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História O Quarto Massacre Quaternário: Dangerous Mad - Que os Jogos Vorazes Comecem


Escrita por: MiniNicc

Notas do Autor


Boa leitura amoressss :))) Esse capítulo ficou grandão, mas eu deixei assim mesmo. Espero que gostem anyway.

Edit1: Foto de Madison Mason no Capitólio, para acompanhar o início dos Jogos.

Capítulo 35 - Que os Jogos Vorazes Comecem


Fanfic / Fanfiction O Quarto Massacre Quaternário: Dangerous Mad - Que os Jogos Vorazes Comecem

 

 

PDV NARRADOR

 

Os últimos três dias antes do 4° Massacre Quaternário passaram voando. Pelo menos para Madison. Ela sentia que tinha fechado os olhos, e acordado agora. Na madrugada que antecedia o início dos Jogos. Olhou para o relógio digital na cabeceira da sua cama tecnológica e luxuosa. Ele marcava 4 horas da manhã. Por incrível que pareça, Madison não tinha tido nenhum pesadelo. Só acordou por causa da ansiedade, do nervosismo para o próximo dia. Em menos de 2 horas o dia se iniciaria e com ele, a 100ª Edição dos Jogos Vorazes. Madison resolveu levantar e tomar um banho, para se acalmar. Retirou a camiseta preta que usava, e andou em direção ao banheiro da sua suíte. O chuveiro não era Vichy igual ao do seu apartamento de Vitoriosa, mas ainda sim era muito bom. Madison tinha entregue as chaves do seu apartamento aos organizadores dos Jogos há poucas horas atrás. Agora ele seria transferido para outra pessoa. Para um novo Vitorioso. Ou Vitoriosa. Seu tempo no centro dos holofotes, como última vencedora dos Jogos, estava no fim. E, para falar a verdade, Madison estava bem aliviada com isso. Ao mesmo tempo que estava nervosa para o início da 100ª Edição, também sentia um peso saindo das suas costas. O peso de carregar a instituição inteira dos Jogos Vorazes sozinha. Pelo menos dos últimos anos. A 96ª, 97ª e a 98ª Edição foram consideradas desinteressantes, ou chatas. Completamente entediantes, de acordo com o povo da Capital. E a 99ª Edição recebeu toda a atenção e os holofotes que deveriam ter sido distribuídos entre elas. Entre todos os anos anteriores. Madison pagou o preço. Mas agora isso acabaria. Pelo menos em parte.

As câmeras virariam suas lentes para o novo Vencedor. Que seria, muito provavelmente, tão aclamado quanto Madison. Tão admirado quanto Erik Night. Tão temido quanto Fannie Otto. Ou Podrick Jordan. Ou Katniss Everdeen. Seria um Vitorioso, ou Vitoriosa, com altíssima popularidade. Extremamente famoso e reconhecido. Pelo simples fato dessa Edição ser um Massacre Quaternário. Por ser o 4° Massacre Quaternário. Um evento raro, e perigosíssimo. Madison deixou a água do chuveiro escorrer pelo seu corpo desnudo, enquanto prendia seu cabelo num coque firme. Não iria molhá-lo, só precisava de uma ducha para lavar a alma. De qualquer forma ao amanhecer sua Equipe iria lhe preparar para o início dos Jogos. Fazer seu cabelo e sua maquiagem. Madison seria obrigada, assim como todos os outros Mentores, a assistir ao canhão inicial no centro de recreações do Capitólio. O prédio oficial de transmissão dos Jogos. Onde os patrocinadores assistem, por meio de telões de alta definição, a narração e cobertura completa de Caesar Flickermann e Claudius Templesmith.

