhos de Shawn eram intensos, os olhos de Norman eram misteriosos e profundos.

Quando ele me estendeu a mão eu estendi a minha em resposta, sem dizer nada.

Quem se pronunciou, foi Norman.

- Emily,- ele falou, dando um sorrisinho de lado. Sua voz era rouca. Gostosamente rouca.- é um prazer te conhecer.







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