História O Príncipe e o Grood (Imagine Kim Taehyung e Jeon JungKook) - O Destino Começa a se Cumprir

Acordei em uma cama macia com um cobertor quentinho e marrom me cobrindo, minha mão também estava quente, alguém a segurava.

Só consegui distinguir onde estava depois que vi as paredes e a cama feitas de madeira. Quando vi que estava vestida com uma roupa feita de folhas não tive mais dúvidas.

Eu estava na toca grood...se eu estava lá e a toca ainda existia, queria dizer que meu esforço tinha valido à pena.

Os groods venceram a guerra.

Quando meu olhar se estabilizou consegui focar em quem estava ao meu lado, como minha mão suava isso queria dizer que essa pessoa estava ali há muito tempo.

Quando comecei a me mover, vi um sorriso.

Um sorriso lindo.

Era Taehyung.

“Você acordou” ele disse, se ajeitando na cadeira que mantinha ao meu lado.

“Taehyung?” perguntei, porque era bom demais pra ser verdade, ele estava bem, estava vivo.

Seus olhos...que olhos lindos, aquele brilho que eu sempre amei havia voltado, ele tinha curativos em algumas partes do corpo mas estava vivo e era isso que importava.

Passei a mão em minhas costas, havia um curativo de folhas no meu ferimento e eu já não sentia mais dor.

“Se sente bem?” ele perguntou em um tom de esperança.

Assenti levemente, sorrindo.

“A guerra?” perguntei, esperando que fosse o que eu pensava.

“Acabou S/n...estamos livres” ele dizia, com um tom de alegria na fala. “Depois que você voltou desmaiada fomos ver o que tinha acontecido lá dentro, encontraram Jeon...depois que anunciamos que o rei deles havia morrido os soldados perderam as esperanças, uns fugiram e os que ficaram...morreram, Jungkook voltou ao castelo para resolver as questões políticas em aberto, ele não queria deixar você mas foi preciso, ele vai deixar tudo muito claro para o povo, vai explicar o que realmente aconteceu e, como novo rei legítimo, vai extinguir nosso banimento e poderemos voltar a ser livres de novo” eu sorria ouvindo a história.

“Mas e Lisa? Golias?” perguntei, já que os dois também estavam envolvidos.

“Fugiram assim que souberam que seu único aliado ao reino falido havia morrido, decidiram ir embora antes que a ira de Jungkook caísse sobre eles...”

“Zeny? Jimin e Alexa? Estão todos bem?”

Ele assentiu. “Sim, Zeny adorou a vida na aldeia, disse que fez muitos amigos por lá, Jimin e Alexa estão aqui com os outros groods, só não fizeram uma festa porque você ainda não tinha acordado”

“Espera...deu tempo de você ir visitar Zeny na aldeia? Quanto tempo eu dormi?” perguntei confusa, pelo jeito eu hibernei.

“4 dias” ele disse. “Fiquei preocupado” as coisas do dia da guerra ainda rodavam em minha mente, eu me lembrava de tudo até cair no chão.

“E você?” perguntei me sentando, pondo os pés para fora da cama na direção dele, o olhando melhor. “Como está?”

“Eu estou bem...” fiquei ali, o admirando por alguns minutos, vendo o homem maravilhoso que estava na minha frente, o que tinha me defendido com a vida após me ver em perigo.“Seus olhos...voltaram” falei, passando a mão levemente por seu rosto, ele apreciou de olhos fechados.

“...Eu não sabia o que fazer, quando eu o vi te machucando eu...me senti impotente, a força não era minha, eu estava fraco, te ver em perigo me deu forças pra lutar” sorri, querendo muito beijar seus lábios vermelhos, mas eu ainda não tinha entendido porque ele tinha parado de falar comigo no dia seguinte à festa da Mayara.

“Por que você estava estranho depois...da noite da festa? O que aconteceu?” juntei coragem para perguntar e esperava que fosse algo que eu pudesse consertar.

Ele bufou, colocou as mãos nas pernas e olhou para o teto, como que juntando forças para me contar.

