História O Príncipe e o Grood (Imagine Kim Taehyung e Jeon JungKook) - Treinamento Indesejado

“Não vai ter casamento?!” perguntei, desacreditada.

“Não mais” ele sorriu.

“Como convenceu seu pai disso?!” quase gritei, alegre.

“Não o convenci, fui até o quarto dele ontem mesmo depois de nossa...conversa” ele quase riu. “Ele está soprando fogo pelas narinas por causa disso mas não pode me obrigar a assinar o contrato, antes eu não tinha porque recusar, era uma aliança, mas você meu deu motivos pra negar...e além do mais estou trabalhando no nosso plano...logo ele não estará mais aqui para fazer decisões por mim” eu queria não ter sorrido que nem uma idiota, mas eu o fiz.

“Mas...e quanto minha casa? Quando você for o novo rei e a vingança dos groods ter acabado eu vou voltar...” falei, voltando a ficar triste.

“Não sei o que o futuro reserva pra nós minha bela S/n, mas eu quero aproveitar o quanto ainda estivermos juntos, quero te aproveitar enquanto ainda posso tê-la nos meus braços e se tudo der certo, encontraremos um jeito de ficarmos juntos” tudo bem, aquilo não era uma resolução pro problema, mas e daí?! Foi tão lindo! E agora que ele tinha dito que tinha acabado com Lisa eu sentia que ao menos podia ficar com ele ali, no nosso pequeno “pra sempre” juntos.

“Quero fazer de você minha rainha...” ele disse, colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha olhando para os meus lábios, sua presença era tão vibrante que eu mal podia me mover.

“Quero que você seja a razão pela qual irei querer voltar pra casa depois de um dia cheio de trabalho e política pesada...” ele dizia em minha orelha.

Apertei o braço dele, ele estava tão perto.

“Você me faz querer cometer loucuras senhorita S/n” ele continuou com seu trabalho de me seduzir e eu não aguentei mais estar tão próxima dele e não poder agradecer por ele ter sido tão bom comigo até hoje...meu príncipe de verdade...

“Eu quero você” sussurrei de volta, tocando em sua maravilhosa covinha, ganhando seu rosto pra mim.

Toquei seus lábios, agora mais confiante porque sabia que era certo e que ele podia ser meu agora.

Sem olhar e muito desajeitado, ele colocava a tocha em um apoio que estava nos túneis, ri entre os beijos.

Quando eu começava a desabotoar os botões de seu terno para o sentir melhor em mim, ouvimos um barulho do lado de fora.

Era uma voz feminina que parecia muito zangada...familiar...aguda e irritante...

“Lisa” dissemos em uníssono, rindo logo depois disso.

“Acho que teremos que sair pela parte de dentro através dos túneis” falei, decepcionada por ter parado nosso beijo.

“Ela só chega nas melhores horas” riu Jungkook, ao falar sobre sua EX! noiva.

“Eu odeio a voz dela” confessou ele, enquanto me guiava pela mão com a tocha pelos corredores obscuros que ele conhecia bem desde criança.

Chegamos rápido demais e eu percebi que quando atravessássemos porta adentro teríamos que nos separar, não poderíamos mostrar nosso afeto em  público, até mesmo por um pouco de Ética com Lisa que teria sido trocada por mim tão rápido.

Antes que eu saísse para fora Jungkook me puxou e me abraçou pelas costas, beijando meu ombro.

“Não quero te deixar ir” ele falava.

“Não quero ir” confirmei com toda sinceridade.

“Então não vá” ele me virou, apertando minha cintura, me puxando para perto dele. “Termine seu trabalho com os botões de meu terno” ele disse, todo malicioso.

Ri, com cócegas. “Você está muito assanhadinho Vossa alteza...pra quem iria beijar só depois do casamento” rimos.

“Pretendo fazê-la minha esposa” ele afirmou, me chocando e me fazendo parar sem ter meu raciocínio de volta...eu com certeza toparia isso, tudo para ficar com ele, até esqueci um pouco os empecilhos que me diziam que eu era nova demais e que iria voltar só pra pensar no agora e no que eu diria se não tivesse que pensar naquelas coisas.

“E se um dia isso acontecer serei a mulher mais feliz do mundo” vi os olhos dele brilhantes e felizes.

