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História O Príncipe e o Grood (Imagine Kim Taehyung e Jeon JungKook) - Reencontrando Velhos Amigos


Escrita por: awake_s2

Capítulo 78 - Reencontrando Velhos Amigos


S/n

Claro que depois da ameaça iminente de morte que Daigo havia me feito eu estava um pouco mais do que apenas preocupada pela volta de Taehyung.

Nem mesmo a sopa “calmante” que Jimin havia me dado (que convenhamos, eu sabia que ele tinha usado algum tipo de droga naquilo, por pouco eu não criei Dreads e encarnei Bob Marley no recinto), conseguiu realmente me tranquilizar e levar minha mente para outra coisa que não envolvesse os anciãos ou minha morte.

Fiz todas as perguntas possíveis a Jimin sobre o julgamento, ele disse que nunca presenciou um de perto já que não estava em uma patente alta no exército como Taehyung, mas que tudo que sabia provinha das histórias do amigo que disse sobre a tal árvore mágica de Daius e a ligação de sangue com a verdade, era quase como se tivéssemos voltado ao templo de Sardes só que três vezes pior.

Eu estava inquieta, quase formando um buraco no chão de tanto andar em círculos no mesmo lugar, quando eu via a face também nada amigável de Daigo pra mim então! Se eu pudesse estaria desenhando a Monalisa com os pés sobre todo o território grood.

Os groods estavam em alerta ,tensos, parecia que haviam acabado de receber uma notícia nova que os animou ainda mais e só eu não sabia.

Bem, parecia que realmente nada de novo acontecia nos dias ordinários da toca tirando as caças e lutas com animais mutantes e as trevas...devia ser mesmo entediante...e olha só! Foi Só eu chegar aqui de novo e eles já tem uma batalha épica entre mãe malévola e filho perdido, uma morte chocante, uma ressurreição mais chocante ainda e um julgamento com a árvore ancestral mágica da verdade.

Brasil! Todo mundo já captou que Glorius fica bem mais divertido quando eu estou dentro dele.

Acho que os anciãos deviam levar em conta isso no julgamento, se não fosse por Taehyung e eu eles ainda estariam mofando com suas preces em algum lugar obscuro e sozinho, nada de legal pra poder fazer.

Hehe...

Droga, nem isso consegue me animar, não tem nenhum ponto positivo nessa história.

“Sobre o que eles estão falando?!” quase gritei sem querer, pegando furiosamente na gola de Jimin sem a menor intenção de machucá-lo.

“Grah...grsh...” ele tentava falar, engasgado com minhas mãos fortes no pescoço dele. O soltei, surpresa sobre o quão forte eu poderia ser quando queria.

“Meus mutantes do céu!” ele exclamou, passando suas mãos freneticamente no pescoço tentando se recuperar do meu aperto. “Garota o que tinha na sopa que eu te dei? Super poderes?!”

“Chega de brincadeira Jimin, fala logo! Eu tô vendo todo mundo agitado, alguma coisa deve ter acontecido” Jimin olhou ao nosso redor, constatando que o que eu dizia era verdade, assentindo levemente, franzindo a testa.

“Deve ter acontecido mesmo...espere aqui” NÃO! Eu não quero esperar mais!

Assisti roendo as unhas enquanto Jimin conversava com alguns groods em sua língua nativa, assentindo e falando coisas e coisas que eu não fazia ideia do que se tratavam.

Logo depois vi um menino grood correndo, pequenino e franzino com seus olhos amarelos reluzentes, puxando a camisa de folhas de Jimin para que lhe desse atenção. Jimin olhou para o menino e viu que ele pedia para que se aproximasse, com uma mão em seu ouvido ele cochichou algo rápido,  ntregando algo nas mãos de Jimin, e logo desapareceu, tão rápido quanto tinha chegado.

Isso me atiçou ainda mais, não esperei Jimin chegar até mim enquanto andava, quase o atropelei após correr em sua direção.

“E então?! O que foi?!” meu olhar era cheio de expectativa, já o de Jimin...era preocupado, e incerto.

“Taehyung já foi julgado, o veredicto será dado na primeira luz lunar, logo quando anoitecer” isso...era bom?

“Taehyung me pediu pra te entregar isso” ele disse, entregando um pequeno papel em minhas mãos, o mesmo que o menino havia lhe dado.

Era bom aquele bilhete não ser um de despedida ou que tivesse algo escrito como “Eu te amo” ou “Foi bom enquanto durou” ou “Valeu, mas vou ter que morrer de novo, viva bem sem mim”.