 “Foi no domingo à noite...no dia em que você não estava com a gente” a palavra ainda era diferente pra ele, dava pra ver pelo jeito que pronunciava. “Etérica veio me visitar...” me contraí, aqueles cachinhos sempre estragando tudo...

“Ela me desencorajou completamente em relação a você, disse que você nunca me escolheria e que meu destino ainda era se casar com a filha do general...Alexa” ele falava, franzi a testa.

“E então...ela me mostrou uma visão do futuro...de você e Jungkook...vocês estavam em uma das celas da caverna subterrânea e eu o via com a mão em seu rosto, você sobre a dele dizendo que ia sempre amá-lo e que ele era muito importante pra você...depois a visão acabou e Etérica me disse pra pensar bem voltando para Glorius...acho que foi ela que resolveu acelerar a nossa volta para a terra...ela nos chamou de volta à Glorius” Mas que...MANIPULADORA DUAS CARAS!

Ela só mostrou a parte da visão em que eu me despedia de Jungkook, ocultando a parte em que tínhamos terminado tudo, ela estava mostrando só o que ela queria que Taehyung visse para que ele perdesse as esperanças em mim!

“Eu achei que aquela noite tinha significado alguma coisa pra você...mas aquela visão me destruiu, então eu achei melhor te deixar longe” então voltou a olhar pra mim. “Então quando eu te vi em perigo, quando você disse na caverna que me amava...de repente eu esqueci de tudo e só o que importava era te salvar...” ele tentava evitar olhar pra mim, nunca tínhamos conversado sobre sentimentos antes assim, abertamente.

“Taehyung, a visão que ela te mostrou foi manipulada” expliquei, ganhando a atenção dele. “Eu realmente disse isso à Jungkook mas foi enquanto eu estava terminando com ele” ele pareceu surpreso. “Eu disse que tudo o que tínhamos passado foi muito significativo, que eu sempre iria amá-lo...como amigo e que não queria magoá-lo...mas que eu não podia enganá-lo mais já que...”

Seus olhos brilhantes prestavam atenção em cada palavra. “Já que eu te amo” falei novamente, dessa vez sem pessoas querendo me matar do lado, sincera, me libertando da verdade escondida, quase igual a Sardes, mas sem ninguém me obrigando a dizer tal coisa.

Taehyung demorou alguns minutos digerindo aquela frase e depois me deu um dos seus famosos sorrisos de canto.

“Você não sabe quanto tempo eu esperei para que me dissesse isso” e então colocou sua mão em meu rosto, me puxando para o beijo mais doce que já recebi na vida. Ele pulou para minha cama para ficar mais próximo à mim, segurou em minha cintura  para me levar mais perto dele, dessa vez ele usava suas roupas de grood e eu sempre quis sentir as dele em mim.

Eu estava tão desesperadamente perdida nele que mal percebi que eu já estava deitada em cima dele na cama. Quando tentei enrolar minha mão em seu quadril ouvi uma batida na porta.

Parei o beijo, Taehyung bufou, revirando os olhos.

“Quem é?” perguntou, de má vontade.

“É o Jimiiinnnn” cantarolou ele, atrás da porta.

Nós queríamos não rir mas rimos, senti a barriga de Taehyung se mexer, o que queria dizer que eu ainda estava em cima dele.

Saí, me sentando normalmente.

“Jimin sempre chega nas melhores horas...” falou, indo abrir a porta.

“Me parece que a S/n tá bemmm melhor” ele deu ênfase, quase rindo, Taehyung segurou a porta com uma mão, se apoiando na parede com outra.

“Fala logo” pediu, de onde eu estava mal consegui ver Jimin direito.

“Foi mal atrapalhar a “conversa” de vocês” ele dizia, todo brincalhão como sempre. “Mas seu pai quer falar com você sobre as tropas ilesas” ele dizia, se o pai dele, o mesmo general que eu me lembrava que era, fosse quem estava chamando, não deveria ser uma conversa amigável depois de tudo que aconteceu, com a guerra, com o banimento dele, inclusive eu nem havia perguntado sobre isso ainda, esperava que ele tivesse sido perdoado.

