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História O preço de uma vida (Stony) - Invasão no meio da letargia


Escrita por: Pequenolirioh

Notas do Autor


Oiii, mas um capitulo para vocês!!!

Caso estejam gostando favoritem isso insentiva muito 😉

Esse é o primeiro capitulo com ação então espero que gostem, não acho que seja boa nisso então espero que tenha ficado no mínimo ok, digam se tem que melhora alguma coisa ou se ficou confuso.

Capítulo 3 - Invasão no meio da letargia


Fanfic / Fanfiction O preço de uma vida (Stony) - Invasão no meio da letargia

Tony saiu da nave; sem rumo, vagou pelos céus de Nova York até sair das fronteiras da cidade; quando percebeu que já era de noite, voltou para casa e tentou tomar todo o uísque que pudesse e, como já era esperado, vomitou tudo. Seu cérebro estava em letargia, ficou em um estado catatônico até amanhecer. Ignorou todas as ligações que recebeu.

Tentava absorver a situação, mas quanto mais ele pensava sobre isso, mais em pânico ele ficava. Então fixou um pensamento na sua mente: era só tirar aquela coisa e fingir que isso nunca aconteceu, trancar tudo lá no fundo.  Ele era bom nisso. E, talvez, finalmente, tivesse que passar anos na terapia. Agora agradecia pela barriga não ter crescido, mas não conseguia agradecer por Steve não estar ali, também não conseguia imaginar como seria se ainda estivesse.

Cinco meses e sua cabeça criava uma linha do tempo. Se era o tempo da gestação, então tanto na batalha na zona negativa quanto na luta com Bucky e Steve na base abandonada da Hydra, ele já estava gerando aquela coisinha. Pensar nisso fez ele sentir o peito doer, e as lágrimas arderam em seus olhos, sentia um nó na garganta, inconscientemente passou a mão na barriga.

Por todo esse tempo sentiu raiva e mágoa de si e do seu ex-amante, os dois tinham cometido erros. Sabia que apesar do que outro havia feito, ele era quem não merecia perdão. Não se importou de ser visto como pária, ele era e sabia disso. Tinha mais sangue nas mãos do que podia imaginar, seu ego e egoísmo o levou até ali. Sentir raiva e culpar Steve era só uma forma de amenizar as coisas. Estava pagando pelos seus pecados, mas nunca pensou que pagaria dessa forma. Não podia ter quem amava, mas por uma ironia surreal estava agora carregando um filho dele, uma parte sua, uma pequena parte.

— Desse jeito não vai precisar fazer um aborto, Sr. Stark, já que não tem como gerar uma criança em um corpo morto.

O homem havia chegado de novo de forma sorrateira. Tony já estava começando a se acostumar ou só não se importava mais.

— Talvez eu morra de um ataque do coração com essas suas chegadas do nada. Você sabe para que servem as portas? Deve saber, já que sua nave tem uma.

O Colecionador fez uma careta, realmente odiava a personalidade de Tony principalmente seu humor, o ignorou.

— É possível… — Tony fez uma cara confusa. — O  aborto?

— Ah, claro…Mas você tem certeza que deseja fazer isso?

— Pensei que quisesse a sua joia de volta.

— E eu quero, mas tenho que confessar que estou intrigado para ver como será essa criança.

— Você quer colocá-la na sua coleção, um item raro e único, não me engana.

— Vejo que seu cérebro tem mais funções do que só o sarcasmo, mas também tem outro motivo, a joia estaria mais segura, por enquanto, fundida à  essa  criança. Seria difícil de encontrá-la, já que a joia e o nosso pequeno ser estariam se adaptando um ao outro, então a emissão de energia seria muito baixa e tem o fato dela nascer em um planeta distante.

— Estou começando a achar que você planejou tudo isso.

— Pode acreditar, não planejei! Se tivesse, não teria saído tão perfeito, as melhores coisas acontecem naturalmente. 

A paciência não era algo que Tony podia manter, não quando sua sanidade mental já estava o deixando, deu um soco no homem e o empurrou na parede.

— Ferra com a minha vida dessa maneira e age como se fosse a coisa mais perfeita que já fez!? A morte vai ser a sua obra perfeita.

— Você não precisa de mim para ferrar com sua vida, você parece ser capaz de fazer isso sozinho! — Levou outro soco e agradeceu por Tony estar fraco, se o soco já era forte com ele nesse estado, imagina em boa forma. — ah, Sr. Stark, sabe que precisa de mim, então vamos parar com a violência.

