História O Que As Mulheres Pensam - Cada vez mais próximos

 

O Que As Mulheres Pensam

Capitulo VII - Cada vez mais próximos 

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Seus lábios colados nos meus duraram frações de segundos e tão rápido como se aproximou Sakura se afastou levando as mãos a boca, vi sua expressão se contorce e fechei os olhos quando ela se abaixou vomitando no carpete do carro.

Oh não.

Acho que já tive noite melhores.

— Ai meu estomago. — ela resmungou limpando a boca com as costas da mão e caiu para o lado apagando.

Que ótimo.

Liguei o carro e comecei a dirigi com o orgulho ferido, meu beijo foi tão ruim que ela vomitou depois, que ótima impressão eu deixei.

Sakura destrói os sentimentos que eu não tenho.

A observei dormir calmamente por todo caminho até minha casa, eu não a deixaria sozinha e ela só sairia de perto de mim quando me falasse quem foi o desgraçado que a agrediu.

Ela disse que ele a bateu pois não tinha dinheiro, será que Sakura devia a alguém? vou descobrir isso amanhã quando ela estiver sóbria.

Não vou deixar barato.

Deixei o carro na garagem e peguei minha secretária com cuidado, ela resmungou algo sem sentindo e me abraçou se encolhendo em meus braços. Me peguei a observando igual um paspalho e se minha mão estivesse livre eu teria me dado um tapa na cara.

Deixa de ser baitola Sasuke.

— O que você fez? — Sarada me abordou assim que entrei em casa com Sakura em meus braços.

— Salvei o dia. — respondi sem humor levando a rosada para o andar de cima.

Sarada veio correndo atrás de mim começando a me acusar.

— Você a embebedou e a sequestrou? 

" Meu pai é um sequestrador de moças indefesas"

— Sarada para de falar besteira e vai dormir. 

— O que aconteceu com ela? — Sarada fitou Sakura enquanto abria a porta do meu quarto e eu entrei colocando a rosada em minha cama.

Ela se remexeu se esparramando e abraçou meu travesseiro.

— Bebeu além da conta. — soltei um suspiro cansado.

Sakura era demais.

— Ela esta machucada. — Sarada se aproximou da cama olhando tristonha para o rosto machucado de Sakura.

Lembrar disse me irrita, ver ela machucada não me agradava nem um pouco.

— É mas isso não vai ficar assim.

O silêncio reinou no quarto e eu observei Sakura dormir e Sarada sentada ao lado dela mexendo nos cabelos rosas.

— A gente podia passar algo no machucado dela. — minha filha propôs.

Poderíamos mas eu não queria acorda-la, ela parecia um anjo dormindo.

— Deixa ela dormir amanhã cuidamos disso, vai dormir também já esta tarde. — respondi e Sarada assentiu lentamente.

— Eu não sei o que você fez mas isso foi legal da sua parte, cuida dela viu? — ela se levantou me dando um sorriso fraco e eu assenti a vendo ir embora.

Soltei uma lufada de ar e tirei minha calça a chutando para algum canto do quarto, subi na cama e empurrei aquela espaçosa para o canto conseguindo me deitar ao seu lado.

A cobri com o lençol e ri comigo mesmo antes de cair no sono, que engraçado, essa era a primeira vez que eu me deitava com uma mulher apenas para dormir.

Tem uma primeira vez para tudo.

Tomara que Sakura não seja sonambula.

Eu estava bem, dormia e sonhava tranquilo com o mundo acabando quando uma gritaria estridente me fez acorda assustado. Me sentei na cama grogue de sono e passei a mão no rosto ouvindo os gritos de Sakura, me virei para ela e encontrei seus olhos verdes me fitando apavorada.

Ela desceu o olhar pelo meu corpo e desviou para o seu próprio onde minha camisa estava embolada deixando suas pernas a mostrar. 

— AAAAAAAAAAAA... 

Tampei os ouvidos a vendo surtar e bater na cama feito doida.

— O QUE FOI QUE EU FIZ MEU DEUS? — ela abriu o berreiro puxando os cabelos começando a pedir perdão pelos seus pegados.

" Eu dormir com meu chefe "

" Que tipo de secretária eu sou? "

" AAAAAAAAAAA eu sou uma vadia mau amada"

" Vou me jogar da primeira ponte que encontrar e se tiver sorte sou comida por crocodilos famintos"

A mulher endoidou.

— Ei calma não aconteceu nada. — tentei acalma-la começando a me assustar com aquele surto maluco.

Sakura parou de espernear e me encarou fugando tentando limpar as lágrimas, ela pareceu se acalmar me olhando corada e desconfiada.

— Não aconteceu nada? — repetiu a pergunta suspirando.

Passei as mãos pelos cabelos me lembrando de tudo que aconteceu ontem a noite, nada era uma palavra forte pois Sakura me surpreendeu de muitas formas.

— Não aconteceu o que você esta pensando, você bebeu demais e eu lhe trouxe para minha casa, te coloquei na cama e você apagou.

Ela abaixou o olhar e prendeu os lábios entre os dentes.

