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História O Príncipe e o Grood (Imagine Kim Taehyung e Jeon JungKook) - Reconciliação


Escrita por: awake_s2

Capítulo 86 - Reconciliação


Fanfic / Fanfiction O Príncipe e o Grood (Imagine Kim Taehyung e Jeon JungKook) - Reconciliação

Taehyung

“Droga, aqui de novo não...” dizia S/n largada no chão, provavelmente já tinha estado numa cela igualzinha aquela.

“Você está bem?” perguntei, rolando no chão para me sentar enquanto S/n fazia, ou tentava fazer, o mesmo.

“É...er...é...podemos dizer que eu...er....estou” ela dizia, tentando desesperadamente se sentar, parecia uma minhoca com ataque epilético, eu pagaria pra ver esta cena mais e mais vezes...seria ótimo se tivéssemos a tal da...câmera...da terra, S/n me disse uma vez que ela guardava memórias do passado.

Ri, não consegui aguentar.

“Você está mesmo rindo Taehyung? Sério mesmo?” ela dizia, deitada de costas pra mim ainda se contorcendo.

“É claro que não, eu estou apenas...é...aproveitando o momento”

“Um ótimo momento pra se aproveitar enquanto estamos à beira de uma guerra civil e eu estou prestes a te matar enquanto me olha sem fazer absolutamente nada!” o-ou...sinal vermelho pra ajudar.

“Relaaxa docinho...” eu dizia, adorando provocá-la. “A gente vai sair dessa” eu disse, a ajeitando no chão com meu corpo, ela caiu com a cabeça no meu colo, acho que já era uma posição boa.

“Eii...eu ainda não estou sentada” ela afirmava, me olhando deitada.

“Naa...” grunhi. “Está perfeito assim” eu disse, a ajeitando com as pernas em meu colo.

Ela riu, um momento breve de descontração seguido de um triste olhar sem esperanças. “O que vamos fazer?” ela perguntava, tirando uma mecha de seu cabelo do rosto com as duas mãos atadas.

“Ainda não sei, mas temos que pensar em algo” eu dizia, imaginando que magia negra teríamos que usar pra sair daquela.

Ficamos um minuto em silêncio, eu podia sentir a preocupação de S/n ao olhar em seus olhos amparados em meu colo, pra dizer a verdade era só um milagre pra podermos sair dali.

“Você realmente acredita nisso? Nessa história de você ser descendente de um feiticeiro?” ela perguntava, olhando em meus olhos.

Era esse o maior problema...eu acreditava, e isso me deixava mais assustado ainda.

 “Eu não sei direito, eu já conhecia a história dos feiticeiros, virou um conto na toca, é claro que não éramos os únicos seres mágicos em Glorius, o país estava cheio de magia e paz...até Jeon enlouquecer e levar milhões a morte...e se eu for parar pra pensar Etérica nunca disse que meu pai era humano, ela disse que o amor deles era proibido por serem de origens diferentes, eu mesmo que deduzi isso...então é provável que ele esteja falando a verdade...eu tenho o sangue deles mas os poderes não se manifestaram em mim, agora eu sou importante para Áldeon, sou sua semente viva na terra, a descendência que ele tanto desejava para manter-se vivo e com poderes”

Era estranho, quer dizer, minha vida inteira havia sido estranha, eu mesmo era estranho...mas era minha verdade.

“Sabe...eu achei isso bem legal se quer ouvir a verdade...tudo bem que a gente está preso e você é um tipo de peça fundamental para o plano maligno de Áldeon, mas eu sempre quis ter um namorado feiticeiro, assisti muito Harry Potter sabe...e entre feiticeiro e bruxo Puff...qual é a diferença né?” ri, só ela mesmo pra me animar com minha vida mestiça citando suas coisas da terra.

“Quem é Harry Potter? E o que é um namorado?” palavras totalmente estranhas, eu esperava que os dois significassem que eu era lindo e charmoso.