“Sabe que não podemos ficar mais, você ainda tem suas coisas chatas de príncipe pra fazer e eu tenho que me preocupar com o plano e com meu treinamento” seu sorriso desapareceu no momento em que eu mencionei o treinamento.

“Ah para com isso...” falei sorrindo. “Eu só preciso de um príncipe em meus braços” e ele sorriu com isso.

“Quando poderei te ver de novo?” ele perguntou, me tendo contra ele.

“Hoje à noite, depois da reunião com os soldados” hoje Jungkook faria uma reunião com os soldados para convencê-los a não lutar por Jeon e eu estaria presente ajudando ele com isso.

“Vai ser um massacre te ver e não poder te ter” ele dizia, fechando os olhos e me cheirando.

“Eu sei” aproveitei por último seu cheiro de tázias, dando um beijo rápido nele. “Mas a vontade vai te fazer voltar pra mim” e assim me desvencilhei de seus braços indo embora, olhando para seus olhos maravilhosos e agora mais vivos ao cruzar o corredor.

E agora eu podia dizer que tinha realmente um príncipe encantado.

+++

Tudo parecia ser um sonho.

Um sonho que acabaria em alguns dias.

Comigo gritando.

Igualzinho no meu outro sonho.

Eu tinha a completa consciência de que aquilo teria que acabar mas eu queria ter algo assim, mesmo que fosse só por dias, pelo menos uma vez na minha vida com alguém, e se esse alguém era um príncipe que eu conheci numa outra dimensão qual era o problema?

Eu iria aproveitar cada segundo.

E eu fui pensando nisso, sorrindo, pensando em Jungkook ao chegar até a floresta para o meu primeiro dia de treinamento. Hoje estava sendo um dia ótimo e eu não queria estragar ele com uma espada perfurando minha canela ou algo assim, eu estava com bastante medo de Taehyung usando uma espada perto de mim.

 “Está atrasada” ele disse, sentado em uma pedra prateada da floresta, se apoiando em sua espada.

“Nossa senhor pontual!” falei. “Como se você nunca tivesse se atrasado na vida” debochei, pisando em um galho e tirando uma folha que bateu na minha cara.

“Eu nunca me atraso” disse ele, convencido, se pondo de pé e empunhando a sua espada.

“Ou...Ou....ou, ou, ou, ou, que que é isso bonitão? Cadê o treinamento? As dicas? Por que já está apontando uma arma pra mim?” falei com as mãos pra cima me pondo pra trás, sentindo calafrios e adrenalina começarem a percorrer por meu corpo.

“Isso se chama demonstração” dizia ele, fazendo manobras com a espada com muita naturalidade.

“Você luta desde criança, como quer que eu tenha alguma chance contra um cara com o dobro da minha altura e três vezes a minha força se eu nunca fiz isso na vida?” falei, me desesperando com a arma tão próxima.

“Relaxa” ele comentou, jogando a espada para mim, incrivelmente consegui pegá-la mesmo tendo meus naturais reflexos lerdos. “Eu preciso ver como você reage para dizer o que está errado” explicou. “E você não deveria estar tão sorridente comigo apontando uma arma pra sua face” comentou, me dando a primeira investida que me fez pular pra trás, sem usar a espada, ô negócio pesado!

“É, hoje é um dos poucos dias que me senti feliz por aqui” falei, sincera, tentando avançar nele com a espada, mas a realidade foi mais eu arrastando a arma até ele levando uma suspensão da espada de Taehyung para me ajudar com a minha.

“Algo me diz que tem haver com Jungkook...” ele supôs, e me impressionei com o quanto ele percebia as coisas.

“É...” falei, agora com a espada no ar e lançando contra ele que com um simples empurrão a jogou fora de minha mão.

A peguei rapidamente e lancei em seus pés, mas ele se desviou pulando.

“Acho que ele tem muito a ver com meu sorriso” continuei, enquanto Taehyung pisava em minha espada e lançava a sua contra meu pescoço, dizendo palavras perto de mim.

“Ele te convenceu rápido” soltou, me deixando intrigada.

Ele me deixou levantar e eu empunhei a espada novamente, tentando ignorar seu peso, mas vamos lá pessoal eu tô de saia longa aqui!