Peguei o papel com as mãos suadas e trêmulas, o que no mundo ele poderia estar querendo dizer em um momento tão importante como aquele?

Jimin se afastou me dando privacidade com o bilhete, o abri lentamente vendo pela primeira vez as letras curvilíneas e perfeitas de Taehyung.

Sabe, não era o jeito que achei que ele escreveria, por ser um general ele não deveria ter tido muito tempo pra caligrafia e...Meu Deus S/n o que você tá falando?!

Ok...FOCO!

“É melhor que você não esteja no julgamento, muitos olhos estão sobre você, inclusive os do meu pai, vá para o lugar onde tudo começou...te encontrarei lá assim que tudo estiver terminado.D”

O lugar onde tudo começou?

Espera.

Como assim ele não me quer no julgamento?!

FOCO!

Ele tinha razão...o pai dele queria muito me matar...seria melhor se eu estivesse longe enquanto isso...o lugar onde tudo começou...onde tudo começou...

O banheiro da festa da Mayara? Onde demos nosso primeiro beijo? Não, não pode ser S/n...eu não posso ir pra terra agora...os túneis do castelo onde eu o vi a primeira vez? Não, não poderíamos ir ao palácio nessas circunstâncias...

Primeira vez...

Já sei! O Templo de Sardes! Onde ele confessou a primeira vez que estava apaixonado por mim ! Devia ser...tinha que ser...

E se não fosse ia ser mesmo assim porque eu não sou muito boa com mensagens subliminares.

Então, estava decidido...

Vamos dizer algumas verdades.

+++

Não me lembro do templo ser tão longe assim, meus pés estavam inchados, minha cabeça zonza e o suor que escorria em meu rosto embaçava toda minha visão enquanto eu andava há uma hora debaixo do sol escaldante da manhã gloriana.

O tempo foi curto então deixei de lado luxúrias como roupas limpas ou alimentos que fossem realmente comestíveis, minha pequena bolsa de couro guardava apenas o necessário do necessário, ou seja, água e alguns pães velhos.

Mas reclamar não iria ajudar, eu só podia esperar que o julgamento fosse realmente justo e que Taehyung conseguisse chegar em Sardes a tempo, eu mesma decidi que se ele não chegasse ao local combinado até as três horas do dia seguinte eu voltaria para toca e enfrentaria quem quer que fosse, até mesmo Daigo, para ajudá-lo.

O tempo parecia correr ainda mais devagar quando eu praticava atividades físicas, a única atividade que eu amava era do equilíbrio na cadeira ao ler meus livros ao assistir meus filmes e séries. Que falta uma série me fazia...eu poderia matar o tempo livre com elas a espera de Taehyung.

A única coisa que me trazia tranquilidade era a paisagem ao meu redor, as árvores altas cheias de folhas verdes de certa forma refrescavam o ar quente ao meu redor, o tornando puro e delicioso, o chão, ainda que desregulado e cheio de pedras era forrado com as mais diversas espécies de folhas, plantas e animais, não tinha nada cheirando a enxofre ou alguma mão seguindo meus pés por todos os lugares como nas negras florestas.

Por mais que parecesse que eu estava andando em algum cenário romântico dos filmes que adorava, ainda achei que algo estava errado, Jimin me lembrou o caminho e eu tinha certeza que era pra cá...ele disse claramente “Siga as árvores mais verdes e quando vir uma pedra grande, vire a esquerda” minha memória era ótima tá legal?

Ou será que era pra direita? Eu vi alguma pedra grande? Ou será que era a menor pedra que eu visse? Eram árvores verdes ou roxas?

Tudo bem! Admito! Minha memória é uma grande merda, talvez seja por isso que eu vou tão mal em história, muitas datas pra decorar, muita gente querendo dinheiro e guerra, sabe, às vezes não dá pra entender porque todo mundo não simplesmente vivia sua vidinha sem inventar coisas inúteis como “o mito da caverna” de Platão, querido, nenhum ser humano em sã consciência viveria a vida inteira em uma caverna, é pra isso que existem as casas e netflix.

Ok, agora admito que talvez eu possa estar perdida e...

Puff!

Foi o último barulho que ouvi antes de tudo se tornar escuro mais uma vez.

+++

“E o que você pretende trazendo ela aqui?” logo meus sentidos voltavam, escutando claramente a voz grossa e firme de um homem, eu não aguentava mais desmaiar e me sentia ainda pior por não saber o motivo pelo qual desmaiei.