Ela riu, balançando a cabeça em meu colo, estava bela como sempre.“Ai ai Taehyung, existem muitas coisas primordiais pra você saber sobre a terra, não existe vida sem elas, tipo, você ao menos sabe sobre o Titanic? Ou a revolução do Xbox? Whats app? As maravilhas do Google? Michael Jackson? Essas coisas são essenciais pra qualquer ser vivo saber, até os de outro mundo, mas não esquenta que eu te ensino tudo depois que a gente sair dessa” eu era influenciado pela positividade dela e atiçado pela minha curiosidade ao querer saber mais sobre essas coisas fantásticas que a terra tinha.

“Ah...” ela disse, lembrando de algo. “Mas você é meu namorado, não se esqueça disso, é super importante você ao menos saber essa palavra, isso é como ácido para as perigas, uma espécie notável e crescente de seres na terra, realmente tenebrosas, percorrem as ruas e becos mais escuros das baladas a procura de carne viva de qualquer homem que não tenha uma namorada, por isso é só você usar a palavra e elas sairão correndo, você permanece vivo e tudo dá certo, por isso é importante saber do uso, entendeu?”

Assenti, impressionado com o quanto a terra poderia ser perigosa...uma espécie homicida que andava em becos escuros chamados de baladas procurando por carne viva de homens?! Eu teria que ter cuidado com as tais perigas.

“Pode deixar, eu vou tomar cuidado” eu disse, levantando meus joelhos para que ela finalmente pudesse ficar sentada.

“Eu poderia usar a minha força mas a corda que eles usaram foi enfeitiçada, foi Áldeon com certeza, ele realmente não quer me perder de vista” eu dizia, lutando novamente com minha força grood, mas as cordas pareciam queimar meus pulsos e tornozelos cada vez que eu tentava com mais vontade, retirando pouco a pouco minha esperança de me livrar delas.

“A gente podia fazer que nem nos filmes, virar de costas um pro outro então a gente se empurra pra cima, aí você tenta tirar minha corda, ela provavelmente não está enfeitiçada” ela disse, a ideia até que era boa, o difícil era executar com a falta de coordenação motora que ela tinha, segurei uma risada.

Nos posicionamos de costas um pro outro e tentamos uma vez, ela quase quebrou minha coluna se jogando em cima de mim, eu estava com medo de empurra-la forte demais. “Taehyung! Caramba meu! É pra me empurrar não acariciar!” ok, ok...

Só que da outra vez eu que fiz forte demais. “Ahh!” ela gritou. “Nem pra me quebrar! A gente tem que equilibrar as forças” concordei e tentamos mais uma vez, conseguindo aos poucos nos colocarmos de pé.

“Aí! Conseguimos!” ela disse. “Agora é só tentar puxar minhas cordas” ainda de costas com a ponta dos dedos, alcancei sua corda, mas antes que pudesse tocá-la completamente um calor como vindo das profundezas do inferno se espalhou pela minha mão.

“Droga!” gritei. “Ele enfeitiçou a sua também” constatei, tentando recuperar meu tato depois de tocar naquela corda. “Ele realmente é poderoso...” era difícil admitir, mas se Jungkook fosse lutar contra aquele cara não tínhamos mais tempo a perder.

“Merda!” exclamei, me apoiando na parede, sentando novamente.

“O que aconteceu no seu julgamento?” S/n disparou de repente, ainda de pé, se apoiando na parede oposta, ela tinha um olhar compreensivo, como se soubesse que algo estava me incomodando. “Você parece estar feliz por me ver mas ainda tem um olhar preocupado, algo me diz que não é só por causa de Áldeon” caramba, como aquela mulher me conhecia tanto?

“É...o julgamento foi como o esperado...mas eu perdi coisas muito mais importantes do que meu cargo ou pertencer a toca...” eu dizia, me relembrando novamente do diploma de Jimin, ainda guardado em meu bolso traseiro, dizendo várias vezes o quanto eu havia errado com ele, o quanto havia o magoado...o quanto eu era um péssimo amigo.