“Como assim?” exigia uma explicação enquanto ele investia novamente contra mim, passando perto de minha orelha, me gelando. “Só acho que a gente devia começar com espadas de mentiri...”

“Num dia você chora por ele” outro lançamento de espadas. “No outro ele te beija” agora perto de minha barriga. “Diz que tudo acabou com sua ex” e a última triunfal, quase realmente me machucando, o que me assustou. “E você acha que teve seu final feliz”

Me enfureci. “Como você sabe se ele me beijou?!” perguntei furiosa, lançando a espada contra ele sem progresso.

“É a cara dele...príncipes costumam implantar sonhos nas garotas para viverem suas próprias fantasias com elas” agora eu estava soltando fogo pelas narinas.

Investi com tudo minha espada nele e nós conseguimos cruzá-las, o empurrei, sabendo que ele tinha permitido.

“Jungkook não é desse tipo!” esbravejei enquanto ele me jogava com a espada pra longe.

“E você não é do tipo dele” ele disse, como se fosse um cupido ou o mestre do amor.

“E quem é você pra dizer isso?” investi no ar. “Nunca se apaixonou na vida!” gritei, tentando novamente, sem êxito.

“Não fale do que não sabe, docinho” ele voltou com aquele apelidinho ridículo.

“Eu não sou seu docinho!” gritei, investindo o mais forte que eu podia a espada nele, mas ela foi tirada de mim e só me restou Taehyung com seus olhos verdes me fitando.

“Cansei desse treinamento!” gritei, chutando a espada pra longe e começando a andar de volta pro castelo.

“Você mal começou ele, preciso te dar dicas de como não deixar os sentimentos interferirem na batalha” e aquilo me fez parar e cruzar os braços de costas pra ele.

“Você está querendo dizer que por ser uma mulher não consigo separar o profissional do sentimental?” perguntei, ainda furiosa com Taehyung por estar levantando hipóteses impossíveis sobre Jungkook! Na minha frente!

“Entenda como quiser” e assim me virei pra ele, me dirigindo até a espada e fazendo muito esforço pra não bater naquele grood arrogante!

“Vamos lá...técnico” falei irônica e com raiva. “O que eu preciso melhorar?” me fingi de boa aluna e tentei prestar atenção.

“S/n, isso não é brincadeira! Eu estou tentando ajudar a salvar sua própria vida!” ele falava, como se estivesse dando esmola a uma mendiga.

“Se você não está disposto a tentar ajudar a pobre moça indefesa, então eu posso encontrar outro!” fui grossa, olhando em seus olhos.

Ele bufou. “Tá...se você quer continuar com essa sua birra toda pode continuar, eu vou fazer o meu trabalho” ele falou, pegando sua espada também.

“Primeiramente, você parece um bêbado lutando” ele dizia, quase me fazendo rir, não, eu não posso rir! Eu tô dando um gelo aqui corpo!

“Tudo bem que suas mãos e pés são pequenos” o fitei com meu olhar mortal. “Bem, você pode usar isso ao seu favor, fique perto de seu oponente se ele for maior que você, como eu” ele demonstrava.

“Use a espada desta maneira” ele segurou em minhas mãos demonstrando o jeito certo de segurar.

“E seus pés não podem estar tão juntos, precisa de equilíbrio” ele disse, separando minhas pernas com sua espada, quase me fazendo cair.

“Olha, você podia só ter dito pra afastar as pernas!” gritei.

“Você está muito tensa, tente relaxar um pouco...” ele falava se aproximando. “Lutar é como uma dança, os passos só não são tão sincronizados com seu adversário...” ele explicava de um jeito que me fazia querer realmente aprender, como se fosse arte, um estilo de vida.

“Com um pouco de ginga você se desviará mais fácil do seu oponente” ele demonstrou, pondo as mãos no meu quadril e o balançando.

“Ei!” adverti, me afastando de suas mãos poderosas.

“Eu só estava tentando demonstrar!” ele disse com as mãos pra cima.

“Tá, acho que entendi” falei, me posicionando do jeito que ele havia explicado.

“Quer tentar de novo?” perguntou, e agora que eu já tinha me acostumado com a ideia decidi tentar, a raiva que estava sentindo poderia ajudar na luta.

Assenti.