Enquanto a água batia nas suas costas e nos seus seios perfeitamente delineados, a 99ª Vitoriosa deixou seu pensamento rodar pelos últimos dois dias. Além da festa na Mansão Presidencial, ela e a Erik ainda tinham ido em mais duas cerimônias de gala. Arrecadaram patrocinadores tanto para Andrew, o que fora extremamente fácil devido ao seu favoritismo e sua nota 11 no treinamento, e para Florence. Ambos seriam bem assistidos dentro da Arena caso precisassem. Comida, pomadas para ferimentos, água, fósforos, até mesmo armas. Qualquer coisa que eles necessitassem, seus patrocinadores mandariam. Florence tinha tirado 8 na sessão individual, o que deixou Madison surpresa e orgulhosa. Suas aulas durante algumas madrugadas, mesmo que sucintas, tinham lhe ajudado e lhe orientado o suficiente. Ela não era uma das favoritas ao título, mas se sairia bem. Lutaria com honra pela própria vida. O máximo possível. Madison respirou fundo, e deixou algumas lágrimas escorrerem. Pensando no quanto deve ser triste você estar de frente para uma morte quase certeira. Quando ela participara dos Jogos, na 99ª Edição, era uma das favoritas. Uma das que mais tinha condições de vencer, de voltar para casa. Mas Florence era uma senhora de 52 anos, relativamente magra e fraca, que iria enfrentar Carreiristas perigosos de 20 a 30 anos. Além de diversos outros Tributos fortes, resistentes, bem treinados. Qual era a probabilidade dela conseguir se tornar uma Vitoriosa? E Cassie e Edgar, que Madison tinha conhecido no dia anterior. Dois Tributos, do Distrito 6 e 7. Cassie Jyan era uma mulher extremamente amável e querida, que acolheu Madison praticamente como uma filha. Lhe falou tantas coisas bonitas, demonstrando um conhecimento espiritual gigantesco, uma história de vida linda e cheia de amor. De luz. Mas ela tem 44 anos, está acima do peso e não possui nenhuma mobilidade ou resistência física. Além do fato de não saber manusear nenhuma arma, e nem ter patrocinadores para lhe auxiliar. E Edgar, o Tributo Masculino do Distrito 7. Um senhor de praticamente 70 anos, com chances de sobreviver menores ainda. Não só pela idade, mas pelo fato dele não conseguir nem andar direito. Mancava, devido a um rompimento do joelho esquerdo e comprometimento quase que total da sua perna. Como que uma pessoa assim iria sobreviver dentro de uma Arena com outras 23 pessoas mais jovens e capazes? Madison tinha lhes oferecido um jantar no seu apartamento, contrariando o protocolo padrão dos Jogos.

Ela pedira aos cozinheiros que preparassem um buffet esplêndido para receber seus convidados, e passara horas e horas conversando e se divertindo com eles. Falaram sobre suas vidas, seus filhos, seus arrependimentos, o que gostariam de ter feito, seus amores. Cassie deixara para trás 5 filhos, com idades entre 7 e 14 anos. E Edgar deixara 6 filhos e 3 netos. Além de um quase bisneto, que ainda não tinha nascido. Que ele não teria a oportunidade de conhecer. Madison tinha se controlado muito para não chorar na sua presença, para não desmoronar na verdade. Porque era isso que ela sentia que iria acontecer se se permitisse sentir toda a dor que esse Massacre Quaternário estava lhe causando. Causando à diversas famílias. Diversas crianças. Pais e mães deixando seus filhos sem amparo, órfãos. Passando fome. Cassie lhe contou de Venus e Bryan, outros dois tributos do Distrito 3 e 12. Que ela tinha conhecido durante o treinamento. A primeira tinha dois filhos de 2 e 4 anos, e o segundo tinha uma filha de 3 anos que dependia somente dele porque a mãe morrera no parto. Era punhalada atrás de punhalada. Uma história mais emocionante e triste do que a outra. Todas essas pessoas mereciam vencer e retornarem para suas famílias. Todas mereciam. Mas só uma conseguiria. E Madison não fazia ideia de quem seria.