Nesse momento escutamos um barulho de alguém caindo no chão como se espadas de aço tivessem sido travadas levando o inimigo a um sono adormecido, eu conhecia aquele som, já o havia experimentado várias vezes.

Nosso olhar se voltou rapidamente a porta e S/n foi pulando até ela, bisbilhotando para ver o que tinha acontecido.

De repente mais espadas eram travadas e o barulho de alguém sendo amordaçado atiçou ainda mais minha curiosidade, eu estava quase me arrastando para a porta quando vi um sorriso estonteante nos lábios de S/n.

“Não acredito...” ela dizia, saindo da porta que estava sendo aberta por alguém, eu não conseguia enxergar já que S/n estava na frente.

“Jimin!” ela gritou, fazendo meu coração congelar enquanto ela abraçava meu amigo depois de abrir a porta.

Ele a abraçava também, contente, sendo seguido logo atrás de um ser pequeno e fofo, Zeny, e Alexa, empunhando sua espada como se ainda tivessem inimigos aqui dentro.

Nossa cavalaria.

Mas no momento pra mim só existia Jimin naquela cela, ele poderia estar feliz por ver S/n, mas iria querer me matar quando me visse.

O fitei depois que ele havia conversado algumas coisas com ela, coisas com as quais eu não me importava, ele vinha até mim, sério, provavelmente ainda nervoso e terrivelmente ferido.

“Jimin, eu...” tentei começar a falar, mas ele apenas me estendeu a mão.

“Vamos, não temos tempo pra conversar” ele disse, apenas, seco e direto.

Foi como uma flechada em meu peito.

Aceitei sua ajuda e me pus de pé.

Nem tentei perguntar mais nada, sabia que estávamos em perigo e que logo mais ladrões chegariam para nos impedir de sair, foi quando eu me dei conta de meu estado novamente, quase gritei de insatisfação olhando para meus pés e mãos amarradas com um feitiço forte e poderoso de Áldeon, era claro que ele sabia que talvez receberíamos ajuda, as cordas encantadas eram seu seguro de que sua pequena semente ambulante não correria por aí sem sua permissão.

Ele quis esconder mas eu vi, foi breve, mas ainda assim ele o fez, um breve sorriso no canto da boca de Jimin me relembrava de meu velho amigo, rindo da minha situação e de minha face preocupada e desamparada sem saber o que fazer, era típico dele, nunca percebi o quanto eu gostava de suas brincadeiras se aproveitando de meu desespero.

“Por que você acha que trouxemos a Zeny seu grood idiota?” ele disse, se contendo para não me mostrar mais seu deleite com aquilo.

Assisti sorridente a pequena Zeny com seus cabelos azuis flutuantes e seu vestido luxuosamente brilhante em um verde chamativo, com certeza não se encaixando na ocasião, vindo até mim com suas mãos pequeninas as direcionando para as cordas nos meus pés.

“Le portus Neftarium” ela disse, proferindo palavras mágicas das linfas, senti as cordas queimarem em meus tornozelos e contive um gemido.

Os grandes olhos dela me fitaram, as cordas ainda estavam lá. “Quem fez esse feitiço? É muito forte para ter sido o trabalho de uma linfa ou até mesmo dos anciãos...” ela perguntava, ainda não fazia ideia de tudo que eu havia descoberto minutos atrás.

“Vamos! Eles entraram por ali!” ouvíamos o ecoar de vozes longínquas vindo em nossa direção, meu coração acelerou, ela devia se apressar ou então teriam que me deixar aqui.

S/n já estava solta ao lado de Alexa segurando as mãos como se estivesse fazendo preces para que um milagre acontecesse, o feitiço em suas cordas deve ter sido mais fraco.

“Não temos tempo pra conversa Zeny! Tente novamente!” gritava Alexa, agora de guarda na porta com a espada na mão.

