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História O Príncipe e o Grood (Imagine Kim Taehyung e Jeon JungKook) - A Fuga


Escrita por: awake_s2

Capítulo 10 - A Fuga


Fanfic / Fanfiction O Príncipe e o Grood (Imagine Kim Taehyung e Jeon JungKook) - A Fuga

“Jungkook?!” falei surpresa, com a voz estranha pelo pressionamento de sua mão.

“Shh” ele pediu com o dedo indicador na boca.

“O que você tá fazendo aqui?!” perguntei sussurrando, depois de libertar minha boca. “E como passou pelo George?” falei lembrando do nome inventado que dei a um dos meus soldadinhos.

“George?” ele perguntou sem entender, percebi que ele estava com a mesma roupa de antes e tinha um olhar cansado, o cabelo meio bagunçado e o botão de seu terno estava meio aberto, ele parecia desesperado e assustado.

“É, meu soldado” falei me sentando na cama, com ele em pé ao meu lado.

“Você pôs qualquer nome nele?” ele franziu a testa.

“Isso não vem ao caso! Você que deve explicações aqui!” falei retirando o cobertor de meu corpo e ficando em pé na frente dele.

“Meu Deus! Eu não sabia que você estava assim!” ele falou se virando para não me olhar, e só depois eu entendi que eu estava de shorts, e toda aquela baboseira de não mostrar as pernas e blá, blá, blá.

“Relaxa! Eu não tô pelada” falei rindo. “Só de pijama”

“Mas está...” não deixei ele terminar.

“Olha Jungkook você tem que parar com essa idiotice e me dizer logo o que está acontecendo! E porque raios você apareceu na calada da noite no meu quarto! E porque esta parecendo um maníaco!” falei, já me estressando, o cara invade meu quarto e ainda quer que eu fique apresentável que nem uma dama? Eu quero mais é dormir!

“Tudo bem, tudo bem” ele dizia, ainda virado. “Eu sei que isso foi insano e completamente idiota, mas eu não tive escolha” ele falou, com a voz um pouco mais rouca.

“Fala logo! Você está me assustando! Alguém morreu?!” falei assustada, me pondo na frente dele, eu não conseguia falar com as pessoas sem olhar em seus olhos e Jungkook era um caso mais especial ainda, com aquele azul que fascinava qualquer um.

“Não, ninguém morreu” ele disse, ainda tentando evitar meu olhar, achando o chão mais interessante que minha cara. “É meu pai...acho que ele mentiu sobre os groods...ele não vai me permitir ter esse encontro público amanhã, Eu nunca vou saber a verdade...preciso encontrá-los antes para poder entender porque meu pai acha tão importante esconder suas verdadeiras intenções...talvez...talvez eu possa achar uma solução” ele dizia, formulando na sua cabeça o melhor jeito de me contar.

“Então você quer ir falar com eles...tipo agora? no meio da noite? No meio de uma floresta misteriosa e completamente amedrontadora com caras que podem te ameaçar com sua força tripla?” perguntei, achando que existia sim mais um louco naquele castelo além de mim.

“Eu preciso!” ele disse olhando rapidamente para meus olhos, vi que ele estava corado. “Temo que se eu não fizer isso essa história vai gerar uma guerra”

“Ou, ou, ou Guerra?” falei cruzando os braços. “Isso é ruim...muito ruim...” falei pensando no tamanho da destruição que um grupo de homens super fortes e um rei furioso faria.

“Exato! Eu preciso tomar providências, falar com eles...” ele dizia andando pelo quarto ficando novamente de costas para mim. “E tenho que fazer isso antes que meu pai faça algo” ele apoiou os braços no quadril, fazendo a manga do terno se levantar um pouco, percebi um grande roxo avermelhado nos seus pulsos.

“O que é isso no seus pulsos?” perguntei, pegando sem pedir permissão em um dos braços dele e puxando a manga para cima...eram marcas de que alguém tinha o apertado com muita, muita força;

Ele tirou rapidamente o braço de minha mão. “Você não deveria ter visto isso” falou, abaixando o olhar de novo.

E então a imagem do único ser presente em Glorius que poderia fazer aquilo com ele veio em minha mente, e meu rosto começou a ficar vermelho.

“Foi ele não foi?!” perguntei com raiva. “Ele te bateu por causa do anúncio da reunião com os groods...não foi?!” perguntei, me posicionando na frente dele de novo.

“Não foi?!” pressionei, o forçando a olhar para meu rosto.

Ele finalmente olhou pra mim. “Isso não importa agora”

“Mas é claro que importa! Você está assim por minha causa! Se eu não tivesse dado aquela ideia idiota...” falei, pondo a mão na cabeça e amaldiçoando minha boca grande.

“Não! Se não tivesse sido sua ideia eu ainda estaria cego com esse problema!” ele tentava me fazer sentir melhor, mas só de imaginar a dor que ele devia estar sentindo...e vinda do próprio pai...

Eu tentei ignorar minha culpa por um minuto pra pensar : afinal, por que ele estava aqui?