“Não sei ao certo...vingança talvez...achei que nunca mais a veria” a voz feminina dizia...era conhecida, já ouvi aquela voz uma vez, só não me lembro ao certo onde.

“Por que não a mata de uma vez? É o pior que pode fazer a ela” dizia a voz grossa, algo me dizia que eu não me encontrava entre amigos e muito menos em segurança, seja quem quer que havia me achado não estava a fim de comer bolinhos no chá da tarde.

“A morte é uma vingança muito rápida...o que ela fez me custou tudo, e eu pago por isso até hoje...ela vai pagar da mesma forma que eu paguei...e além do mais, você não estava procurando por alguma diversão? Faz meses que nada de interessante acontece nessa baderna” a mulher disse, parecendo se afastar a medida que terminava a frase.

“É, você tem razão...talvez possamos nos divertir com ela um pouco, não temos nada a perder...no fim do dia podemos até receber algum dinheiro, ou então ela estará morta, nenhuma desvantagem”

“Claro, eu sempre tenho razão...quando a princesinha acordar me chame, vou avisar sobre nossa visitante para Áldeon” mesmo não enxergando nada pude sentir em seu tom de voz que ela sorriu, um sorriso de satisfação estranhamente maléfico...

“Ótimo...pode deixar”

Merda...eu não posso abrir os olhos...vai saber o que eles vão fazer comigo....e quem era esse tal de Áldeon?! Será que eu tinha voltado pras negras florestas?!

Minha nossa...

Escutei passos mais pesados irem até a porta e a trancarem, o que queria dizer que os dois haviam saído, mas eu ainda estava presa...

Só agora pude sentir os pedregulhos sob minhas mãos e pés, agora que meu corpo começava a ficar ativo novamente eu podia sentir que não estava descansando lindamente sobre uma cama fofinha, e, agora, abrindo os olhos, tinha certeza de que estava enrascada.

O lugar era quente, muito quente, nunca fui claustrofóbica mas estava prestes a ficar naquele quarto pequeno e imundo.

Nunca me levantei tão rápido depois de acordar como naquele momento, no instante em que vi onde haviam me jogado senti nojo imediato e me levantei como o flash.

O lugar tinha forma oval e era todo feito por pedras pontiagudas, não ao ponto de machucar, mas incomodava demais andar por ali mesmo com os sapatos, tudo bem que a gente não pode comparar um tênis da Nike com um de folhas, mas eles haviam me ajudado bem até agora.

Podia sentir o odor fétido que o local exalava, uma mistura estranha de suor e comida podre, não saberia descrever exatamente mas até o banheiro masculino da minha escola não cheirava tão mal quanto aquele lugar, talvez agora você possa perceber que a coisa tava feia.

Não consegui distinguir muito mais coisas além de um lugar vazio e fedido, já que a luz era escassa e o único feixe luminoso que entrava ali vinha das aberturas das pequenas grades que a porta obtinha em seu início, o resto dela era de um material indefinido, mas dava pra perceber que não seria tão fácil abri-la para fugir.

Não fazia ideia de como eu tinha desmaiado ou porque raios eu estava ali, na verdade, pelo que eu estava vendo não estava mais em uma parte conhecida de Glorius, o reino de Jungkook estava pacífico, ele extinguiu quase todos os contrabandistas, ladrões e encrenqueiros, acho que realmente me perdi no caminho...viu cérebro! Eu disse que deveria ser a esquerda na pedra pequena! Grande memória...

A única coisa que eu sabia com certeza era que as pessoas que me sequestraram me conheciam e eu devo ter feito algo à elas, direta ou indiretamente minhas ações os prejudicaram, talvez algum aliado antigo de Jeon...alguém que queira vingar sua morte ou algo parecido, o fato era que eles queriam vingança e qualquer coisa relacionada a essa palavra não é boa.

E pra completar minha desventura, eu tinha me desviado do meu destino final, que no caso era o templo de Sardes, se Taehyung chegasse lá e não me encontrasse vai saber o que pensaria, talvez que eu não tenha decifrado o bilhete, ou até que alguém me sequestrou ou...espera...

Isso é verdade!

Eu ainda tinha alguma esperança de que ele me encontrasse nesse lugar que podia ser qualquer um entre milhões que existem em Glorius e me salvasse antes que eu fosse exterminada por esses assassinos vingadores.

É.

Super provável.

 “EI!” ouvi um grito vindo da porta, junto com dois olhos castanho escuros me verificando. “A menina acordou!”