Ela desligou o chuveiro, e se secou lentamente. Passou uma água gelada da pia no rosto, para diminuir o provável inchaço do choro. E colocou uma camiseta preta retirada da sua mala. Era tão grande que alcançava o meio das suas coxas, praticamente um vestido. Iria se deitar novamente, mas mudou seus planos repentinamente. Madison foi em direção ao corredor, e olhou para os dois lados pra conferir se tinha alguém acordado. Provavelmente não, eram 4 horas da manhã. A 99ª Vitoriosa andou vagamente até o final da passagem, e abriu de forma lenta e cuidadosa a porta do quarto de Erik Night. Ele estava dormindo, sem camisa e somente com um lençol tapando até sua cintura. Madison caminhou até o pé da cama, e não perdeu nenhum segundo lhe observando. Antigamente teria feito isso, demorando-se nos detalhes perfeitos do seu rosto, e do seu corpo. Mas agora tudo o que ela queria era sentir o seu calor, e seu toque. Queria dormir ao seu lado, precisava dessa segurança. Desse conforto. E ultimamente ela não tinha isso em nenhum outro lugar que não fosse ao seu lado. Madison engatinhou pela cama e o abraçou, por cima dos lençóis mesmo. Deitou seu rosto no pescoço dele, enquanto ele se remexia na cama. Percebendo a sua presença. Erik não precisou nem abrir os olhos para saber que era Madison quem estava ali, lhe abraçando do nada. No meio da noite. Ele levou a mão ao seu cabelo, fazendo carinho, e beijou levemente a testa da 99ª Vitoriosa.

- Você está bem? _Erik sussurrou, preocupado. Não se importava nenhum pouco de receber essa visita noturna, na verdade estava até satisfeito. Mas sabia que ela deveria ter tido algum pesadelo, ou simplesmente estava com insônia por causa dos Jogos.

- Agora estou _Madison respondeu, puxando os lençóis para deitar-se embaixo deles junto com Erik. Quando tocou seu corpo, deitando a cabeça no seu peito e transpassando a perna por cima dele, percebeu que Erik estava nu. Não usava nenhum tipo de cueca ou calção.

- Você dorme pelado? _ela o questionou com um tom divertido, já deitada em seu peito e fazendo carinho na sua barriga marcada. Erik riu levemente, e seu tórax ronronou embaixo de Madison.

- Sozinho sim. Mas se você quiser posso colocar uma calça _ele falou, soando mais respeitoso do que Madison poderia imaginar. Isso era apenas uma das coisas que ela gostava nele. Por mais que eles já tivessem transado uma vez e que tivessem intimidade para essas coisas, ele a respeitava mais do que ninguém. Era um verdadeiro cavalheiro. Um homem com bons ensinamentos, índole e caráter inquestionáveis.

- Não tem problema, pode ficar assim _ela respondeu. Pode ficar assim? DEVE ficar assim, Madison pensou. E não conseguiu segurar o sorriso que se formou no seu rosto. Embora Erik não pudesse ver. Não sabia o que ele pensaria se a visse sorrindo assim, como uma boba apaixonada. Será que era isso o que tinha se tornado?

- Eu só queria sentir você _ela confessou, aprumando-se mais ao corpo dele. Se não era isso o que tinha se tornado, então pelo menos estava no caminho. Tinham se beijado, transado, e agora ela tinha invadido a sua cama de madrugada para lhe dizer que queria estar na sua presença? Para dormir ao seu lado. Como se fossem literalmente um casal. Meu deus. O que é que você estava pensando, Madison? E se ele achasse que você está forçando a barra? Você nem sabe se ele quer um relacionamento. Se não foi só sexo. Só prazer momentâneo, diversão. Você não deveria estar pressionando o seu espaço dessa forma. Erik pareceu sentir a sua tensão muscular, e a abraçou. Fazendo carinho novamente no seu cabelo.

- Tente relaxar, durma um pouco. Vou ficar aqui com você _falou, a tranquilizando. E em menos de 5 segundos, Madison pegou no sono. Deixou para trás toda a preocupação, o nervosismo e a ansiedade. Todo o medo e a apreensão. A presença de Erik lhe acalmava de uma forma inexplicável. Lhe devolvia toda sua razão, sua paz, sua quietude. Era como se ali, exatamente onde ela estava, nos braços do 95° Vitorioso dos Jogos Vorazes, fosse o seu efúgio. Seu asilo. Seu abrigo.

