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História O Príncipe e o Grood (Imagine Kim Taehyung e Jeon JungKook) - Memórias Dolorosas


Escrita por: awake_s2

Capítulo 44 - Memórias Dolorosas


Fanfic / Fanfiction O Príncipe e o Grood (Imagine Kim Taehyung e Jeon JungKook) - Memórias Dolorosas

PARTE 2

S/n

Eu nunca havia percebido antes.

Através de cada pequena parte transparente do vidro, as gotas caem, e segundos depois, escorrem para baixo, caindo no gramado, deixando de ser uma gota, agora elas são só...água.

É exatamente assim que eu me sinto, achei que eu era alguma coisa, que eu tinha me tornado uma mulher diferente, mas agora...eu caí, sou só alguém, eu só...existo.

Tenho que trocar de posição às vezes para continuar a apreciar a chuva, ficar horas assim, parada, parecia ser o que eu melhor sabia fazer, depois que deixei de pensar, que decidi não sentir mais, depois que a dor me bateu tão forte que eu comecei a achar mais importante apreciar os pequenos detalhes da natureza como a chuva do que minha própria vida, isso se eu ainda tivesse uma...ficar aqui, parada, não parece ser tão interessante para os que olham de fora.

Mas aqui, olhando através dos meus olhos é o único jeito que encontrei de me sentir mais perto do que um dia eu tinha sido.

Ouvi a porta bater, dessa vez, diferente de todas as outras vinte vezes por dia que ela fazia esse mesmo som decidi permitir que a pessoa do lado de fora entrasse.

Às vezes eu precisava me lembrar que minha escolha havia me trazido algo bom, que eu não havia perdido tudo que eu amava, que existiam pessoas aqui que se importavam comigo, por isso de vez em quando deixava-os entrar para tentar me animar, para mostrar à eles que eu estava bem, mesmo que eu não fosse a mesma.

“S/n, já faz 9 meses” a voz conseguiu atingir meus ouvidos, era raro, eu quase sempre só assentia esperando que não tivessem me feito uma pergunta, meus pensamentos sempre me traíam e voltavam para lá, era como se eu não estivesse realmente aqui.

 “Você não dorme, não come e mal fala com as pessoas que realmente se importam com você” consegui virar minha cabeça e olhá-la, ela ainda era linda, seus cabelos sempre me lembravam o porquê de minhas mechas, mas também de um passado que eu não queria lembrar.

“Está na hora de sair desse quarto, falar com suas amigas, sair um pouco” ela se sentou ao meu lado colocando a mão em minhas costas, me acariciando. “Já estamos no meio do ano filha, já, já você está se preocupando com a formatura, não quer estar desse jeito toda deprimida, não é?” com todo esforço tentei abrir um sorriso, uma pequena fresta se formou.

“Vou tentar” foi o que consegui dizer, minha mãe já abriu um sorriso maior.

“Filha, eu sei que essa fase é difícil...” sua preocupação me deixava triste, ela tentava ajudar mas se ao menos soubesse que não adiantaria...que a única coisa que me faria ser quem eu era estava à mundos de distância...

“A adolescência é uma maré cheia de tempestades e reviravoltas...não sei porque você está assim ou o que aconteceu...não acredito na história da S/a, vocês nunca brigaram na vida” ela sorriu, levantou meu queixo para olhá-la nos olhos. “Seja pelo que você estiver passando, saiba que é só por um tempo, as coisas melhoram, sua vida não está fadada ao fracasso por uma ação ou uma fala, até mesmo uma escolha errada” aquelas duas últimas palavras me congelaram.

Eu tinha feito a escolha errada?

“Só quero que você abra os olhos e volte a enxergar a menina sorridente, divertida e alegre que você sempre foi...vamos, S/a me perguntou se talvez você queira ir com ela ao cinema hoje à noite...posso ver um sim saindo da sua boca?” ela abriu um sorriso maior, ri levemente, quase como um suspiro, fazia tempo que eu não sabia o que era rir.

Assenti, quase de forma imperceptível, ela me deu um abraço, me esforcei para não derrubar uma lágrima em seu ombro.

A porta se fechou e pude voltar a ouvir meus pensamentos de novo, por mais que eu não quisesse.

S/a esteve comigo todos os dias no primeiro mês, tive que distorcer a história novamente mas foi o mais perto que cheguei de desabafar a verdade com alguém.

Para ela eu tinha simplesmente perdido Taehyung e Jungkook, eles tinham ido embora, simplesmente acharam que a vida seria melhor longe de mim. Ela foi compreensiva e muito amiga, todos os dias daquele mês ela esteve comigo tentando me animar, me fazendo assistir séries, comentar sobre livros, ouvir música, ir ao cinema, ao shopping, fazer fofoca sobre os novos alunos que entraram na metade do ano e etc.

