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História O Passado Sempre Volta - 9. Não o tirem de mim


Escrita por: BananaArt

Notas do Autor


Oi gente, desculpem o atraso <3

Capítulo 9 - 9. Não o tirem de mim


- P-por favor, me solta. – Ainda estou tonto devido a queda. Taiji estava por cima de mim. Aproveitando minha debilidade, segurou minhas mãos para cima, tirando a própria gravata, amarrando para cima, ao pé da mesa. Era sério que estava levando aquilo tão longe? Queria gritar por ajuda, mas se aquilo se tornasse publico e meus pais soubessem, iria facilmente descobrir que Aki estava estudando no colégio. Não sei que atitude tomariam, seria a mais ruim possível.

- Apenas fique quieto, não vou demorar. – O maior comentou, deslizando suas mãos até o cós da minha calça, abaixando após tirar o cinto e abrir a braguilha. Começo a soluçar devido ao choro, não poderia fazer nada! Tentei empurrar o corpo dele com o pé, chutando sua lateral quando Taiji abriu minhas pernas. Aquilo me assustou, ao menos fez algum efeito quando o maior parecia irritado sentindo dor na costela. – Porque não fica quietinho?!

- E-eu não quero isso, apenas me deixe em paz, por... – Antes que completasse a frase, senti o soco no meu rosto, minha visão escureceu por alguns momentos devido a dor e minha cabeça bateu novamente contra o chão. Por alguns momentos não entendi direito o que estava acontecendo, até sentir dedos entrando no meu interior, aquilo doeu.

- Se continuar lutando vou te bater aqui. – A mão livre do maior segurou meus testículos e apertou com certa força, fazendo com que me encolhesse. Apenas concordei com a cabeça para que parasse de apertar. Como Taiji viu que iria ficar mais obediente, simplesmente parou de tocar ali, dando atenção a minha entrada. Além do gosto metálico de sangue na minha boca, presumindo que tenha cortado minha bochecha na parte interna com o soco, não consigo pensar em nada que não seja o Aki.

Taiji fica um tempo tentando me preparar, logo cansou, encostando a glande perigosamente próxima de mim. Não queria aquilo, iria acabar gritando. Quando percebeu isso, o maior segurou meu queixo, tampando meus lábios com força, enquanto foi entrando no meu corpo. Foi quando ouvir uma batida na porta. Meu coração estava batendo tão forte, minhas lágrimas desciam desesperadamente, só queria fugir daquele garoto.

Começo a me conformar, abaixando o rosto contra o chão frio. Antes de penetrar completamente, a porta é batida algumas vezes. Contudo, Taiji não parecia preocupado com isso, começa a invadir meu interior, aquilo era doloroso e humilhante.

Foi quando a porta foi arrombada, isso assustou Taiji de uma forma que se afastou de mim, caindo para o lado.  Aki olhou a cena por alguns momentos com olhos arregalados. Logo sua expressão se transformou em ódio, uma raiva que nunca havia visto antes.

Pulou sob o corpo do Taiji, começando a socar seu rosto sem piedade.
Aquilo não daria certo, tinha que fazer alguma coisa. 
Levantei a mesa pesada com toda a força que tinha, apenas para conseguir puxar minha mão presa a uma de suas pernas. Quando voltei na direção dos dois, Aki estava com um lápis na mão, pronto para enfiar no olho direito desfigurado devido aos socos.

Segurei a mão dele imediatamente, tentando ser forte. Não sei da onde tirei toda a perseverança para que não cometesse aquele crime. Pois poderia não apenas cega-lo, a possibilidade do outro morrer era grande demais.

Aproveitando que segurei o braço do Aki. Taiji correu da sala, ajeitando a própria calça, que desconfio estar molhada de algum liquido amarelo, no entanto, são especulações que não duram muito, quando o maior volta o olhar na minha direção incrédulo.
- Você o salvou?! - A voz dele saia perigosamente baixa, aquilo me fez tremer completamente.
- N-não. - Digo rapidamente, soltando o seu braço, ficando mais aliviado por nada mais grave ter ocorrido. Aki tinha me salvado. - Se o ferisse ou matasse poderia...
- Ele merecia ser torturado por ter tocado em você. - Aki ainda estava ensandecido de raiva. Na mão dele o objeto se quebrava com a pressão dos seus dedos.