 

 

***

 

 

Madison tinha pedido, ou implorado, para Perempius lhe conceder um look mais confortável para o dia de hoje. Os Jogos teriam início as 8h da manhã, e os Mentores eram obrigados a ficar no Capitólio até pelo menos às 20h da noite. Para fechar as 12 horas iniciais de cobertura completa. Depois eram liberados para irem aos seus apartamentos e acompanharem o resto dos Jogos da maneira que quisessem. Nas televisões dos seus apartamentos, pelo rádio. Se não quisessem ver também estavam livres. Apenas as primeiras 12 horas que eram obrigatórias. E Madison provavelmente teria que ficar de pé durante todo esse tempo. E mesmo que não precisasse, provavelmente ficaria por causa do nervosismo. Então implorou por um look mais confortável, e em tese até conseguiu. Ao invés do vestido e salto fino que sua Equipe tinha lhe preparado, ela estava usando uma regata-corpete e uma calça preta. Botas de salto grosso, e um casaco marrom luxuoso por cima para complementar o look. Não era bem o que ela chamaria de confortável, mas com certeza já era um avanço e tanto. Seu cabelo ficara inicialmente solto, mas ela já tinha prendido a parte superior. Pelo menos para fazer o que estava fazendo nesse exato momento. Vomitando, dentro da última cabine do banheiro feminino. Localizado no Capitólio, prédio oficial dos Jogos. Eram 7h30 da manhã, e os Jogos iriam começar em meia hora. Seu estômago estava atacado por conta do nervosismo, e ela estava devolvendo todo o café da manhã que tinha tomado com Florence e Erik. Respirou fundo, e foi até a pia do banheiro para lavar o rosto, a boca e os pulsos. Pensou nos seus Tributos. Florence tinha tomado café da manhã com ela, e após isso as duas se despediram rapidamente. Madison não queria se estender muito, e nem baixar a moral de Florence antes dela ir ao Centro de Lançamento para a Arena. Ela precisava estar confiante, e bem. Emocionalmente bem. Madison lhe dera um último abraço, e lhe agradecera por terem se conhecido. Mesmo em tão pouco tempo, conseguira perceber o quanto aquela mulher era especial. Batalhadora, honesta, uma pessoa de bom coração. Ela tinha lhe dito que estava tranquila. Que tinha completado a sua passagem por esse mundo já, e se fosse para partir então que fosse feita a vontade Deus. Seus filhos eram quase adultos já, preparados para a vida, bem educados. Bem encaminhados. Seu marido tinha lhe prometido que não ficaria de luto por muito tempo, e que retornaria a amar um dia. Se eles ficarão bem então eu estou em paz, ela tinha dito para Madison.

- Lembre-se de que até a lua passa por diversas fases antes de voltar a ser inteira. Respeite o seu tempo, que um dia você será feliz novamente Madison _foi a última coisa que Florence Grace, o Tributo Feminino do Distrito 4, lhe falou antes de entrar na van de transporte. A van que levava os Tributos até os jatos particulares, no aeroporto. De lá, cada jato transferia os 24 participantes até o Centro de Lançamento. Onde ficam localizados os cilindros, responsáveis por ordenar cada Tributo no seu Pedestal dentro da Arena. Madison também tinha se despedido de Andrew, porém esse encontro tinha sido muito mais emocionante e dramático para ela. Ela se preocupara em lhe passar os últimos avisos e conselhos, que achou útil relembrá-lo. Não confie nos Carreiristas. Uma Aliança não significa confiança, então proteja sua retaguarda sempre. Analise bem as situações ao seu redor, e calcule todas as probabilidades. Os riscos. Se precisar fugir, fuja. Se esconda. Não coma ou beba nada que a Arena fornecer, somente o que estiver dentro das mochilas. E se precisar de algo, peça que seus Mentores lhe ajudarão. Andrew já tinha escutado tudo isso um milhão de vezes, não só de Madison como também de sua mãe Dorothy. De Erik. De seus treinadores, na Academia. Estava preparado para isso, mais do que jamais pensou estar. E parecia tranquilo. Não expressava nervosismo, e nem comodidade. Madison lembrou-se razoavelmente dela mesma, no seu último dia. Ela sabia que tinha chances e se agarrara completamente nisso para criar forças. Para seguir em frente.