Droga...agora quem quer que quisesse minha cabeça já estava ciente que eu havia acordado.

“Ótimo, traga-a para cima” não, não, trazer pra cima não era bom! Me tragam pra fora! Ainda não era minha hora de ir pro céu!

A porta se abriu iluminando todo o lugar, me afastei do homem que vinha em passos firmes até mim, mas parei ao sentir dor quando encostei abruptamente minhas costas nas paredes pedregosas, dei um gritinho e não consegui juntar forças para usar minhas habilidades guerreiras e dar um grande soco naquele cara.

O homem pegou meus dois braços e os torceu para trás, gritei novamente tentando me soltar incessantemente, mas a cada tentativa era mais dor para minhas articulações envergadas.

Ele era alto e robusto, tinha uma grande barba que parecia não ser aparada com frequência, combinava bem com seu traje sujo e desgastado, típico dos vikings de antigamente, ele poderia entrar fácil pra fazer a série. Estava claro que eu nunca ganharia daquele sujeito, então parei de lutar quando já estávamos do lado de fora.

O corredor era feito por mais e mais pedras, iluminado por tochas postas em sequência ao longo de todo o caminho, o que aumentava ainda mais o calor, comecei a suar, estava incomodada e odiava não ser capaz de fazer nada.

“EI! VOCÊ! Seu brutamontes! Pra onde você tá me levando?!” eu gritava, na tentativa de conseguir arrancar alguma coisa do barbudo sobre o meu futuro próximo, era bom estar um pouco ciente, eu já precisava me acostumar com a ideia de como tentariam me matar.

Nenhuma resposta encontrou meus ouvidos. “EI! Você é surdo ou o que?! Quero saber pra onde você está me levando seu merda!” gritei, mais ousada, cheia da autoridade que aprendi a ter ao longo do tempo vivendo em Glorius, ou você tinha ou passava a ser um tímido capacho nas mãos dos opressores.

Ouvi uma risada grossa do homem que continuava a andar, e resolveu dizer algo.
 

“Você é bem respondona doninha...nada do que eu achei que seria alguém que viesse do palácio, onde estão as boas maneiras?” do palácio? Como assim do palácio? Eles achavam que eu morava lá?

“Ei, se vocês estão querendo um resgate ou algo assim podem ir parando! Eu não sou do palácio entendeu? Eu não vivo lá” tentei me explicar, havia uma luz quase mínima em mim que dizia que se eu dissesse aquilo ele iria me soltar de boa.

“Não foi o que a garota disse...pelo jeito vai ser bem interessante sua visita”

 Respondeu, pude sentir seu sorriso nojento atrás de mim, era óbvio que ele estava mais é querendo treta!

“Garota? Que garota? Quem disse o que?” perguntei, mais confusa do que Elena tentando escolher entre Stefan, o irmão bondoso e lindo, e Damon, o irmão malvado e mais lindo ainda.

Só que minhas opções no momento não eram tão bonitas quanto eles.

“Calma queridinha...tudo tem seu tempo, como você não vai durar muito não é bom apressar as coisas”

Não vou durar muito?!

Ora mais que barbudo insolente!

Viramos o corredor enquanto eu estava prestes a soltar mais uma resposta bem mal educada, mas então até me esqueci do que  iria dizer.

A cena seguinte era quase cômica.

Estava mais pra inacreditável.

Uma multidão de homens tão barbudos e sujos quanto o grandão que me segurava se amontoava ao redor da caverna imensa.

Devia ser o lugar principal já que era bem maior do que onde eu estava, pode-se dizer que aquilo era uma grande cúpula de pedra.

Surpreendentemente não era tão rústica quanto achei que seria, com as pedras pontiagudas no teto e grandes montanhas rochosas no chão impossibilitando o tráfego pelo lugar. Era o completo oposto disso.

Essas pessoas pareciam viver dos negócios realizados ali, e assim, de alguma forma que eu não sabia explicar, o lugar era bem mais plano do que seria a formação natural de uma caverna, o teto, apenas redondo, sem nenhuma deformidade aparente, cheio de escritas que eu não conseguia entender, mas eu podia dizer com certeza que não era a escrita gloriana que eu sempre via por aí, nem mesmo a dos groods...quem seriam eles?

Mas a parte do lugar nem era a mais impressionante é claro, ainda nem cheguei no principal que era, o que, exatamente, estava acontecendo no lugar propriamente dito.

