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História O Plano Perfeito - A história de Sasuke (Parte 1)


Escrita por: UchihaMayumi

Notas do Autor


Olá Minna!
Como eu vi que vozes curtiram a ideia do Filler Cannon, o primeiro é o do Sasuke, já que ele é o nosso protagonista huehue
Essa historia vai ser dividida em duas partes (O cap estava ficando enorme)
Bom, espero que gostem.

Capítulo 6 - A história de Sasuke (Parte 1)


Fanfic / Fanfiction O Plano Perfeito - A história de Sasuke (Parte 1)

– Por favor... não faça isso!

Ouviu a voz de sua mãe, gritando agonizante de dor. Ela estava nua depois de ser violentada por Kizashi que não teve dó nem de sua mulher que estava assistindo tudo.

– Meu filhos... eles precisam de mim!

Sasuke fechou a mão em um punho, tentando segurar o choro.

– Mikoto, por favor, vai acordar os meninos.

A voz daquele homem, sarcástica e risonha soou . O carinho irônico que ele fez no rosto de sua mãe ao pronunciar a frase. O corpo de seu pai jogado no chão, morto... tudo aconteceu tão rápido. Como se tivesse ocorrido de um segundo para o outro.

A História de Uchiha Sasuke

Olhou para Itachi em baixo da mesa de centro próxima ao armário que segurava a TV. Lagrimas nos olhos. Seu irmão olhava pra ele volta e meia e lhe abria um sorriso sussurrando um "vai ficar tudo bem". Mas seus olhos e mãos trêmulas diziam totalmente o contrário. Itachi abriu a gaveta do armário da TV, pegando uma arma. Ele a segurou com firmeza e acidentalmente fechou a gaveta com força, atraindo a atenção daquele homem pra ele.

O homem percebeu o barulho e foi até seu irmão, o pegando pelo cabo de cavalo e o tirando de de baixo da mesa. Em seguida, o empurrando no chão.

– O que esse pirralho está fazendo aqui? — Kizashi perguntou.

Itachi mirou a arma pra ele. Suas mãos estavam firmes, diferente de uma segundo atrás. Parecia que sabia o que fazer.

– Moleque insolente. Você sabe atirar, por acaso? — Kizashi riu, ironicamente. — Fugaku imbecil. Armas são proibidas para civis no Japão. Ele tem demência de ensinar seu filho de 10 anos a atirar?

– Qual é o mistério? — Itachi abriu um sorriso, mesmo sem vontade. — Eu sabia que tinha algo estranho acontecendo com meus pais desde que eles começaram a jogar apostando e quando sua família entrou na aposta. Então eu pedi para umas crianças delinquentes aqui da rua para me ensinarem a atirar e em troca eu lhes dava comida e dinheiro. Eles gostaram de mim por algum motivo e rejeitaram o dinheiro, me ensinando a atirar apenas com comida.

– Você está me dizendo que um moleque como você agradou delinquentes? — Kizashi riu, olhando para Itachi surpreso. — Você deve ser um garoto bem especial e inteligente, não é? Seria útil do meu lado. Mas algo me diz que você é bonzinho de mais para isso. E além disso, você viu mais do que deveria.

– Eu nunca faria isso. Você mexeu com a minha familia. — Itachi rosnou.

– F-Filho, volte para o quarto e cuide do seu irmão. — Mikoto falou, se enrolando com as palavras.

– Mãe.. — Itachi desviou o olhar por um momento, mas respirou fundo, voltando os olhos que estavam avermelhados de ódio para Kizashi, mantendo o seu foco no gatilho. Os olhos voltaram a se encher de lágrimas. — Eu sei o que estou fazendo. Eu sei que é tarde para você e para o papai, mamãe. Mas eu não vou deixar isso assim.

– Meu menino... — Mikoto sorriu fraco, orgulhosa. — C-Cuide de Sasuke, por favor.

– Mamãe... — Itachi piscou rápido, deixando as lágrimas escorrerem por seu rosto. — Eu prometo.

Sua mãe ficou em silêncio. Itachi sabia o que tinha acontecido. Apertou mais a arma, olhando com determinação para frente.

– O que é isso? Está chorando pela sua mamãe morta? — Kizashi o olhou, debochando. — Faça-me um favor! Você sabe o que seus pais fizeram?

