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História O Príncipe Vermelho (Imagine Jeon Jungkook) - Capítulo XLVI


Escrita por: Sinkyhu

Capítulo 49 - Capítulo XLVI


Fanfic / Fanfiction O Príncipe Vermelho (Imagine Jeon Jungkook) - Capítulo XLVI

Abri meus olhos e vi o pequeno e pouco perceptível rastro do Sol pelas cortinas grossas. Senti Jungkook atrás de mim, o corpo nu contra meu corpo no, sua mão tocando meu seio enquanto ele dormia serenamente.

Lembrei-me da noite passada, e imediatamente abri um sorriso largo, também lembrando de que ele acariciou meus seios e cantou para mim até que eu dormisse. Foi a melhor noite de toda a minha vida, a qual me fez pensar que todos os meus sofrimentos haviam valido á pena, para que eu me tornasse uma pessoa mais forte e tivesse a chance de amar alguém como Jungkook.

Claro, eu iria voltar a dormir ao seu lado, porém eu estava sentindo um pouco de frio e decidi me levantar e me cobrir com algum lençol que havíamos atirado ao chão em nossa longa e prazerosa noite. Retirei delicadamente sua mão de meu seio e me levantei. Mas logo em seguida as lembranças da noite anterior se mostraram presentes em meu corpo. Meus quadris doíam e minha intimidade latejava, sem falar que meu reflexo (mais visível pelos preparativos da noite anterior) apresentava todas mordidas, chupões e arranhões. Mas tudo aquilo foi tão bom que eu olhava e sentia aquela dor com orgulho, aquela dor me era prazerosa, eu me sentia uma verdadeira mulher, um tanto poderosa e evoluída, como se realmente houvesse me tornado maior em espírito assim que me deitei com Jungkook.

Falando nele, decidi observá-lo. Agora ele é meu marido - essa simples lembrança me fazia morder os lábios e me lembrar de tudo que ele havia feito comigo, como ele me deixou louca, implorando por seus toques e recebendo seus carinhos sem me importar com o amanhã, o amanhã que sempre foi tão medonho aos meus olhos. Eu também o havia deixado bem marcado, pelo o que eu me lembrava, suas costas sangraram muito, e minhas unhas nunca foram longas. Ele estava dormindo cruzando as pernas, eu hábito adorável dele, mas que dava mais contraste em suas coxas musculosas que evitei olhar muito para que não ficasse atiçada novamente.

Em seu ombro ainda tinha uma marca levemente avermelhada de meus dentes. Em um momento de puro prazer ele pediu para que eu lhe mordesse enquanto ele fazia o mesmo. E juro que compartilharmos aquela mínima dor nos levou num orgasmo maravilhoso.

Ele foi tão bom, tão cheio de paixão... Tanto que assim que terminamos ele me abraçou forte por alguns minutos:

"Ainda não acredito que agora, finalmente você é toda minha" - eu me lembrava com clareza das palavras, e acho que jamais vou esquecê-las.

Quis avançar mais um passo em direção, já com o lençol em mãos, porém minhas pernas doeram e me obriguei a me sentar sobre a cadeira da escrivaninha de Jungkook. Ao lado dela estava uma tela nova, meu corpo adormecido sobre a cama. Juro que nunca me senti tão bela, até ver naquela pintura o quanto ele me achava bonita.

E ao lado dela havia um livro repleto de manuscritos. Olhei a letra elaborada datada como escrita pela noite. Olhei com atenção e comecei a ler:

"Meu caro diário. Faz exatamente um mês que não lhe informo de tudo o que anda acontecendo em minha vida.

Era para ser apenas uma calma viagem pelas áreas da Sérvia, como eu lhe disse assim que saí, e talvez eu poderia uma procurar por um bom sangue, ou apenas descansar um pouco de minhas funções pré-monarquicas. Mas tudo saiu de uma forma que eu não planejava, mas de maneira maravilhosa, posso lhe jurar.

Primeiramente, meus guardas não puderam me acompanhar, e em parte era uma situação agradável que me traria liberdade, porém acabei sendo assaltado por um plebeu. Infelizmente não tive escolha e fui atrás dele, e acho que o maldito não irá conseguir ficar de pé por um bom tempo até que se recupere. Então logo em seguida passei por uma feira de burgos, onde pude conversar com um homem muito fascinante que me vendeu algumas tintas produzidas com recursos da região e alguns vinhos locais. Mas acho que eu não devia ter falado de meu título real, pois dois dias mais tarde recebi uma mensagem de realeza sérvia.

