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História O Pequeno Nini - Massinha


Escrita por: Yume-ni

Notas do Autor


Atrasada, eu sei.
Mas a faculdade e o trabalho tem tomado muito do meu tempo ;-;
Sory



Bem, falando sobre essa história...
Kyungsoo tem Síndrome de Down, que é uma condição genética, não uma doença. Na história temos as reações de duas crianças criadas em contextos diferentes e suas reações a criança.
Jongin é pra mim o ponto principal da história por ser o agente de mudança não apenas para Kyungsoo, mas para Yifan.

Eu estou falando demais não é?

Então chega de explicações, foi spoiler demais por hoje!
Aproveitem a história!

Capítulo 1 - Massinha


Fanfic / Fanfiction O Pequeno Nini - Massinha

Jongin estava concentrado na massinha em suas mãos, enquanto a professora caminhava por entre as carteiras das sala, sorrindo e acariciando o topo das cabeças dos pequenos. Ela de vez em quando sentava com um grupo e ajuvada a criar alguma figura, também brincando com os alunos. A professora fitou Jongin e seu colega de carteira com curiosidade e sorriu satisfeita com o trabalho dos dois.

 – Oh, Kyung Hyung! Você está fazendo um dragão! – Jongin falou admirado, enquanto observava o amigo usando massinha verde nas pernas da criatura.

– É um dinossaulo Nini, não um dlagão. – O menino disse, com sua voz meio embolada. As vezes era dificil controlar a lingua para falar corretamente, mas Jongin já estava acostumado e seus ouvidos estavam treinados para entender tudo que seu hyung dizia.

– Está muito legal. – Jongin fez um biquinho – Eu queria saber fazer um dinossauro também. 

– Se você quiser eu te ensino, já que voce me ajuda a entender matemática.

– Não precisa disso, Hyung. Eu me sinto importante ensinando você.

Kyungsoo sorriu para Jongin e continuou a modelar a massinha rosa em suas mãos, para fazer mais uma figura de um de seus amados dinossauros.

– E eu me sinto implotante por ter um plofessor como o Nini.

A aula continuou norma, até bater o sino e todos sairem correndo para o lanche. Kyungsoo e Jongin foram de mãos dadas até o pátio, segurando suas lancheiras. Juntos, sentaram-se embaixo da cerejeira e começaram a compartilhar seus lanches.

Enquanto Jongin deixava seu Hyung comer algumas salsichas, Kyungsoo colocava pedaços de carne na boca de seu Nini. Era divertido um cuidar do outro e os dois estavam satisfeitos em ficar juntos, mesmo que estranhamente alguns colegas evitassem se aproximar.

Quando a comida acabou, Jongin pediu licença e se afastou para ir ao banheiro. Kyungsoo apenas sorriu, com um pouco de arroz ainda na boca e acenou para que ele fosse logo. Jongin correu rapidamente até o banheiro, pois estava muito apertado. Enquanto lavava as mãos, Jongin escutou passos  e percebeu que eram alguns dos meninos maiores de uma turma mais avançada.

Ele já conhecia aqueles garotos.

Rapidamente ele enxugou as mãos e tentou passar despercebido pelos garotos. Mas os valentões no momento em que puseram seus olhos sob Jongin, suas feições tornaram-se divertidas de um jeito assustador.

– Olha só quem encontramos aqui. O garoto pretinho. – O lider Kris se aproximou, empurrrando os ombros de Jongis que tropeçou assustado. – Se divertindo na escola, Punk? Pretinhos como você não deveriam se juntar a gente de verdade. – Cuspiu no chão, enquanto estralava os dedos. Jongin se encolheu, já esperando o soco que viria. Ele sabia que nada mais poderia ser dito e que nada pararia o garoto mau.

Kris havia tido um tipo de criação diferente de Jongin. Enquanto os pais de Jongin haviam ensinado que ser diferente era normal, o valentão havia sido ensinado a odiar as diferenças. Jongin não odiava o menino mau, ele sabia que Yifan era triste por apanhar da familia coreana, por ser Chinês. Ele não era um bobo, como todo mundo pensava.

Todos os dias, enquanto esperava sua mãe vir lhe buscar, ele observava o tio de Kris chegar e puxar as orelhas do menino por algum motivo bobo. Ele o xingava por ser Chinês e depois beliscava o garoto que choramingava dizendo que doía.

