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História O Preço da Felicidade - O Troco


Escrita por: Dhnolis

Notas do Autor


Oi gente.
Trago noticias: Me deu alok e vou terminar a fic nesta semana sim. Será antes do planejado... Muita coisa acontece neste capítulo de hoje, então acabou adiantando alguns tópicos.
Espero que estejam preparados para rir bastante, o mundo da voltas... E a Karin vai fazer barraco hoje.
Beijinhos;

Dh.

Capítulo 17 - O Troco


O TROCO 

 

Era dia de comemorar ! Mikoto tinha acabado de passar do prazo de validade que os médicos lhe deram, ela estava com um dia além das expectativas e aquilo era simplesmente extraordinário. Tinham descoberto dois tumores novos, metástases do câncer inicial ósseo... Mas nada mais a abalava. Ela estava conformada com sua situação, tinha parado de reclamar para agradecer. Ela tinha dois filhos maravilhosos ! Um neto a caminho... Como não poderia estar feliz diante daquilo ?

Seus olhos alcançaram os de Sakura, a moça sorriu gentilmente para a mais velha, estava terminando de pintar as unhas da morena de um rosa queimado.

- Você precisa contar a ele. - Ela disse a Sakura que apenas confirmou.

"Mais tarde", ela sempre dizia.

- Contar o que ? - Quis saber Karin. A ruiva trançava os cabelos negros de Mikoto. Tinha vindo mais cedo para ajudar a preparar  a mais velha, tudo o que viria dali para frente era uma surpresa.

- Nada, bobagem. - Garantiu Sakura. - Eu terminei aqui.

- Então comece a maquiagem.

- Meninas, não precisa de tudo isso.

Era claro que precisava. Ambas ignoraram Mikoto e a mais velha permitiu ser cuidada. Recebeu uma borrifada de laquê nos cabelos e camadas delicadas de maquiagem no rosto, quando as duas terminaram e Mikoto encarou seu reflexo, sentiu-se linda.

Iam sair todos: Os filhos, as meninas, Naruto e a respectiva namorada. Ela não sabia para onde, mas a constatar pela arrumação das moças: vestidos de bom corte, brincos extravagantes e salto alto, seria para um lugar muito chique. As três desceram pela a escada da casa, segurando Mikoto entre seus corpos jovens, espremidas, riam o tempo todo, Sasuke e Itachi as esperavam no andar de baixo.

- Itachi, pegue a chave do meu carro dentro da minha bolsa, por favor. - Karin cantarolou e o moreno olhou feio para a bolsa da ruiva jogada no sofá.

Karin tinha o próprio carro, um modelo vermelho enorme, mais velho que o do Uchiha, porém com um motor mais forte.

- Não precisamos ir no seu carro.

- Meu carro é mais rápido.

- O meu é mais novo.

- E o meu mais confortável.

Sakura passou os olhos de Mikoto para Sasuke, a moça nunca pensou em tirar a carteira, não conseguia compreender aquela vontade louca que os outros tinham por pilotar um carro.

- Você dirige, Itachi...

Animado o moreno aceitou e saíram os quatro para a noite fresca, Naruto os encontraria no restaurante.

Os dois não estavam realmente em um relacionamento, por assim dizer, claro que depois da interferência de Sasuke e de Mikoto - ainda não provada - os dois estavam conversando sobre assuntos mais provocativos do que gatos. E a mãe sabia, ela andou verificando o celular do filho, como quem não quer nada.

- Certo. Para onde vamos ?

Itachi dirigiu o carro vermelho pela cidade, ele admitiu mentalmente que era muito melhor do que o seu, mas Karin jamais ouviria aquilo de sua boca. Chegaram ao restaurante: um lugar bom, de âmbito familiar e culinária italiana.

- Ah, que merda. - Karin murmurou antes do veiculo ser entregue nas mãos de um manobrista. Ela indicou Izumi com o queixo, estagnada ao lado da porta do restaurante, em uma conversa animada com dois homens, um loiro e outro moreno, mais velho. - Olha ali aquela vadia...

Mikoto soltou um risinho, curvara-se sobre Sakura para poder ver Izumi pela janela do banco de trás.

- Ela está com o pai dela. - Comentou a morena mais velha.

Karin encarou o Uchiha ao seu lado.

- Quer ir para outro lugar ?

Ele negou. Não queria. Conseguir uma reserva naquele restaurante foi um trabalho difícil, ele não arredaria o pé só por causa da ex namorada.

- Podemos jogar bebida naquele vestido dela. - Sasuke murmirou fazendo todo o carro rir.