Por hora eu acreditava ser alguma reunião para criar uniões ou prestar contas sobre minha presença nos territórios reais. Porém era algo muito grande, um pedido que nunca pensei que receberia. Havia uma princesa neste reino, com a morte a puxando para seus braços há cada nascer do sol, a embalando num sono pré-mortal. E esta princesa tinha como seu último desejo, se casar com alguém. A carta fora enviada a mim, assim como á todos os príncipes, mas imaginei imediatamente que nenhum nobre se casaria já com a certeza da viuvez juvenil. Mas eu poderia ao menos ajudá-la a melhorar, e talvez também ter um pouco de perdão de meus pecados deploráveis. Salvar vidas ao invés de retirá-las, era o que eu tinha em mente desde que abandonei Dracul. E aliás, também pensei que a pobre garota seria um alvo de Dracul, pois todos falavam de sua beleza.

Então caminhei até o castelo. Eu iria curá-la, e manter o efeito lhe visitando uma vez há cada seis meses, porém não me casar. Mas pelos céus, diário! Aquela princesa era linda, de personalidade fascinante, absurdamente inteligente e bondosa! Ela me encantou profundamente, e realmente me tornei noivo dela.

Foi uma tarefa muito difícil para lhe manter protegida de mim e de outros vampiros. Principalmente quando Seokjin apareceu... Eu fiquei tão enciumado que seria capaz de fazer aquele homem dar meia volta á ponta pés até que estivesse no mínimo há três reinos de distância de minha noiva. Algo em mim a queria apenas para mim, seus olhos apenas presos aos meu, nossos corações unidos, nossos corpos juntos pela eternidade!

Porém eu me sentia na dúvida sobre meus sentimentos sobre ela. Eu nunca amei, mas ela me fazia me sentir diferente, mas não era amor, eu diria que era uma leve paixão, um desejo intenso, até mesmo um capricho de minha parte de tanto lhe deixar tonta com  minhas capacidades como strigoi. Seu corpo nu, seus lábios contra os meus, seu sangue escorrendo por meus lábios, tudo me deixava com uma dolorosa ereção que eu tinha de lidar assim que deixava seu quarto, me sentindo ainda mais preso á ela, como se ela mesma fosse a que estava me hipnotizando, como se ela fosse uma sereia com aquela voz doce e murmurosa que me arrepiava mesmo em meu corpo morto.

Mas Dracul começou a nos ameaçar, e foi ficando pior! Até que o maldito conseguiu arrancar meu coração num golpe certeiro, simbolicamente fatal para vampiros!

E então ela, minha noiva, a que jurava aos céus e que até se ajoelhar ia diante de mim para dizer que me amava e que eu não poderia responder o mesmo... Ela colocou meu coração de volta ao lugar com lágrimas escorrendo pelos olhos, com as mãos trêmulas, coração despedaçado e alma perdida. Ela me reviveu com forças, as forças do que ela sentia por mim!

E assim que "voltei a vida", notei com clareza o que eu sentia por ela. Eu a amava com todas as minhas forças, com tanta força que talvez um dia eu a ame tanto que meu coração seja capaz de bater novamente! Eu faria o que ela fez por mim, e ainda mais!

Eu a amo com todo o meu ser, com todas as eternidades e com a potência de mil luas num universo! A amo como os mais belos cânticos e sonetos dos poetas! Eu amo, amo e amo minha princesa!

Porém Dracul conseguiu levar minha amada em suas séries de delírios, e com o tempo tentando cortar a conexão, temi que ela acabasse lhe matando. E quando ela acordou, eu estava com tanto medo! Me abraçei a ela e jurei que não ia deixar que aquilo acontecesse de novo. Mas ela brigou quando eu lhe disse a razão de ter ido á sua procura, achou que eu queria apenas cuidar dela e não a amava, mas diário, sabe bem que de modo algum  posso falar aquelas três belas palavras para a dona delas, é muito arriscado que a maldição se cumpra!

E Dracul a levou até o castelo, e eu, Seokjin e seu irmão, Jimin,  nos dirigimos até o mesmo lugar imediatamente. Ele quer que eu a torne uma de nós á força.

Mas hoje fugimos e nos casamos. E ela estava tão maravilhosa, tão perfeita! Quando as velas se apagaram e a luz da lua bateu contra sua pele, eu pensei que por mais forte que fosse, iria desmaiar de encanto! Meus lábios tremeram e minhas mãos ainda mais gélidas de ansiedade até que eu finalmente pudesse tocá-la.

E esta noite eu a toquei. Toquei da forma que sempre sonhei, descontei todo o meu amor sem declará-lo por meio de palavras. Ela me levou a orgasmos que jamais tive, delírios que jamais senti, uma atração divinamente profana e perpétua, verdadeira, autêntica e equilibrada. Eu amei amá-la e ser amado, eu me tornei completo.


Diário...














Agora eu eu sei o que é amar."



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