- Me desculpa por todas as vezes que eu te magoei, Mad. Por todas as vezes que eu te desrespeitei, e não valorizei a mulher incrível que você é _Andrew lhe disse, com o olhar sincero e angustiado. Madison baixou a cabeça, não queria vê-lo se afastando. Sabendo que poderia ser a última vez que o veria. Que lhe dirigia a palavra.  

- Não torne isso uma despedida, Andrew. Você vai conseguir, eu sei que vai _ela o incentivou, limpando uma lágrima que escorrera rapidamente. Andrew deu um passo na sua direção, aproximando-se.

- Mas se eu não conseguir..._ele falou e antes que pudesse terminar a frase, puxou Madison pela cintura e a beijou. A princípio ela se assustou com a atitude dele, mas aos poucos deixou-se levar. Andrew colocou ambas as mãos no seu pescoço, e pressionou seus lábios contra os dela de uma forma que não fazia há anos. Surpreendeu-se com o fato dela não ter lhe afastado. Madison era muita coisa para ele, e no fundo Andrew sabia disso. Sempre soube. Mesmo antes dela ser Vitoriosa e reconhecida, admirada e idolatrada no país inteiro. Mesmo antes dela se tornar Dangerous Mad. Ela sempre fora incrível, determinada, puxava toda a atenção do ambiente para si. Daquele tipo de pessoa que tem uma luz interna natural, e uma magnificência maior ainda. E ele era quem perto dela? Antes, somente um namorado ruim e invejoso. Sua masculinidade, na época, não aceitava o fato dela chamar mais atenção que ele, um Carreirista em treinamento e filho de uma Vitoriosa famosa. E agora? Era apenas um Tributo perto de uma das maiores e mais temidas Vencedoras dos Jogos. E um Tributo que poderia muito bem estar caminhando para a morte. Ele nunca fora o suficiente para Madison. Nunca fora merecedor dela, de ser seu primeiro amor. E somente agora via isso.

Andrew se afastou levemente, mas ainda lhe deu um último selinho ao terminar o beijo. Madison respirou ofegante, e levantou o olhar para lhe encarar. Parecia confusa e pedia respostas, mas Andrew perdeu vários segundos admirando aqueles olhos. Queria ter essa imagem consigo dentro da Arena, se fosse para morrer lá. Um olho esverdeado, e o outro mel. Era a característica principal da aparência de Madison. E por incrível que pareça isso a deixava mais linda do que já era.

- Eu precisava fazer isso pelo menos uma última vez _ele finalmente explicou, respirando fundo e dando dois passos para trás. Madison não disse nada, somente o observou se afastar e sumir pelo corredor.

E depois daquilo Madison mal teve tempo de pensar ou respirar. Sua equipe chegou no apartamento para lhe arrumar, e ela e Erik foram conduzidos até o Capitólio. No trajeto, ainda dentro do carro privativo e executivo que os transportava, Madison abraçou o 95° Vitorioso e lhe contou sobre Andrew. Não sabia o porquê sentira necessidade de lhe contar, mas o fez mesmo assim. Queria ser honesta, e desde o início sua amizade ou relação tinha sido baseada em sinceridade e confiança. Desde o primeiro momento, lá no desfiladeiro. Quando Erik salvara sua vida, e lhe confiara o relógio do seu falecido pai.

- Se eu estivesse prestes a entrar numa Arena, sem saber se conseguiria sair, também te beijaria _foi a resposta que ele lhe deu, enquanto ria tranquilamente. Isso só mostrava o quanto ele era diferente de qualquer outro cara que Madison tivesse conhecido. Era uma pessoa altruísta, que conseguia se colocar no lugar dos outros. De bom coração. Não era machista, nem ciumento e muito menos controlador.

- Você é incrível, sabia? _Madison tinha lhe dito, enquanto deitava mais uma vez a cabeça no seu ombro. Ainda dentro do carro. Eles não demoraram para chegar, e poucos minutos tinham se passado até o presente momento. Até ela vir ao banheiro vomitar por nervosismo. Uma voz metálica e feminina soou por todo o prédio do Capitólio anunciando que faltavam 20 minutos para o início do 4° Massacre Quaternário. Então Madison lavou o rosto mais uma vez, ajeitou o seu cabelo, seu colar, suas roupas, e irrompeu pela porta do banheiro. Era hora de encarar a realidade. Era hora do show.

