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História O Príncipe Serpente - Montanha abaixo


Escrita por: idaborchardt

Notas do Autor


Olá!

Espero que a semana tenha sido produtiva para todes!
Vou deixar mais um capítulo para vocês e espero que curtam a leitura =D

Bjins e não se esqueçam de deixar comentários
Bye bye =>,<=

Capítulo 37 - Montanha abaixo


Fanfic / Fanfiction O Príncipe Serpente - Montanha abaixo

______ Então estamos acertados, retornaremos em dois dias. Vou deixar a tarefa de organizar a caravana para você Sasuke e para Kiba, agora que está aqui oficialmente.

 

______ Há mais uma coisa a ser acertada, Imperador.

 

Shino interrompeu a mim e Kiba que estávamos nos levantando da mesa em torno da qual tínhamos nos reunido com um gesto, falando diretamente comigo.

 

______ Fale Shino, o que ainda falta discutir e que eu esqueci dessa vez?

 

______ Se as intenções matrimoniais do Imperador estão alinhadas, seria importante que sua noiva também se movesse de modo definitivo para a capital. Os preparativos para um Casamento Imperial irão ocupar algumas semanas e talvez seja também o momento ideal para que a futura imperatriz desça a montanha com você.

 

Shino era um dos meus subordinados diretos mais confiáveis e mais úteis. Ao mesmo tempo que ele era ligado a Casa Militar, sendo membro do grupo de investigação, também prestava serviços a Casa Civil sendo muito estimado por Shikamaru. Definitivamente, nesse momento ele estava agindo como um braço do Nara.

 

_______ Entendo, não tinha pensado nessa questão. Discutirei com Lord Hiashi e com Hinata sobre isso.

 

O líder do clã Hyuga havia nos deixado utilizar a sua sala principal de reuniões por algumas horas, considerando as demandas que precisávamos organizar ante a nossa iminente partida da Fortaleza nas montanhas. Sasuke havia estado ali comigo mais cedo apresentando algumas preocupações sobre o cenário incerto na capital, mas agora tinha desaparecido da minha vista. Mais cedo ele realmente parecia esquisito e aflito. Esse tipo de instabilidade vinda de um homem tão complicado quanto o Teme me incomodava. Essa manhã cheia de afazeres e preocupações não acabava.

 

______ Konohamaru, para onde foi o Sasuke?

 

Meu guarda costas mais jovem havia recém retornado à sala depois de ir fazer algumas solicitações para a viagem junto com Kiba no pátio. Pelo que havia ouvido antes, Inuzuka e Neji estavam discutindo sobre os arranjos em relação aos cavalos ou coisa assim.

 

______ Ele voltou para os aposentos dele e está acompanhando a curandeira que foi dar uma olhada em Sakura-sama.

 

______ É verdade, Sakura se machucou depois que foi levada. Aqueles desgraçados se atreveram a machucar alguém ligado ao Imperador.

 

_______ Pelas informações que recolhi da ala medicinal, a curandeira Sakura teve ferimentos graves mas se recuperará logo. Disseram que ela foi ferida com uma arma envenenada e antes, tinha sido dopada com medicamentos. 

 

A raiva de imaginar uma pessoa tão gentil e boa como Sakura sendo ferida e tratada dessa forma me fez cerrar os punhos e amassar algumas folhas. A imagem de Sasori no Palácio há algumas semanas sorrindo cinicamente enquanto participava do Festival Primaveril dentro do meu palácio. E pensar que aquele cara que eu mal conversei algumas vezes conseguiu de algum modo me envenenar em meu próprio lar.

 

_______ Quando retornarmos à capital planejo designar um dos guardas imperiais para a proteger até que ela oficialmente se tornar a esposa do Sasuke. Sakura se tornou uma amiga estimada e desejo proteger ela de situações assim no futuro.

 

______ Acho uma decisão sábia, Majestade. Mas conhecendo o General Uchiha acredito que ele mesmo tomará essa iniciativa. Além disso, é de bom tom que também que mantenha certos contatos tão íntimos com ela quando estiverem na capital imperial.

 

A voz do Shino que antes estava calada foi direcionada para mim de novo com um certo tom de firmeza não convencional, como que me advertindo de algo. Do que esse cara está falando?