— Me desculpa por isso, eu nem me lembro o que aconteceu. — sua voz saiu em um chiado baixo.

Não se lembra?

— Você realmente não se lembra de nada? — peguntei chateado.

— Nadica de nada. — resmungou me fazendo soltar um suspiro.

Então ela também não se lembrava do beijo que me deu, se é que posso chamar aquilo de beijo.

Que ótimo.

— Quando cheguei você estava dançando sobre uma mesa. — murmurei vendo seus olhos verdes se arregalarem.

— Oh Deus o que eu fiz? — choramingou tampando o rosto.

— Você tava chapadona.

— Não tenha uma má impressão de mim por favor, eu não costumo fazer essas coisas. — me olhou em súplica.

— Hn.

— Eu preciso ir embora, muito obrigada pela ajuda e não se preocupe Senhor Uchiha eu chegarei a tempo no trabalho. — disse apressada tropeçando nas palavras e saltou para fora da cama.

Como ela ainda pode pensar em trabalho em uma situação como essa? 

— Ei calma ai, não se preocupe com o trabalho hoje, estou te dando folga.

— O quê? não eu...

— Você deve estar com uma ressaca horrível e nós temos outro assunto para tratar, fique a vontade, pode usar o banheiro do meu quarto e depois desça para comer alguma coisa. — me levantei bocejando e sai do quarto deixando Sakura sozinha.

Lavei o rosto no banheiro do corredor e fui para cozinha encontrando a mesa já posta, Samara me deu um bom dia rápido e logo sumiu das minhas vistas.

— Ela ainda não acordou pai? — Sarada apareceu se sentando a minha frente.

— Sim já deve estar descendo. — respondi bebendo meu café amargo enquanto digitava uma mensagem para Itachi.

Ele que cuide da empresa hoje.

"Tudo bem eu seguro as pontas por aqui seu folgado."

Irmão idiota.

        Largue o celular na mesa e ouvi passos pela cozinha, mirei os olhos na porta e encontrei Sakura parada nos olhando timidamente. 

" Que vergonha "

— Bom dia Sakura como você esta? — Sarada encarou a rosada sorridente.

— Bom dia Sarada, estou bem e você? — ela finalmente abriu um sorriso. 

— Ficarei melhor se você vir se sentar com a gente.

— Ah não quero incomodar. — negou rapidamente.

— Venha logo. — mandei e ela veio quase correndo para a mesa se sentando ao lado da minha filha.

Se serviu com café e eu me segurei para não rir da careta que ela fez ao tomar o primeiro gole.

— Gostou do café? — perguntei já sabendo a resposta.

— Um pouco de açúcar seria bom. — ela respondeu com um sorriso amarelo.

— Aqui. — Sarada lhe entregou um potinho de açúcar e Sakura agradeceu.

Ficamos em silêncio e eu fazia o possível para não ficar encarando minha secretária, estava odiando ver seu rosto machucado.

— Onde você se machucou? — Sarada ousou perguntar colocando calda em suas panquecas e Sakura pareceu te ficado tensa.

levou a mão ao machucado o tocando com as pontas dos dedos e fechou os olhos soltando um suspiro cansado.

— Eu cai. — respondeu baixo.

Ergui uma sobrancelha frustrado com sua resposta mentirosa.

— Então o chão socou seu olho? — apertei a alça da xícara em minhas mãos a olhando sério e ela me fitou surpresa.

Abriu a boca tentando achar uma resposta ou inventar mais uma mentira.

— Preciso ir embora. — disse afobada fazendo menção de se levantar e eu vi o semblante de Sarada ficar triste.

— Não ouse se levantar dessa cadeira. 

A essa altura meu humor já não era um dos melhores.

— Eu preciso ir para casa. — ela me olhou assustada.

— Você não sai daqui até me contar quem bateu em você.

— Pai. — Sarada me repreendeu olhando de mim para Sakura hesitante.

— Ninguém bateu em mim, eu já disse que cai. — a voz de minha secretária se elevou e seus punhos estavam fechados.

— Você me confessou ontem que um homem tinha te batido porque você não tinha  dinheiro para dar pra ele.

— Eu não sabia o que estava falando.

— Quem é ele Haruno? vamos responda quem foi desgraçado. — me exaltei a pressionando.

Ela iria me contar de um jeito ou de outro.

— Não, pare com isso ele não teve culpa. — retrucou defendendo aquele miserável.

" Ele não teve culpa, ele não me machucaria de propósito. "

— Não teve culpa? — ri irônico e bati a mão na mesa. — COMO PODE DEFENDER UM COVARDE DESSES?

Ela sustentou meu olhar se encolhendo na cadeira mordendo os lábios com força.

— Pai você esta assustando ela, para de pressiona-la assim. — Sarada se exaltou me olhando feio.

Continuei encarando Sakura e ela soltou um suspiro se remexendo na cadeira.

— O meu primo é um drogado, ele precisava de dinheiro para pagar uma divida e eu não tinha para dar então ele me deu um soco. — murmurou olhando para um ponto qualquer na mesa.