S/a foi ótima, mas o problema é que nada daquilo me alegraria. O problema era eu mesma, eu e minha capacidade de ficar sozinha. Depois daquele mês pedi um tempo a ela para que eu pudesse me recuperar. A verdade era que eu não aguentava mais ter que fingir que estava melhorando, sendo que por dentro eu só queria chorar.

A primeira semana foi horrível, eu achava que toda a água de meu corpo tinha sido esvaziada nos dias seguidos em que eu colocava tudo pra fora.

Agora meu choro era imperceptível e invisível, eu demonstrava meu luto pelas coisas que perdi com gestos e ações, meu quarto se tornou minha redoma que separava meu triste e depressivo mundo do alegre e normal que havia do lado de fora.

Todas as noites eu me lembrava dele.

E eram só nessas recordações que apareciam de madrugada que eu voltava a chorar, quando ninguém estava lá para ouvir.

Seus olhos misteriosos e seu toque firme e preciso eram o que eu imaginava ao tentar me confortar, que ele estava ali e que tudo ficaria bem um dia. Mas o problema era que eu nunca tinha amado alguém antes...tantas histórias sobre o poder do primeiro amor que eu ouvia, o poder de alegrar e de tirar sua alma para fora...tudo isso era verdade, enquanto eu achava que era só mais um clichê dos filmes.

Toda vez que acho que não vou aguentar e que talvez eu tenha sido tão burra de ter feito a escolha errada, agarro a pedra que desde que achei tem ficado em volta do meu pescoço.

Eu havia a achado atrás do meu guarda-roupa onde eu tinha escondido sua espada quando Taehyung ainda estava aqui...era uma das pedras que compunham a espada, eu tinha comprado uma pequena corda, marrom escura, que me lembrava a floresta, a enrolei na pedra e desde sempre tem estado comigo, nunca a tiro, era o único pedaço de Glorius que me restava, que me fazia ter certeza de que eu não era louca, de que eu realmente tinha estado em outro mundo.

Ainda me lembro do som da voz de Etérica 9 meses atrás...ríspido, peçonhento e feroz, me mostrando em seu poder negro meus três destinos...eu não queria escolher e principalmente, não queria deixar Taehyung, mas não tive tempo de tentar lutar ou dizer adeus, a resposta simplesmente saiu da minha boca sem eu me permitir.

“Casa” foi o que eu disse em lágrimas abundantes. Em um segundo, Glorius pareceu uma névoa grande e embaraçada em meus olhos e acordei em minha cama, no mesmo lugar onde estou agora. No dia seguinte, achei que tudo poderia ter sido um sonho e que Etérica não teria mesmo feito aquilo...três dias se passaram com esse pensamento até que eu tive certeza de que Glorius não passaria de uma leve recordação em minha mente.

Acho que eu não estava preparada pra dizer adeus a minha família, a S/a, talvez eu não estivesse preparada para viver longe de tudo aquilo que eu já conhecia e que era confortável aos meus olhos, só não sabia que uma escolha minha me deixaria tão abalada por não ter feito outra.

Fui ao porão da escola todos os dias no intervalo das aulas, o livro branco ainda estava lá e Glorius sempre parecia mais perto quando eu o tocava, mas era só aquilo, um livro, já tentei de tudo para fazê-lo me mandar de volta, pesquisei em milhares de contos e lendas mas nada funcionou.

A única coisa que me dava esperanças era a voz de Taehyung em minha cabeça.

“...esse livro é a única ligação que você conhece com Glorius, se levarmos de novo para lá seria impossível voltar”

Queria dizer que se o livro existia ainda era possível eu vê-lo de novo, eu tinha que acreditar naquilo, pelo meu próprio bem, mas minha obsessão foi além dos limites e até S/a me repreendeu por ir tantas vezes ao porão em busca do que para ela, era nada.

O que ninguém entendia era que aquele livro era a única ligação que eu tinha com ele...a única coisa que me faria ouvir sua voz de novo.

“Eu te amo” uma lágrima escorreu em meu rosto novamente. “E é só disso que você precisa ter certeza agora”

A limpei de forma rápida e decidi me levantar e tomar um banho...era hora d’eu tentar melhorar.

A noite já havia chegado e S/a estava do lado de fora me esperando na tentativa de uma animada ida ao cinema. Prometi a mim mesma que desta vez eu ia realmente tentar. S/a merecia isso, era a única amiga de verdade que eu tinha e eu entendia o quão triste e confusa ela estava, me pondo no lugar dela eu sentiria o mesmo. Eu devia isso à ela, devia tentar.

