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História O Príncipe Serpente - Caminhando de volta para vocês


Escrita por: idaborchardt

Notas do Autor


Olá! Finalmente estamos no capítulo 20 e só tenho uma dica para vocês
finalmente algo que estavam esperando muito entre nosso casal principal irá acontecer!

Aproveitando, estou publicando uma história nova e autoral aqui pelo Spirit, uma fantasia sobrenatural chamada Dandelion: https://www.spiritfanfiction.com/historia/dandelion-e-o-canto-das-meninas-perdidas-22210858
Deem uma passadinha lá também para conhecer esse novo trabalho meu


Bjins e boa semana a todes!

Capítulo 20 - Caminhando de volta para vocês


Fanfic / Fanfiction O Príncipe Serpente - Caminhando de volta para vocês

            ______ Estava tão feliz achando que o encontraria acordado mas não foi dessa vez. Será que por acaso sua serpente se enganou?

 

            _____ Aoda jamais se engana. Se ela viu o Naruto despertar, algo aconteceu naquele quarto com toda certeza.

 

            Sakura parecia decepcionada. Ela andava de um lado para o outro pensativa, com aquele semblante sério de quando estava trabalhando como curandeira. Eu gostava muito dessa outra faceta dela, mais concentrada e envolvida em sua função. Havíamos voltado para o meu quarto depois de conferir Naruto em seu leito, mas meu amigo idiota estava ainda inconsciente quando ela chegou lá seguida por mim. Por fim, estávamos na sacada aproveitando a brisa noturna para conversar em um lugar mais fresco.

 

            ______ A volta de um coma é sempre um mistério para nós curandeiros. O ponto em que a mente e corpo se conectam de novo não pode ser precisado por um exame médico, por exemplo. Talvez, ele esteja tentando acordar a dias e só agora conseguiu, mas não por muito tempo. Ainda assim, queria ter o visto acordando para ter certeza disso....

 

_____ Se você quiser, posso te mostrar o que elas me mostram, o que viram...

 

_____ É serio? Eu quero muito!

 

_____Para isso, você precisa deixar elas a tocarem. Posso?

 

Sakura balançou a cabeça confirmando que sim sem hesitar, o que me deixou mais aliviado: temia que ela sentisse repulsa a ideia e se recusasse.  Estendi meu braço na direção da mão dela, entrelaçando nossos dedos. Então deixei a magia das serpentes vir à tona, convocando com o pensamento Aoda e suas serviçais. As cobras foram descendo por meu braço, o circundando e descendo para o pulso e o antebraço dela.

 

Aoda mostrou a cena no quarto de Naruto, minutos antes de sermos interrompidos no outro recinto. Meu amigo idiota começou a se remexer na cama e por fim, abriu os olhos e pareceu atordoado olhando ao seu redor, tentando identificar como estava. Então, os fechou novamente e caiu adormecido.

 

______ Sasuke Sasuke! Ele realmente acordou! Foi só por alguns segundos, mas voltou a consciência e abriu os olhos. Estou tão feliz.

 

A menina que vinha enchendo meus dias com calor e vontades saltou no meu corpo me abraçando empolgada, sem nem se importar com as serpentes que ainda se enrolavam em torno do braço dela. Por alguns instantes, só aproveitei aquele momento gostoso e me deixei respirar tranquilo, sentindo o cheiro de flores que ela emanava. Quando repousei minha cabeça em seu ombro, me aconchegando mais, Haruno fez menção de se afastar, mas segurei sua mão a impedindo.

 

______ Me desculpa, não devia ter...

 

______ Fica quieta Sakura.

 

A puxei de volta para meus braços, segurando-a pela cintura, não tão próxima quanto antes, mas ainda perto de mim. Sabia que minhas emoções controlavam o feitiço das serpentes e que logo haveriam muitas ao nosso redor, considerando como meu coração estava acelerado. Sakura moveu sua mão, observando uma das cobras que a fitava curiosa. Aoda via a curandeira de cabelos rosas sempre através dos meus olhos então acho que aquela era a primeira vez que se viam tão diretamente.

 

Fiquei feliz porque ao contrário de outras pessoas, Sakura não sentiu repulsa as serpentes que a rodeavam. Pelo contrário, ela começou a roçar os dedos sobre a cabeça do animal, que pareceu estranhar o contato e se esquivou.