- E depois fogo.

Karin era louca, Sakura bem conhecia a amiga, já tinha visto a ruiva se meter em muita confusão por aquilo.

Eles todos desceram do carro, adentraram no restaurante com uma conversa amena pairando no ar, era um ambiente calmo, com um violão sendo dedilhado junto do compasso suave de um piano, havia conversa e um cheiro de molho de tomate que reacendia a fome do grupo.

- Ah, que surpresa. - A voz masculina era conhecida para Mikoto, era de seu primo, Madara. - Você está ótima, priminha.

- Você esta velho.

Eles trocaram um risinho. Madara chamou pela filha que veio gingando em um vestido solto, amarelo canário, muito diferente do que Izumi usava normalmente.

Aos olhos verdes de Sakura, Izumi não parecia tão ruim quanto todos lhe diziam.

- A senhora está ótima, nem parece tão doente. - Ressaltou a mais nova, jogando algumas madeixas para atrás das orelhas.

- Mas que vadia. - Sakura deixou escapar, baixinho.

Agora Mikoto precisava ter a palavra 'câncer' estampada na testa ? E como se não bastasse, Sakura notou como a morena de amarelo encarava sua amiga ao lado do ex namorado, saía fogo de seus olhos.

- E você engordou, Izumi. - Mikoto sorriu para ela, indicou o loiro de olhos azuis um pouco mais distante. - Seu novo namorado ?

Madara pigarreou, ainda não tinha superado a filha estar com um falastrão como aquele idiota, mas o jeito era suportar.

- Primo, vamos jantar, espero que vocês aproveitem a noite.

O outro concordou.

Quando os cinco já estavam acomodados a uma mesa redonda coberta com toalha quadriculada, receberam a noticia de que Naruto não viria, era uma pena, o loiro acabou se enrolando no trabalho e por isso não poderia estar presente. Começaram a noite com uma rodada de entrada: pequenos pãezinhos recheados com queijo, carne e alho.

- Certo, alguém me explique: Qual o problema daquela nojenta ?

Sakura estava louca para saber, até agora ninguém tinha explicado o motivo de tanta ardilosidade. Madara, Izumi e Deidara estavam sentados a algumas mesas de distancia.

Os olhos de todos voltaram-se para Itachi, muito ocupado em comer o pãozinho disposto em seu prato.

- O que ?

- Sua ex...

- Ah, na verdade ela estava sendo muito gentil.

Era possível que Itachi não tivesse percebido a ironia ? Quantos comentários como aquele o Uchiha tinha escutado e deixado passar ? Karin estalou a língua, sorriu para Mikoto.

- A senhora criou um príncipe.

Mikoto concordou.

- Quanto você quer para ensinar boas maneiras para aquela garota ?

Karin faria aquilo até de graça e Mikoto estava percebendo aquilo só de analisar o olhar feroz que a ruiva tinha por detrás dos óculos. As duas riram, tiniram suas taças de cristal, todos da mesa tomavam água já que a matriarca não podia consumir nada alcoólico.

- Então... - Mikoto limpou a garganta, apontou para Sakura com o garfo. - Sakura gostaria de contar algo.

A moça quase engasgou com aquilo, ela ainda não estava pronta... Mas Mikoto já não agüentava mais esperar e costurar roupinhas escondida dos filhos.

- Outra hora.

- Contar o que ?

- Outra hora.

Itachi puxou outro pãozinho do centro da mesa, ele acompanhava aquilo tudo calado, estava com fome.

- Eu não sei... Nem como dizer.

- Então fale de uma vez. - Sasuke pediu. Seria possível que sua namorada e sua mãe estivessem de segredinhos ?

Karin bateu contra o tampo da mesa, sua risada saiu esganiçada.

- EU JÁ VOLTO.

Ela se ergueu da mesa, passou pelo Uchiha mais velho e puxou de seus cabelos escuros o prendedor que mantinha os fios em um rabo de cavalo, Itachi soltou um muxoxo quando suas madeixas longas caíram livres por seus ombros, observou a ruiva se afastando e decidiu que comeria o pão dela, em sua ausência.

Karin seguiu as placas em direção ao banheiro, ela prendeu seus cabelos ruivos, estava louca por uma confusão, passou para dentro do recinto, dando de cara com Izumi que observava seu reflexo no espelho. O banheiro tinha uma ampla e confortável área diante das pias duplas douradas. Um espelho tomava toda a parede diante das torneiras, vasos de flores grandes ao lado da única porta, ao fundo, depois de terminar o tapete de formas indianas, era separado com paredes finas e coloridas para o único banheiro do lavabo.