Empunhei a espada com mais confiança não me importando tanto com seu peso, me lembrei do modo como Taehyung havia me posicionado e coloquei toda raiva que eu estava sentindo só de pensar em poder estar sendo enganada em cima dele.

Meus movimentos estavam mais fortes e precisos, eu estava realmente querendo acertá-lo com a espada. Ainda assim, com nossa dança mal calculada, Taehyung ainda era um grood e ainda tinha treinado desde criança. Eu havia melhorado no que pareciam ter sido uma hora de treino e ele percebeu, mas minha espada caiu depois de alguns minutos na arena com ele.

“Você está bem melhor” observou, olhando para o modo como eu empunhava a espada depois de ter que pegá-la de novo do chão.

“É, eu devo estar bem melhor em pegar espadas do chão” ironizei, dando a espada de novo ao seu dono.

Ele fez um movimento rápido, como que me demonstrando que sabia o que estava fazendo ou simplesmente para se gabar, colocando as duas espadas em cada lado de seu quadril. “Um dia você só verá espadas no chão”

Valeu Taehyung! Belo incentivo!

“Mas serão de seus inimigos diante de você” por essa eu não esperava...ele confiava no meu potencial e era uma das poucas coisas gentis que já havia me dito.

“Obrigada...por confiar em mim” eu disse, bem mais calma do que estava.

Ele se sentou em uma pedra enquanto arrumava seu sapato grood.

“Acha mesmo isso?” tomei coragem de perguntar já que de certa forma eu confiava na palavra dele.

“O que? Sobre o Jungkook?” assenti, ele olhava pra mim.

“Talvez ele não seja igual aos outros...mas eu não posso te dizer nada, afinal não o conheço como você deve conhecer para o defender tanto” e foi como se ele tivesse explodido uma bomba da razão na minha cabeça, ele estava certo...o quanto eu conhecia Jungkook? Não mais do que ele me fazia sentir...não mais do que eu tinha idealizado que ele seria.

“Acho que só o tempo irá dizer” ele finalizou, terminando de arrumar seu sapato.

“Eu tive...um sonho hoje” confessei, esperando que Taehyung pudesse me ajudar com seu significado. No momento em que pronunciei a frase ele parou o que estava fazendo e olhou para mim, tenso.

“Como foi?” perguntou, realmente interessado e focado no que eu estava prestes a dizer.

“Eu estava andando por um corredor escuro, depois vi Jungkook e minha família que estava do outro lado de um abismo, Jungkook construiu uma ponte para que eu pudesse chegar do outro lado e de repente você também estava no sonho, transformou a ponte num tipo de entrelaçado de vários galhos de árvore...Jungkook disse que “a escolha era minha”, então alguém chegou por trás de mim e me enfiou uma espada, pude vê-la transpassando meu corpo...” foi como se eu sentisse o metal perfurando minha pele de novo só por relembrar o assunto.

Taehyung me fitou, mudo.

Passei mais alguns segundos de silêncio constrangedor até que ele resolvesse dizer algo.

“Pode ser um sonho simbólico...sobre seu futuro...seu destino” eu esperava que meu destino fosse melhor do que ser morta por uma espada.

“Bem, eu espero poder mudar isso então” ele fitou o chão por mais alguns segundos, depois olhou para mim.

“...Sim, podemos mudar isso...” seus pensamentos estavam longe, aquele mistério começou a exalar dele de novo.

Ele se levantou e voltou-se para Astridi, que o esperava em um tronco grosso onde ela descansava.

“Adeus, S/n” acenou, já sentado na loba indo embora, me deixando sozinha com meus pensamentos vagueando sem parar, eu estava muda.

“Adeus” eu disse, só para a floresta e eu ouvir em um sussurro que ecoava no nada.

Sentei na pedra que Taehyung havia sentado com mil pensamentos sobre o que estava certo e o que deveria ser errado pra mim. Na pouca razão que ainda me restava me lembrei do encontro secreto que Jungkook teria com os guardas aquela noite e aparentemente eu estava atrasada.

Muito atrasada.

Mas eu não era uma peça tão fundamental naquele jogo, eu era só um apoio, e eu queria apoiar Jungkook mesmo tendo tantas dúvidas implantadas sobre ele agora na minha cabeça.