 

______ Não é exatamente um bichinho de estimação....

 

______ Elas são lindas...

 

______ É a primeira vez que ouço alguém as descrevendo assim.

 

______ Então, é por que te chamam de Príncipe Serpente afinal de contas.

 

______ Não repita esse apelido idiota. Você me lembra o Naruto demais quando fala essas coisas.

 

______ Oh, devo me sentir honrada por eu lembrar ele para você?

 

______ De forma alguma, a última coisa que eu quero é pensar no Naruto quando olho para a garota que quero beijar.

 

As palavras escaparam da minha boca sem controle. Só me toquei do que havia verbalizado para ela quando Sakura estava me encarando com uma expressão atordoada. Por que diabos eu não me controlava perto dela? Era como se todas as minhas amarras e restrições normais virassem pó todas de uma vez. Ela agora gaguejava, de novo, e estava vermelha, com os olhos arregalados. Tudo junto e misturado.

 

______ Você quer quer que me me bei jar?

 

_____ Achei que isso já estava óbvio depois de tudo não?

 

Sakura olhava para mim de um jeito engraçado, como se estivesse a ponto de desmaiar nos meus braços. Percebi que precisava tomar a iniciativa de deixar claro o que desejava. Estendi minha mão e rocei o dorso dos meus dedos pela sua face me detendo no seu queixo e me aproximei devagar, não antes de pedir autorização para o que ia fazer. Ainda temia que repudiasse meu toque mesmo depois de tudo.

 

______ Se você permitir, não há nada que eu gostaria mais de fazer.

 

Sakura não disse sim ou balançou a cabeça sem jeito como fazia em algumas situações. Tampouco me empurrou ou se esquivou. Minha flor de cerejeira levou os dedos dela ao meu próprio rosto e desenhou o contorno dele, descendo da minha têmpora ao meu maxilar. Por fim, levou sua boca a minha e unimos nossos lábios, finalmente. Começou como um roçar delicado, mas logo se converteu em algo a mais. Quanto mais a beijava mais sentia vontade de a puxar ao meu encontro. E antes que nos déssemos conta, a pressionava contra a sacada a beijando intensamente, deixando minha língua explorar a dela sem parar.

 

______ Sasuke-kun...

 

 Droga, ouvir ela gemendo meu nome terminou de esmigalhar minha racionalidade. Minhas mãos, se afundavam em suas vestes a agarrando mais e logo pensei que gostaria de desaparecer com aquele monte de tecido inútil. Já estava deslizando minha mão entre as vestes de Sakura, buscando tocar seus seios quando me lembrei que estava a agarrando numa sacada onde seria possível que fossemos vistos. Pelos antigos deuses, eu fiquei muito próximo de desvirtuar a garota que eu queria tomar em matrimônio contra uma parede em um lugar onde poderíamos ser pegos de forma vergonhosa.

 

Só aí que o estalo ecoou na minha cabeça: Eu queria a tomar em matrimonio. Eu queria. Céus, era isso: eu queria me casar com ela. Atordoado, respirei fundo e retrocedi dois passos para trás fechando as roupas dela e buscando autocontrole vindo do além para não avançar nela de novo.

 

______ Sasuke-kun eu fiz algo de errado... você não me quer?

 

Inferno, ela havia entendido tudo errado. A abracei de novo, agora com a respiração regularizada e tentando trazer qualquer outra coisa ao pensamento que não as cenas anteriores entre nós.

 

______ Eu quero. Só que... estamos expostos.

 

Sakura pareceu voltar também a sanidade e olhou para os lados, também tomando consciência do lugar em que estávamos a ponto de nos despir e ficou rubra de vergonha, escondendo seu rosto no meu peito.

 

______Bem, acho que vou dar uma última olhada no Naruto e... ir pro quarto.

 

______Seria bom. Eu.... vou te acompanhar.

 

______ Não, bem, preciso respirar. E não surtar. Só, me dá um pouco de espaço?

 

Assenti a cabeça afirmativamente e a vi, entrando no meu quarto e saindo em direção ao cômodo ao lado, para cuidar do meu amigo idiota. Senti as serpentes me envolvendo de novo e percebi que não havia desfeito o feitiço anteriormente.

 

______ Mestre Sasuke, não consigo entender suas emoções de agora.

 

______ E você acha que eu as entendo? Preciso treinar, quebrar algumas coisas, usar minha espada em algo ou definitivamente, vou perder o que resta da minha racionalidade.

 

*******************************************************

 

Minha mente estava nublada e cansada. Era como se eu estivesse num lugar escuro e frio. Sozinho. Terrivelmente sozinho. Eu já havia estado nesse tipo de lugar antes, em outras épocas. Épocas ruins. Dias em que perdi tudo que amava e precisei fugir para sobreviver. Dias em que me tornei um órfão exilado em outras terras, vagando.