- Veio contrabandear os sabonetes para entregar ao Itachi ? - Izumi perguntou, ela sorriu para o espelho, sabendo que Karin observava seu reflexo. - Ele deve estar muito desesperado para querer a ajuda de alguém como você.

- Alguém como eu ?

- É,uma cretina ruiva.

Karin sorriu de volta, por tudo o que era mais sagrado ! Ela ia quebrar a cara de Izumi... E que Deus não lhe desse forças, ou acabaria matando aquela vadia !

- Sabe, vendo você de perto... - Izumi continuou, lavando as mãos, já distraída. - ...É de dar ainda mais pena ainda.

O vestido que a médica usava era novo, preto, até a altura dos joelhos, os saltos, muito altos, mas nada daquilo impediria Karin. Ela veio em passos violentos, puxou a outra pelos cabelos escuros, lançando-a para longe da bancada do banheiro. Ela urrou quando caiu sentada no chão, de pernas abertas.

- Sua vadia !

Aquilo só fez com que Karin gingasse até ela de novo, Izumi saltou como um animal feroz contra a ruiva, elas se atracaram e seus corpos giraram grudados enquanto se estapeavam. Os gritos altos deveriam estar sendo ouvidos pelo salão, nenhuma das duas ligava.

Tinha uma coisa que só quem já tinha se metido em muita confusão podia saber: Não se entra em uma briga com os cabelos soltos.

A morena foi arremessada contra a divisória do banheiro, Izumi escorregou para o chão e fitou a ruiva de baixo para cima, ela estava com muitos fios de cabelo escuro entre os dedos.

Seus cabelos !

Aquela cretina !

- Você vai se arrepender.

Sakura trocou um olhar exasperado com Sasuke quando ouviu-se outro grito ecoando pela salão, a ausência da amiga era muito suspeita. Ela estava adiando a verdade, enrolando os Uchihas com uma ladainha ridícula sobre trabalho, encarou a cadeira vaga de Karin, meu Deus.

Mikoto não parecia se importar muito com a revelação de Sakura, estava curiosa agora quanto os gritos, encarava o filho mais velho, procurando entender suas feições, era claro que os dois sabiam a quem os gritos pertenciam.

Karin rasgou uma das alças do vestido amarelo de Izumi com um puxão violento, a ruiva tinha um arranham longo em seu pescoço, não era nada em comparação com o estado geral de Izumi: Completamente descabelada e de roupa rasgada, um de seus saltos quebrados. A morena abraçou o próprio corpo, choramingando, era o suficiente... Ela sabia que não poderia ganhar.

- Chega, por favor.

A ruiva se aprumou, grudou o corpo ao da morena, prensando-a contra a parede.

- Da próxima vez que você me olhar vou marcar cinco dedos nessa sua fuça. - Karin tinha um tom provocativo, era quase um flerte. - E se olhar para ele de novo, vou fazer coisa pior.

Ela apertou uma das bochechas da magrela a sua frente com força.

- Me solta.

- Vadia.

Ela só a soltou pois sabia que aquela gritaria deveria estar chamando atenção demais, saiu do banheiro, desfilando pelo salão até voltar ao seu lugar, sentia-se bem, revigorada. Soltou os cabelos, as madeixas esconderiam o arranhão que tinha no pescoço. Devolveu o prendedor para Itachi, sorrindo o tempo todo para os quatro na mesa.

A próxima a sair do banheiro foi Izumi. A morena tinha amarrado as duas partes da alça rasgada do vestido e jogado os cabelos para aquele ombro, tentando disfarçar o sutiã que agora aparecia, um lado de suas bochechas vermelhas, mais do que por maquiagem.

Mikoto disparou risadas e Sakura mostrou-se indignada.

- Você bateu nela !?

Karin ignorou aquilo.

- Já decidimos o que vamos pedir para o jantar ? - Ela olhou para Itachi, piscando sedutoramente para o moreno. - Você roubou meu pãozinho, Itachi ?

- Talvez. - Ele respondeu risonho, puxou um pouco os cabelos ruivos, vendo o que o riscar das unhas de Izumi tinha feito. - Você é louca, Karin.

- Mas você é louco de amor por mim.- Ela brincou, repetindo o conteúdo de uma mensagem recebida semanas antes, quem a escreveu, Karin ainda não sabia e nem se importava. - Não é nada, vai sumir em alguns dias.

Mikoto acompanhou o olhar preocupado do filho para com a ruiva, de fato, Mikoto criara um príncipe, e em definitivo, Karin era capacitada mentalmente e fisicamente para proteger seu garoto.

