História O Quarto Massacre Quaternário: Dangerous Mad - Nua

PDV NARRADOR

O apartamento designado pra o Distrito 4 estava vazio nesse horário da tarde. Completamente vazio. Os Tributos foram convocados para uma breve introdução aos dias de treinamentos, resumo e ambientação pelo Centro de Treino. Até mesmo os Mentores deveriam estar na Avenida Principal, participando das confraternizações pós Desfile. Mas Madison estava sem cabeça para isso, e resolveu subir para se esconder. Para clarear a mente. Até porque estava razoavelmente alterada de toda a bebida que tinha ingerido. Sua vida tinha virado de cabeça pra baixo em menos de 5 dias. Mais do que já estava. Tinha sido escolhido para Mentoria e sido arrastada para os holofotes da Capital novamente, a imprensa estava soltando notícias com falsas suposições sobre a sua vida, seu ex-namorado tinha praticamente lhe afirmado que o relacionamento que Madison sempre pensou ser uma mentira na verdade fora verídico e sincero, e pra piorar ela ainda tinha tido uma briga com duas Vitoriosas Carreiristas que ela nunca falara na vida. E o motivo? Erik Night.

O Vitorioso mais bonito e famoso que o Distrito 4 já teve na história dos Jogos Vorazes. Que, por incrível que pareça, tinha lhe beijado. E salvado sua vida. E agora Madison não conseguia nem explicar o que sentia. Gostava dele, da sua presença, mas eles não estavam juntos e aparentemente nem ficariam. Então porque é que estava se sentindo incomodada, e chateada com o fato de tê-lo visto com duas outras mulheres? Não se sente ciúmes de algo que nem é seu, Madison. Se liga.

A 99ª Vitoriosa abriu a porta do apartamento e jogou sua bolsa e seus pertences em cima da mesa localizada no meio da Sala de Estar. Caminhou até o balcão de bebidas e serviu um generoso copo de água. Arriscou colocar umas colheres de açúcar, para diminuir os efeitos do álcool. E para se acalmar. Ficou ali por mais uns segundos, respirando, até que uma voz surgiu bem ao seu lado fazendo-a pular de susto.

- Caramba Erik, você me assustou _ela levou a mão ao coração, respirando fundo. Ela tinha mesmo falado caramba? Qual o problema com caralho? Merda? Porra?

- Eu pensei que você soubesse que eu estava aqui _ele falou tranquilamente, apoiado na porta da Sala de Estar. Com os braços cruzados e a expressão leve. Mesmo chateada, Madison não conseguia deixar de achá-lo extremamente atraente. O cabelo aloirado e a barba por fazer, o azul cristalino no olhar, a pele bronzeada, os braços fortes. Não era de se surpreender que duas Vitoriosas tivessem vindo confrontá-la por causa dele. Não era de se surpreender todo o assédio e a mídia em cima dele.

- O que você quer? _Madison foi rude. Precisava descansar e não estava afim de ficar falando sobre Fannie e Jade agora. Definitivamente não queria falar sobre elas. Só de pensar nisso já lhe dava uma raiva indescritível.

- Quero saber da onde você tirou essa fofoca de triângulo amoroso. Babado grande hein? Eu to meio por fora ultimamente _ele falou, visivelmente debochando do que ela tinha lhe falado lá no subsolo. Madison revirou os olhos.

- Você acha engraçado? Primeiro me beija e depois eu vejo você agarrado com duas mulheres no camarote de Jacob Flickermann. Quando claramente deveria estar empenhado em arrecadar patrocinadores pros nossos Tributos _Madison largou enquanto caminhava na direção dele, para cruzar a porta e ir pro seu quarto.

- Parabéns, você está fazendo seu trabalho muito bem até agora _ela finalizou, tentando passar por ele. Erik segurou o seu braço, fazendo-a lhe olhar. Seu rosto estava há menos 3 centímetros, e novamente ela ficou cara a cara com aquela boca bem desenhada. Com aqueles olhos hipnotizantes de tão claros. Ele expressava tantos sentimentos pelo olhar que Madison não soube nem distinguir. Frustração, raiva, angústia. Ele olhou para a boca da 99ª Vitoriosa, e suspirou fundo desviando o olhar para conter o desejo. Madison deixou sua guarda baixar completamente para ele.

- Não faz isso, Madison _ele pediu, voltando a lhe encarar. Sua expressão era de pura vontade. Indecência. Desejo.

- Fazer o quê? _ele tinha mexido tanto com a sua cabeça que ela nem lembrava mais do que estavam falando. Nem sabia mais o porquê estava chateada, e lhe xingando.

- Dizer que não podemos ficar juntos, e depois sentir ciúmes de mim _ele falou, jogando a real. Não iria se permitir ficar nas entrelinhas com Madison. Ela precisava ouvir isso se situar, situar seus sentimentos. Descobrir em que ponto eles estavam.

- Não é ciúmes, Erik _ela respondeu rapidamente, adotando uma postura defensiva. Tentou retirar seu braço do aperto dele. Quem ele pensava que era pra falar isso? Que atrevimento. Ciúmes? Era só o que faltava né.

- É o que então? _ele a questionou, em alto e bom tom, com a voz preponderante. Sua aura de poder cresceu sobre ela, como se lhe sugasse. Madison mais uma vez baixou a guarda, e tudo o que conseguiu fazer foi encarar aqueles olhos azuis da cor do mar. Pensou na sua pergunta. Se não era ciúmes esse incômodo que ela estava sentindo, era o que então? Pensou de novo. E não encontrou nenhuma resposta. Erik percebeu que, entre os dois, não havia mais nada a ser dito, e a puxou de encontro a si.