 

A última lembrança que conseguia resgatar da minha mente era do banquete e de quando comecei a sentir aquela dor intensa que me fez abandonar a festa. O resto depois eram borrões e fragmentos. Lembro de me sentir sendo rasgado por dentro por algo.

Então veio um calor diferente. Um que parecia me aquecer e parar a dor. Mãos aconchegantes que me tocavam e pareciam fazer magia. Vozes conhecidas preocupadas comigo. Uma voz, mais persistente e melodiosa que falava que iria me curar e devolver as pessoas que me amavam. Cheiro de ervas e medicamentos que me deixavam enjoado.

 

Foram muitos dias assim. Comigo naufragando dentro da minha própria mente e tentando forçar meu corpo a responder. Queria abrir os olhos e dizer que estava bem. Que tudo ficaria bem. Eu ouvia alguém chorando, temendo por minha vida. Não desejava ninguém sofrendo por mim assim. Mas o caminho de volta estava ainda escuro e longe.

 

Uma hora, porém, vi uma luz reluzindo. Um cabelo rosa iluminado por velas e alguém cantarolando enquanto aplicava o que parecia um tipo de remédio em mim. Foi só um vislumbre momentâneo e depois meus olhos se fecharam novamente e ela nem viu que eu estava tentando voltar. A curandeira que havia cativado o coração do idiota do meu melhor amigo estava cuidando de mim. Era ela a pessoa que vinha me trazendo aquele calor bom.

 

Quando ouvi o som de outros passos chegando ao quarto, fiquei ainda mais animado. Minha consciência não havia partido para o escuro novamente, mesmo que eu não estivesse acordado. Então uma voz conhecida ecoou falando com Haruno Sakura: Sasuke também estava aqui comigo. Não consegui distinguir as palavras, mas sei que depois de algum tempo, senti as mãos dela no meu corpo novamente me vestindo e a ouvi deixar o quarto.

 

            Eu queria gritar para ela ficar. Não queria ficar sozinho de novo. Queria que o idiota do Teme voltasse lá para o quarto e me batesse até esse corpo inútil se mexer de novo. Tentava inutilmente forçar qualquer movimento, qualquer coisa. Me sentia preso e aquilo era sufocante.

 

            Não tenho ideia de por quanto tempo eu forcei meu corpo a responder. A noção de duração das horas e dias há muito tinha se perdido para mim àquela altura da situação. Não podia desistir. Tinha medo da minha consciência se perder naquele lugar escuro de novo. Precisava me manter são e caminhar de volta para vocês. Um passo de cada vez. Para longe da escuridão e do frio lugar sozinho. Não irei desistir até me mover pelo menos um centímetro.

 

            Quando dei por mim, meus olhos estavam abertos de novo. Não reconheci nada do teto do quarto ou mesmo, da mobília ao lado da cama. Não estava no Castelo, isso era um fato. Aonde Sakura e Sasuke haviam me levado? Mal senti quando meu corpo adormeceu e meus olhos se fecharam de novo. Só que agora tinha uma certeza: eu podia acordar de novo em breve. Estava voltando para vocês.

 

*********************************************

 

______ Alguma notícia nova sobre o Imperador?

 

______ Sasuke enviou uma mensagem por seu falcão mensageiro hoje pela manhã, ainda assim não há novidades: o estado de saúde de sua Majestade é estável. Houve melhoras, mas ele ainda não despertou do coma.

 

Mendokusai. Queria logo receber uma maldita mensagem por aquele pássaro mal-encarado como o dono relatando que Naruto havia acordado de vez e estava bem novamente. Só que parecia que isso ainda demoraria pelo jeito. E isso me deixava ansioso. A espera sem mudanças ou perspectivas. Precisava de alguma notícia boa para não terminar de furar o chão da minha sala palaciana tentando manejar o contexto delicado atual.

 

______ E sobre a investigação, a que ponto estamos?

 

Estávamos reunidos na sala de convenções interna da minha mansão, considerando que o Palácio ainda não era visto como confiável desde o incidente do envenenamento. Kiba e Shino estavam trabalhando junto com os dois primeiros oficiais do Uchiha Karin e Suigetsu para rastrear quem havia atacado ao Imperador. Conseguimos a informação que nenhum dos nossos habituais rivais de fronteira estavam envolvidos no incidente. Só que os vestígios dos responsáveis pelo ataque pareciam estar desaparecendo a cada dia.