“A única coisa que eu não entendi é porque você esta me contando tudo isso” falei calma, me sentando na cama de novo.

“Eu...gostaria que você me acompanhasse até a toca deles na floresta” ele disse, um pouco envergonhado, tentando encobrir seus hematomas com a manga do terno.

“Eu? Por que eu? A Lisa não está disponível?” talvez eu tenha sido um pouco grossa com isso, mas não consegui controlar a pergunta, afinal se eu fosse ele não confiaria isso a uma praticamente estranha.

“Lisa nunca aceitaria isso...e você é a única pessoa no palácio que eu vi realmente se importar com a opinião do lado oposto, dos groods...” o olhar dele brilhava com a luz da lua atravessando a janela, deixando tudo muito difícil de ser assimilado direito.

“...e além do mais eu precisava de alguém meio louco pra fazer essa loucura comigo” ele deu um meio sorriso, me fazendo abrir um também.

“Então você me acha maluca?” falei ainda com os braços cruzados.

“Só um pouquinho” ele indicou o tanto com as mãos.

Eu não estava acreditando no senso de humor dele num momento como aquele, mas no fundo eu sabia que ele só queria me fazer esquecer da agressão que ele havia sofrido.

Eu tinha muitos, muitos motivos pra não aceitar aquele convite no momento.

Primeiro que eu nem sabia o que a Lisa era capaz de fazer se descobrisse que eu fugi com seu namorado à noite pra sei lá onde.

Segundo que eu era só uma visita, ou seja, uma presa viva e ambulante para pai dele, que poderia fazer qualquer coisa comigo, até mesmo me queimar viva e ninguém ligaria.

Terceiro que eu estaria me enfiando numa confusão maior do que só um universo paralelo, eu estaria entrando no meio de uma rixa entre espécies que eu mal conhecia.

Em quarto eu poderia dizer que à noite a floresta não me aparentava ser tão segura, e se existiam flores que se moviam, quem me garantia que não existiriam ursos mutantes famintos por carne de S/n?

E em último lugar mas não menos importante, eu estava dormindo! E estava tão bom...quentinho e maravilhoso, se eu voltasse a dormir eu poderia esquecer esse episódio e colocar nos meus sonhos, como se nada tivesse acontecido...uma obra da minha imaginação.

Mas eu me esqueci de tudo aquilo no momento em que olhei para os olhos azuis dele sob a luz do luar e para as feridas que eu tinha feito em seus pulsos...era minha culpa, eu tinha que ajudá-lo, e se ele fosse sozinho quem garantiria que ele iria voltar sem ser morto pelos groods?

Eu tinha que ir.

“Tá, eu vou junto” falei já abrindo o armário de roupas para me trocar.

“Sério?” ouvi sua voz atrás de mim. “Muito obrigado!” também senti seu sorriso.

“Você ainda não me contou como passou pelos meus guardas...e nem como a gente vai sair daqui desapercebido” falei, percebendo que aqueles vestidos chiques não me camuflariam muito bem por aí.

“Ah! Você fala do George, não?” ele deu uma risadinha. “Pedi ajuda para eles no quarto abaixo, falei que era urgente e que eles não deveriam voltar até achar o problema...como não tem problema, acho que eles não vão voltar tão cedo” ele estava mais relaxado, aliviado, na verdade.

“Nossa, eles caem em qualquer baboseira que você diz?” falei, fechando o armário sem nenhuma roupa, não tinha nada discreto ali dentro.

“Claro, eu sou o príncipe” ele dizia, com um toque convencido. “O plano é o seguinte...o único jeito de sair do castelo é pelas carruagens que transportam tecidos e alimentos da aldeia para dentro do palácio, vamos ter que entrar em um deles para sair, passar pelos corredores vai ser fácil, é só...bem, eu não posso ser o príncipe essa noite” ele falava calmo e olhando só para os meus olhos, ainda envergonhado com o excesso de pele à mostra em mim.

“E como você pretende fazer isso com essas roupas?” falei, apontando para ele e seus tecidos pomposos.

“Já cuidei disso” não tinha percebido as mudas de roupa marrons que estavam em cima de minha cama, ele as pegava e trazia pra mim.

“Somos serviçais agora” peguei minha roupa e percebi que era igual a de Lola, marrom com um avental branco.

“Não tive tempo de me trocar antes, por isso ainda estou com essas roupas mas estamos ficando sem tempo! Vamos! Vista-se! A carruagem de transporte de tecidos está prevista pra sair daqui à quinze minutos” toda aquela conversa tinha acontecido em poucos minutos por isso minha mente ainda estava tentando processar tudo aquilo, então, com ele me apressando, quase que automaticamente fui andando para o banheiro me trocar, e quando me deparei com o espelho...

MINHA NOSSA! Eu estava um horror! O que ele deveria estar pensando de mim naquele estado?!

Tentei dar um tapa no visual, fiz um coque típico de uma serviçal e, ao final, eu parecia mesmo uma, quando saí do banheiro Jungkook já estava pronto e meu queixo até deu uma caída básica, espero que ele não tenha percebido.