Será que ele tinha se tornado uma pessoa amarga por dentro por sofrer com o pai? Será que ele tinha segredos obscuros que ele teria feito no castelo? Será que ele tinha os mesmos ideais que eu? Será que ele poderia ser considerado uma pessoa do bem? O que era algo relativamente bom? Eu mesma era boa?

Estava me sentindo como Aristóteles em suas perguntas filosóficas inalcançáveis enquanto andava automaticamente para o lugar combinado.

É óbvio que uma reunião daquelas não poderia ser feita no palácio para que Jungkook começasse a mudar a mente dos soldados contra Jeon.

Andei até o local me lembrando de quando Jungkook havia me contado onde seria o encontro, e de como os soldados tinham ficado com medo como menininhas, e como o sorriso dele tinha me feito esquecer de todo o resto.

Ele tinha esse poder comigo e eu já não sabia se aquilo era bom ou não.

Mesmo sabendo que a floresta era um labirinto, não era tão difícil encontrar o lugar, afinal um bando de homens uniformizados e com armas não são tão bem camuflados com a floresta.

No meio deles avistei Jungkook...belo como sempre em suas vestes de príncipe, tentando parecer poderoso o suficiente para que os soldados ali presentes pudessem confiar em suas palavras. A voz dele me acalmava pois eu sabia que ele estava por perto, sabia que era aquela mesma voz que me disse que me queria como esposa...que bobo pensar que aquilo daria certo.

Fantasias de crescer quando eu era criança e ser uma princesa de verdade...tudo tão surreal...um sonho. Eu poderia dizer que estava vivendo meu próprio pesadelo, afinal eu tinha que voltar.

“...porque glória, honra e poder podem ser conquistados por qualquer homem, mas poucos sabem como usá-lo” a voz de Jungkook começava a fazer sentido. “Horas extras de trabalho e o dobro da atenção de vocês não adianta nada enquanto o castelo está tão vulnerável...e por que alguém deixaria a segurança tão fraca assim?” seus olhos de repente pararam em mim, me fitando de longe já que eu era uma das últimas, ele sorriu, se encorajando a terminar.

“Jeon pode até ser meu rei, mas há muito tempo não o considero como pai...rumores sobre um ataque contra ele por seu próprio filho podem acontecer e eu sei disso...mas decidi chamar por todos pois confio que nós podemos ter uma Glorius melhor...e creio que planejar uma guerra contra os groods não trará a paz que todos vocês foram chamados para manter como soldados” ele era muito, muito bom com as palavras, deveria ser algo de príncipe.

“No mundo há muitas pessoas que desistem e poucas que fracassam...se não tentarmos nunca teremos algo melhor...e eu preciso que vocês confiem na minha palavra quando digo que os groods não são o problema” ele finalizava os agradecendo por comparecer e os dispensando para tomarem suas próprias conclusões.

Ele estava certo, aquilo geraria rumores e tudo que ele teria era a confiança que o pai tinha nele, que já não era grande...ele correria riscos, ainda mais agora que havia o enfrentado com a história de Lisa...pelo menos foi o que ele disse...

Se metade dos soldados que haviam comparecido aceitassem as palavras de seu príncipe muita coisa já melhoraria, e com  certeza um passo para a paz estaria alcançado. Precisávamos que a voz de Jungkook fosse suficiente.

A multidão se dissipou, Jungkook veio até mim com seu sorriso irresistível e seu abraço caloroso.

“Pensei que você não viria” ele disse, ainda me abraçando.

“É...tive uns problemas no treino” falei, me afastando do abraço contra minha vontade.

“Taehyung fez alguma coisa com você?!” ele perguntou, agora sem o sorriso.

“Não...” consegui dizer, e vi que ele tinha percebido que algo estava errado comigo.

“Você está bem?” perguntou, pondo as mãos em meu rosto, o levantando.

Eram tão azuis...seus olhos...

“Vossa alteza!” gritou um dos soldados, nos afastando e correndo até ele. Ele respirava com muita dificuldade e quase não conseguia dizer o que pretendia.

“O castelo...foi...atacado...os groods” ele dizia em meio a sua respiração irregular.

“O QUE?!” eu e Jungkook gritamos em uníssono.

Os groods haviam atacado o castelo ?!