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História O Policial (Revisada) - O amigo do chefe


Escrita por: ZoraidaPierre

Notas do Autor


Oie! =)
Nem demorei, né?
Capítulo só pra entrar no clima. Espero que gostem ^^

Boa leitura <3

Capítulo 2 - O amigo do chefe


Consegui me livrar do policial chato, mas não sem antes praguejar todas as gerações daquele cara. Queria saber porque ele tinha que parar justamente o meu carro.

Se eu perder meu emprego por causa dele, eu juro que vou caçá-lo até nos confins do inferno, mas ele vai me pagar.

Se não me chamo Matsumoto Takanori!

Meu chefe estava de mau humor porque Kou e eu ficamos até tarde no bar. Ele me culpava por não ter tido a noite de foda intensa com o meu amigo boca de pato. Afinal, alguém tinha que se responsabilizar por esse problema dele, não é? E eu era essa pessoa digna de pena.

A semana se arrastou com intervalos de estresse e gentilezas vindo do meu chefe. Eu tinha certeza que o Kou estava fazendo um grande esforço para domar a fera, principalmente depois do dia em que liguei para ele e contei tudo o que meu chefe tinha aprontado comigo. Acho que o Kouyou teve um pingo de compaixão do amigo dele aqui e está fazendo essa caridade para me ajudar.

Que caridade, hein? Quem dera eu pudesse fazer isso também... Estou há meio século na completa seca e pelo jeito vou continuar assim, porque nessa cidade não tem nada que valha a pena de verdade.

Por mais que eu pudesse dar uns amassos em alguém na balada ou no barzinho, não era a mesma coisa. Eu queria alguém fixo assim como o Kou.

Estou cansado de ficar pulando de galho em galho, mas parece que todo mundo na cidade não quer nada sério. Por isso, prefiro ficar sozinho do que me expor e acabar me magoando no final.

Na sexta à noite, combinamos de sair para um barzinho mais chique porque o Yuu iria nos acompanhar. Eu mereço! Sair na sexta à noite para segurar vela. Que compromisso bacana que arrumei para a minha vida…

Pelo menos, o Yuu com a gente ia servir para me liberar de ter que ir no sábado de manhã para a empresa, já que ele mesmo não ia estar lá. Então, eu podia beber todas.

Quando cheguei no bar, eles me disseram que estavam esperando alguém. Achei estranho o Kou não ter me dito antes, mas, segundo ele, só ficou sabendo desse encontro quando o Yuu foi buscá-lo. Achou que não haveria nenhum problema.

Pelo que entendi, se tratava de um amigo de colégio do Yuu que havia voltado recentemente a residir na cidade. Ouvi dizer que se chama Akira, mas não dei muita importância. Afinal, esse nome é bem comum por aqui.

Como seria a primeira vez que se encontrariam depois de tanto tempo, resolveram se reunir em um bar para aproveitar e apresentar o meu melhor amigo como seu namorado oficial.

Como o Kou também não o conhecia, ficou difícil para ele me explicar como ele era. Yuu só disse que assim que ele saísse do expediente, já viria direto para cá nos encontrar.

Fiquei bebendo uma bebida aqui e outra ali, enquanto os dois à minha frente trocavam carinhos. Eu estava segurando vela como era de se esperar, e ninguém parecia se importar.

Fui tirado dos meus pensamentos quando vi uma movimentação na mesa. Yuu havia levantado para se encontrar com o amigo lá fora. Como fazia anos que o outro não morava na cidade, ele não estava achando o lugar. Por isso, o meu chefe foi esperá-lo na entrada.

— Ruki, melhora essa cara, homem! O meu Yuu disse que o amigo dele é uma pessoa muito legal, apesar de reservado, ele é charmoso. Aposto que vocês vão se dar bem. Depois que vocês beberem e conversarem, quem sabe não rola alguma coisa? — Perguntou meu amigo, mas eu nem tive tempo de responder porque assim que encarei a entrada, lá vinha o rapaz ao lado do meu chefe.

Meus olhos arregalaram quando o vi. Não sabia dizer se estava surpreso ao perceber o quanto ele era bonito de verdade ou era o andar dele que o deixava daquele jeito tentador.

O homem era alto, com um corpo definido, cabelos loiros e olhos castanhos. Ele caminhava com confiança, como se fosse o dono do mundo.

"Que homem gostoso é esse?", pensei.

Imagine a minha surpresa quando descobri que o tal Akira era exatamente o filho da mãe do policial que me aplicou a multa de dois mil reais que vou ter que vender um rim para pagar.

Ele usava as mesmas roupas do outro dia, mas, por causa do carro fechado, não conseguia ver como aquele uniforme justo cabia bem naquele corpo forte. Ele tinha aberto os primeiros botões da camisa, mostrando um crucifixo prateado que eu adoraria ter em meu poder, com toda a certeza. O crucifixo era o único sinal de humanidade que eu conseguia enxergar naquele homem.

Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. O policial que me aplicou uma multa caríssima era o mesmo cara que meu amigo Takashima estava apresentando para mim.

"Acordar Takanori, deixa de ser lerdo! Ouve a razão uma vez na vida e não compactue com o inimigo.", Pensei. Eu sabia que ele me tinha reconhecido, pois seus olhos se arregalaram quando se virou para mim.

— Então, Reita. Esse é o amigo do Kou, Takanori. Takanori, esse é Akira, meu amigo do colégio. Hoje, como percebeu, ele é policial — A apresentação estava sendo feita e eu não conseguia me segurar.

— Nossa, Yuu... Que bom que você me tirou essa dúvida porque eu jurava que essa roupa era uma fantasia erótica — Disse eu, cruzando os braços na frente do peito e me sentando sem nem me virar para o recém chegado. Eu estava furioso e não queria falar com ele. E o que diabos é Reita?

Eu respondi debochado, fazendo Kou abrir e fechar a boca pelo menos umas sete vezes, surpreso com a minha resposta. Antes que o seu moreno namorado pudesse me repreender pela falta de respeito, eu já tinha dito o que pensava.

O policial se aproximou da mesa, sorrindo e cumprimentando-me pelo nome. Eu revirei os olhos, furioso. "É sério que ele decorou meu nome? Certeza que não deve estar fazendo seu trabalho direito. Aposto que só está querendo me encher o saco", pensei.

— Como? Vocês se conhecem? — Perguntou Yuu encabulado, voltando a se sentar ao lado do namorado.

— Não me diga que você é o policial que multou o Taka. — Disse Kou, surpreso.

— Sim! Esse é o safado que me aplicou uma multa abusiva quando estava indo para o trabalho essa semana — Respondi asperamente, olhando feio para o policial. Ele continuava com aquela cara calma e serena, como se o problema não fosse com ele.

— Por excesso de velocidade, som alto e falar ao telefone enquanto dirigia. Resultando em uma multa alta — Respondeu o loiro, fazendo Yuu me fuzilar com os olhos.

— Isso é conduta de um trabalhador meu, Takanori? Colocando a vida das pessoas em perigo com sua imprudência? Eu devia te demitir, sabia? — Gritou Yuu, muito bravo. Graças a Kami-sama, Kou interveio para me salvar uma vez mais com os seus carinhos, que foram suficientes para amansar a fera que era o namorado.

O policial parecia não querer mais falar do assunto, pois ver seu amigo bravo gritando com um funcionário fora do horário de trabalho e em um bar, não era uma opção lógica.

— Estou achando aqui muito calmo, Aoi. Cadê os lugares barulhentos que costumávamos frequentar? — Perguntou o policial ao meu chefe. Eu estreitei o olhar. Aoi? O que é Aoi? Esses dois são muito estranhos, credo! Parece até que falam em códigos.

— Ahhh, Koi. Por que a gente não vai para uma balada? Tem tanto tempo que a gente não vai né, Taka? — Perguntou o Kou, todo sorridente. Ele ainda me coloca no meio da situação. Muito bom! Se seu namorado reprovar a ideia, ainda vai sobrar pra mim. Vem vendo — Você vai com a gente, né? Lá eles dão aquela bebida verde que você gostou, lembra?

Eu já disse que às vezes meu melhor amigo se comporta como uma criança e em outros momentos como um adolescente? Se ainda não fosse suficiente, ficava rindo com aqueles malditos dentinhos infantis que o deixavam ainda mais bonitinho.

O Kou é um rapaz muito bonito. Um jovem alto, magro, com a pele clara e sem nenhuma mancha, o rosto como a de uma boneca de porcelana. Os cabelos repicados em um tom de loiro mel chegavam até os ombros, combinando com os olhos amendoados. Ele chamava atenção tanto das moças quanto dos rapazes lá na faculdade. Como ele estuda literatura, me faz pensar nele como a Bela e o Yuu, a fera daquele filme da Disney.

Bufei em resposta ao comentário desnecessário do meu amigo, enquanto Yuu pagava a conta, sem se importar com a minha falta de resposta. Via pelo canto do olho como Akira me observava, com uma expressão de satisfação maliciosa no rosto. Eu não estava feliz com a chegada dele, e ele parecia se divertir com isso.

Quando nos levantamos, Kou, animado com a ideia de ir à balada, fez um comentário que estragou minha noite. Ele disse que estávamos saindo entre casais.

Meu melhor amigo só pode ter perdido o juízo e eu posso provar! Sabe o dia que eu vou sair com esse cara fardado aqui?

Nunca!

 


Notas Finais


O que acharam desse segundo capítulo? Lá vem o moço bonito de novo, né nom?
Tô achando que o Ruki tá perdendo é tempo hahaha.

Kissus <3


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