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História O Pecado do Amor - Anel dourado.


Escrita por: EvaChan

Notas do Autor


Vamos ver quem descobre um pedaço do passado da Lia nesse capítulo. :)
Um pequeno aviso: tem alguns xingamentos.

Capítulo 15 - Anel dourado.


Fanfic / Fanfiction O Pecado do Amor - Anel dourado.

//      //

      Pov. Narrador

      As mãos suavam, as pernas estavam bambas. Lia não se lembrava da ultima vez que esteve tão nervosa a ponto de largar tudo para correr atrás de uma menina que mal conhecia.

      Porém, a ruiva não deu importância para as consequências, Lia não se importava se ela poderia se perder no local que não conhecia, ela apenas continuou correndo atrás da garota pela Necrópole.

      Lia queria respostas.

      — Ei, espere! – gritou a ruiva tentando chamar a atenção da rosada, sem sucesso. A menina continuou correndo, as duas se afastavam cada vez mais do grupo de Lia.

      Percebendo que não estava sendo rápido o suficiente, a Pecadora criou uma pista de gelo com sua magia. Deslizou rapidamente em direção a outra garota.

      Quando Lia alcançou a adolescente, a ruiva logo criou uma parede de gelo que impedia fugas, a garota parou abruptamente quando notou a barreira a sua frente.

      — Não precisa fugir, eu só quero conversar. – falou Lia ofegante, magia sempre cansava a ruiva.

      A menina de madeixas rosadas se virou para a mulher ofegante.

      — Eu não estava fugindo. – respondeu calmamente, a voz era gentil, mas soava quebradiça. Parecia que a garota não falava há muito tempo e sua garganta estava ressecada. — Apenas queria conversar com você afastado daqueles que te acompanham.

      Lia se permitiu observar a garota mais de perto.

      O rosto dela era delicado, a menina parecia jovem, por volta dos dezessete anos. Tanto os cabelos quanto os olhos eram de um rosa bebê, o que dava um ar fofo a garota. As roupas eram brancas, ela vestia um longo vestido que talvez um dia tenha sido muito bonito, mas que agora se encontrava todo rasgado. Os pulsos estavam machucados e o dedo anelar da mão esquerda estava com sangue seco.

       — Não vai me perguntar nada? Eu sei que você tem muitas questões em mente. – disse a garota e Lia paralisou.

      Mesmo aquilo sendo verdade, a ruiva permaneceu com a boca fechada. Apesar de Lia ter muitas perguntas, ela estava com medo das respostas. Sim, depois de muito tempo, o medo voltou a fazer parte dos sentimentos de Lia.

      E se as respostas não fossem as que ela queria?

      Não era a primeira vez que Lia se pegava pensando na possibilidade de tudo aquilo não valer a pena, provavelmente ela devesse apenas desistir. Inferno, ela tinha gasto dez anos de sua própria vida procurando respostas que talvez ela nem queira ouvir. A ruiva nunca negaria a dor no peito que ela levava consigo desde o primeiro ano que ela acordou, ela não gostava de lembrar o sentimento de solidão que sentia ao acordar sozinha no palácio de Liones. Era desse jeito que a ruiva vivia:

        Sozinha.

     No começo, Lia ainda tinha esperança que alguém apareceria para levá-la, alguém de sua família, mas não, isso nunca aconteceu, a ruiva, na época uma adolescente, teve que se virar sozinha. ‘’Por que ninguém nunca me procura? Será que eu fui uma pessoa tão horrível no passado?‘’ era a pergunta que se repetia na cabeça dela na época.

      Depois de um tempo, Lia se conformou, ela parou de esperar as pessoas procurá-la e começou a ir atrás, ela queria pelo menos saber de onde veio. A ruiva sempre achou que quando tivesse a oportunidade de acabar com suas duvidas ela não perderia tempo.

      Mas, aquilo sim era uma mentira, pois ali estava ela, com as palavras presas na garganta com medo de que todos os anos que passou procurando terem sido em vão e, que no final, ela era apenas mais uma sonhadora que achava ter um motivo para ela estar sozinha.

      Lia balançou a cabeça, aquilo também não era verdade. Agora ela não estava mais sozinha, ela tinha seus companheiros! Maldição, ela não precisava mais ter medo, afinal, ela tinha tantas pessoas ao seu lado: Elizabeth, Meliodas, Ban, Hawk, Gilthunder, Arthur, Merlin e Baltra.

       Com sua coragem restaurada, Lia retornara a falar.

       — Quem é você? E por que você continua aparecendo em meus sonhos? – ditou alto e confiante, pois era assim que ela era.

       A menina a olhou com uma expressão indecifrável.

      — Você sabe meu nome, eu sei que Olliver já mostrou essa lembrança para você. – respondeu a rosada olhando profundamente nos olhos azuis da ruiva.