Pelo rabo de olho viu três pessoas se aproximando, o primo, sua filha e o namorado loiro. Será que Karin fugiria ? Mas a médica não estava nem um pouco apreensiva, muito pelo contrário, estufou o peito e arrumou os óculos no nariz.

- Pode me dizer, Mikoto, porque minha filha foi atacada no banheiro ?

Madara veio perguntando, irritado quanto ao estado da filha, apontou para a moça morena aninhada aos braços do namorado loiro.

- Pelo amor de Deus ! Olhe o estado da minha menina ! Eu quero... Eu exijo uma resposta.

- Sua amada filha me ofendeu no banheiro. - Karin respondeu quando viu a matriarca em apuros. - Não foi a primeira vez que ela fez isso.

Madara procurou os olhos da filha, ela se afundou ainda mais nos braços de Deidara.

Karin se levantou, a pouca paciência que tinha definitivamente esgotada. girou o corpo e encarou aqueles três, os braços cruzados diante do busto.

- Você me ofende nas minhas costas e não é mulher suficiente falar na frente dos outros ? Deidara se desvencilhou do toque de Izumi, impondo-se diante da ruiva, no mesmo instante Itachi apareceu de pé ao lado da amiga, temendo que Deidara pudesse fazer algo contra ela. Que piada, a coisa mais perigosa naquela mesa era o mal humor da médica. Karin não tinha medo.

Ela empurrou Deidara que deu alguns passos para trás, surpreso.

- Acha que eu tenho medo de um homem feito você, loirinho ? Eu quebro a sua cara também, se precisar.

O restaurante havia parado para assistir.

Mikoto se levantou também, preocupada.

- Nem homem de verdade você é !

Ela avançou na direção dele, empurrando-o de novo.

- O sogrão sabe como você roubou sete mil reais na academia ?

- O que ? Que porra é essa, filha ? - Madara estava muito interessado nas revelações da ruiva.

- Ela está mentindo, pai.

- Qual motivo eu teria para mentir ? E se quer provas, fazemos o seguinte: Chamamos o dono da academia aqui e ele vai esclarecer toda essa história.

Madara fulminou o loiro com um olhar.

- Ele roubou e por isso foi demitido !

- Por Deus Izumi ! Com que tipo de cara você anda saindo, filha ?

- Você foi demitido ?! Você não me disse isso.

Deidara deu mais alguns passos para trás, agora com medo do sogro e da namorada, ele gaguejava uma explicação, mas nada coerente saia de seus lábios.

- E digo mais ! - Karin continuou, com o indicador apontado para Izumi. - ESSA MARAVILHOSA SENHORITA ESTA ENVOLVIDA NO ROUBO DO DINHEIRO !

Mikoto se aproximou de Karin e Itachi. Madara não sabia onde enfiar a cara, ele acertou Deidara com um murro, pois sabia com toda a certeza de uma única coisa: A presença daquele imbecil tinha feito sua filha entrar naquela tramóia. Todos no restaurante assistiam, os funcionarios não sabiam se era melhor intervir ou deixar o show continuar, claramente era algo interessante, os músicos passaram a tocar uma melodia dramática, propicia para filmes de faroeste,o tema musical ao fundo estava tornando tudo uma cena digna de novela.

Foi quando Madara passou a caminhar enlouquecidamente pelo restaurante, atrás de Deidara que fugia, que os garçons tentaram segurar o Uchiha. Uchiha que roubou pratos das mesas onde passos e arremessou em Deidara, tentando feri-lo.

- Olé ! OLÉ ! – Os músicos cantarolaram.

- Papai pare com isso. - Izumi implorava, seguindo os dois homens pelo restaurante.

Sasuke e Sakura eram os únicos ainda sentados a mesa, eles sorriram um para o outro, ignorando a confusão. Não eram o tipo de casal que gostava daquilo. A moça piscou para o namorado algumas vezes, falando baixinho apenas para o companheiro a escutar:

- Eu estou grávida.

Ele deixou o queixo cair de espanto. O que ? Ah, meu Deus !

O momento tão especial dos dois foi interrompido quando os gritos e ruídos da briga tornaram-se mais agressivos. Deidara tentou virar uma mesa na direção de Madara, fazendo tudo o que estava no tampo cair e se partir no choque com o chão.

- Os senhores se retirem ! - Um dos funcionários gritava. - Eu vou chamar a policia !

- OLÉ !