 

______ Há uma nova informação, Primeiro Ministro Nara. Um nome que foi extraído de alguns comerciantes de fora de Konoha.

 

______ Como não me passaram isso antes?

 

______ Concordamos junto ao Mestre de Armas que seria não seguro partilhar das atualizações sobre essa busca fora dessa sala, considerando o quadro atual não?  Além do mais, não temos nem um sobrenome ou referência de que reino esse homem possa ser ou como ele conseguiu agir dentro do Palácio Imperial. Soa mais como um fantasma do que um ser humano. 

 

Àquela hora do dia, Kakashi estava no Palácio, bancando o regente disciplinado e atendendo há um bando de nobres urubus que queriam respostas sobre o súbito noivado de Naruto. Ao que parece, algumas famílias tradicionais da capital se sentiram preteridas pela escolha de uma noiva que fosse pertencente a um clã interiorano. Eles nem escondiam seu preconceito contra aqueles que eram de fora do seu íntimo círculo ganancioso e ostentativo.

 

______ Qual o nome desse fantasma afinal de contas então?

 

______ Kabuto. 

 

Por alguma razão, aquele nome disparou um alerta na minha mente. Eu não lembrava de conhecer algum Kabuto que era inimigo direto do Império ou coisa do gênero, mas aquele nome parecia estar na minha cabeça em algum lugar. Juntei as mãos tentando me concentrar e visualizar de onde aquele incomodo vinha de dentro de mim. Repassei reuniões palacianas, festas nobres, documentos importantes, cartas...

 

______ Não pode ser, será esse Kabuto?

 

______ O que foi Shikamaru? Não me diga que a sua mente conseguiu pensar em algum Kabuto que poderia

 

            Fiz o caminho até o meu escritório correndo, seguido pelos quatro oficiais que pareciam achar que eu havia enlouquecido, considerando suas expressões faciais. Comecei a atirar pergaminhos e cadernos de anotação do meu arquivo pessoal sobre a mesa, procurando um determinado agrupamento de documentos que sabia que estava ali em algum lugar. Minha mente poderia ser afiada e organizada, bem como meu espaço de trabalho. Porém, fazia anos que eu não tocava nesses papeis em si, poderiam estar em qualquer lugar daquele escritório.

 

_____ Há um tempo atrás, meu pai me designou uma missão: localizar Uchiha Sasuke para Naruto. Foi antes da guerra começar, quando meu pai ainda era um espião dentro do governo do falso imperador Danzou.

 

Encontrei outra pilha de documentos e continuei a abrir e identificar quais eram, abrindo descuidadamente os laços que atavam cada pergaminho e jogando num canto da mesa ao perceber que não era o que buscava;

 

_______ Então foi você que rastreou o Uchiha aquela esconderijo?

 

_______ Sim, foi. Nessa época ele vinha construindo uma fama terrível como Indra. Ainda assim, Naruto queria que ele voltasse para Konoha e lutasse ao lado dele. Só concordei com o plano do meu pai e a missão que me incumbiu quando investiguei Sasuke e vi que o poder e as habilidades dele haviam crescido tanto que o ter como aliado à nossa causa era mais valoroso do que como inimigo.

 

Lembrei que havia reunido alguns documentos da época em que meu pai ainda estava vivo e posto em uma caixa separada, buscando os separar e reunir em um único local. Passei os olhos pelo escritório tentando a achar e por fim, a localizei no alto de uma das estantes. Puxei uma cadeira e subi, pegando-a desajeitadamente e a derrubei no chão de imediato, para poder analisar melhor seu conteúdo.

 

______ E então? Aonde o tal Kabuto

 

_____ Eu investiguei todos os comparsas e servos do Orochimaru nessa época para localizar aquele esconderijo. E um nome me chamou a atenção: o filho desaparecido de um clã nobre que deu total apoio ao golpe militar contra o Imperador anterior a Minato: Kabuto Yakushi.

 

______ O clão Yakushi não foi aquele que foi banido de Konoha pelo Imperador Hiruzen há anos atrás? Falou Shino me fitando abrindo aos pergaminhos no chão, concentrado. 

 

______ Sim! Eles mesmos. O clã tinha ligações suspeitas com governos inimigos na época e o Imperador Sarutobi obteve provas consistentes que estavam trabalhando com um outro reino que planejava um ataque a Konoha.