– Sei. Meus pais apostaram contra você e sua esposa e você trapaceou. Você escondeu uma peça do shogi entre suas roupas e meu pai sabia disso, mas as pessoas em volta não foram atentas o suficiente para perceberem sua trapaça. Meu pai se recusou a te pagar e por isso você invadiu aqui, estuprou a minha mãe como "prêmio" e em seguida matou meu pai e agora minha mãe está morta por hemorragia graças aos tiros e aos cortes com a faca. Inclusive eu sei que a peça de shogi está até onde no seu pescoço, atrás do pano da gravata. — Itachi falou, apontando com o olhar para o pescoço do homem que estava com um formato estranho.

– Seu moleque! — Kizashi exclamou, irritado. Respirou fundo. — Você... é um gênio. Você me lembra irritantemente o seu pai. Esse jeito justiceiro do bem e preservador da verdade é tão... irritante. Admito, garoto... você é a imagem do filho que eu sempre quis. — Kizashi disse e riu, tirando a peça de shogi de sua gravata. — Mas, infelizmente, minha primogênita é uma garota e terá a capacidade dedutiva da mãe patética dela.

– Não deveria se precipitar. Sua filha pode se tornar uma mulher bem impressionante. Um estudo confirma que mulheres tem capacidade de amadurecimento e inteligência acima do que os homens. — O garoto afirmou. — Eu li em um livro.

– Eu não acho que isso seja verdade. Deve ser algo feito por uma mulher louca por igualdade social. Ridículo. — Kizashi brincou com o gatilho. — Você não parece uma criança falando.

– A idade é apenas um número. Sua capacidade vem da sua vontade. Eu aprendi assim. Eu tive que me cuidar sozinho desde que meu pai se viciou em apostas. Eu sabia que a qualquer momento ele poderia perder toda o nosso dinheiro com a força policial na mesa de apostas e sabia que eu e meu irmão acabariamos por nos virar sozinhos. — Itachi fez uma pausa, ficando mais sério do que o normal. — Eu arriscaria tudo, a vida de qualquer um, até mesmo a minha para manter o meu irmão vivo.

– Por que essa fixação pelo seu irmão? Você sofreu pela morte dos seus pais, mas parecia muito mais preocupado com o seu irmão.

– Ele é meu irmão. Precisa de mais motivo? — Itachi falou, lançando um breve olhar para a escada, vendo Sasuke chorar com a mão na boca.

– Não me convenceu. Você está mentindo pra mim, pequeno Itachi? — Kizashi começou a andar pra lá e pra cá. — Sabe, eu matei o meu irmão. Por causa de uma aposta. Eu perdi pra aquele imbecil e tinha apostado a minha mulher. Ele queria te-la pra ele, entende? Claro que você entende, você é um gênio. Só que eu estava muito irritado para permitir então... eu o matei antes que ele pudesse fazer algo.

– Isso é podre. — Itachi falou, observando Sasuke que o olhava assustado. Ele não podia fazer barulho. Não podia.

– Adultos são assim, Itachi. E mesmo que você não queira, você vai acabar tendo que fazer muita coisa ruim pra sobreviver. — Kizashi sorriu. — Sabe, Itachi? Eu acho que você não está prestando muita atenção em...

Ouviu um soluço de choro. Kizashi olhou para Itachi que parecia se controlar para não ter um ataque de pânico.

Kizashi se virou rápido na direção da escada, mas Itachi foi rápido e atirou em suas costas, fazendo-o cair no chão.

– Seu filho da puta! — Kizashi gritou de dor. — Mebuki! Mebuki vem aqui porra!

– Nii-san! — Sasuke correu até Itachi, que o abraçou.

– Você está bem, Sasuke! Vai ficar tudo bem! — Itachi beijou a cabeça do irmão.

Kizashi pegou a arma do chão, mirando para Sasuke.

– Sasuke! — Itachi entrou na frente, levando um tiro na perna.

– Nii-san! — Sasuke gritou, por baixo do corpo de Itachi.

– Eu... estou legal. — Itachi gemeu de dor, saindo de cima do caçula. — E-Eu vou ficar bem.

– Mebuki! Vamos embora! Me ajuda! — Kizashi gritou. Mebuki o ajudou a levantar. Kizashi olhou para Sasuke e Itachi, e riu fraco. — Uchiha Itachi, um dia eu vou me vingar desse tiro. E você, pirralho que eu não sei o nome, nós vamos nos ver em breve.

O casal Haruno saiu e foi ouvido o carro deles.

– Nii-san, me desculpa, eu...