Localizou Erik facilmente, perto de alguns patrocinadores. O local ao redor era extremamente luxuoso, e estava lotado. Milhares de buffets estavam espalhados, com comidas e bebidas da melhor qualidade. Um lustre luxuoso de mais de milhões de dólares estava pendurado no teto de vidro, iluminando naturalmente e refletindo a luz solar por todo o ambiente. Seus diamantes tilintavam fazendo um barulho estridente e agradável. Um garçom vestido com um smoking preto bem costurado passou por Madison, lhe oferecendo uma bandeja com várias taças de champanhe. Eram 8 horas da manhã, Madison pensou. Quem é que bebe champanhe essa hora? Telões imensos estavam espalhadores por todas as partes, e no momento eles exibiam Caesar Flickermann e Claudius Templesmith atrás da famosa bancada de transmissão da TV Panem.

- Está melhor? _Erik lhe perguntou, quando ela se aproximou. Ele vestia um blazer branco, aberto. E por baixo uma camiseta social marrom, refinada e bonita. Parecia, como sempre, um deus grego. Os olhos azuis cristalinos a encararam quando ela demorou para lhe responder.

- Estou sim, não se preocupe _ela o tranquilizou, pegando um copo de água do balcão ao seu lado.

- Daqui a pouco vai começar. Vamos achar um lugar mais perto do telão? _ele a questionou, e Madison assentiu levemente com a cabeça. Ambos os Vitoriosos cruzaram a região central do Salão, atraindo diversos olhares para si. E cochichos. De patrocinadores, de curiosos. Era Madison Mason e Erik Night. O casal do momento, a fofoca do ano. Todos queriam dar uma espiada.

Mas em poucos minutos tudo isso era passado. Em poucos minutos a atmosfera mudou. O foco era outro, e a atenção de todos concentrou-se somente em uma coisa. Um evento. O início oficial da transmissão do 4° Massacre Quaternário. As câmeras ainda não mostravam a Arena, mas já mostravam o símbolo de Panem, e a frase-tema dos Jogos. Acompanhados do número 100 bem desenhado no meio da tela. A tensão no ar era perceptível demais. O peso daquele momento. Madison pensou em como o país inteiro deveria estar aprumado em frente as suas televisões, em frente aos telões nas praças principais de cada Distrito. O quanto o coração de cada familiar deveria estar agoniado, doloroso. A grandiosidade daquele momento irradiava no ar, e recaía sobre os ombros como um manto pesado. Era o momento mais esperado do ano. Mais temido e aguardado. Uma nova matança. Um novo massacre. Novos sacrifícios. E, em poucos dias, uma nova Vitoriosa. Ou um novo Vitorioso.

Depois de longos minutos de espera e agonia, a voz do Idealizador-Chefe dos Jogos bradou forte e poderosa:

 

SEJAM BEM VINDOS A 100ª EDIÇÃO DOS JOGOS VORAZES

 

E então a imagem do telão, que antes consistia apenas em uma tela preta com o símbolo de Panem, finalmente abriu. Revelando a Arena. Revelando os Pedestais dos Tributos. Revelando o quanto esse Massacre Quaternário seria insano e mortal. Perigoso. Inacreditável. Arfadas e gritos de surpresa, exclamação e choque soaram por todo o Capitólio. Ninguém conseguia acreditar no que estava vendo. Um limbo de tempo instaurou-se no ambiente, em que ninguém conseguia falar nada. Em que ninguém conseguia respirar, ou assimilar o que os seus olhos viam.

Meu deus do céu, Madison pensou.

E se não estivesse apoiada em Erik Night, teria ido ao chão. 

 

 

 


Notas Finais


Vai começarrrrrrrrrrrrrrrrr
ME DIGAM: Oq vcs acham??????????? Palpites de como será a Arena??? To nervosa demaisssss aiiiii
Estão gostando??????


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