Meu jeans estava perfeitamente combinado com minha blusa leve branca detalhada em renda, meu cabelo incrivelmente liso e bem penteado, clareando até a ponta nas mechas.

Minha pequena bolsa estava em meu ombro direito, tomei cuidado para não usar a mesma de quando...enfim, fazia tempo que eu não ia à algum lugar, esperava que o ar fresco me fizesse esquecer um pouco de mim mesma, só por aquelas horas até que eu pudesse voltar ao meu quarto e de madrugada, ouvi-lo falar.

Desci as escadas em lentidão, minha família estava toda reunida na sala e abriram belos sorrisos quando me viram, nesses últimos 9 meses eu só saia do quarto para ir à escola.

“Viu? Eu disse que ela vinha” sussurrou minha mãe a meu pai, como se tivesse ganhado algum tipo de jogo, ela havia conseguido um novo emprego e estava no novo escritório à um mês atrás, fiquei feliz por ela, meu pai estava o mesmo de sempre, indo ao trabalho cedo e assistindo aos jogos de futebol até tarde da noite em seu jeito calmo e doce, completamente atrapalhado.

Até minha irmã, S/i, tinha dado um tempo nas brincadeirinhas e xingamentos, ela percebeu que eu realmente estava mal e a vi se preocupar, no fundo ela me amava assim como eu a amava, aqueles sorrisos aqueceram meu coração de um jeito incrível, eles eram os únicos que me faziam ter vontade de continuar a viver.

Dei um abraço em cada um e um beijo, me despedindo e me dirigindo até a porta.

“Estamos orgulhosos filha” meu pai disse ainda sorrindo, com os olhos brilhando de felicidade.

“Você está bem melhor, aquela cara de zumbi atropelado não combina muito com você” soltou S/i e eu dei uma pequena risada, eu ia sentir falta disso se eu...vocês sabem.

Acenei um tchauzinho e abri a porta, S/a estava lá em sua face extrovertida e alegre, seus cachinhos castanhos pulavam junto com ela e a saia de seu vestido arco-íris rodava pra lá e pra cá com o vento, ela me alegrava só com suas roupas excêntricas, tinha sentido sua falta, talvez tenha sido um erro eu ter me afastado tanto.

“E aí S/n?!” ela quase gritou, me dando um abraço, fechei a porta de supetão atrás de mim e abri um sorriso. “Senti tanto a sua falta garota! Não faz mais isso comigo!” ela continuava a exclamar, enrolando meu braço com o seu e começando a andar pelas ruas nos direcionando ao cinema, o shopping era perto de minha casa, talvez em dez minutos chegássemos lá.

“E aí? Como você está? Melhor? Achei que nunca mais iria poder ver minha amiga de novo” ela dizia em um tom mais baixo, eu realmente tinha a chateado, senti que precisava dizer alguma coisa, talvez me desculpar.

“Sim...” não, eu não estava melhor, mas eu disse que iria tentar. “Me desculpe...eu não deveria ter...” ela me abraçou novamente com os olhos marejados, abanando o rosto rapidamente não querendo borrar a maquiagem.

“Deixa isso pra lá! Estamos numa nova era! Sem garotos! Sem namorados! Sem rolos! Vamos ser só você e eu contra o mundo!” as pessoas já começavam a olhar pra ela no meio da rua estranhando a maluquice de S/a, mas pra mim isso era natural da existência dela, sorri.

“E então, que filme você vai querer assistir? Já sei! Nada de romances clichês, não, não, você precisa de algo intenso, algo como...ação ou aventura! Eu já sei exatamente qual vamos ver! Aquele lá com o Vin Diesel sabe?!” na verdade eu não sabia, fazia tempo que eu não via as novidades cinematográficas.

“Aff, aquele diretor é um máximo! Aliás, você ficou sabendo que o ator que ele tinha contratado foi preso?!” ela dizia, uma informação atrás da outra, tinha me esquecido um pouco de como ela gostava de falar. “...E aí a Gigi começou a enlouquecer porque o shorts dela literalmente tinha rasgado enquanto ela dava uma de ginasta fazendo estrelinha! A bunda dela está em todas as redes sociais no momento” o que? Estávamos falando sobre Vin Diesel, como acabamos com a calcinha rasgada de Gigi? Eu tinha feito de novo...parei de ouvir no meio da conversa.