Eu nunca o tinha visto tão informal daquele jeito, sem todas aquelas roupas o cobrindo e o enchendo de ouro e de porte de príncipe.

A camiseta era branca e folgada, de mangas longas, mas mesmo assim eu podia ver seus músculos do braço trabalhados pelo tecido fino, a calça marrom era mais justa e o sapato simples.

“Vamos?” ele perguntou, me dando passagem.

Assenti e fui andando até a porta, agora sem meus soldadinhos, o corredor estava quieto e calmo e os outros guardas que achamos pelo caminho nem pareciam nos notar, já que era comum serviçais entrarem e saírem dos quartos para arrumar algo ou atender ao pedido de seu senhor.

Andávamos calmamente, e quando ninguém olhava, corríamos para chegar mais rápido até as portas dos fundos.

A carruagem era guardada somente por dois servos que punham os tecidos para serem comercializados na aldeia dentro dela.

Tive uma ideia, e, no quarto ao lado fiz com que caíssem algumas caixas que guardavam os tecidos, o que os assustou e os fez irem até lá olhar.

Enquanto isso eu e Jungkook entramos rapidamente dentro da carruagem, ele que teria que tomar o comando, pois o máximo que eu já conduzi na vida foi comida até minha boca.

“Você sabe dirigir isso?” perguntei pela janela que dava acesso ao passageiro para falar com o condutor.

“Não” ele disse na maior calma, como ele tinha calma com isso?! Isso era um caos!

“Como assim não?!” falei assustada.

“Tô brincando, são só cavalos S/n” ele disse sorrindo.

Me joguei no banco de trás aliviada dando uma risadinha, não pela gracinha, mas porque ele tinha dito meu nome sem o senhorita.

Logo o estalar do chicote se ouviu e os cavalos começaram a correr, os guardas já foram avisados da entrega por isso abriram os portões sem mais delongas.

Achei que seria mais difícil sair do palácio.

Depois disso não me impressionei com o fato de um grood ter entrado lá, era mamão com açúcar! E depois eles diziam que tinham segurança...disse isso para Jungkook, que somente comentou.

“Você tem razão, e é isso que me intriga, meu pai age como se quisesse ser atacado, como se quisesse que os groods entrassem e dessem motivo para temê-los” ele dizia, olhando para a estrada de terra que nos alcançava.

“É, isso é estranho...mas tenho certeza que vamos achar respostas com eles” falei, e sem pensar, coloquei a mão em seu ombro, como se quisesse o confortar, ele me olhou de relance, parecia ter enrubescido com meu toque...achei até fofo.

Entrávamos nos campos com o trigo já alto, ninguém estava andando por aquelas bandas no momento e eu estava começando a ficar com medo pelo excesso de silêncio, agora eu entendia porque Jungkook queria companhia.

A carruagem parou logo na entrada da floresta e descemos.

“Você tem ideia de onde eles se escondem pelo menos?” perguntei, olhando para as florzinhas dançantes que haviam crescido por ali.

“Na verdade, não exatamente, se eu soubesse meu pai já teria os atacado em seu próprio covil” ele falava, andando um pouco mais para perto da floresta.

“Então você não sabe onde fica? Se os seus soldados passaram anos tentando achar, o que te faz pensar que os acharemos em uma noite?” falei com a mão na cintura.

“Eles atacam quem entra na floresta à essa hora, podemos nos render e dizer que só queremos conversar” ele falou na boa.

“Da hora...precisamos ser pegos por eles...então eu estou caminhando pra minha morte!” falei pondo a mão na cabeça.

“Eu nunca mais vou ver minha família! Nunca mais vou dar tapas na cabeça da minha irmã! Nunca mais vou poder ir no boliche com a S/a! Nunca vou poder provar pro Silva que eu posso passar em história! Nunca vou me vingar daquela mulherzinha chamada Joana que arruinou minha reputação no colégio!” eu iniciava minhas lamentações fúnebres antes de me suicidar na floresta.

“Você é mais dramática do que eu imaginei” ele disse rindo.

“Você ainda ri! Isso não é engraçado Jungkook! A gente pode...” eu encenava com as mãos como uma verdadeira louca, mas ele pegou meus braços os imobilizando, me interrompendo.

“Eu não vou deixar que nada aconteça com você” ele falou, e foi tão bonito que eu parei no mesmo instante, percebendo que ele levava consigo uma espada escondida num compartimento secreto da carruagem, algo me dizia que ele já havia preparado sua fuga do palácio há tempos atrás, mas nunca teve coragem de fazê-lo.

Nosso olhar se sustentou por alguns segundos, eu não conseguia parar de olhar para aqueles olhos azuis fofos e aquelas covinhas sedutoras...de repente ele percebeu que estava muito perto e se afastou...infelizmente...

Espera! Por que eu estava triste por isso?!

Pelo menos eu me acalmei depois de suas belas palavras.

Entramos na floresta...Onde os groods estavam nos esperando.


Notas Finais


Espero que tenham gostado amores s2


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