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História O pior emprego do mundo! - Minha simples BMW


Escrita por: thafinyy

Notas do Autor


E aí, lindinhas, tudo ok? Bem, mais um cap, espero que gostem!
PS: essa é minha foto preferida do Axl

Capítulo 8 - Minha simples BMW


Fanfic / Fanfiction O pior emprego do mundo! - Minha simples BMW


Cap 8
Axl fazia poses não muito elaboradas, mas o olhar dele compensava tudo. Olhava diretamente para a câmera, eu sabia que quem visse essas fotos na revista poderia jurar que ele estava olhando em seus olhos. 
- Ele é um gato – uma fotógrafa cochichou pra outra. Isso me fez pensar. Axl não era exatamente o meu tipo, mas a beleza dele era inegável. Até um cego enxergaria. Os olhos, hora verdes, hora azuis, o formato da mandíbula, o corpo esguio e musculoso...
- Nós tiramos 15 fotos. Acha que já está bom? – foi interrompida por uma das fotógrafas. Olhei pra cara de tédio de Axl e decidi libera-lo do sofrimento. Acenei com a cabeça e eles encerraram a sessão. Ele foi trocar de roupa e logo voltou bebendo uma lata de coca. Litlle B piscou pra ele de novo.
- Vamos embora daqui agora – ele disse em meu ouvido. Não pude conter o riso. Eu ainda gargalhava quando entramos no carro. Axl se sentou no canto, emburrado. Ele não disse uma palavra até chegarmos a sua casa. Harriet estava regando as flores no jardim. Ela acenou quando me viu. 
- Venha Mikaella, eu fiz bolo. Tomamos café juntas. – Ela disse. Eu ia recusar educadamente quando ela se antecipou. – Não aceito não como resposta, saia já desse carro!
Bem, não tinha como recusar. Saí do carro e fui para dentro da casa. Axl já tinha entrado há um tempo e só estávamos eu e ela na cozinha. Harriet nos serviu café.
- Ele já te enlouqueceu? – ela perguntou com um sorriso de lado. 
- Está quase – respondi rindo também. 
- O que está quase? – perguntou Axl, de repente chegando à cozinha. Ele tentou pegar um pedaço de bolo com as mãos, mas Harriet deu um tapa de leve. 
- Você já lavou as mãos garoto? – ela perguntou.
- Já lavou as mãos garoto? – ele fez uma imitação horrível da voz dela, mas foi lavar a mão mesmo assim e se sentou junto conosco com uma garrafa de vinho que pegou no balcão.
Conversamos sobre coisas sem importância por algum tempo e logo fui embora. Cheguei ao meu apartamento e fui checar a secretária eletrônica. 8 mensagens da minha irmã. Resolvi que ia responder depois. Eram 6 horas da tarde, já estava escurecendo. Fui olhar a minha agenda: Reunião na gravadora às 7 da manhã com Axl. Ok, mas um dia acordando mais cedo que meu despertador. Mas pelo menos hoje eu poderia dormir. 
Tomei um banho, ajustei o despertador e li Shakespeare até pegar no sono. 
Ele tocou uma hora mais cedo. Estava trabalhando com Axl só a 3 dias e minha rotina já tinha ido pro inferno. Ótimo. Coloquei a primeira roupa que apareceu no meu closet,(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=93343964&.locale=pt-br), e saí sem nem me preocupar com a tigela de cereais. Peguei um taxi até a casa do rose. 
O taxista me deixou na porta, com um olhar meio desconfiado. Atravessei o gramado e toquei a campainha. Harriet atendeu. Eram 6 e vinte da manhã e ela já estava mais elegante que qualquer outra pessoa.  Ela me olhou com curiosidade. 
- Bom dia – Harriet disse. 
- Bom dia. Axl já está pronto? – a curiosidade se transformou em confusão.
- Não. Ainda está dormindo.  – bufei. Ela riu. 
- Entre. Vá acorda-lo, o quarto dele é o último do segundo andar. 