- Poderia ser péssimo para nós dois. Meus pais com certeza não iriam ignorar o ocorrido, acabariam nos separando, é isso que você quer? - Meus olhos começam a se encher de lágrimas. Me sinto violado, fraco, não quero pensar em como seria se tudo tivesse caminhado para o pior desfecho possível.

- Não, claro que não. - O outro parecia voltar a pensar novamente. Largando o que tinha na mão, abraçando meu corpo com força. - Nunca mais quero ficar longe de você...
- Então não pense que salvei ele... estava salvando a gente. - Começo a soluçar, afundando a cabeça no seu peito. Me sentia protegido ao redor daqueles braços fortes, conseguia senti-lo bem.

- Eu sei... - Aki tinha dificuldade em dizer aquilo, porque ainda parecia querer se vingar, alguns socos não pareciam ter sido o suficiente.

- Tá tudo bem. - Afasto o rosto, quando o maior olha o canto inchado da minha boca, apenas toca com a ponta dos dedos, parecia querer perguntar algo, apesar disso, acabei respondendo. - Não me feriu tanto.... mas quase coloca tudo dentro de mim.

- Preciso te limpar desse imundo, vamos pra minha casa. - Aki foi se levantando, me ajudando a colocar a roupa aos poucos.

Beijou meus lábios de leve, não parecia querer me machucar, estava sendo mais cuidadoso que o normal, isso me encantava, por isso acabei sorrindo mais animado. Foi quando ouvi o toque do meu celular, quando olhei a chamada do meu irmão, parecia ter sido a quinta ligação.
- Acho que não posso ir com você. - Atendo o telefone.
"venha pra casa." Então meu irmão desliga. Parece ter ocorrido algo urgente.
- Desculpe Aki, vou precisar ir pra casa. - Solto um suspiro, guardando o celular.
- Tudo bem, vou ficar na biblioteca depois voltar pra casa também. - O maior estava relutando em me deixar ir embora.

No entanto, peguei um táxi para chegar mais rápido. Tentando parecer o mais apresentável possível.  Quando cheguei a mansão, havia um carro que não conhecia na frente. Fiquei mais preocupado, por isso corri para dentro imediatamente, entrando na sala.

Jun e meus pais estavam reunidos, contudo, havia outro rapaz, o mesmo tinha se encontrado com Aki no dia anterior. Aparentemente a reunião estava terminando, pois o mesmo, que era antigo amigo do meu namorado estava se levantando. Sorrindo quando me viu.

Senti meu coração se comprimir totalmente, apertando forte, estava arfando, não apenas pela corrida, contudo, pela situação.
- Então, acho que é perigoso o manter lá. - O rapaz concluiu. Não pude falar nada, apenas ver o maior passando por mim.
- Deu adeus ao seu Aki hoje? - O rapaz disse com seu sorriso suspeito, indo na direção da entrada, onde supunha estar seu carro.

Meu pai pegou o celular e parecia falar com alguém. Aquela tensão toda parecia me matar, até meu irmão se levantar, seguindo na minha direção.

- Aki fez alguma coisa com você? Foi ele que fez isso no seu pescoço? - Jun estava irritado, impaciente, a raiva contida para não descontar em mim.
- N-não.... - Estou pálido, não sei o que dizer, porque aquele garoto tinha ido até ali revelar tudo? Tento esconder o máximo que conseguiu. - Não fez nada de mal pra mim nii-san.

- Claro que fez, porque não nos contou? - Jun segurava meus ombros, podia ver medo em seus olhos só me deixou perturbado. Aki não era mais aquela criança que queria me matar, agora me amava e iria me proteger de todos que chegassem perto de mim. Nosso amor era estranho, mas não queria me separar de Aki novamente.

- A-aki mudou... ele tá melhor agora, somos amigos de novo. - Praticamente murmurei aquelas palavras, não consigo respirar direito. Tudo estava desmoronando sob a minha cabeça, porque não conseguimos manter o segredo por mais tempo?

- Não. Ele explodiu o instituto a qual estava internado. Obsessivo por você procurou o colégio que estava, vai te fazer mau, será que não entende?!- Jun parecia querer colocar razão na minha cabeça, abrir meus olhos, mas a história não foi exatamente assim.