Mikoto suprimia um risinho, estava achando tudo aquilo muito divertido. Era uma das melhores noites da sua vida.

Izumi bufou irada, voltou-se para a tia, o ex namorado e a dona do gato, aquilo tudo era culpa de Karin. A ruiva sorriu para ela, ela tinha avisado no banheiro, não tinha ? Avisou a morena para nunca mais olhá-la daquela forma... E era exatamente o que Izumi estava fazendo. Ela veio em passos firmes na direção dos três, fazia o seu melhor já que um de seus saltos estava quebrado, Karin apenas esperou que ela estivesse próxima o bastante e assentou a mão espalmada no rosto da morena. Foi o suficiente para esta cambalear para trás e acabar caindo sentada outra vez, apertava a bochecha atingida com força, tentando apaziguar a queimação.

Com um olhar lamuriante ela pediu ajuda a Itachi... E Karin também tinha avisado sobre aquilo.

- Você é uma filha da puta ! - Ela proferiu em alto e bom tom para que todos pudessem escutar. Virou-se para Madara e disse: - Com todo o respeito.

- OLÉ ! – A musica tocava ainda mais rápido, algumas pessoas que jantavam acompanhavam o ritmo com palmas. – OLÉ !

Mas Madara não tinha se ofendido, a filha merecia cada letra daquelas palavras.

- Uma mentirosa, uma burguezinha safada, que perdeu a chance de estar ao lado de um rapaz bom e trabalhador. Você se acha tão superior aos outros mas se comporta como uma vadia.

É, agora ela tinha falado tudo o que queria, mas ainda precisava de uma coisa para fechar com chave de ouro. Buscou uma taça sobre a mesa que a família ocupava, estava cheia até a borda, encaminhou-se até aquela que ainda estava caída, derramando seu conteúdo pelos cabelos escuros da pilantra. Risinhos ecoaram pelo restaurante.

Era apenas água, teria sido melhor ser vinho, mas era o suficiente. Aquela humilhação Izumi jamais esqueceria.

- Vamos embora ? - Karin perguntou, encarando Mikoto. Algo lhe dizia que se não partissem agora, acabariam expulsos do restaurante.

Foi quando os cinco estavam acomodados dentro do carro vermelho que a crise de risos começou, Itachi e Karin sentados nos bancos da frente, Mikoto, Sakura e Sasuke no de trás, observando a paisagem do lado de fora se movimentar conforme Itachi dirigia, atrás de outro lugar para um jantar mais calmo.

- Certo... – Sasuke parou de rir, pegou a mão da mulher sentada ao seu lado, tinha um anuncio muito importante para fazer. – CERTO !

Itachi olhou para o irmão pelo espelho retrovisor, Karin curvou o corpo para trás, afim de ouvir também.

Mikoto já sabia o que viria, ah ! Graças a Deus !

O Uchoha mais novo continuou, depois de conseguir a atenção que queria.

- Eu descobri agora pouco... Vou ser pai ! – Ele anunciou, extasiado por aquilo.

Não tinha casa própria, nem carro, trabalhava sem contrato fixo, estava preso em uma cadeira de rodas, mas a noticia o deixava imensamente feliz ! Ia ser pai !

Aquilo era maravilhoso.

Mikoto bateu palmas,finalmente ! Finalmente iria poder costurar roupinhas para a criança que viria.

- Ah, eu vou ser madrinha dessa criança ! – Karin emendou e sorriu para a amiga. – Temos que comemorar isso !

- Não perdeu tempo mesmo, hein, irmãozinho ?

Os outros riram.

- Ah, eu vou ser tio !

Ele estacionou na primeira vaga que viu, em uma rua qualquer, girou o corpo para trás, para encarar os passageiros, cumprimentou o irmão e a moça ao seu lado. Sua mãe puxou a mão do filho mais velho, indicando Karin com um aceno de cabeça sugestivo.

- Agora falta você.

- Eu ?

- Exatamente... Não me deixe partir sem eu ter a certeza de que você estara com alguém que te de o devido valor.

Itachi encarou a ruiva, sabia bem o que a mãe queria dizer com aquilo.

- Eu quero. – A ruiva esclareceu antes de o Uchiha fazer o pedido, claro que ela queria.

Mikoto sentou-se de maneira mais confortável no banco do carro, ela suspirou aliviada: Um filho seria pai, o outro finalmente conquistara uma boa namorada.

O que mais ela podia querer dessa vida se não a felicidade daqueles que se ama ?


Notas Finais


* Para minha leitora maravilhosa que chamou a Izumi de Burguesa Safada, outro dia. <3


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