 

______ Do que está falando, Shino?

 

______ Haruno ainda é uma dama solteira da plebe. Mesmo que use a justificativa de que ela é uma curandeira estimada por sua alteza, outras famílias nobres podem levantar boatos desnecessários sobre a relação entre vocês.

 

______ Quem ousaria levantar esse tipo de boato ofensivo sobre o Imperador?

 

______ Majestade Naruto, já há todo tipo de boato circulando pelo Império. Faz quase um mês que deixou a capital com o argumento da Visita Matrimonial. As famílias nobres estão acuando ao Primeiro Ministro Nara e o Mestre de Armas Kakashi sobre o edito imperial confirmando ou não essa união.

 

_______ Mas Sakura é a noiva do Sasuke. Além disso, eu e Hinata estávamos pensando em propor ao dois que façamos uma pequena cerimonia em conjunto...

 

_______ Um casamento imperial é algo cheio de ritos e tradições, Majestade. Acredito que não seja adequado uma cerimônia de dois casais nestas circunstâncias.

 

As chatas burocracias e tradições sempre me irritavam. Elas me perseguiam desde a época que eu era um pirralho teimoso e barulhento correndo de um lado para o outro do Palácio, incomodado com tantas regras e proibições. Pelo jeito, mesmo depois de adulto, precisaria encontrar formas de as contornar e não ser sufocado por elas. Apoiei meu queixo em uma das minhas mãos e fiquei fitando a janela aberta na parede oposta me perguntando como seguir em frente com meus desejos, porém, nenhuma ideia me veio à cabeça. No final das contas, eu não era o mais esperto para lidar com tantas complicações.

 

_______ Acho que vou ver minha noiva agora.

 

Levantei da cadeira e puxei meu manto, cobrindo os ombros e me dando um ar mais arrumado e formal. Por causa da agitação logo cedo ainda não tinha conseguido ir cumprimentar minha noiva e a vontade de a ver me moveu a sair dali um pouco e respirar.

 

_______ Majestade, e sobre a questão da traição de Suna? Quanto tempo mais irá evitar esse tópico?

 

______ O tempo que eu julgar necessário, Oficial Aburame. Temari veio do Reino da Areia de boa vontade e está contribuindo na investigação.

 

______ Isso significa que confia totalmente na lealdade do Rei Gaara à Konoha?

 

______ Não. Isso significa que confio no meu amigo querido Gaara e que trabalhando juntos como sempre fizemos resolveremos qualquer coisa que surja entre os dois reinos.

 

Abri um sorriso e sai da sala, deixando-o interpretar as minhas palavras da forma que quisesse. Às vezes eu me sentia como um bicho preso em uma armadilha de caça, tentando se esgueirar de espinhos por todo lado. Dattebayo, nunca pensei que ser Imperador seria tão difícil assim.

 

*******************************************************

 

A atmosfera estoica e fria daquele salão sempre me espantava. Já fazia algum tempo que não era convidado a estar ali senão fosse para receber uma reprimenda ou ordem. Mas por alguma razão, seja pela refeição farta em acompanhamentos posta a minha frente ou pelo semblante anormalmente tranquilo de Lord Hiashi sentado à minha frente apreciando um copo de bebida, o ar daquela sala hoje parecia menos pesado. Quase, aconchegante.

 

_______ Tome, prove desse saquê. É um vinho de sabor adorável que suas primas me presentearam de Iwagakure.

 

O líder do clã inclinou a mão apontando para uma garrafa de vinho de arroz decorada com ornamentos florais, me incentivando a encher meu próprio copo que ainda estava vazio.  Assenti obedientemente e me servi de uma dose que fiquei bebendo devagar, enquanto me servia da comida quente e apimentada servida para nós. Enquanto isso, observava sutilmente meu sempre tão sério tio bebendo e comendo sem inibição. Não era a primeira vez que eu a via bebendo, todavia, considerando que era a altura da metade do dia e o convite que ele tinha me feito antes era para almoçarmos juntos, era no mínimo estranha a sua postura relaxada. O que estava acontecendo aqui?

 

______ Neji, você se tornou um guerreiro incrível.

 

Por alguns instantes, congelei diante desse elogio tão súbito e fiquei parado com o copo a atura dos lábios sem saber como reagir. Abaixei o recipiente e pus os hashis sobre a tigela de arroz, esperando entender o porque daquele comentário do nada.