– Sasuke, me ouve! — Itachi chamou sua atenção. — Relaxe, eu to bem. A policia vai chegar em breve. Os vizinhos ouviram os tiros e vão achar as minhas digitais na arma, já que Kizashi estava usando luvas. Eu vou ser levado para o Jidou Soudansho. Eles só vão me apreender pois eu vou ser culpado pelo assassinato dos nossos pais. Provavelmente eu vou para o reformatório.

– Mas nii-san...

– Apenas me ouça! Eu quero que você fuja para o mais longe daqui. Os delinquentes vão te ajudar por um tempo, você vai encontra-los na esquina, dentro de um beco. Você tem que dizer que é meu irmão. Eles vão te dar uma mochila com comida e algumas coisas. Você vai sobreviver por um tempo sozinho. Eu vou tentar fugir e te encontrar, mas caso eu não consiga... você vai ter que ser forte. — Itachi colou a testa na do caçula, que tremia e soluçava. — Eu sinto muito. Eu queria que você tivesse vivido sua infância. Eu não queria que você tivesse tido que amadurecer não cedo e ver quem você ama morrer como eu. Me perdoe, Sasuke.

Ficaram um tempo em silêncio enquanto Sasuke chorava entre soluços.

– Você tem que ir agora.

Sasuke olhou para seu irmão, que assentiu, lhe passando confiança. Sasuke entendeu, engolindo o choro e começando a subir as escadas até o terraço. Lá tinha uma escada que levava até atrás da casa.

Sasuke respirou fundo, descendo as escadas o mais rápido que pode. Assim que chegou no chão, começou a correr pra longe da casa. Seguiu as instruções de seu irmão, entrando no beco da esquina. Estava escuro e parecia vazio.

Ele estava assustado e tentava parar de soluçar. Seu corpo tremia e só conseguia pensar no que acabara de presenciar. Continuou andando, sentindo os olhos ardendo de tantas lágrimas. Ele tinha que encontrar aqueles delinquentes.

Quando pensou ter visto algo, sua visão ficou escura e ele não pode falar. Ele havia sido puxado para uma porta escondida entre o escuro e sua boca tapada por uma mão com sujeira. Mas aquilo não lhe importou muito. Sentiu uma lamina pontuda ser pressionada contra seu pescoço.

– Quem é você? — Um garoto que parecia ter um pouco mais da idade de Itachi perguntou, antes de tirar aos poucos a mão de sua boca.

– E-Eu sou irmão do Itachi. Uchiha S-Sasuke. — Sasuke falou, com a voz trêmula.

– Ótimo. Pessoal, é ele. — O rapaz falou, antes de empurra-lo sem delicadeza para o chão. — Tu é o caçula do Itachi, não é? Tu é a cara dele. Eu só queria ter certeza.

Aos poucos, outros garotos de idades mais ou menos entre 10 a 15 apareceram. Todos com cabelos estranhos e roupas sujas. Alguns até mesmo com tatuagens e cicatrizes.

– Eu só vim p-porque o meu irmão mandou. Existem maneiras mais gentis de se tratar alguém. — Sasuke falou, na defensiva. Ele não queria parecer um pobre coitado na frente daqueles garotos. Mas era exatamente o que ele era.

– Tu fala tudo certinho igual o teu mano. Mas você não é tão bonzinho quanto ele. — O rapaz se abaixou perto dele. — Eu tenho mó respeito pelo Itachi. Ele foi parceiro nos momentos mais difíceis pra nós. Eu só não mato tu ou te dou uma surra bem dada pra aprender como tratar alguém que vai te ajudar a sobreviver porque o Itachi é brother pra caralho. Mas acredite, moleque, se fosse em outra ocasião tu taria fodido.

– Eu não tenho medo de você. — Sasuke exclamou, irritado. Detestada receber ordens de alguém que não fosse de sua familia. — Assim como você, eu to seguindo ordens do meu irmão. E, acredite, me matar seria um grande favor agora.

O garoto levantou, o olhando com um sorriso de canto.

– Eu não consigo fazer isso. Chama a Chloe . Ela é novata, ela deve ter paciência pra pirralho mimado. Mais uma palavra desse filho da puta e eu faço algo que Itachi não gostaria que eu fizesse. — O rapaz saiu, entrando em um tipo de buraco na parede.

Os outros delinquentes obedeceram o garoto que parecia algo como o líder, chamando a tal da Chloe . Era uma garota loira ocidental. Com certeza, não era do Japão. Ela realmente parecia nova no ambiente, por conta das roupas mais bem cuidadas do que as dos outros. Parecia ter uns 13 anos. Ela sorriu pra ele, que permaneceu sério.