       Lia assentiu nunca quebrando o contato visual.

       — Sim, eu sei o seu nome. Você é Naname Kurami. – afirmou observando o céu rosado que os olhos da garota representavam. — Mas você ainda não respondeu minha segunda pergunta.

        Naname sorriu minimamente.

        — A resposta é simples: porque você precisa lembrar. – Naname sorriu reparando que o brilho nos olhos da amiga nunca mudou.

      Lia se aproximou instintivamente.

      — Lembrar do quê? – perguntou sentindo-se sair de um transe vendo Naname quebrar o contato visual.

      Naname suspirou, ela não podia fazer uma mudança muito grande no mundo dos mortos.

      ­— Lembrar de tudo. – respondeu a rosada, Naname sentia o corpo dela aos poucos desaparecendo.

      Lia tentou manter novamente contato visual com Naname, mas sem sucesso.

      — Lembrar do quê, exatamente? – a ruiva reformulou a frase com esperança de ter uma resposta mais detalhada. Lia sentia-se confusa vendo a outra se tornar transparente aos poucos.

       — Nós não temos muito tempo, assim que eu desaparecer pegue o colar e use-o sempre. – Naname olhou para as costas de Lia, mais expecificamente, ela olhou para a espada que a ruiva levava consigo. — A espada de Nico não irá te esconder de Miguel por muito tempo, mas o colar vai.

       Lia até faria mais perguntas, porém Naname já havia desaparecido. No local onde a garota desapareceu sobrou apenas uma corrente com algo pendurado na ponta.

       As últimas palavras de Naname ecoavam pelo espaço enorme que era a Necrópole, Lia sentiu seus pelinhos se arrepiarem ao ouvir a despedida.

       — Adeus, Amélia.

    

      //      //

      O colar na mão de Lia possuía uma corrente de prata e um anel de ouro com algumas palavras gravadas, era realmente um lindo anel de casamento.

      Suspirando Lia começou a andar em uma direção aleatória, ela estava perdida.

      Os pensamentos na cabeça de Lia passavam correndo pela cabeça da ruiva, eram tantas novas informações. Tudo estava aos poucos se complicando mais, o quebra-cabeça ficava cada vez maior.

      Ouvindo uma explosão Lia olhou na direção de onde vinha o som, a Pecadora se sentia aliviada que algo aconteceu, se não, ela provavelmente ficaria andando sem rumo pela Necrópole.

      

      //      //

      Lia se aproximou do grupo com calma, o colar com o anel já havia sido pendurado em seu pescoço. Mesmo não entendendo muito da tal ''proteção'' que Naname falara, ela não tinha nada a perder usando o colar como fora pedido pela menina.

       — Oi. – murmurou se aproximando de uma parte do grupo que estava sentada e se juntando a eles.

       Lia não deu muita importância para a batalha que King travava com uma mulher estranha na frente deles, a ruiva estava mais preocupada em observar outra coisa.

       Um Ban sem camisa era a visão do paraíso para Lia, tudo bem que o Pecado da Ganância e ela não se davam muito bem, mas ele com certeza tinha saúde.

       Corando com seus pensamentos pervertidos, Lia voltou sua atenção para a batalha. Ela não sabia por que estava pensando tanto no outro, não era nem a primeira vez que ela o via sem camisa.

      — Eu perdi alguma coisa? – perguntou Lia se referindo a batalha a sua frente, King ganhava tranquilamente.

      Ban, que se sentava ao lado de Lia, virou-se para a mesma com um sorriso. Ele não era tão inocente ao ponto de não ver os olhares desejosos da ruiva em si.

      O Pecado da Ganância se virou para a ruiva, propositalmente se ajeitou de um modo que seus músculos aparecessem ainda mais, Ban gostava do rubor no rosto da baixinha.

      — Apenas um capitão preocupado te procurando. – respondeu olhando divertido para seu capitão.

       Meliodas apenas sorriu para a resposta de Ban.

      — Eu me preocupo com meus companheiros.

      O rubor de Lia diminuiu, a ruiva sentiu uma pontada no coração pela resposta de Meliodas. Olhando para Elizabeth, que se sentava ao lado de Meliodas, a ruiva sorriu.

      Tudo bem se Meliodas só a via como companheira, apesar de tudo, ela só queria que ele fosse feliz.

      Uma ultima explosão chamou a atenção de todos para a batalha, King havia vencido.

      Lia se assustou quando uma menina loira apareceu atrás dela e de Ban.

      — A força desta explosão deve tê-la lançado de volta ao mundo dos vivos. Vocês vieram em carne e osso, mas parece que ela veio só em espírito.– disse a loira, quando a garota notou Lia ela lançou um sorriso para a ruiva espantada. — Você deve ser a garota de quem Naname tanto falava, eu sou Elaine.

