História O Piloto - Furacão Anna.

Anna despertava naquela manhã, o sono a pegava de tal maneira, enquanto seu despertador, gritava em meio aquele enorme quarto, onde se hospedava. Como de costume, ela passou a mão sobre o despertador, resmungando palavras na quais eram tão baixas, que nem ela entendia, ela desligou o despertador, movendo-se na cama, vendo o sol, entrar pelas janelas enormes, ela deu um suspiro, ainda de olhos fechados, mumurrou palavrões em sua língua mãe, ela passou a mão pelo rosto, bocejando, e logo se ergueu, devagar, se sentando na cama, com uma enorme preguiça de ir ao banheiro, que fica 4 metros da sua cama ali, ela resmunga, procurando a pantufa preta, com pelos exóticos, enquanto calçava, ouvia os carros movimentarem na rua abaixo do prédio onde estava, o hotel era bem chique, de fato seu pai tinha essas luxúrias, que nem a mesma gostava.

Desencadeada, ela levantou-se caminhando em direção ao banheiro, bocejando uma vez ou outra, abriu a porta, devagar, sem que ela faça roido que a faça perder a linha. Ela pousou suas mãos na pia, e encarou a bica, franzindo o cenho, meio sonolenta, ela caminhou lentamente sobre o piso fresco, e preto, com detalhes dourados, ela tirou suas roupas, encarando-se apenas de roupas íntimas no banheiro, ela suspirou e rolou os olhos.

Devagar ela seguiu ao box, retirando suas roupas intimas, e por fim, entrando nele, resmungando, por não haver água fria, já que era costume da mesma, o choque da água quente com sua pele, delicada, foi o suficiente para ela resmungar milhões de coisas. Inusitada, ela deixou se levar, após tomar um banho bem calmo, ela penteou os cabelos, e escovou os dentes, logo lembrou-se.

- Saco, hoje tem aquela corrida. - disse enquanto movia as mãos escovando os dentes, e rolava os olhos.

Ela terminou o que fazia, prendendo os cabelos negros sobre o alto da cabeça, deixando um coque sobre lá, e caído atrás, sobre os ombros. Anna por sua altura, utilizava botas altas, ou sapatos, ela calçou sua bota, e já vestia uma calça jeans, acompanhada de uma blusa vermelha, passou um batom bege, e  uma maquiagem bem leve, assim que terminou, pegou uma bolsa marrom, com detalhes de franjas, bem cortadas, abriu a porta, deparando-se com Samantha, sua amiga. Carey gostava da companhia da loira. Mas nem tanto, o suficiente para querer esgana-la, e querer ela por perto.

- Nana! - chamou a amiga morena, que andava em sua frente.

- Sah, eu estou atrasada. - observou o celular, enquanto via as horas.

Chase, seu pai queria que a moça estivesse no local, as dez horas, já passava das dez, ela corria por dentro da cobertura, acompanhada da amiga, logo chegou ao elevador, ignorando o chamado da mãe, e da empregada, ela apertou o botão, vendo a amiga entrar com ela, ela bufou, rolando os olhos, odiava ter que ir para lugares movimentados, e com ronco de motores, ainda mais, carros. Ela já não gostava de andar em carros, muito menos motos, agora ter que ver um monte de homem dirigir um carro veloz, atrás de um caneco vazio, e uma garrafa de champanhe, para ela era um cúmulo do absurdo, aliás, até que os homens que correm são bonitos.

Carey com seus vinte anos, tinha uma aparência chamegosa, e amável, todos admirava a moça, turista, que adorava explorar todo o mundo, com ela só levava os principais, livros, notebook, e entre outros objetos, para que conseguisse um momento para seu novo livro, Carey Pelo Mundo.

Chase não apoiava a filha sobre ela viajar por todo o mundo, acompanhada pela desmiolada da Samantha, sua amiga.

Odiava a ideia, mas apoiou, com todas forças, e com dinheiro, a ajudando em cada passagem.

Anna atrasada como é, conseguiu um táxi, seguindo pro evento, com estresse nos olhos, ela odiava estar atrasada, como odiava chegar cedo. Seu temperamento, variava, em estresse, e calmaria.

Samantha, dizia coisas por coisas e nada era compreendido por Anna, que estava mas para estressada, do que ouvidoria.

Samantha calou-se ao receber um olhar de estresse, e relance, da amiga, ela ficou quieta, e assim que o taxista parou no evento, elas virão, a atração que havia ali, era muita gente.

Anna como de costume, não ligava para aquele tanto de gente, ela era do povão, mas também gostava da calmaria, ouvia-se berros, e aglomerações, para ter posse em algum acento daquele lugar, os seguranças guiou ela, para mante-la em segurança, até a entrada do evento, Anna com o seu ser irritadiço, se posicionou, logo na entrada do box, pisando firme, ela atravessou todo aquele percurso, seguida por Samantha, que dizia coisas por coisas, ela virou-se para mandar a amiga calar a boca e no mesmo momento esbarrou-se em alguém, em meio ao longo suspiro que deu, e com os olhos fechados, temendo ao seu corpo encontrar o chão, e pagar o maior mico do mundo, Anna abriu eles, lentamente, dando a visão ao homem loiro, com a barba meio ruiva. Encarando ela, com um sorriso divertido, ela rolou os olhos, e levantou-se em um impulso, sendo ajudada pelo homem, Samantha se aproximou, e Carey encarava Vettel, como se fosse soltar os seus cachorros nele, como se fosse descontar cada palavra que queria dizer ao seu pai, mas apenas saiu de sua boca duas palavras que deixou o homem surpreso.

- Sai da reta. - indagou a morena, vendo o homem a frente olha-la surpreso, com seu temperamento, bem irritadiço, ela encarou aquela cena, como um; - vai sair ou vai ficar me olhando?.

Ele negou a cabeça rindo, desviando-se dos pensamentos que tinha, Anna apenas bufou, e empurrou levemente o homem para o lado, passando por ele, que encarou ela indo, e logo recebeu breves desculpas que a amiga que vinha atrás lhe disse, e continuou a tentar alcançar o furacão que surgia na beira da escadaria para o pódio.

Vettel riu, e encarou o mecânico, ao seu lado.

- Sempre estressada. - comentou o mecânico rindo.

- Como sempre. - disse Sebastian, indo em direção a pista, fechando seu macacão de corrida, e rindo mentalmente de Anna.