Tony se afastou do homem, infelizmente, ele estava certo, precisava daquele desgraçado, pegou um copo em cima da mesa de centro que ainda tinha um pouco de uísque e enfiou o líquido garganta abaixo, e logo sentiu o conteúdo bater no seu estômago.

— Será um procedimento delicado, mas minha nave tem tudo que precisamos.

Tony começava a sentir enjoo, olhou de relance em uma superfície espelhada, estava com a aparência horrível: tinha olheiras profundas e escuras, seu cabelo estava bagunçado e precisava ser cortado, a barba por fazer, e sua pele estava oleosa, percebia agora que estava fedendo, precisava de um banho.

— Onde está indo, Sr. Stark?

— Tomar um banho.

— É bem apropriado que esteja em melhor estado para fazer o procedimento, estarei te esperando.

— Não! — O homem fez uma expressão confusa. — Hoje não tem como eu fazer esse procedimento, não tenho condições para isso.

— E quando estará em condições?

— Eu irei até você.

 

★★★⎊★★★

 

Naquelas semanas, tentou ignorar o máximo de pessoas possível, mas tinha duas que era difícil se manter distante por causa da sua situação já conhecida por Pepper e Rhodey, claro, o estado deprimido e alcoólatra. Tony não contou nada para ninguém nem saberia como explicar tudo. Falou com Pepper por telefone, usou suas melhores mentiras para acalmá-la e dizer que estava tudo bem. E para se assegurar que era verdade tudo o que Tony havia dito, Rhodes foi à sua casa pessoalmente. Claro que o  amigo percebeu que não estava tudo bem, mas era melhor que ele continuasse achando que ele estava deprimido por causa da Guerra Civil, se soubesse da verdade ele surtaria e seria mais um problema para Tony.

Já tinham se passado duas semanas, e Tony não havia procurado o Colecionador, não era que não quisesse tirar aquilo de dentro dele, sabia que era a melhor escolha, mas tinha algo que o impedia.

Um dia teve um sonho com Steve, a imagem era distante, como se mesmo dentro do sonho estivesse sonhando. De longe, viu seu ex-amante em um parque, com suas roupas comuns, sentado na grama. Era um dia de sol. Assisti-lo o deixou extasiado, o sorriso perfeito, os cabelos que nem mesmo nas lutas saiam do lugar, o corpo bem definido. Cada detalhe era maravilhoso, principalmente, aqueles olhos azuis como o oceano. Sim,  comparar aqueles olhos ao mar era o certo, você poderia se perder naquela imensidão tão bela e quando desse conta estaria sem fôlego, dragado para o fundo, como os marinheiros eram pelas sereias, se afogando em sentimentos.

Olhos tão belos e perigosos.

Steve fazia bolhas de sabão e tinha uma criança sentada em seu colo tentando pegar as bolhas com as mãozinhas. Ela parecia ter meses ainda.  Então, Steve olhou para ele e sorriu, apontou na direção dele, mostrando para o bebê onde Tony se encontrava. E os dois riam.

Era uma cena perfeita. Sentiu  uma emoção única que acendia no seu âmago, aquilo era felicidade, acordou com lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

Evitava relembrar aquele sonho, mas sempre se pegava lembrando as emoções misturadas entre o desalento e uma alegria reconfortante.

— Desistiu de tirar a criança, Sr. Stark? Já faz duas semanas.

— Sabe, eu já nem me surpreendo com suas aparições repentinas. Lamento, mas seus truques perderam a graça.

— Pois, eu lamento que toda vez que nos vemos insiste em fazer gracinhas em vez de levar as coisas a sério logo de cara. E então, o que decidiu?

— Eu vou tirar. Eu já te disse minha decisão.

— Então, o porquê da enrolação? Acho difícil que tenha andado ocupado. Por que não admite logo que não quer tirar o bebê?

— Não é da sua conta o que estive fazendo, mas já que está aqui, podemos dar seguimento e acabar com isso.  

Sim, o homem ali era o que ele precisava para fazer o que era necessário.

— Ótimo! Então vamos.

★★★ ⎊★★★

Tony estava de novo na nave deitado naquela maca, se sentindo novamente uma cobaia de filme B, e talvez, por isso, estivesse transpirando frio e começava a sentir a sua bile subindo pela garganta.

— …entendeu? — o Colecionador perguntou e Tony o olhou confuso.

— O quê? — Tony indagou voltando do seu devaneio.

— Eu estava explicando como vai funcionar o procedimento, não ouviu?

— Sim, ouvi! 