O 95° Vitorioso colocou a mão na frente do seu pescoço, como se fosse lhe enforcar, e a puxou para um beijo urgente e impulsivo. Menos de um segundo depois, ele deslizou a mão da parte de frente do seu pescoço para a nuca, e enroscou seus dedos pelo cabelo de Madison. Prendendo-a num toque mais firme e cativo. Madison não fazia ideia que Erik tinha uma pegada tão intensa assim. Ele tinha sido tão carinhoso no outro beijo, tão delicado. Mas isso era diferente. Isso era puro fogo e paixão, misturado com uma tensão sexual gigante. Madison já tinha sentido isso antigamente, com Andrew. Seu primeiro namorado, e sua primeira transa. Mas não era nem um terço da vontade que estava agora. Erik a empurrou suavemente contra a parede da Sala da Estar, e Madison sentiu a sua própria língua pedindo passagem. Ele concedeu, descendo ambas as mãos pela sua cintura. A 99ª Vitoriosa percebeu que era bem capaz de se entregar para ele ali, naquele exato momento. Bastava que ele insistisse um pouco mais. Nunca tinha passado pela sua cabeça fazer sexo com Erik Night, muito menos em tão pouco tempo. Fazia menos de 2 semanas que eles sequer se conheciam. Mas tudo o que conseguia pensar agora era no seu toque urgente, na sua língua e boca macia, e no volume sólido no meio das pernas dele. Erik desceu a boca para beijar seu pescoço, e Madison aproveitou para puxar o queixo dele e fazer com que ele lhe olhasse.

- Se você estiver envolvido com aquelas duas eu juro que..._começou a falar, ofegante. Mas foi interrompida por Erik, que sorria divertidamente.

- Que eu vou apanhar até que ninguém em Panem me reconheça? _ele repetiu a frase que ouvira Madison falando pra Fannie, há poucos minutos atrás. Ele tinha achado extremamente sexy a forma que ela tinha ameaçado a 93ª Vitoriosa, mas não lhe falara nada até agora. Madison sorriu, colocando ambas as mãos dele de Erik na sua cintura. Teve a teve a impressão de ver os olhos azuis dele reluzindo de tentação e indecoro. Provavelmente o seu deveria estar igual. Erik colocou uma parte do seu longo cabelo castanho para trás do ombro, e da orelha. E aproximou-se, fazendo-a se arrepiar completamente.

- A única pessoa que eu quero é você _ele sussurrou, beijando seu pescoço. Mas Madison colocou a mão no seu peito, e o empurrou levemente. Antes que pudesse falar algo, Erik levou o dedo a sua boca, para lhe silenciar.

- Shh, por favor não diz que isso é errado _ele disse, olhando diretamente para a sua boca. Madison sentiu até calor com a expressão que ele fez. Ela não era louca de dizer que aquilo ali era errado. Os Jogos Vorazes eram errados, o sistema tirânico e opressivo de Panem era errado. A forma que o povo da Capital aposta a vida das pessoas é errado. Já eles dois, ali e agora, eram qualquer coisa menos errado. Muito pelo contrário. Madison teve a sensação de que, no que dizia respeito à sua vida, aquilo era a sensação mais certa, mais sincera e verdadeira, em anos. Então, como sempre, resolveu confiar na sua própria intuição. E cedeu aos encantos de Erik Night.

Ainda com a mão no seu peito, obrigando-o a ficar levemente afastado da sua boca e do seu pescoço, Madison o olhou profundamente nos olhos.

- Na verdade eu ia dizer que devíamos ir pro seu quarto _ela arriscou falar, e viu ele franzir as sobrancelhas. Não precisava de muita inteligência e perspicácia para perceber o que ela estava sugerindo. Ele olhou para os lados, vendo se não tinha ninguém por perto. E depois voltou a concentrar o olhar nela.

- Tem certeza disso? _ele perguntou, apertando o toque na sua cintura. Era como se ele tivesse que perguntar isso por causa da sua honra e por ser um legítimo cavalheiro, por ser um homem respeitoso. Mas ao mesmo tempo o toque firme na sua cintura, próximo a sua bunda, pedia urgentemente que a resposta fosse sim. Que ela tivesse certeza. Porque ele queria aquilo. Queria ela. E queria muito. Madison sentiu a necessidade de mostrar que o queria da mesma forma. Olhou de canto de olho para ver se não tinha ninguém por perto, e pegou a mão dele.

Levou-a até o meio das suas pernas, lentamente. Ela ainda usava o vestido preto da cerimônia e, além de justo, ele ainda era curto. Madison colocou a mão de Erik, ou mais precisamente os dedos, de encontro a sua área íntima. Passou levemente por cima da calcinha, e depois deixou que ele a puxasse levemente para o lado. Sentindo-a pele na pele. Percebendo o quanto estava molhada, e excitada. Ele brincou por mais alguns segundos, explorando-a com a ponta dos dedos. Fazendo Madison se arrepiar completamente, e soltar um gemido baixinho.

- Será que isso responde? _ela devolveu para sua pergunta. Ele não tinha quebrado o contato visual por nenhum momento enquanto lhe fazia o carinho íntimo. Queria ver sua reação, queria ver sua expressão de prazer. E também porque era muito atraído pelos olhos de Madison. Achava-os incríveis, hipnotizantes demais. A 99ª Vitoriosa era a mulher mais linda que Erik Night já tinha visto na vida. E isso que ainda nem tinha tido a oportunidade de lhe ver nua.

 Pelo menos até agora.