Taehyung olhou pra mim e eu assenti sorrindo, era o pai dele e pelo que ele me disse ele passou esses quatro dias inteiros ao meu lado, não seria um crime ele se distanciar por uns momentos. “Tá, já estou indo” e então com um olhar preocupado, ele deixou o meu quarto.

Não fazia ideia do que aconteceria agora.

Pelo que eu tinha entendido eu havia cumprido meu destino aqui e isso queria dizer que eu tinha que ir embora. Não fazia ideia de como seria o futuro e nem de como eu poderia voltar pra terra e deixar Taehyung aqui ou viver aqui com saudades do meu mundo.

Mas decidi me dar um tempo, afinal eu tinha passado por muita coisa nesses últimos dias e merecia um descanso.

Me levantei um pouco para me alongar, parece que ficar desacordada 4 dias faz com que seu corpo clame por uma mexidinha e isso nunca havia acontecido antes, dormir sempre era a melhor opção, tá vendo o que a doença faz com a gente?

O quarto era simples, uma cama, um guarda-roupa, um espelho e uma pequena mesa de centro que obtinha alguns pequenos livros em cima, deveria mesmo ser um daqueles quartos de hóspedes nunca usados, fiquei imaginando como seria um quarto de um verdadeiro grood, cheio de memórias das batalhas ganhas, escritas arcaicas clamando por vitória, peles de animais como tapetes e muitas folhas pelo chão, sei lá, eles gostavam mesmo de folhas.

Ou talvez não tivesse mais nada pra fazer de tecido mesmo.

Ainda me lembrava da noite em que Jeon tinha morrido em minhas mãos...o ardor que ele me fez passar ao encostar aquela espada quente em mim, em toda dor que fez Glorius e sua família passar, ele merecia aquilo.

Ainda assim me sentia incompleta, mesmo sabendo que tudo tinha se cumprido, que tudo estava certo, eu tinha me concertado com Taehyung e Jungkook, tinha matado Jeon, o castelo estava a salvo, os groods estavam quase livres do banimento.

Não tinha porque estar assim.

Os livros contavam um pouco mais sobre a história dos groods, desde o nascimento do primeiro por um “capricho da natureza com os humanos”, até a guerra que os destruiu e os baniu do reino.

Não sei se eu já contei pra vocês.

Mas eu odeio história.

Então é óbvio que eu não continuei a ler, mas o tempo não parava de passar e eu queria muito sair do quarto pois já haviam se passado algumas horas e o tédio estava me incomodando. Quando realmente pensei em sair, sabendo que iria levar uma bronca, já que eu supostamente deveria ainda estar repousando, alguém bateu na porta.

Me sentei rapidamente na cama pra parecer que eu nem tinha vasculhado nenhum guarda roupa de salas de hóspedes alheias e pedi que quem quer que fosse entrasse.

A porta se abriu e logo vi Alexa entrando e fechando a porta atrás de si.

Sorri levemente, a convidando para se sentar na cadeira ao meu lado.

Ela estava curada, alguns lugares de seu corpo tinham curativos, seu cabelo estava novamente preso em uma trança e ela obtinha um olhar daqueles que já me diziam que teríamos muito o que conversar.

“Então, como está?” ela perguntou, com uma face neutra, não fazia ideia do que se passava por sua cabeça agora.

“Bem...eu acho” tirando a parte em que eu matei alguém e fui ferida com uma espada em chamas.

“Que bom” sorriu, quase imperceptivelmente. “Vi que você já deve ter se acertado com Taehyung também, ele saiu bem mais feliz do que nos quatro dias que passou aqui dentro” ela dizia, me fazendo assentir em uma alegria estonteante.

“Parece que você não seguiu meu conselho” meu sorriso caiu, ela tinha razão....ela tinha me avisado sobre aquilo e sobre como eu estava errada, e no caso eu já tinha admitido pra ela que tudo tinha acabado entre nós enquanto éramos reféns...que droga S/n!

“Desculpa Alexa....eu sei que em partes você está certa, mas não consegui me afastar” tentei dizer a verdade, talvez ela aceitasse naturalmente.