Ela assentiu, tentando outra vez. “Le portus Neftarium!” dessa vez o calor se tornou 10 vezes mais forte, não consegui conter um grito estrondoso que com certeza ajudaria em nossa localização.

Me contorci ao sentir o poder de Zeny invadindo as cordas, mas Áldeon ainda era muito forte para aquelas pequeninas mãos.

“Ah que merda! Sai da frente, não temos tempo pra isso” dizia Jimin, empurrando Zeny e me pegando como um criança em suas costas, como se eu fosse um dos seus porcos crus que ele carregava para serem assados nas caldeiras.

Quase não acreditei que ele havia conseguido me levantar, agora tudo estava de cabeça pra baixo e todos olhavam surpresos para ele. “O que foi? Preferem simplesmente largar ele aqui?” e assim não houveram mais perguntas, eles apenas tiraram sua atenção de Jimin e da carniça gigante, no caso eu, e se atentaram nas vozes que se aproximavam.

Estava começando a me sentir tonto, eu não conseguia acompanhar os acontecimentos de cabeça pra baixo, apenas sabia que uma grande briga estava acontecendo bem atrás de mim, eu só via os corpos já abatidos no chão enquanto Jimin corria com meu corpo.

“Jimin! Me deixe aqui!” eu esperneava. “Eu só vou te atrasar, vou conseguir me virar” eu continuava a me mexer. “Você precisa...”

“Mas que merda Taehyung! Você sabe quantas toneladas você pesa?! E ainda está se mexendo que nem uma lombriga em seus últimos suspiros, eu não queria chegar a esse ponto...mas é necessário...” e assim, só vi uma grande parede de concreto vir em minha direção.

Logo, não vi mais nada.

+++

“Você não acha que exagerou um pouquinho?” ouvia vozes enquanto abria meus olhos lentamente, sentindo uma grande e monstruosa dor de cabeça.

Me sentia mais livre, parecia que as cordas haviam ido embora, isso era com certeza um alívio.

“Que exagero o que, ele estava se contorcendo nas minhas costas que nem um débil mental dizendo que iria atrapalhar e num sei que, se fosse vocês teriam feito o mesmo, eu não devia ter alimentado esse tuti com tanta carne todos esses anos, ele pesa mais que minha tia Epitélia depois da ceia de nova lua” reconheci a voz no mesmo instante e ri.

“Olha! Ele está acordando!” a outra voz dizia, provavelmente de S/n, senti uma compressão gelada em minha testa e via pessoas próximas em minha visão borrada.

“Viu? Foi só uma tática de guerra pessoal, eu tinha tudo calculado na minha mente, eu acerto ele na parede, derrotamos os caras e ele acorda com um lindo galo na manhã seguinte” ri mais uma vez, olhando para a visão cada vez mais nítida de Jimin, agora sim ele se parecia com o meu velho e bom amigo.

“Esse foi um ótimo plano, de verdade, um engenhoso e incrivelmente...ah...dolorido, plano” eu dizia, me ajeitando na árvore em que havia me deitado, me sentando e pegando a compressa de água das mãos de S/n para que eu mesmo a retirasse.

“Você está bem?” ela perguntava, com o mesmo vestido bonito de antes, só que um pouco mais sujo e meio rasgado.

“Ele está ótimo” Jimin respondeu por mim, batendo fortemente em minhas costas, sabia que ele estava apenas se vingando, e sinceramente, eu não ligava, merecia isso, e de certa forma gostava do método dele.

S/n sorriu, e como se tivesse entendido o enigma que eu havia falado minutos atrás, nos deixou a sós para que resolvêssemos nossos problemas.

“Você deve estar se perguntando como e por que viemos te ajudar” ele começava, parecia não querer ir direto ao assunto. “Principalmente porque eu vim te ajudar depois da palhaçada que fez comigo e tudo mais” ou queria.

“Mas vamos dizer que eu ouvi o seu discurso totalmente revolucionário dando um chute na bunda daqueles anciãos pela primeira vez em milênios!” ele exclamava, olhando para o nada, entusiasmado, como se presenciasse aquela cena ainda que eu não o tivesse visto lá.