 

______ Eu.. devia ter falado isso antes. Mais vezes, inclusive.

 

Vendo que eu não iria o interromper ou retrucar, ele continuou a falar placidamente, com as faces coradas do vinho e com a luz tranquila, como que se aquilo fosse um desabafo que há muito queria soltar.

 

______ Sei que se ressente pela morte do seu pai nas trincheiras de guerra anos atrás. Também sei que a questão da sucessão do clã se tornou um espinho em sua alma. Só queria te dizer, que tive razões para algumas das decisões que tomei sobre vocês antes.

 

A história do ramo principal e secundário da família Hyuga em nada devia a outros dramas de clãs nobres por todo Império. Haviam dois irmãos, filhos de um grande líder, ambos treinados para serem guerreiros valorosos e implacáveis. O primeiro a nascer era o herdeiro. O segundo, seu apoio, e caso de morte do primeiro, seu substituto. Quando houve a invasão de Suna ao Império ainda em formação que tinha como Imperador o lendário Sarutobi, houve um edito imperial convocando as grandes famílias a enviarem forças para o campo de baralha. O pai de Hiashi e Hizashi, meu avô, não hesitou nenhum um momento em enviar o filho mais jovem liderando as tropas e deixar o mais velho, longe da guerra, para o poupar.

 

Na época, ambos já tinham esposas e filhos. Eu era a única criança na Mansão do meu pai. Lord Hiashi, meu tio, tinha duas meninas. Hizashi não voltou vivo da guerra. Minha mãe partiu meses depois vitimada por uma febre do inverno. E assim, fui recebido na fortaleza da família principal, com um status semelhante à de um filho. Ainda que, jamais tenha me sentindo parte dessa família de fato. Algo faltava e logo, passei a culpar o herdeiro principal pela perda do meu pai e ambicionar tomar algo dele para o punir. Minha obsessão por ser nomeado sucessor do clã surgiu daí.

 

 

______ Eu percebi seu talento desde antes de vir para esta fortaleza morar conosco. Um verdadeiro prodígio para a Casa Hyuga. Mas seu temperamento, seu rancor, foi se tornando como tempestuoso demais.

 

______ E havia Hinata. Minha princesa mais velha. Gentil demais para a sua própria segurança. Dócil demais para sobreviver a vida nessa fortaleza gelada e remota. Uma flor que poderia ser amassada a qualquer momento. Inutilmente, eu tentei instigar a se tornar mais feroz, a ganhar a mesma ambição que você exibia.

 

______ Foi por isso que eu decidi unir minhas duas demandas em uma só. Nomear o jovem rebelde e talentoso como guardião da princesa sem forças. Aproximando vocês dois não pelo vínculo familiar e treinos, mas também por uma relação de proteção e cuidado. Eu queria que ela conhecesse a firmeza das suas convicções e se nutrisse delas, como que você também enfim descobrisse a beleza que há em estimar e proteger alguém. Porém, o tempo mostrou que a ruptura entre vocês se tornou ainda maior e me vi manejando este erro em minhas escolhas até agora. Por isso, peço perdão.

 

O líder do clã colocou as palmas nas mesas e se inclinou numa reverência completa, se prostrando diante de mim. As palavras de Hiashi entravam por meus ouvidos e começaram a me deixar embaraçado. Aquele homem nunca tinha sido um homem afetuoso: Havia sido refinado ao extremo naquela disciplina familiar até se tornar uma espada afiada. Mesmo suas relações familiares eram frias e meticulosas. Contudo, agora estava abrindo seu coração e falando tantas coisas que eu não tinha me atentado antes. Ele me queria bem e a Hinata também. Mas a disciplina familiar o fazia sempre ser tão rígido e impessoal.

 

_______ Eu.. não me ressinto da família principal, não mais. Porém, também não sei como lidar com a situação no momento. Preciso de um tempo, para digerir tudo...

 

Hiashi me olhou diretamente nos olhos, como que olhando dentro da minha alma através dos seus orbes esbranquiçados e balançou a cabeça positivamente, indicando que entendia minhas palavras. Ele se serviu de mais vinho e voltou a beber, enquanto continuou a falar tranquilamente:

 

_______ Acredito que eu e Hinata precisaremos nos mover para a capital em breve, afim de acertar os detalhes do casamento entre ela e sua Majestade. Isso também significará que precisará a acompanhar, Neji.