Depois de mais cinco minutos de conversa sem parar consegui me atualizar sobre algumas coisas da escola, como por exemplo que o técnico Ferreira tinha tido um caso secreto com a tia da faxina, Joana tinha arrumado outras meninas pra infernizar já que eu não ligava mais, Silva tinha quebrado o baço fazendo aula  de pole dance (Quase caí na gargalhada com essa, aquela careca teve o que merecia), mas ele incrivelmente NÃO ia parar de dar aulas!! Ele disse que estava incrivelmente apto para explicar a matéria em sua cadeira de rodas. Nunca me livraria de sua maldade.

Esperamos mais 15 minutos na fila enquanto S/a comprava nossos ingressos para o tal filme novo do Vin Diesel, o qual eu nem fiz questão de ler a sinopse ou saber direito o nome, eu esperava na fila das pipocas que estava incrivelmente demorando demais.

S/a voltava saltitante com os ingressos e roubava alguns olhares curiosos para sua saia chamativa, nunca a  vi  se importar de verdade com o que as pessoas pensavam sobre seu estilo...diferente. Então ela olhou para minha mão.

“Você gosta mesmo desse colar, não é?” nossa...eu nem havia percebido tê-lo tocado, foi involuntário...como se eu o estivesse procurando para estar ao meu lado, eu fazia isso sempre desde que voltei.

Parei de mexê-lo instantaneamente e olhei para ela, eu não havia dito qual era o significado ou valor que aquele colar tinha pra mim, se eu dissesse duvido que S/a me deixaria usá-lo, ela é daquelas que já passou por términos incontáveis (principalmente com o cara que a trocou pelo seu gato de estimação), então ela realmente queria me fazer esquecê-lo de uma vez por todas...mas era impossível.

“É, gosto” disse, apenas, tentando sorrir pra ela, a fila já tinha andado bastante e eu tinha me esquecido de acompanhá-la, as pessoas atrás já me olhavam torto, corri rapidamente, era minha vez.

Pedi uma pipoca grande e um refrigerante, entreguei o ingresso para o garoto (com a maior cara de bunda do universo) que devia estar lá pelos seus 18 anos, infeliz e sem planos pro futuro, que disse de uma forma cansada, já que já deveria ter feito o mesmo com centenas de pessoas antes de nós, que a sala era a primeira porta à direita.

Entramos e meus pés sentiram o chão acarpetado do cinema, eu havia quase me esquecido como era essa sensação...de estar com outras pessoas.

“Ai...que droga, acho que vou ter mesmo que ir no banheiro antes” disse S/a, ela parecia ter se segurado todo aquele tempo na esperança de passar a vontade e podermos pegar bons lugares na sala, mas acabou não aguentando, eu disse que a esperaria no corredor e sentei em um dos bancos.

Os cartazes continuavam lá anunciando filmes novos, cheios de luzes brilhantes ao redor de cada protagonista que tentava salvar o mundo ou se esconder de um espírito perigoso, mais ao lado se via um novo desenho para crianças falando sobre um tal de zoológico e um pouco mais a direita um personagem em tamanho real tinha a cabeça cortada para qualquer um que quisesse tirar uma foto se posicionasse.

As pessoas andavam pra lá e pra cá num ritmo descontraído, aproveitando a noite e a vida, aos poucos paravam de chegar com o início do filme, senti uma ponta de inveja, eu queria voltar a ser assim, queria voltar a ver o mundo da maneira que todos olham...

S/n.

Olhei para trás, achando que S/a havia me chamado, mas não havia ninguém saindo do banheiro, ela não estava ao redor também, deve ter sido outra pessoa.

S/n.

Ouvi de novo, dessa vez mais alto e claro em uma voz firme e longínqua como se estivesse na minha mente. Olhei para trás de novo só para confirmar...não havia ninguém, todas as pessoas já tinham entrado para as salas, o filme estava prestes a começar.

Preciso que você volte.

Ouvi de novo, dessa vez pude distinguir de quem era aquela voz, me atingiu de forma tão suave e familiar, como se ele estivesse ao meu lado.

 “Taehyung?” perguntei, baixo, me levantando na ilusão improvável dele estar ao meu lado.

Preciso que tente de novo.

Ouvi novamente, meu coração acelerou, minha boca se abriu e meus olhos começaram a marejar, eu nunca havia ouvido a voz dele depois que voltei...Será que...era verdade?

Droga, eu estou ficando louca, Glorius mexeu com meus neurônios.

É impossível, S/n. IM-POS-SÍ-VEL. Repeti para mim mesma, as coisas estavam ruins mas eu não iria parar num sanatório por causa disso.

Preciso de você.