“Você sabe o que acontece agora, não sabe?” ela perguntou, virando o rosto e se levantando, estava chateada.

“Acho que vou pra casa...” falei, de repente me sentindo frustrada.

“Não, não ainda” ela parecia saber mais do que eu pensava. “Muita coisa aconteceu nesses quatro dias S/n” ela mexia nos livros da mesa de centro, como se tivesse os revistando para encontrar falhas, assim como sempre fez em mim. “Etérica está satisfeita com seu êxito, afinal cumpriu seu destino em Glorius” me levantei também para tentar ficar de frente dela, como já disse não gosto de falar com as pessoas sem olhar em seus olhos.

“Falou com ela?” perguntei o óbvio.

“Sim, ela me disse muitas coisas...conversamos muito nesses quatro dias...ela me fez entender que o destino é muito importante” ela soltou um dos livros na mesa de centro e continuou a rondar pelo quarto, inquieta, pensativa.

“Mas nem todos estão satisfeitos aqui...” ela dizia, passando perto do guarda roupa. “Principalmente o pai de Taehyung...e meu pai” não estava entendendo direito mas eu prestava atenção no silêncio que ela deixava nas pausas que  fazia.

“Logo seremos restituídos ao nosso lugar de direito na vila e muitos dos groods poderão voltar a ser nobres, guerreiros do rei, o novo rei, Jungkook” não me parecia ser nada de ruim. “A guerra acabou mas a política não muda” franzi a testa, cruzando os braços, não conseguia acompanhar seu olhar, ela olhava para o teto, depois para baixo, estava desconfortável com o que me diria. “É como dizem, os jogadores podem mudar mas o jogo continua o mesmo...”

“Como assim?” perguntei, apreensiva.

“Taehyung foi banido por ter ido te ajudar no castelo, por desacatar ordens de Etérica, mas ela decidiu lhe conceder uma segunda chance, ele está de volta à toca, de volta a sociedade grood” sorri, aquela era uma boa notícia, por mais que o ato de Taehyung não tinha nada contra lei ou errado pra mim, já que ele foi o único grood que realmente me ajudou no ataque, eu estava contente por ele não perder a oportunidade de estar com sua família, aqui, na toca.

“Taehyung sofreu ascensão, agora ele é o general líder da toca, apenas uma posição a menos que seu pai” isso era ótimo! Por que ela estava nervosa?

“E subir de cargo exige novas responsabilidades” talvez essa seja a parte complicada. “Etérica foi a escolhida pelos anciãos por um só motivo, ela faz com que destinos aconteçam, com que a ordem do nosso mundo mágico não se altere, as estratégias, as pessoas que reinam aqui e até mesmo grandes coisas como essa guerra, precisavam acontecer, eram nosso destino” outra vez com aquela história! Mas o que tanto eles queriam com esse tal destino?!

“E para que a paz permaneça em Glorius, para que continuemos livres em nosso mundo, precisamos estar fortes, e a única coisa que nos trará isso é uma aliança” me pus em frente dela, a parando, forçando-a a olhar para mim.

“O que você está querendo dizer com tudo isso Alexa?” perguntei, confusa.

Ela ainda sentia dificuldades em me olhar nos olhos.“Você sabe que os groods não tem reis ou rainhas, nossa sociedade é para batalha, os únicos postos bem vistos e altos aqui são os da guerra” ela me fitou. “E Taehyung é um general agora, e eu sou filha de um, logo serei uma, para unir toda nossa família, tanto do norte quanto do sul, precisamos de uma aliança” a olhei assustada, quase gaguejei.

“Um casamento...” eu disse, quase em um suspiro, virando de costas para ela.

“Isso” ela ainda estava nervosa. “Um casamento...” meus olhos começaram a marejar, tudo estava desmoronando.

“Esse sempre foi nosso destino...eu disse à você no templo, eu disse à ele desde o início, não podemos mudar o curso da história, desequilibrar a paz...vocês tem destinos incertos e isso é um perigo” já tinham me dito isso antes, Yoongi havia me dito.

“Por que?” perguntei, com a voz afetada.