 

Continuei meu relato, sentando no chão diante dos documentos que havia aberto e agora enfim, visualizando o que minha lembrança estava tentando me mostrar:

 

_____ Pouco antes do clã partir do Império do Fogo, seu filho Kabuto desapareceu. Lembro que houve uma comoção em torno disso e o líder da família acabou convencendo a Sarutobi por permitir sua permanência nestas terras para procurar a criança, abrindo mão do seu título nobre e poder como condição.

 

Kabuto Yakushi, o menino nobre perdido, havia se tornado mais um dos aprendizes do feiticeiro espadachim da montanha escura Orochimaru. Isso foi um fato que poucos no Império sabiam e uma informação que havia sido mantida em sigilo, como muito em torno daquele assustador homem com habilidades tão sombrias quando poderosas.

 

            ______ O menino nunca foi encontrado e os Yakushi acabaram se envolvendo na primeira tentativa de golpe militar contra o Imperador Hiruzen, tempos depois. Mas como não tinham mais poder econômico ou político, foram engolidos na guerra e seu nome foi esquecido entre as casas nobres.

 

O que eu procurava estava ali agora na minha frente, um rascunho desenhado de como Kabuto era a anos atrás, na época em que Kakashi usou um pequeno exército para invadir o esconderijo de Orochimaru e prender Sasuke. Danzou acreditava erroneamente que aquela missão tinha o intuito de parar um criminoso que estava a ponto de invadir ao Império com seu grande poder, quando na verdade, estávamos criando um teatro para reaproximar em segredo, Naruto de nosso amigo de infância Uchiha que vinha se perdendo na escuridão junto ao seu mestre.

_______ Se o homem que estamos procurando é mesmo Kabuto Yakushi, então começo a pensar que nossa conexão para o ataque à Naruto era mais óbvia do que imaginávamos e estamos sendo feito de tolos a semanas.

 

_______ O que quer dizer com isso Nara? Explique-se homem, está nos matando de curiosidade por aqui,

 

Karin me encarava de forma intensa, com ambas as palmas das mãos apoiadas na mesa se inclinando na minha direção. Seu marido e meus dois conhecidos de infância e também oficiais militares me olhavam ansiosos, esperando eu terminasse de contar o que havia começado.

 

______ Os Yakushi tinham conexões com outros reinos, em especial, com um que hoje é aliado direto de Konoha, mas que no passado foi um inimigo declarado de nosso Império. Esta família nobre em especial, trabalhou junto ao Império de Suna.

 

______ Mas Gaara é leal ao Naruto e o vê como um amigo querido, não faz sentido atribuir esse ataque covarde a ele.

 

______ Não, isso não viria do Rei da Areia. Isso foi baixo, depreciativo e vil. Gaara também foi traído por alguém de seu povo que agiu por suas costas. Alguém de sua comitiva usou da hospitalidade de Naruto para com o povo de Suna para atacar ao nosso Imperador e criar uma provável tensão entre os reinos.

 

Karin e Suigetsu, quase que ao mesmo tempo, rumaram juntos em direção a porta sem proferir uma palavra ou mesmo, dar uma explicação de onde estavam indo. Me senti na obrigação então de os questionar e entender o que estava acontecendo.

 

______ Aonde estão indo com tanta pressa, a reunião não acabou ainda!

 

Karin cruzou os braços com fogos nos olhos e me respondeu com uma voz baixa e ameaçadora, soando como uma fera pronta ao ataque.

 

______ Nara, com todo o respeito. Eu revirei os aposentos dos visitantes inúmeras vezes desde o ataque. Observamos a todos silenciosamente. Remexi nas coisas deles, usamos todos os artifícios junto ao clã Yamanaka e nada encontramos. Agora que me diz isso, me sinto uma incompetente que deixei algo passar. Que falhamos. Preciso voltar naqueles quartos e encontrar qualquer coisa, qualquer coisa, aí ficarei tranquila.

 

______ Tem razão Karin, é um bom ponto para recomeçar a investigação. Vamos prosseguir assim, leve Shino e Kiba com você para isso. Suigetsu, entretanto, você me ajudará com outra missão antes de se unir a eles no Palácio.

 

______ O que poderia fazer pelo senhor, Lord Nara?  

 

______ Envie uma mensagem para Sasuke e peça que relate o máximo possível de informações que ele puder nos passar sobre Kabuto. Ambos conviveram como discípulos do Orochimaru.  Se existe alguém que pode nos falar mais sobre esse homem misterioso, certamente é o General Uchiha.

 



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