       Ainda surpreso pela aparição repentina da menina, a ruiva demorou um pouco para responder a apresentação.

       — Oi. – falou Lia não entendendo nada. Naname falava dela?

      Uma sensação estranha tomou conta do corpo de Lia, só então a ruiva notou que assim como os outros, com exceção de Elaine, ela sumia.

       — Minhas orelhas sumiram! – exclamou Hawk, apavorado.

       Elizabeth tentou alcançar o porquinho, mas sem sucesso.

       — Hawk-chan! Eu também! O que é isso? Que sensação estranha! – exclamou a princesa.

      Outras vozes se fizeram presentes no local.

       — Vocês não são daqui, então a Necrópole está rejeitando vocês. – era a voz do menino que Ban alimentara na vila. — Que ótimo... Vocês encontraram quem procuravam.

      — O que estão fazendo aqui? – perguntou Ban.

      Lia já sabia a resposta, a ruiva se entristeceu com o fato. Tantas pessoas perdem a vida cedo.

      — Vocês eram habitantes desse mundo o tempo inteiro? – dessa vez fora King quem perguntara.

      As crianças ignoraram as perguntas, a garota sorriu para Ban.

      — A sua comida era uma delicia. Obrigada. – agradeceu, os olhos da menina pousaram em Lia e apenas um sorriso fora aberto.

      — De nada. – respondeu Ban, a atenção do Pecador era direcionada a menina fada.

      Elaine sorriu para Ban.

      — Que bom que pude vê-lo, Ban! – falou com um sorriso.

      — Até a próxima, Elaine! – foram as palavras de Ban.

     As memórias que criaram juntos durariam para sempre, aquela não seria a última vez que eles se veriam.

 

      //      //

      Depois de todos voltaram para o mundo dos vivos, o grupo de companheiros se encontrava sentado em volta de uma fogueira ao lado de um rio.

      — Aqui, capitão! A bóia está pronta! Abre a boca! – falou Diane animada tentando alimentar seu precioso capitão, a gigante possuía um enorme peixe na mão.

      Meliodas, que estava sentado com um copo de cerveja na mão, não deu muita atenção.

      — É grande demais.

      Diane não parecia ter tido o ânimo abaixado.

      — Diga ‘’Ah‘’! – exclamou a menina tentando convencer o loiro.

      King se aproximou da mulher bonita.

      — Diane... Suas lesões melhoraram? – perguntou preocupado o rei das fadas.

      Lia teve um mini ataque com o quão fofo King poderia ser.

      Diane colocou o enorme peixe na boca.

       — Ah, claro, eu estou ótima! – disfarçou a garota de cabelos marrons.

       Ban, que se encontrava já bêbado com uma Lia a contra gosto em seu colo, riu do jeito de King.

       — Idiota, ela fingiu que estava machucada para o capitão ficar com pena dela. – falou meio soluçando por causa da bebida. Lia se debateu mais um pouco para tentar sair dos braços daquele ser bêbado.

       King não pareceu acreditar no que ouvira.

      — A Diane não é esse tipo de garota. – defendeu irritado. Diane olhou para o lado, constrangida.

     — Fiquem calmos, vocês dois. – se pronunciou Meliodas.

      King se aproximou de Meliodas e Elizabeth flutuando.

      — Falando em garotas, eu não perguntei. – começou o rei, o garoto olhava para Elizabeth. — Qual é sua relação com essa moça, capitão?

      Meliodas mudou suas mãos para os peitos de Elizabeth, apertando-os.

      — Somos amantes. – comentou.

      — Não! – negou Elizabeth, envergonhada.

      Meliodas se afastou de Elizabeth e se aproximou de uma certa ruivinha que tentava sair do colo de Ban, o loiro a agarrou e puxou, tudo com um ciúmes escondido.

      — Mas essa é a minha mulher. – apresentou o Pecado da Ira.

      Ban puxou um braço de Lia com possessividade, cada um dos Pecadores segurava um dos braços de Lia.

       — Sua nada! A baixinha cheira bem, então agora ela me pertence. – afirmou Ban com alguns soluços.

       Lia usou um pouco mais de força para se soltar daqueles dois homens que a seguravam.

       — Eu não sou de ninguém! Seu pervertido! Seu bêbado! – rosnou a ruiva.

      King observava a cena abismado, aquilo era algum tipo de triângulo-amoroso?


Notas Finais


Só para deixar explicado, o Ban não ama a Lia ainda, ele apenas gosta de provocá-la e sente atração. *-*
A imagem do capítulo é o colar deixado pela Naname. ^^
Espero que tenha gostado e que não deixe de comentar. ( Vocês sempre comentam, então muito obrigado!!! <3)


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