Na verdade só ouviu algumas partes, mas não conseguiria prestar atenção se pedisse para falarem novamente.

— Vamos começar então — Acenou com a mão para que sua assistente começasse o procedimento lá

— Sr. Stark, como da última vez, peço que não se mexa, sentirá  um incômodo  devido a anestesia.

Concordou com a cabeça, mas começou a tremer,  sentir o coração disparado, e ao olhar para todos os lados viu no monitor a criança, e graças aos aparelhos ligados ao seu corpo pode ouvi-la.  Sua mente entrou em curto, as imagens daquele maldito sonho passavam pela sua cabeça, e para piorar começou a ouvir choro de bebê e a voz de Steve falando: " Agora, você não tem nada além daquele escudo, é tudo o que tem de mim, Tony".

— Eu não posso fazer isso! — Levantou abruptamente e começou a tirar os fios ligados ao seu corpo, deixando todos ali surpresos.

— Tem certeza? Como eu já havia dito, sua barriga está começando a despontar e logo não terá mais a opção de abortar.

A barriga estava aparecendo? Não tinha ouvido isso, acabou olhando para sua barriga e passando a mão ali, tinha um pequeno volume, como se tivesse nos primeiros meses. Perceber isso fez ele ficar ainda mais em pânico, precisava sair dali, começou a andar atordoado procurando por suas roupas.

— Sr. Stark?

— Eu preciso sair daqui. Não consigo fazer isso, ok?

— Se não vai tirar o bebê, precisamos começar a fazer o acompanhamento da gravidez e…

— Não! Eu só tenho que sair daqui! — Terminava de colocar suas roupas de forma desajeitada.

— E está livre para fazê-lo, entretanto, temos que começar a monitorar o desenvolvimento da criança, fazer mais exames.

Tony saiu o mais rápido que pode e deixou o homem falando sozinho. Quando chegou em casa vomitou e depois deitou no sofá. Estava tão cansado, sua cabeça borbulhava. Não conseguiu abortar, maldito sonho estúpido! Não podia ter esse bebê, nem saberia como criar essa criança, não era exemplo para ninguém, era imaturo, psicologicamente instável, tinha uma péssima personalidade, e era muitas vezes infantil. Não servia para paternidade e o mais próximo que chegou disso foi com Peter e olha o que ele fez com a relação dos dois. Talvez agora o garoto o tenha perdoado, era tão inocente e gentil que Tony se sentia uma pessoa horrível perto dele.

Sentia falta de escutar aquele garoto que não parava quando começava a falar, se mantinha afastado depois de tudo. Mas quis garantir o futuro do garoto, afinal, além de ter um grande apreço por ele, o pirralho era uma promessa, era muito inteligente, por isso manteve a bolsa de estudos de Peter na Fundação Setembro. Também garantiria um estágio assim que ele entrasse na faculdade, era o mínimo que podia fazer depois de ter o enganado. Sabia que não ter aquele bebê era a coisa mais correta a se fazer, mas alguma coisa dentro dele o impedia. O sono acabou tomando conta e ele dormiu mais uma vez no sofá.

Acordou com muita fome, queria beber, mas sabia que não conseguiria manter o líquido dentro do seu estômago. Estava tão esfomeado que comeu o que viu pela frente e logo depois o enjoo veio. Por que maldição aquela coisinha queria devorar tudo para depois fazer ele colocar tudo para fora? Viver dessa maneira era uma tortura. Voltou a olhar para o pequeno volume na sua barriga e ficou assustado, não sabia se era capaz de se acostumar, era irreal aquela situação. Sua cabeça doía. O que faria agora?

Já tinha ouvido falar que quando as mulheres sabiam da gravidez sentiam o bebê dentro delas, o instinto maternal aflorava na hora, logo nascia um amor incondicional pela sua cria. Não era como se sentia, estava abalado e desnorteado, mas algo florescia dentro dele, tinha que admitir. Se a criança fosse algo criado pela joia teria tido coragem o suficiente para abortar, mesmo que se arrependesse depois; mas aquela criança que carregava era uma parte de Steve. Era por isso que ele não conseguia fazer, era de certa forma um sentimento egoísta. O que ele faria se soubesse? Como reagiria? Steve era do tipo religioso, diria que era obra divina. Tony riu com esse pensamento, não compartilhava da fé religiosa, era ateu e acreditava no que via, “devia contar para ele, ele virá até você e não te deixará desamparado”, era o que uma voz na sua cabeça dizia.”