“Por que vocês tem inclinação à rebeldia, vocês nasceram querendo quebrar o destino e se isso acontecer, nosso povo será o único a sofrer” lágrimas caíram de meu rosto sem que eu percebesse.“Você e Taehyung não podem ficar juntos, eu tentei acabar com isso antes mesmo que começasse várias vezes, mas vocês não me deram ouvidos” olhei para ela, sua face estava vermelha e ela estava com medo, eu não entendia o porquê.

“E eu tenho certeza que enquanto você estiver aqui Taehyung nunca vai aceitar o que foi proposto a ele desde que nasceu....” ela chegou mais perto, continuando a falar. “E empecilhos para que o destino se cumpra...” sua voz se embargou, ela tremia. “Precisam ser eliminados” de repente uma faca saiu de sua mão esquerda, eu não havia percebido que ela carregava aquilo desde que tinha entrado, quando percebi o que estava realmente acontecendo era tarde demais, comecei a chorar de verdade, não acreditava no que estava acontecendo, era ela.

Era ela a pessoa que eu mal esperava, a que me atacaria, o resto da profecia que não tinha se cumprido...

Alexa podia ser durona por fora mas eu pensei que no fundo ela fosse minha amiga, ela tinha revelado em Sardes que gostava de mim.

“Alexa, não...” falei, pondo as mãos para o alto, indicando que eu não faria nada. “Você não é assim, olhe para si mesma, não queria estar fazendo isso, não queria estar aqui..” minha respiração acelerava, eu não tinha armas para me defender.

“Eu preciso” uma lágrima tinha caído do seu rosto, ela não teria feito isso sem um encorajamento...alguém tinha feito a cabeça dela e eu já sabia muito bem quem era.

“Etérica mudou sua mente, não deixe ela manipular você Alexa!” falei, implorando por qualquer fresta de amizade que tivesse sobrado nela. “Você disse que gostava de mim, lembra? Em Sardes? Era verdade...” falei, suando, o clima estava pesado.

“E eu gosto...mas às vezes temos que machucar pessoas que gostamos para um bem maior” ela estava louca e eu indefesa.

“Taehyung nunca vai te perdoar por isso, o que te faz pensar que sem eu aqui ele realmente vai se casar com você?” falei, querendo ganhar tempo, olhando para todos os lados à procura de algo que eu pudesse atacar nela.

“Ele nunca vai saber...pra ele, você terá voltado pro seu mundo” o jeito que ela falava me dava arrepios, ela não era Alexa, não naquele momento, não a que eu tinha conhecido.

“Mas eu iria voltar pro meu mundo mesmo...você não precisa disso, está na profecia de Etérica, eu vou sair da vida dele de um jeito ou de outro” podia doer mas era verdade, olhei para a porta, ela havia trancado.

“Nunca foi seu destino sair daqui viva” arregalei os olhos, pensei em gritar mas a festança pela liberdade dos groods já havia começado lá embaixo, deveriam ter dito que eu tinha acordado, Alexa sabia, ela sabia que enquanto Taehyung estivesse conversando com o pai ninguém na festa me ouviria, nem viria me ajudar...

“Etérica ocultou a última parte da profecia, afinal se você soubesse que iria morrer no final não faria nada do que fez pelos groods, faria?” raiva estava entalada em minha garganta, eu queria chorar até não poder mais, eles nunca quiseram me tirar daqui...

“Taehyung sabia disso?” perguntei, esperando que não.

“Claro que não, tanto que ele até se apaixonou pelo “ser” que veio nos salvar...se ele soubesse o que realmente iria acontecer...” sua face relaxou, ela estava tomando coragem de usar a faca.

“Ele ainda é metade humano...e humanos são bobos S/n, eles pensam que podem realmente encontrar a felicidade, mas deixe eu esclarecer uma coisa pra você, não existe felicidade na guerra” minhas mãos procuravam incessantemente por algo no móvel perto da cama que pudesse me salvar, eu estava caindo e ela não parava de se aproximar, sua face voltou a ser neutra.

Ela estava preparada para usar aquela faca contra mim.

Então era isso...

Eu fui a escolhida do destino para morrer em Glorius, para me sacrificar pelos groods.