- O que? Não Harriet eu não posso...- ela já tinha entrado pela cozinha. Ok. Vou entrar no quarto dele. Eu repetia isso enquanto subia as escadas na tentativa de me acostumar com a ideia, mas não deu certo. Eu já tinha estado no segundo andar da mansão na primeira vez que vim aqui, a sala de TV ficava atrás da segunda porta, mas não tinha reparado que o corredor era extremamente longo e o fim dele, onde ficava o quarto de Axl, era escuro e silencioso. A última porta era de madeira clara, como as outras, mas um pouco maior. A abri lentamente. 
O quarto era grande e lindo, mas estava um perfeito caos. As paredes azuis combinavam muito bem com o piso de carvalho. Havia roupas, restos de cigarro e garrafas vazias jogadas no chão. A escrivaninha estava praticamente soterrada de papel. Duas guitarras e um violão estavam encostados na mesma parede da grande estante, cheia de livros e fotos. As enormes janelas estavam completamente cobertas por cortinas grossas de veludo marrom, nem um raio de sol passava por elas. Axl estava esparramado na cama gigantesca, no centro do quarto, de bruços e coberto da cintura pra baixo. Cheguei mais perto. Ele cheirava a sabonete de hortelã e roncava suavemente. Sacudi seu braço.
- Axl... – ele nem se mexeu. O sacudi novamente. 
- Axl, acorda... – Ele mexeu um dos braços, mas continuou dormindo. 
- Axl, acorda. - o balancei com mais força, ele abriu os olhos, um pouco assustado e me olhou por um instante até me reconhecer.
- Ella? – ele disse, ainda de bruços. 
- É, levanta daí. 
- Por quê? – sua voz era mais rouca que o normal. 
- temos um compromisso – lancei-lhe um sorriso cínico. Ele me olhava como se quisesse que eu entrasse em combustão espontânea na sua frente. Sentou-se na cama e se descobriu. 
- Axl você está...pelado. – tentei parecer o mais natural possível, ainda assim minha voz saiu um pouco alterada. Não que eu nunca tenha visto um homem pelado antes, mas...
- Você queria que eu dormisse como? De terno? – ele respondeu sarcasticamente, e acrescentou – é bom que tenha um ótimo motivo pra me acordar a essa hora. 
- Você nem sabe que horas são – lembrei-lhe. 
- É. Mas tenho certeza que é mais cedo do que eu gostaria. – A sorte é que não tinham relógios na casa dele, porque se ele visse a hora, iria me matar!
- Vai levanta, vamos chegar atrasados. – ele só ficou parado olhando pra minha cara. Ótimo. Revirei o quarto em busca de roupas. Achei uma calça jeans simples e uma blusa do Charles Bukowski que eu achei legal. Joguei as duas peças em cima dele.
- Vai querer que eu te vista também? – perguntei ironicamente. Ele pareceu pensar por um momento.
- Você se incomoda em dar uma atenção especial nas partes mais sensíveis? – ele disse com um olhar pervertido, olhando para o próprio membro. 
- Axl! - Ele revirou os olhos e bufou, se levantando e começando a se vestir. Tinha vestido já metade da calça quando parou pra olhar pra mim.
- Vai ficar aí olhando?
- O que tem, você fica constrangido? – ele deu de ombros.
- Não, na verdade eu gosto.  Você vai descobrir daqui a pouco o quanto eu gosto se ficar aí olhando. Se é que você me entende. – ele me dirigiu um olhar malicioso. 
- Veste logo essa calça! 
Ele acabou de se vestir e desceu, fui atrás dele. Segurei seu braço quando se virou em direção à cozinha.
- onde pensa que vai?
- Comer alguma coisa.
- Não, não dá tempo. Vamos.
- Você vai me deixar com fome?! – ele falou num tom que parecia que eu tinha sugerido que ele matasse o próprio filho. 
- Você come na volta. Vamos! 
Saímos da casa e dessa vez foi Axl que segurou meu braço quando fui em direção ao carro preto parado na porta.
- Que foi? – perguntei.