 

_______ Compreendo Lord Hiashi, farei o meu melhor como protetor dela cuidarei para garantir sua segurança e...

 

Hiashi levantou uma mão, me impedindo de continuar a falar, colocou seu copo na mesa ao lado dos seus hashis que há muito tinha largado e falou, agora com um tom menos ameno e mais firme:

 

______ Não seja tolo, criança arrogante. Não estará nessa viagem e cerimônia como um simples guardião mais.

 

_______ O que você quer dizer com isso Líder?

 

_______ Você irá como família, criança arisca. Eu te liberto do voto de proteção que impus a anos atrás, Neji. A partir de hoje, sua posição como guardião da Princesa Hyuga não será mais uma obrigação. A demanda acabou.

 

************************************************

 

Eu era uma pessoa matinal. Seja pelos treinamentos com a Grã mestra Tsunade ou pelas minhas funções na Casa de Curas estava sempre de pé logo nas primeiras horas da manhã. Mas naquele dia, eu acordei tarde e por alguns instantes, fiquei meio atordoada tentando entender aonde estava, ao não reconhecer o recinto onde estava pela sonolência.

 

O sol já tinha passado bastante da hora décima, quando despertei preguiçosamente na cama de Sasuke. Aos poucos, comecei a me espreguiçar e sentar na cama desordenada, tentando assimilar ainda os acontecimentos da noite anterior. Estava vestindo um dos roupões dele e nem me lembrava em que momento da noite, havia colocado aquilo. O leito estava coberto de lençóis bagunçados e o cheiro dele estava por toda parte. Aos poucos, as lembranças da noite anterior começaram a vir e senti meu rosto corar ao pensar que realmente tínhamos feito aquilo tudo.

 

Desci da cama e dei dois passos em direção a bacia de água que estava sobre a mesa para lavar meu rosto, mas meu corpo cedeu e me vi sentada no piso seminua. A fraqueza nas minhas pernas me puxou para o chão e ao mesmo tempo, me fez perceber o estado do meu corpo. Quando olhei para minhas coxas, me deparei com dezenas de marcas roxas deixadas e fiquei ainda mais encabulada. Shanaro! O que ele tinha feito comigo! Batidas leves foram ouvidas na porta e uma voz gentil ressoou do outro lado:

_______ Sakura-sama, Sakura-sama! Está desperta? Uchiha-sama nos designou para te atender hoje

 

            Me atender? O que ela queria dizer com isso. Está certo que o meu estado agora era meio lamentável, mas enviar servos da casa nobre para o meu quarto era para lá de esquisito. Nunca tinha tido esse tipo de tratamento quando estive hospedada em casas nobres para tratar pacientes. Era meio intimidante. Tentei rastejar para a cama e puxei meu corpo com alguma dificuldade para cima dela, tentando sair da situação ridícula que estava. Ao fazer isso, avistei mais marcas de beijos e mordidas ao longo do meu braço, que aparentemente subiam pelos meus ombros e desciam pela minha barriga. Fechei o roupão ainda mais envergonhada e gaguejando, respondi a moça no corredor:

 

            _______ De de deve ter algum erro, por que ele me enviaria servos?

 

            _______ Ele me disse que você precisaria de suporte ao acordar. Podemos preparar um banho para a senhora agora?

 

Risadinhas baixas foram ouvidas do outro lado da porta. Estava tão na cara assim o que tinha acontecido entre nós. Como eu poderia deixar alguém vir me banhar e ver o estado em que estava. Sasuke estava fora de si quando me deixou marcada desse jeito? Que vergonha!

 

______ Sasuke-sama também pediu para chamarmos o curandeiro que te tratou antes assim que você acordasse para olhar seus ferimentos. Podemos entrar para te servir agora?

 

______ Ai ai, calma. Ta, podem entrar. Acho, não sei, estou confusa!

 

A porta foi aberta devagar por uma jovem serva sorridente com cabelo castanho trançado, seguido por mais uma serva, que tinha cabelos negros e ar mais juvenil. Elas fizeram uma reverência formal e sem olhar diretamente nos meus olhos, voltaram a falar de forma tranquila, me consultando como que se eu fosse alguém importante:

 

______ Deseja uma refeição leve primeiro ou prefere se banhar antes?

 

Lembrando da minha nudez mal encoberta por aquele roupão gigante e do estado do quarto ao meu redor me senti meio intimidada a pensar sobre o que responder. Ao olhar em torno da cama percebi que o caos que tinha imaginado que estaria, não coincidia com o que eu via: as ataduras sujas de sangue e as toalhas que Sasuke usou para me limpar tinham sumido. Também tinha uma vaga lembrança de ter visto nossas roupas jogadas por toda parte do chão, mas o piso estava limpo e sem nenhuma peça de tecido fora do lugar. Sasuke aparentemente havia organizado o quarto antes de sair mais cedo.