Tinha aquele maldito celular, que recebeu depois da guerra civil terminar, com um bilhete que dizia que Steve ajudaria caso alguma coisa acontecesse e um pedido de desculpa por não contar sobre o assassinato dos pais dele. Ficou puto quando recebeu aquilo, era uma lembrança, como aquela porcaria de escudo, para torturá-lo, era como a cereja do bolo, Steve parecia querer ferrar com ele deixando um objeto para entrar em contato.

O celular se tornou praticamente parte do seu corpo nos dois primeiros meses, mas nunca ligou, não tinha o que dizer, era mais para se martirizar e claro, também não recebeu nenhuma ligação. Não tinha desculpa, nem perdão apenas a culpa. Então, Pepper o convenceu a guardar aquele objeto e parar de se torturar com ele. Sabia que ela estava certa, se mataria se continuasse olhando aquilo por horas. O trancou em uma gaveta e procurou esquecer do aparelho, o que levou ele a ficar observando o escudo pendurado na sua parede por horas bebendo enquanto ainda conseguia beber.

Foi até a gaveta e ficou ponderando por minutos; o que ele diria para Steve? Tentou pensar, mas tudo soava como uma piada de mal gosto a qual Steve não acreditaria. Não adiantava pensar muito, era melhor improvisar na hora, demorou mais um tempo até ter coragem de abrir a gaveta e mais alguns minutos para levantar a tela do celular. Só tinha um número gravado naquele aparelho, agora era só apertar o botão e esperar que o outro lado atendesse, passou o dedo por cima do botão para apertá-lo.

— Sr. Stark, a torre foi invadida.

— Como assim inv...  

Foi tudo muito rápido, sentiu algo passar ao lado do seu rosto fazendo o celular cair no chão e quebrar, não teve tempo de ver o que era, já começava colocar a armadura.

— Já iniciei os protocolos de segurança.

— Quantos são e quem são?

— Os meus sensores identificaram quatro invasores.

— Sim, já vejo um.  

Tony olhava para o que tinha lhe atacado, logo o invasor atirava com uma metralhadora em sua direção, sorte que era rico.

— Está estragando a decoração! — reclamou. 

Por que os vilões gostavam de estragar sua casa?

Se escondeu atrás de um móvel, não que sua armadura não pudesse segurar as balas, mas era melhor não se arriscar e a furtividade era a melhor escolha.

— Não consigo identificar quem são os invasores.

— Localização?

— Eles estão tentando desestabilizar  o sistema, estou mantendo o funcionamento, acredito que queiram manter suas localizações ocultas. Posso indicar a área, mas não o local exato.

— Ótimo! Isso já é suficiente. Um já temos em vista.

Precisava atacar sem gerar grandes danos à sua propriedade, sem falar que aquele não era um lugar para grandes batalhas, uma luta corpo a corpo era o ideal, pena que ele não era um exímio lutador, deveria ter se dedicado mais aos treinamentos com Natasha. Aproveitou o momento que o outro trocava de cartucho para contra-atacar, usou a força da armadura para jogar seu inimigo contra parede, quebrando-a com o impacto.

O invasor apertava o gatilho da arma de forma desordenada, apertou o braço dele até que ele soltasse a metralhadora, com isso, o homem soltou um grunhido de dor, com a mão livre ele jogou Tony para longe. Meio atordoado, tentou entender como foi lançado aquela distância, o outro tinha poderes? Então a armadura identificou um aparato na mão do invasor, era um tipo de luva que soltava energia, não gostava quando a tecnologia ficava contra ele. O homem começou a atirar novamente uma onda de energia, conseguiu desviar girando para o lado, tinha que chegar perto do invasor.

— Não é só você que tem esse truque na manga, mas tenho que te avisar, o meu é melhor.

Levantou a mão em direção ao invasor e soltou a energia que vinha da sua armadura, mas não com seu poder total, ainda tentava manter a casa inteira o máximo que pudesse, quando o outro caiu atordoado no chão se aproximou rapidamente, mas o homem se levantou em um solavanco.

— Malditas técnicas de lutas. 

Precisava agir rápido, colocou a palma da sua mão com a do outro, aquela que tinha a luva, assim que o homem acionou a energia. 

—  Agora vamos ver quem aguenta mais — Stark desafiou.