Um drogado, ela mora com um drogado. Como isso pode acontecer? 

— Ele faz isso com frequência? — perguntei tentando parecer calmo.

Não podia assusta-la mais do que ela já estava.

— Algumas vezes, quando dou dinheiro para ele o mesmo some e me deixa em paz por alguns dias, mas quando não tenho ele surta e me bate. — respondeu cabisbaixa.

Apertei os punhos com força imaginando aquela mulher frágil apanhando de um infeliz bem maior que ela.

— Por quê não o denúncia? por que mora com um desgraçado desses? — perguntei frustrado.

— Ele é meu primo, a única família que tenho não posso abandona-lo. — ela respondeu indignada me olhando com lágrimas nos olhos.

Claro, ela era boa demais e preferia ficar sofrendo ao se livrar do causador do seu sofrimento.

— Isso não vai continuar assim, esse cara não toca mais um dedo em você. — avisei sério a vendo balançar a cabeça em negação.

— Senhor Uchiha...

— Onde ele esta? vamos ter uma conversa bastante agradável.

— Por favor não se meta nisso, se algo acontecer com você eu nunca irei me perdoar. — ela implorou já chorando.

— Tarde demais.

Se depender de mim esse cara nunca mais vai tocar nela.

— Não faça nada por favor. — continuou a suplicar.

— Isso não pode continuar assim Sakura, esse cara pode te matar. Pode contar com a gente nós vamos te ajudar. — Sarada murmurou cabisbaixa e abraçou a rosada com força.

Sakura se assustou e devolveu o abraço apertando Sarada contra ela. 

Me levantei da mesa deixando as duas sozinhas e sai da cozinha seguindo para meu quarto. Estava irritado e precisava me acalmar com um banho bem relaxante, Sakura conseguiu me tirar do sério ao defender um covarde que a agride sem nem ao menos pensar duas vezes.

Como ela não pode fazer nada? um cara desses não se pode chamar de família.

Mulher boba.

Soltei um suspiro entrando em baixo da água, por que eu estava preocupado? eu não costumo me importar com as pessoas a minha volta, muito menos mulheres.

Mas Sakura era diferente, com certeza ela era diferente de tudo que eu já vi. Ela era boa demais, inocente demais, acho que era isso que me deixava impressionado com aquela mulher.

Perdi a noção do tempo no banho e quando sai do banheiro encontrei Sakura sentada em minha cama olhando para o carpete felpudo no piso. Tinha um pequeno curativo no rosto e mordia os lábios nervosa.

De repente me veio uma vontade louca de beija-la.

Isso me fez lembrar do "beijo" de ontem, será que ela se lembrava que tinha me agarrado?

— Você não se lembra de nada mesmo? — peguntei me aproximando atraindo seu olhar.

Vi quando ela percorreu os olhos pelo meu corpo e ruborizou.

— An...não. — murmurou parecendo incerta.

— Tem certeza? — insisti e ela assentiu enrugando a testa.

— Há algo importante que eu deva me lembrar? não me diga que eu fiz mais uma besteira.

Parei a sua frente curvando o corpo em sua direção e ela curvou seu corpo para trás até cair deitada na cama. 

Minha camisa tinha ficado melhor nela do que em mim, aquela era uma ótima visão.

             — Há uma coisa sim. — sorri de canto subindo na cama a prendendo abaixo de mim e apoiei as mãos ao lado de seu rosto.

Sakura parecia uma pimenta de tão vermelha que estava.

" Oh deus por que estou nervosa? "

— Que coisa? — perguntou com a voz entrecortada me olhando assustada.

      Aproximei o rosto do seu a vendo arregalar os olhos, a respiração estava pesada e seu corpo  estava tendo.

— Você me beijou. — sussurrei em seu ouvido vendo seu corpo estremecer abaixo de mim.

" O QUÊ? "

— Impo...ssível. — gaguejou se encolhendo.

Não consegui me segurar e deixei um beijo na pele alva de seu pescoço a vendo ficar ofegante.

" Oh deus, oh deus, oh deus "

A encarei passeando o polegar pela sua boca bastante atrativa e seus olhos brilhavam em minha direção.

— Posso recordar se quiser. — murmurei e antes que ela pudesse falar algo colei nossos lábios.

Mas agora em um beijo de verdade e ela não me impediu me deixando explorar sua boca.

Eu já beijei muitas mulheres na minha vida, mas aquele beijo tinha algo de diferente, eu só não sabia o que mas era algo bom.

Talvez seja apenas Sakura.

— NÃO FAÇA ISSO. — ela gritou me dando um tabefe na cara me fazendo rolar na cama e cair feito jaca podre no chão.

Essa doeu.

É realmente ela era a mulher mais diferente e estranha que eu já conheci, e tem uma mão pesada pra caralho.

Passei a mão no rosto ardente encarando o teto,  e Sakura me olhou de cima da cama assustada. 

— Desculpa. — fez cara de anjo me olhando preocupada.

Sorri estralando as costas doloridas.

Mesmo ela sendo uma maluca bipolar eu não vou desistir, ainda vou ter essa mulher pra mim.