– Olá, fofinho. — O sotaque que parecia australiano entregou o fato dela realmente não ter nascido no Japão. — Desculpe o Mikami-kun. Ele é meio difícil de lidar.

– Não me chame de fofinho. — Sasuke fez cara feia, que foi retribuída por um risinho.

– Tão pequeno e tão irritadinho. Você tem um genio difícil, não é? Seu nome é Sasuke, certo? — Sasuke assentiu, ainda olhando assustado e desconfiado para tudo. — Itachi-kun me falou muito de você. Seu irmão é um amor, sabia? Eu sou Chloe. Eu vim da Austrália a dois meses. Meus pais morreram e minha irmã adotiva foi sequestrada. Ela só tinha alguns meses e foi adotada no Japão. Os assassinos dos meus pais deixaram pistas que diziam que eles vieram para o Japão. E eu já conhecia o Mikami-kun e conseguiu me passar para o Japão. E eu cheguei aqui a 4 meses. Ainda estou me acostumando a essa vida de delinquente e tentando me livrar desse jeito meigo que não me ajudará em nada.

– Por que está me contando isso? — Sasuke perguntou, desconfiado.

– Porque é exatamente isso que você vai ter que fazer. Sabemos o que aconteceu com seus pais e você vai ser obrigado a amadurecer. Como eu. — Chloe se levantou, pegando uma mochila com algumas coisas e voltando para Sasuke. — Nós temos histórias iguais, Sasuke-chan. Eu vou vingar minha família e recuperar minha irmã. Eu vou mudar para isso. Você tem que fazer o mesmo.

E lhe entregou a mochila. Sasuke lembrou do rosto de Kizashi e Mebuki. Ele sentiu ódio. Ele sabia o que tinha que fazer. Matar. Matar aquele homem. Matar toda a sua família e destrui-lo, como ele fez com ele.

– Você tem que ir, Sasuke-chan. — Chloe disse.

Sasuke a olhou, pegando sua mochila e se levantando. Se curvou um pouco.

– Obrigado. — Falou.

Chloe lhe deu um beijinho na bochecha.

– Mikami me disse que o primeiro passo pra mudar é nunca pedir desculpas ou agradecer. — Chloe sorriu.

— Nós nos veremos de novo, Sasuke-chan.

Sasuke abriu um sorriso sem vontade. Limpou o rosto com o braço, tirando as lágrimas que escorriam nele. Deu um último olhar de agradecimento para Chloe e saiu.

××

Um mês havia passado. Sua roupa já estava suja e meio rasgada. Seus tênis haviam sido roubados, assim como sua mochila. Toda a comida, um pouco de dinheiro e roupas que estavam na mochila haviam sido levados e só havia restado uma garrafa d'água pela metade que ele sempre mantinha nas mãos. Ele já estava bem longe de Konoha e estava sobrevivendo de esmolas que pessoas com pena lhe davam. Já estava começando a escurecer e, como sempre, ele começou a procurar algum beco ou rua deserta para dormir. E encontrou.

Havia um muro nesse beco onde dava pra subir. O muro era bem alto e largo, então daria para dormir sem problemas. Pegou uma pedra para servir de travesseiro e subiu no latão de lixo, escalando o muro. Ajeitou tudo e deitou, mas não conseguindo dormir. Seu estômago roncava clamando por um bom prato de comida que ele não tinha a um bom tempo.

Sua atenção só saiu de seu estômago quando começou a ouvir vozes. Era algo como um grito abafado e uma voz masculina. Ele se levantou e foi de andando de quatro por cima do muro até chegar mais próximo dos gritos, até que ele pode ver. Havia uma mulher ruiva jogada no chão e um homem por cima dela. Ele tentava tirar a calça que ela usava e ao mesmo tempo faze-la ficar quieta.

– Cale a boca! Andando a essa hora na rua só poderia estar pedindo por isso. — O homem falou, ironicamente.

– Por favor, não. E-Eu acabei de sair do trabalho, h-hoje é aniversário do meu filho. M-Meu marido está me esperando. — A mulher tentava dar socos dele, mas nenhum o acertava.

Sasuke percebeu a sacola jogada no chão, onde provavelmente estava o presente do garoto.

– É uma pena pro seu filho se a mãe dele é uma vadia que gosta de passear a noite. E seu marido não deveria deixar uma gostosa como você na rua. — O homem riu, desabotoando a blusa da mulher.

Sasuke ficou paralisado, assistindo a mulher se debater e gritar.