Jongin, então, não odiava Kris, mas também não queria ser melhor amigo dele. Apenas queria que o menino o deixasse em paz e parasse de implicar por algo tão bobo como a cor da sua pele. Na maioria das vezes, ele até se deixava ser insultado apenas para que o foco ficasse nele e não no seu Kyung Hyung, que nunca conseguiria se defender ou aguentar uma surra de Kris, como Jongin conseguia. 

Afinal ele era um garoto muito forte e corajoso.

Kyungsoo Hyung dizia isso todos os dias.

Jongin não acreditava que Kyungsoo era impotente ou algo assim, mas ele sabia que seu hyung era pequeno e magrinho demais para enfrentar um valentão como aquele. Afinal ninguém era tão bom com as mãos como Kyungsoo hyung, que podia criar qualquer coisa usando massinhas, argila, pincéis e tesoura. Ele realmente queria que o dinossauro verde de massinha em cima da mesa dos dois pudesse ser grande o suficiente para assustar Kris.

Ainda com os olhos apertados de medo, ele escutou um grito agudo e assustadoramente desesperado. Na hora ele reconheceu a voz do Kyungsoo hyung, que estava na porta do banheiro assustado e soltando o berreiro, chamando a atenção das professoras. Kris resmungou e saiu correndo com seus lacaios para long,e antes de ser pego por alguém, não sem antes esbarrar em Kyungsoo, derrubando o menino chorão no chão.

– Retardado! Se aparecer na minha frente eu quebro seu pescoço, seu retardado! – E sumiu.

– Hyung! Você está bem? – Jongin abraçou Kyungsoo, que chorou abraçado com seu Nini. A professora se aproximou dos dois, preocupada por ter ouvido o pequeno Kyungsoo chorar.

– O que aconteceu Kyung? Você se machucou? – A professora tomou ele nos braços, analisando seu rosto.

– Aquele galoto mau ia bater no Nini. – Ele fungou – Ia bater nele.

– Quem ia bater em você, Jongin? Está machucado? – A professora observa o menino, assustada.

– Não, professora. Eu estou bem.

– Me diga o nome de quem foi, Jongin.

– Não precisa, professora – Jongin balançou a cabeça – Apenas vamos deixá-lo em paz.

– Mas o que ele fez foi errado! – A professora insistiu – Me diga o nome, querido.

– Ele é um menino triste. – Sussurou – Apenas vamos deixar ele, professora. Se repetir, eu vou ter o Kyungsoo Hyung para me proteger. – Jongin sorriu para Kyungsoo, que se animou com a possibilidade de ser o Herói que protege o Nini.

– Pode deixar, plofessola! Eu sou colajoso! – Ele bateu palmas animado e segurou a mão de Jongin, já recomposto da tristeza.

Os dois meninos voltaram juntos para o pátio com os olhos de Kris queimando sobre os dois. A professora passou por ele, apenas oferecendo um sorriso carinhoso ao aluno.

Eles não o tinham dedurado.

Kris encarou os garotos novamente, observando Jongin e Kyungsoo rindo juntos na caixa de areia, alheios a todos a sua volta. De onde estava ele hesitou, pensando se devia se aproximar dos garotos ou não.


Notas Finais


Crianças com Down são crianças como qualquer outra. Elas tem dificuldade de aprendizagem, mas isso não as faz "burras" ou "retardadas", elas vivem e sentem tudo como qualquer outra pessoa.
Sobre Yifan, a professora sabia que ele era um Bullyng, assim como sabia de seus problemas familiares. Depois de encontrar Kyungsoo e Jongin ela entendeu que confrontar o garoto de maneira hostil apenas complicaria as coisas, no lugar, ela se mostrou mais próxima dele para se no cado ele precise de ajuda também.
E é claro, Jongin.
Ele foi o agente de mudança na vida de Kyungsoo tornando-se seu amigo e o integrando a seu círculo social. Para ele, Kyungsoo é seu melhor amigo e uma criança normal, pq ser diferente é normal. Assim como ele entende que Kris apenas precisa de alguém que o compreenda, mas não é como se ele gostasse de apanhar, ou não se importa-se com isso. Ele só tem uma percepção mais apurada das coisas que acontecem ao seu redor.
As vezes crianças são tão sensíveis e perceptivas quanto adultos. Não devemos subestima-las demais não é verdade?
:)

PS. Sobre a troca de r por l do Kyungsoo: nem todas as crianças com síndrome de Down falam desse jeito. Elas possuem realmente uma dificuldade na hora de aprender a falar, mas eu não sabia como expressar isso em palavras. Por isso optei por esse método. Mesmo não sendo o mais correto. (Desculpa)


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