E dessa vez não me atingiu somente sua voz, a face de Taehyung literalmente se formou em minha frente em uma nuvem dispersa, ele estava triste, seus olhos verdes brilhantes estavam avermelhados, quase apagados, parecia ter chorado. A pipoca caiu de minha mão e por pouco não jogo o refrigerante também, fiquei mole, atônita.

Uma lágrima caiu de meu rosto e tentei tocá-lo, mas nesse momento, ele se foi.

“S/n?” virei assustada, achando ser ele de novo, achando que ele estava ali, que tinha voltado. Mas era só S/a me olhando como se eu fosse maluca, pegando a pipoca do chão. Limpei minha lágrima rapidamente.

“Você tá bem? Cara, você tem que tomar mais cuidado, olha só, perdemos metade da pipoca” ela riu, mostrando o pacote. “Tá tudo bem?” perguntou de novo.

Assenti, totalmente confusa.

Enquanto ela me levava para a sala olhei para trás esperando ouvi-lo novamente, mas não...nada...ele se foi de novo.

Segurei em meu colar, a parte dele que havia em mim e entrei na sala de cinema.

+++

Não prestei atenção em nenhum minuto sequer do filme cogitando várias possibilidades para o que havia acontecido minutos antes. S/a voltou dizendo o quanto o filme tinha sido um máximo, por mais que ela quisesse ver mais vezes ao longo dele o protagonista sem camisa e eu só concordava, dizendo que ela tinha razão claro, o filme foi ótimo e camisas deveriam ter sido tiradas mais vezes...

Eu disse que ia tentar e tentei mesmo, mas...não consegui tirar minha mente de Glorius, dessa vez não era minha culpa, Taehyung tinha literalmente aparecido em minha mente, em frente aos meus olhos dizendo que precisava de mim, que precisava que eu tentasse de novo.

Pra mim, aquilo só poderia ser 3 coisas.

S/a achou que as coisas ficariam mais interessantes se ela colocasse uma coisinha pra “me alegrar” na bala que eu tinha aceitado dela. O que seria completamente insano,  já que S/a nunca usou drogas.

Eu estou tão obcecada por Glorius e chorei tanto por isso que meu cérebro está mostrando somente o que eu quero ver. O que tem totalmente mais sentido e na verdade, eu votaria nessa.

Taehyung de alguma forma mágica e incrível tinha conseguido se contatar comigo de Glorius e realmente precisava que eu o ouvisse, talvez ele precisasse mesmo que eu voltasse. E acredite, era o que eu mais queria, que essa fosse a verdade, que eu poderia ter esperanças de voltar a vê-lo.

Mas já me iludi demais. Estava na hora de tentar seguir em frente e deixar Glorius realmente como uma simples lembrança do passado, depois que voltei pra casa e disse boa noite a todos resolvi dormir, dessa vez eu não iria chorar. Eu queria realmente esquecer de tudo em meus sonhos.

Mas o que aconteceu foi exatamente o contrário...ele estava lá, estava nos sonhos também.

Eu estava na cachoeira...na mesma em que tomei banho e vi Taehyung gargalhar quando fiquei tímida em vê-lo sem camisa, Astridi, sua loba mutante, nos observava ao longe, eu estava sentada a beira da água somente com os pés no líquido transparente, então senti uma mão em meu ombro.

Quando virei minha cabeça ele estava lá, sorrindo com seus cabelos loiros e charmosos caindo sobre seus olhos, sua roupa grood de folhas parecidas com couro reluzentes sob o sol quente que iluminava o lugar, seus olhos verdes brilhavam mais do que nunca, ele se sentou ao meu lado.

“O que eu preciso fazer?” eu dizia no sonho, tranquila com ele ao meu lado como se o caos que eu estava passando na vida real não fosse nada.

“Me encontre” ele dizia, com nossas mãos entrelaçadas, tudo era tão real que achei que ele estava realmente ali ao meu lado, tocando em mim com sua pele quente e segura.

“Como?” eu perguntava, me levantando juntamente com ele.

“Veja de novo S/n, veja” ele pronunciou, o som de sua voz quebrou minhas defesas.

De repente ele começou a sumir de novo, lentamente, em uma neblina que flutuava sobre minha cabeça. Eu tentava tocá-lo novamente, pulava para seguir a neblina mas ela tinha se dissipado.

Então olhei para a cachoeira novamente e gritei.

Suas águas haviam se transformado em sangue.


Notas Finais


Não chorem meninas, tudo vai se ajeitar, prometo ehueheuheueheuheuhe Beijinhos s2 s2 Durmam bem pq eu tô com umas surpresas bem interessantes pros próximos capítulos KKKKKK


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