Tony tinha uma armadura e dependendo do tanto de energia que colocasse podia destruir o homem, e o outro sabia disso. O invasor usou a mão livre para segurar a cintura de Stark e dar um suplex nele, o golpe foi meio desajeitado já que só usou um braço, e a armadura junto a seu usuário era pesada, o que fez ele cair meio de lado. As mãos se soltaram, mas foi o suficiente para destruir a luva e fazer um estrago no braço do homem, aproveitou isso para ir para cima dele, desferiu um soco no rosto do outro, mas o cara era habilidoso conseguindo se desviar dos golpes que eram desferidos contra ele, mas Tony tinha a vantagem da força, cada golpe que conseguia acertar, fazia um belo estrago, o problema é que o outro nem parecia se importar, precisava acabar logo com aquilo.

O invasor correu  para recuperar a arma, Tony foi em seu encalço. O  homem se jogou e pegou a metralhadora. Tony se lançou  sobre ele, mas o invasor  começou a atirar. Pode sentir os trancos, mas a armadura o protegia, segurou o braço do outro e lhe deu uma cabeçada com toda força que tinha, com isso o invasor desmaiou.

— Há uma pequena avaria na armadura, Sr. Stark.

— Certo, onde estão os outros?

—Um se encontra no piso superior onde estão os quartos, outro na oficina junto à garagem.

— Ah não, meus carros não.

— E o último está localizado no térreo, pelo meu rastreamento este deve ser o que está tentando interferir no sistema.

— A pergunta é, por que não atacaram todos juntos? Teriam uma vantagem desse jeito.

— Pelo que analisei, parece que estão procurando alguma coisa.

Não era novidade para Tony pessoas tentando roubar informações ou suas invenções, só precisava saber quem era dessa vez. Desceu até a garagem, estava fazendo o escaneamento de calor quando recebeu um forte impacto pelas costas, pelo jeito não era só o de cima que tinha um brinquedinho.

Se não queria destruir o andar superior, a oficina muito menos, precisava dar um jeito naquilo bem rápido. Se jogou contra o invasor que caiu em cima de uma de suas mesas de trabalho, usou um dos fios que tinha ali para enforcar o outro que usou a luva de energia para afastar Tony, que se manteve firme por um tempo até ser mandado para longe. Enquanto estava caído, seu algoz saiu correndo até ele e se jogou sobre seu corpo, juntou as duas mãos dando um soco no reator de Tony, mas aquele lugar era o território do Homem de Ferro. Acionou um dos carros remotamente que atropelou o corpo que estava sobre o seu.

— Nem pensar, fica no chão! —A pessoa se arrastava pelo chão tentando se levantar, deu um soco bem forte que fez o outro desacordar. — Agora, faltam mais dois.

Analisava os cômodos com a visão de calor, dessa vez não seria surpreendido, tinha uma leitura em um dos quartos. Entrou nele  e assim que viu a figura a atacou com a energia de sua armadura. Logo o outro se recuperou, e esse pelo jeito era um exímio acrobata já que em um piscar de olhos deu um salto para o outro lado do cômodo e começou a atirar em Tony com uma 45. Nem precisaria desviar se não fosse o invasor soltar uma rajada de energia e aproveitar do momento para dar um salto e fugir pela porta. Tony correu atrás dele, alcançando-o e jogando-o no andar de baixo, no balcão da cozinha.  Ele voou até o invasor e abriu a parte da frente da armadura.

— Diz logo o que vocês querem e quem são vocês? — Disse planando no ar.

Devido ao sensor da armadura pôde desviar a tempo do objeto jogado em sua direção, porém sua cozinha explodiu. Era uma granada

— Minha cozinha, mas que merda! Vocês vão pagar caro por isso.  

Não que usasse muito a cozinha, mas era parte da sua casa.

Olhou em direção a origem da granada e viu o invasor com quem tinha lutado na garagem.  O atacante correu e se agarrou as pernas de Tony, que sentiu dificuldades em se manter planando e foi ao chão assim que o outro invasor se jogou em suas costas.

— Sabemos que você está em posse do Éter, onde está a criança?

— O quê? Éter? Criança? Não vieram roubar informações das indústrias Stark?  

Como eles poderiam saber que joia da realidade estava com ele, e da  criança?

— Não se faça de desentendido, Homem de Ferro! Onde está a criança que possui o Éter?

Parecia que não sabiam direito da situação, mas ainda queria entender como sabiam o mínimo. O homem que falava, estava agarrado às costas de Tony, tinham um sotaque que parecia Russo, bom eram  humanos pelo que parecia, como tinham essas informações? Precisava se soltar.

— Sexta-feira, uma ajudinha.