Ri, eu estava prestes a elaborar um pedido enorme de desculpas mas não conseguia me concentrar porque meu melhor amigo tinha voltado. “Então vamos dizer que eu simpatizei com você e decidi te perdoar...afinal de que adiantaria ficarmos brigados se vamos morrer daqui algumas horas nas mãos desse tal de Áldeon? Eu ouvi sobre as macumbaria que ele faz...é mesmo o cara da lenda? Porque eu tava imaginando mais um velho todo enrugado e com unhas enormes sem dentes e tudo mais mas o desgraçado é lindo pra caramba!”

Ele estava disparando palavras apressadamente sem mais nem menos, se eu não o parasse ele iria continuar evitando minhas desculpas formais até a próxima lua, por isso o ignorei completamente e dei um abraço apertado nele, o fazendo se calar no mesmo instante.

“Me desculpe...” eu pedia, sinceramente, começando a ver a árvore em minha frente embaçada com os olhos marejados. “Você pode estar brincando agora mas sei que foi difícil pra você não me ver lá...eu realmente havia esquecido e me sinto um lixo por isso...mas saiba que eu nunca me aproximei de você por pena, na realidade você e meu pai são as únicas razões pra eu querer continuar na toca, se eu pudesse é claro...” rimos baixinho, senti um líquido quente na armadura vira lata que eu havia pego emprestado do bandido de Lótus, ele também estava chorando...isso era um bom sinal, nunca havia visto ele chorar na vida depois daquela vez que sua mãe o proibiu de comer biscoitos por 2 luas inteiras.

Saí do abraço apenas para pegar no papel que eu havia trazido até aqui, o diploma dele...o abri e nossos olhos molhados fitaram aquele pedaço de papel tão importante mais uma vez.

“Você, Park Jimin Tresta Gathis” eu dizia, enquanto Jimin se ajoelhava e eu ficava em pé, colocando minha mão direita em seu ombro. “Não está apto para apenas defender a toca dos perigos da floresta” eu dizia, olhando para a cabeça abaixada de Jimin, ele estava definitivamente sorrindo. “Você está apto para fazer muito mais, para ser tudo aquilo que você quiser ser, seja para usar suas habilidades para socar um mutante ou uma massa de bolo...você meu amigo...está apto para viver” e assim ele se levantou com um sorriso largo no rosto e nos abraçamos mais uma vez.

“Sabe...” Jimin dizia, limpando uma lágrima do olho esquerdo. “Eu não estava pretendendo chorar mas...meu mutante do céu Taehyung, que merda de roupa é essa?” rimos, como era bom ter meu amigo de volta.

“Era necessário tá bom....totalmente diferente do golpe que você deu na minha cabeça, tá vendo esse galo aqui?” apontei para a bola no canto da minha testa. “Completamente desnecessário”

Ele riu. “Primeiro que eu precisava me vingar de você de algum jeito, e segundo que você não ia parar se eu não fizesse...você deveria era estar orgulhoso de mim seu tuti ingrato, eu acabei com todos aqueles bandidos com minha panela de aço” Pan...panela?!

Não acreditei quando vi realmente uma panela jogada ao lado da árvore em que estávamos. “Não acredito...então aquele som não era de espadas se travando? Você botou eles pra dormir com uma panela?!” os olhos roxos travessos dele brilharam pela sensação de vitória.

 “Claro que botei, eu sempre disse que nunca gostei muito das espadas...quem disse que minhas habilidades culinárias não ajudariam na guerra em?” ri, só ele mesmo.

“Mas então, como você nos encontrou?” perguntei, voltando a me sentar perto das grossas raízes da árvore.