A multidão ocupava quase as paredes inteiras da caverna, deixando de fora apenas o topo, se é que eu posso chamar de parede, e sim, você leu certo, nenhum deles estava no chão e sim em grandes placas de metal suspendidas no teto através de correntes aparentemente enferrujadas e velhas, era como várias arquibancadas sobrevoando o local para poder enxergar alguma coisa que eles não poderiam ver se estivessem simplesmente no chão.

O mais impressionante é que o que impedia o encontro dos brutamontes com o chão, eram apenas duas correntes que delimitavam a placa de metal, que também não parecia lá essas coisas de qualidade pra aguentar a quantidade de gente que estava suspensa ali.

Estava agoniada com todos eles amontoados uns nos outros, pulando, gritando, se jogando pra frente fazendo com que a placa fosse e voltasse várias vezes enquanto eles pareciam torcer por alguma coisa que acontecia ainda longe dos meus olhos, estava com medo por eles, que se apoiavam nas correntes como se elas fossem totalmente seguras.

Em outras palavras os sons que eles estavam emitindo me fazia sentir em um zoológico cheio de jaulas com animais selvagens e descontrolados, eles jogavam comida pelos ares, cuspiam, e enquanto o homem que me prendia me levava mais a frente, até fui atingida com o que parecia ser cerveja ou algo do tipo.

O que eu realmente queria saber era para onde eles estavam olhando, porque aparentemente não tinha nada de interessante no “térreo”, e é claro, como aqueles caras subiam até lá em cima.

Eu analisava o lugar enquanto franzia a testa em uma confusão nítida, mas ninguém parecia notar a minha presença enquanto eu era forçada a continuar o longo trajeto até o centro dali, como eu disse o lugar era bem grande pra ser apenas uma caverna, as pessoas estavam muito ocupadas olhando o super interessante acontecimento que ocorria em algum lugar ali dentro do que olhar pra nova prisioneira.

Mas essa cena logo mudou, quando todos eles pararam de gritar depois de comemorarem ou xingarem o céu e a terra por ter perdido alguma aposta e eles perceberem que eu deveria ser a nova vítima.

Um cara com uma cicatriz gigante no olho esquerdo que o impedia de ver abriu sua boca sem dentes e gritou, apontando pra mim: “A próxima é a do palácio!” exclamou, fazendo outras centenas de cabeças virarem e irem de encontro a mim, logo as gargalhadas e pulos voltaram a acontecer e já não se distinguia mais nada naquele barulho infernal de vozes grossas misturado com correntes balançantes e enferrujadas.

“Mas o que tá acontecendo?!” gritei, tentando virar a cabeça para olhar o brutamontes, mas logo ele a virou de novo, me forçando a andar mais rápido.

“Até que você já tá famosinha bebê” bebê?! MAS QUE...     

“É realmente uma pena que você se vá tão cedo...pelo menos a luta vai valer a pena de sua morte, sempre quis que um de vocês se ferrassem” senti seu sorriso atrás de mim, e antes que eu retrucasse, paramos de supetão antes que eu caísse no enorme buraco que tinha no meio do lugar.

Quase perdi o coração, não consegui ver ao certo o que tinha lá dentro já que o brutamontes me puxou novamente, me virando para um determinado local enquanto eu tentava distinguir se lá dentro haveriam leões ou talvez cobras.

Que mancada...onde eu fui me meter...DROGA DE MEMÓRIA!

O brutamontes segurou meu rosto com indelicadeza encostando aquelas mãos sujas em mim, me dando nojo, fazendo com que eu olhasse mais pra cima.

Não havia percebido essa placa de metal antes, era menor e suspendia apenas três pessoas, como eles estavam em um lugar muito alto não consegui distinguir quem era quem, mas havia um único homem que possuía o privilégio de se sentar, em uma cadeira aparentemente de requinte ele cruzava as pernas, e olhava pra mim.

Uma das respostas das minhas perguntas chegou quando eu ouvi um estalo do homem sentado que fez com que alguém abaixasse as correntes até que elas os levassem ao chão.

O brutamontes me forçou a andar ainda mais rápido para chegar perto dos três.

Quando cheguei perto o suficiente, não acreditei no que vi.

Ainda não reconhecia o homem sentado e o outro gorducho ao seu lado, mas a única mulher presente além de mim, eu conhecia muito bem.

Ah, muito mais que bem...

“Lisa?!”


Notas Finais


Isso mesmo, Lisa voltou people HUEHEUHEUEHEUHE


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