– Por favor... não faça isso!

Ele arregalou os olhos. No lugar daquela mulher, ele viu sua mãe. Sem roupa e em cima dela estava Kizashi, que ria se divertindo com o sofrimento dela. O Uchiha começou a se encher de raiva e se seus olhos ficaram em um vermelho foco. Olhou para o lado, vendo a pedra que usou como travesseiro. A pegou e, sem pensar suas vezes a lançou no homem antes que ele pudesse abrir as calças. Mas pela pedra ser muito pesada, ele perdeu o equilíbrio e caiu do muro, por sorte, em cima de sacos de lixo.

Ele apenas se arranhou um pouco e bateu as costas. Respirou pesado, voltando do transe de ódio que acabara de entrar.

Se levantou, caindo de joelhos no chão e sentindo a dor nas costas.

– V-Você está bem? — A mulher o chamou a atenção. Sasuke levantou o olhar, assustado. — V-Você me salvou.

Sasuke então olhou para o homem jogado no chão. A pedra havia pecado em sua cabeça e ele estava sangrando no chão.

– E-E-Eu... — Sasuke travou, olhando o corpo jogado no chão. — E-Eu matei ele?

A mulher não respondeu, apenas olhou para o corpo.

– Oh meu Kami! E-Eu matei. E-Eu s-sou um assassino. — Sasuke começou a entrar em desespero, começando a chorar descontroladamente e a puxar os próprios cabelos.

– Se acalma, tá tudo bem. — A mulher tentava acalma-lo.

– E-Eu matei uma pessoa! E-Eu sou do mal! E-Eu vou ser preso. — Sasuke sentou no chão, agarrando os joelhos e tremendo. — E-Eu sou um assassino, eu...

Foi calado por um abraço. Ele arregalou os olhos, tentando desesperadamente se afastar. Mas ela era mais velha e mais forte, então foi inútil.

– Shhhh! Tá tudo bem. Não aconteceu nada. — A mulher sussurrou, acalmando-o. — Está tudo bem, querido. Tudo vai ficar bem.

Sasuke foi se sentindo mais calmo. Aquele abraço, lhe lembrava sua mãe. Ele fechou os olhos com força, começando a chorar desesperadamente. Abraçou a mulher, visualizando ser sua mãe.

Ficou ali por um bom tempo, chorando, enquanto ouvia palavras de consolo que tentavam acalma-lo. Quando ele cansou de chorar, se afastou com calma, olhando a mulher meio assustado.

Ela lhe abriu um sorriso. Ela ainda parecia em choque, mas parecia mais calma em relação a minutos atrás.

– Você é um Heroí, sabia? Me salvou. — Sasuke não respondeu, estava assustado de mais com a situação.

— Você parece novo. Quantos anos você tem?

– C-Cinco. — Sasuke falou, com a voz trêmula.

– Você é um pouquinho mais velho que meu filho. Ele fez três anos hoje. — A mulher disse, sorrindo fraco. — Como você se chama?

– S-Sasuke..

– É um bonito nome. É igual o do Sarutobi Sasuke? O da lenda do folclore, não é? — Sasuke assentiu. — Isso é bonito. Sasuke era um corajoso ninja, sabia? Você representou muito bem seu nome quando me salvou.
Sasuke sorriu, meio sem graça.

– Você mora na rua? Cadê seus pais?

– Meus pais foram mortos. — Sasuke falou, cabisbaixo.

– Oh meu Kami. Eu sinto muito.

A mulher ficou um tempo em silêncio e conseguiu ouvir o estômago de Sasuke. Pegou a sacola que estava no chão, retirando de lá uma caixa de bombom.

– Toma. Pra você. — Esticou a caixa de bombom. — Era para o meu filho, mas ele já deve ter ganhado várias dessas hoje.

Sasuke olhou para a caixa de bombom. Nunca havia sido fã de doce, mas com fome ele comeria qualquer coisa. Pegou meio ligeiro a caixa de bombom, como se a qualquer momento ela fosse fugir.

– O-Obri... — Pensou em agradecer, mas se lembrou do que Chloe lhe disse.

– De nada. — A mulher disse, percebendo o incomodo do menino em agradecer. — Sasuke. Eu vou me lembrar sempre desse nome.

A mulher lhe deu um beijo na testa.

– Eu tenho que ir, Sasuke. Espero te reencontrar, meu Heroí. — Sorriu gentilmente antes de partir.


Notas Finais


Jidou Soudansho: É tipo um conselho tutelar do Japão.


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