 “Bem, depois que eu ouvi seu discurso e tal eu fui te procurar, mas Yalin disse que você tinha saído apressado pra algum lugar, quando corri na direção que ele havia dito Alexa estava voltando daquele caminho, perguntei sobre você e sobre o lugar e ela decidiu vir para ajudar, quando percebemos que estaríamos lidando com magia achamos melhor passar na casa de Zeny e pedir ajuda, e assim chegamos pra ver seu estado deplorável no chão” sorri, eles chegaram no momento certo. “Aí te colocamos aqui pra que a Zeny tivesse mais tempo e concentração pro feitiço, assim ela conseguiu tirar suas cordas” ele dizia, se sentando em minha frente.

“Mas qual é a desse Áldeon aí, por que ele é tão perigoso e por que era tão importante manter você trancado?” ah meu querido Jimin...isso era uma longa história...

Contei tudo a ele, desde o massacre dos feiticeiros e do caso de Etérica com um deles até o fato de que eu era um descendente precioso que manteria a magia e linhagem de Áldeon intacta.

Quando terminei ele apenas ficou fitando o nada em sua frente por uns 3 minutos inteiros, depois se virou pra mim e disse:

“Caramba...tu é mais mestiço do que todos os meus bolos napolitanos juntos” rimos, eu nunca ia entender o que se passava na mente daquele louquinho.

“Espera...mas onde tava essa sua magia toda quando eu tava querendo um pônei na minha celebração de nova lua quando a gente era pequeno? Você tava escondendo sua magia todo esse tempo?! O que custava me criar um pônei em?!” era inacreditável, eu contava pra ele que tinha sangue de feiticeiro correndo em minhas veias e que Áldeon estava prestes a destruir Glorius inteira e tudo que ele podia pensar era em pôneis?!

“Não é assim que funciona Jimin, eu só sou descendente dele, mas os poderes não se manifestaram em mim, então desculpe dizer mas vamos ter que deixar o seu pônei pra lua que vem” a face realmente decepcionada dele me fez querer rir mais uma vez, mas me contive quando as meninas se aproximaram, quer dizer, as meninas e a pequena linfa, parecendo realmente estarem nervosas e apressadas.

“O momento reconciliação acabou, a gente viu vocês se abraçando de longe então chega de melação” dizia Alexa, curta e grossa, se apoiando no cabo de sua espada como se fosse uma bengala, ela era sem sombra de dúvidas a mais calma das três, era bom ver que seu jeito havia voltado.

“Odeio dizer, mas ela tem razão, Áldeon já deve estar perto do palácio agora, isso se não usou algum feitiço pra chegar mais rápido” dizia S/n, agora com uma espada também, já se prevenindo do que estava prestes a acontecer, a visão era muito irônica, uma mulher linda usando um vestido de festa segurando uma espada enorme, eu adoraria ir num baile desses, talvez não receberia tantos tapas na cara.

“Afinal, o que tem de tão especial nele?” dizia Zeny, com os cabelos flutuantes esvoaçando no vento frio do entardecer, era estranho como eu só havia percebido agora que já era tão tarde. “Tudo bem que ele é poderoso, senti isso quando desatei suas cordas, os feiticeiros eram grandes oponentes das linfas no passado, mas eles foram completamente extintos, só restou Áldeon, esse de quem tanto falam nos contos, mas ele é apenas um feiticeiro, como irá derrubar um exército inteiro?”

“Ele não é tão burro assim” eu dizia, como se o sangue em minhas veias me permitisse entrar na cabeça dele, ter seus instintos e estratégias. “Por que motivo esperaria todos esses anos para revidar? Por que se submeter a anos em confinamento naquele lugar subterrâneo se ele não estivesse planejando algo grande...ainda maior do que o massacre de anos atrás?” ao terminar pude sentir o desespero e terror que cada um deles estava imaginando.

“Você quer dizer que...” começava Alexa, saindo de sua posição confortável se apoiando na espada, agora, a empunhando.

“Ele não está sozinho” eu dizia, sentindo minhas mãos suarem.

“Ele tem magia”


Notas Finais


Agora o bicho vai pegar GALERISSSSS, se preparem para momentos tensos em sequência HEUHEUEHUEHEUH


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