- Ele... era torturado todos os dias lá. - Digo com a voz mais energética, empurrando meu irmão.
- Não importa mais. O instituto está restabelecido. O garoto será trancando lá dentro novamente, conseguiram os documentos novamente. - Dessa vez meu pai se ergue. - Você está totalmente proibido de entrar em contato com ele ou mesmo ir para escola por enquanto.

- NÃO. - Dou um grito, é a primeira vez que isso acontece.

As lágrimas começam a irromper dos meus olhos. Meu irmão me segura, tirando meu celular, ainda apertando meu corpo.
- É o melhor para você. - Jun dizia baixo para mim, sabia que só queria me proteger. No entanto, não queria ser protegido.
Começo a soluçar em desespero.
- Eles vão torturar o Aki, não vão deixar ele em paz. Por favor... não me separem dele. - Aperto meu irmão com força, que parecia não estar entendendo o motivo do meu desespero.

- Ele fez a cabeça do seu irmão. Maldito psicótico. De algo para que durma. - Meu pai foi saindo de lá, sem se indignar a me encarar, parecia realmente ignorar meus pedidos desesperados.

Minha mãe o seguiu, se omitindo de qualquer responsabilidade pelo meu estado desesperado.

Começo a me acalmar. Jun coloca algo na minha boca, depois faz com que beba água. Não queria aquilo, mas meu irmão insiste, então acabo fazendo. Começo a me acalmar, aos poucos, sentindo o abraço ao meu redor. Contudo, não era Aki me apertando...

Durmo sem conseguir fazer nada. Não sonho com nada, apenas trevas, nada mais.  
Abro os olhos algumas vezes, vejo Jun ao meu lado, mas não consigo me manter. Preciso salvar Aki, preciso sair daquela situação antes que o levem, durmo novamente.

Finalmente abro os olhos, sentindo a luz do sol tocando no meu rosto. Quanto tempo dormi? Estou fraco. Sinto algo doce na minha boca. Meu irmão coloca um pedaço de tangerina próximo, acabo comendo. Só não quero dormir de novo.

- Aki... - Digo, erguendo meu corpo, me sentando.
- Quanto mais cedo esquecer, melhor vai ser. - Jun falou aquilo mais preocupado do que realmente irritado. - Yuki, o que houve? Porque não nos avisou antes....

- Nii-san, amo o Aki, mais do que amigo, mais do que qualquer coisa é sempre amei. Se falasse antes, isso aconteceria. - Tento me manter forte. Não posso chorar novamente.

Meu irmão parece incrédulo com o que falei, para Jun, Aki havia feito lavagem cerebral, me chantageado (o que não era uma mentira), me ameaçado ou outras coisas bem piores. Mas, não quero acreditar que o maior tenha sido arrancado dos meus braços.

- Eu me assustei no início, Aki estava aqui, mas aos poucos, vi que ele estava mais ferido com tudo do que eu.... tinha que curar as feridas dele. Foi torturado, maltratado e teve que fugir. Agora, foi capturado de novo e estou preso aqui sem poder ajuda-lo. -Sinto meus olhos focando marejados novamente.
Meu irmão não parecia crédulo, contudo, não me importava com isso. 
- Ele tentou te matar. - Jun queria tentar o máximo me tirar aqueles pensamentos.
- Tinha oito anos, foi torturado por anos... - Limpo meus olhos com raiva. - A quanto tempo estou dormindo?
- Dois dias. - Jun soltou um suspiro quando viu meu rosto surpreso.
- Aki... - Meu irmão segurou meu ombro de repente com força, fazendo com que o olhasse.
- Pare com isso Yuki. Não dá mais, ele já foi levado e você vai voltar sua vida normal, com as sessões no psicólogo e tudo vai voltar o que era... - Jun se levantou, apontando para o mingau ao meu lado. - Coma.

O maior saiu do quarto em seguida, me deixando sozinho. Penso em não comer, mas tenho um plano, por isso acabo comendo rapidamente, preciso de forças para fazer o que deveria. Aki, vou resgatar você....


Notas Finais


Obrigada por esperar seus lindos <3


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