A IA enviou da oficina uma das partes extras de armadura que atingiu com força a cabeça do homem que prendia Tony pela costa. Com ele  atordoado conseguiu mover os braços, deu um soco no que estava o segurando pelas pernas, e com aperto mais frouxo deu uma joelhada, se livrando de um. Usando os propulsores jogou seu corpo para trás, batendo a cabeça do outro atacante na parede. Aquilo o fazia lembrar da pior luta da sua vida, ainda sentia o gosto amargo da derrota.

— Dois contra um é, devo dizer que isso é injusto. 

Os invasores se levantavam.

Logo os dois atacaram, um lançou a perna sobre Tony que segurou com a mão, e outro tentou um soco a qual desviou, os dois se afastaram e se posicionaram para lançar uma rajada de energia.

— Truques baratos de novo, não tem um novo, não?

— Fala tudo que você sabe, Stark, e talvez te deixemos viver.

— Agradeço a oferta, mas vou ter que recusar, está aqui minha contraproposta: me digam tudo que vocês sabem, e, talvez, eu não quebre todos os ossos de vocês. 

Bom, heróis não costumavam matar, mas sendo bem realista, vilões eram persistentes e a única maneira de pará-los é quebrando alguns ossos, muitos iam direto para UTI, e era melhor não pensar muito sobre, Tony não gostaria de saber quantas pessoas já deixou impossibilitada, porém foi o caminho que escolheram o do mau.

Conseguiu desviar das rajadas, mas acabou se distraindo com isso e demorou a perceber um deles vindo em sua direção para lhe dar um chute que acertaria em cheio sua barriga, sua reação imediata foi se virar para direcionar o golpe para sua costa e proteger a barriga com o braço, foi mandado para longe e acabou batendo no sofá, agradeceu pelo lugar fofo. De forma inconsciente já estava protegendo o bebê que crescia dentro de si. Logo um dos invasores pulou em cima dele já com a mão com a luva no reator, tinha que agir rápido, aquele era o homem o único a falar, segurou o braço dele e deu uma cabeçada, mas o outro levou o corpo para trás tornado o efeito do golpe mais brando, devia fazer algo com um efeito rápido. Os filhos da mãe eram duros na queda, acertou uma joelhada certeira nas partes baixas do invasor que automaticamente caiu pro lado.

— Esse não vai poder lutar por um tempo, agora só falta um.

— Comigo esse golpe não vai dar certo.

— Eu sei! – A voz era aguda, então ele deduziu que era uma mulher. — Sexta-Feira.

Uma parte de um propulsor foi acoplada na mulher que foi lançada para Tony que deu um chute no tórax dela, que caiu sem ar no chão.

—Como eu já havia dito lá embaixo, fica no chão! — Deu um soco na mulher que caiu desacordada. — Sexta-Feira o último ainda está no térreo?

— Sim, Sr. Stark. A armadura está com avarias, o reator foi levemente danificado, com isso perdemos uma porcentagem de energia, estamos em 40%.

— É suficiente! — Foi até o térreo, quando chegou foi recebido com tiros. — Não te deram também um brinquedinho?

A figura era mais esguia do que os outros invasores, também usava uma máscara como os outros, quando as balas do revólver acabaram, ele saiu correndo, o que foi inútil pois Tony o alcançou, apontou para cabeça do hacker com uma arma acoplada no braço da armadura.

— Acho que não previam que eu chegaria até você, já que não te deram nenhum brinquedo, isso que dá subestimar seu inimigo, agora se renda de boa vontade, e me diga da onde vocês tiraram as informações do Éter? — O homem se virou para ele e mordeu algo que tinha na boca.

— Heil, Hydra!

— Mais que porra!

O homem caiu no chão espumando pela boca. Odiava quando os vilões faziam isso, preferia eles vivos para pegar informações, bom, tinha os de baixo, desceu e a única coisa que encontrou foi sua casa destruída sem nenhum corpo, tinham fugido, que maravilha. Como a Hydra sabia sobre o Éter e sobre seu bebê? Apesar de parecer que não sabiam de todos os fatos, o caminho era lógico, só tinha um ser além dele que sabia sobre a joia e a criança, precisava ver o Colecionador.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado desse cap que foi o mais longo até aqui.

Eu sei que talvez alguém pense porque o Tony fica sofrendo pela casa dele ser destruída, nos filmes ninguém se importa, mas essa autora sofre, pois eu fico pensando na grana para reconstruir e no trabalho para limpar, então eu deixei claro meu sofrimento na historia. kkkk

Comentem o que estão achando 😉

bjss até o próximo cap❤️


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