 

_______Um banho, um banho seria bom. Mas eu... Eu, não tenho roupas aqui.

 

_______ Uchiha-sama preparou algumas vezes para você, estão na outra sala. Todavia, pediu que descanse por hoje no quarto e aguarde o curandeiro vir te tratar.

 

_______ Sasuke preparou roupas para mim?

 

_______ Sim, ele teve ajuda da nossa Hime para preparar algumas vestes e adereços a sua disposição. Também pediu para que avisar que logo viria a ver quando terminasse sua reunião com o Imperador e seus oficiais.

 

_______ Ah obrigada. Vamos tomar um banho então.

 

Minutos depois, um outro grupo de servas trouxe uma tina de madeira e a encheu com uma água perfumada e fumegante. As duas garotas que tinham vindo antes foram até a beira da cama e me ajudaram a entrar no banho. Enquanto uma me ajudava a lavar os cabelos a outra, trocou os lençóis da cama com grande habilidade. Sentia o olhar dela demorado nas marcas obscenas por toda a minha pele e mentalmente amaldiçoei Sasuke por ter sido tão descuidado e ter as feito. Ao mesmo tempo, lembrei da sensação que senti enquanto ele me mordia e chupava, me sentindo uma pervertida por corar de novo. Afundei na água e tentei mudar o foco do meu pensamento, tentando não demonstrar para a jovem serva legal que me ajudava sobre as coisas que minha cabeça insistia em pensar.

 

Depois daquele banho relaxante, fui secada com muito cuidado pelas jovens servas e vestida com uma veste interna delicada e florida, e um kimono branco para o leito, ambos de tecidos excecionalmente requintados.  Quando meus cabelos estavam sendo penteados usando um óleo perfumado que nunca tinha sentido o cheiro antes, a porta se abriu e Sasuke entrou. Ele parecia mais bonito do que nunca, vestido com um kimono azul escuro e um hakama preto com uma estampa pequena de gaivotas. Meu noivo caminhou até a cadeira onde eu estava sentada, pegou o pente da mão da criada e a dispensou com um gesto, falando com sua voz grave e linda:

 

_______ Podem sair, tragam uma refeição para dois e chamem o curandeiro da casa, por favor.

 

_______ Sasuke-kun!

 

Tentei virar na direção dele, mas fui impedida por suas mãos firmes em torno do meu queixo e cabelo. Para minha surpresa, ele se posicionou atrás de mim e continuou a pentear meus cabelos vagarosamente, desembaraçando os fios e afundando as pontas dos dedos no meu couro cabeludo. O toque era relaxante e logo, me senti bem com aquilo e inutilmente, busquei me recostar nele.

 

______ Fique parada. Você se mexe demais.

 

O silêncio permaneceu entre nós durante um certo tempo, até que leves batidas na porta foram ouvidas e a voz da primeira serva surgiu do outro lado da porta.

 

______ Uchiha-sama, trouxemos a refeição e o curandeiro.

 

______ Esperem.

 

Sasuke habilmente tinha trançado meu cabelo em uma única trança longa que agora, ele segurava entre os dedos. Ele tirou uma faixa azul de dentro do seu haori e a envolveu na ponta dos meus cabelos com ela, dando um laço. Por fim, seus dedos continuaram a deslizar pela trança, subindo em direção ao meu pescoço e roçando no lóbulo da minha orelha, até parar na minha nuca. Minha pele estava quente ante o seu toque e o olhar dele para mim era tão intenso que sentia que poderia derreter a qualquer momento, como um papel jogado as chamas.

 

______ Venha aqui. Preciso te alimentar e deixar o curandeiro cuidar de você.

 

Sasuke se abaixou diante de mim, me puxou para o seu colo e carregou para a cama, depositando um beijo em minha testa. Naquele estante, envolvida em seus braços, me senti a pessoa mais sortuda do mundo inteiro. Só queria que aquele momento durasse para sempre. 



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