- Eu vou dirigir, espere aqui.  – resolvi esperar, mesmo sabendo que essa era a última coisa que uma pessoa sensata faria, mas me de um desconto, são sete da manhã! Axl saiu da garagem dirigindo uma BMW preta e brilhante. Um carro incrível. Ele fez sinal pra eu entrar. 
- Carro legal – eu disse. Ele sorriu convencido – mas é melhor ele nos fazer chegar lá antes de 7 e meia! 
Axl encarou isso como um desafio. Não sei ao certo a qual velocidade estávamos indo, mas nem o meu cabelo nem meu estomago aguentaram. Chegamos à gravadora em 10 minutos e eu mal conseguia me mexer. Subimos o elevador e encontramos toda a banda sentada nas mesmas poltronas do dia anterior. Todos me cumprimentarem quando eu entrei. Estavam todos muito tensos. 
- Allan me disse que vocês estão acabando de gravar um disco – tentei puxar assunto. Duff abriu um sorriso enorme.
- Acabamos de gravar ontem, só falta mixar. 
- São dois discos na verdade, corrigiu Izzy
- É, dois álbuns duplos. E a propósito, eu sou Matt – o loiro que eu não conhecia falou. 
- Isso parece demais até pra mim que não entendo muito do assunto. – Axl me lançou um sorriso diabólico. 
- É demais. Mas nós somos o Guns N Roses, somos exagerados – ele disse. Todos os outros balançaram a cabeça concordando. Até que ele virou a cabeça e viu o relógio que tinha atrás dele. – Ella!
Por algum motivo ninguém pareceu se assustar com Axl gritando do nada. 
- O que foi criatura? – eu estava um pouco assustada, o que tinha sido dessa vez?
- SÃO SETE DA MANHÃ! – ele disse, agitando as mãos. 
- Você devia estar acordado muito antes disso, se dê por satisfeito.  – ele bufou e revirou os olhos. 
- Se fizer isso mais uma vez eu arranco seus lindos olhinhos verdes. – ele levantou batendo os pés e saiu nervoso. 
- Ele é sempre assim? – perguntei a Izzy. 
- É. Mas está um pouco pior por causa do lançamento do novo disco. 
- Ele está com medo de não gostarem? 
- Tudo o que fazemos recebe muita crítica negativa, não importa o que seja. É por isso que ele se opõe tanto a você. Todos nós odiamos jornalistas, principalmente o Axl.  – Eu entendia o que ele estava dizendo. 
- Existem muitos mentirosos nessa profissão. –refleti
- Mas não você – ele parecia estar dizendo mais pra si mesmo que pra mim. 
- Como tem tanta certeza? – perguntei.
- Se fosse uma mentirosa, se estivesse aqui só pelo dinheiro e pra contar fofocas sobre nossas vidas, já teria desistido. Você acredita no que faz. Como nós. – ele tinha mesmo razão. Não pude deixar de sorrir. Olhei o relógio. 8 horas. 
- Já não devia ter começado? – perguntei a eles.
- Sim – Duff disse – mas eles sempre atrasam por causa do Axl. – Me senti orgulhosa. Nós tínhamos chegados antes da reunião começar. Chupa Geffen!
- Acho melhor eu ir procura-lo. – Levantei e fui atrás dele. Axl estava sentado no fundo de um corredor desabitado daquele mesmo andar. Cheguei perto dele.
- O que está acontecendo com você? – perguntei. Ele suspirou. 
- E se não der certo? – ele disse. Seu olhar estava sombrio, triste. Eu sabia exatamente do que estava falando. 
- Vai dar certo. 
- Não pode ter certeza. 
- Eu fui praticamente esmagada por uma multidão gritando seu nome ontem. Vai dar certo. – ele riu, mas não abandonou o semblante triste. Suspirei. 
- É claro que não vão agradar a todos, mas enquanto tiverem um fã, acho que vale a pena arriscar. – ele pensou por um instante. 
- acho que sim. – ele disse, por fim. 
- Vamos, levanta. Antes que eu seja demitida – brinquei. Ele se levantou e fomos até a sala de reuniões. Já tinha começado. 


Notas Finais


Comentem, me deixa tão feliz!


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