História O Que Não Podemos Evitar - Capítulo XL

Empresa Stark

―Esses são os contratos fechados pela empresa nas últimas semanas. – Meera entrega a pilha de papeis para que Robb e Jon possam analisar.

―Obrigada Meera. – Agradeceu Jon. – Fez um excelente trabalho. – A garota sorrir orgulhosa.

―Qualquer duvida estou na minha sala. – Fala já saindo e deixando os irmãos trabalharem.

―Estou pensando em fazer uma viagem com a Jey neste fim de semana, o que você acha? – Jon começa a rir da tentativa desesperada do irmão de ficar sozinho com Jeyne. – O que? Qual o motivo do riso? – Robb pergunta aborrecido.

―Está tão desesperado assim? – Jon ainda sorria, mas ao ver que o irmão continuava mal-humorado parou. – Ok, pode ser uma boa, se isso fizer você deixar de ser um saco.

―Quem é um saco? – Theon entra na sala que os irmãos agora dividiam, Jon olha para Robb e sorrir maldoso o deixando em alerta.

―Robb que está um saco, adivinhe o motivo? – Robb faz sinal negativo com a cabeça pedindo para que Jon calasse a boca.

―Deixe-me ver... – Theon se senta de frente ao amigo o encarando. – Falta de sexo. – E junto com Jon caem em uma sonora gargalhada. – Essa cara de seca eu já conheço. – Theon fala entre risos. – A Jeyjey está te deixando de castigo não é?

―Vocês são dois idiotas! – Robb esbraveja se preparando para dizer uns bons desaforos para os dois quando seu tio Benjen e pai chegam. – Graças aos deuses! Eu estava para cometer um crime aqui dentro. – Falou irritado.

―E qual seria o motivo disso? – Ned perguntou curioso.

―É melhor nem saber pai. – Jon afirma. – E o tio Brandon, onde está?

―Foi levar a Jey ao trabalho e ela o convidou para ficar e lógico que ele aceitou. – Benjen informa.

―Ui! Robb acho que tio Brandon vai ficar na cola da Jey o dia inteiro. – Theon fala apenas que o amigo ouça, Robb olha para ele com um olhar furioso. – Calma irmão se você conseguir raptá-la no horário de almoço... – Theon retira do bolso suas chaves do apartamento. – Vou passar o resto do dia fora mesmo. – Pisca para o amigo rindo por deixa-lo sem fala. – Bom tenho que ir, tenho trabalho a fazer, nos vemos depois. – Se despede de todos e sai.

―Então quais são as novidades? – Pergunta Benjen tirando Robb de sua paralisia o fazendo guarda as chaves que Theon havia lhe dado em seu bolso.

―Bom fechamos um contrato importante com o governo de Pentos. – Respondeu Robb assumindo a sua postura. – Mas eles querem um último encontro para acertar pequenos detalhes e espera que um representante da Stark vá para Pentos.

―Eu irei com sua mãe. – Jon e Robb se entreolham surpreso. – Catelyn e eu estamos planejando uma viagem e acho que ela gostaria de conhecer Pentos, Sansa disse que as praias são lindas e a comida é ótima. – Fala com um sorriso no rosto.

―Uma segunda lua de mel não é uma má ideia. – Benjen concorda com o irmão. – Bom acho que esse não é mais um problema.

―Já que é assim aqui estão as copias do contrato e boa viagem. – Jon cumprimenta o pai. – Vai ser bom para vocês, sabe quem mais está precisando de uma viagem ou um fim de semana com a esposa? – Ned e Benjen dizem não com a cabeça. – Meu irmão Robb aqui. – Jon dá tapinhas nas costas de Robb que o olha feio. – Ele anda sob muita pressão. – Jon não consegue conter o riso.

―Qual o seu problema? Tirou o dia pra testar minha paciência! – Robb se levanta e sai da sala batendo a porta.

―Viu? – Jon aponta para a direção que o irmão havia saído. – O nome disse é abstinência, essas coisas são perigosas.

―Você está dizendo... – Ned olha para Jon e depois para Benjen. – Deuses Jon! Eu não quero saber, eles são...  bem... ele são...

―Seus filhos? – Benjen responde em seu lugar, rindo da cara de desagrado do irmão mais velho. – Por favor, eles são casados agora, não oficialmente, mas são. Aceite irmão. – Ned bufa em resposta.

―Que cara é essa irmão? – Bran pergunta assim que Robb entra em sua sala bufando.

―Nada, só estou querendo ficar longe do Jon e do Theon, antes que eu mate os dois. – Bran apenas assente.

―Então veio aqui pra se esconder? – Robb concorda. – Tudo bem fique a vontade, mas vou querer saber o porquê disso. – Robb o encara em silêncio. – Tudo bem, então pode ficar aí emburrado e em silêncio.

―Como estão as coisas entre você e a Meera?

―Estão bem, porque a pergunta? – Bran deixa o que estava fazendo no computador e olha para o irmão.

―Nada demais curiosidade, só interessado no bem está do meu irmão. – Robb desconversa. – Eu gosto dela é uma boa garota não a deixe escapar. – Fala já se levantando.

―Já vai? Pensei que estava se escondendo do Greyjoy e do Jon.

―Vou ligar para Jey, saber se ela tem um tempo pra almoçar comigo. – Bran concorda.

―Podemos almoçar juntos, eu a Meera e vocês. – Robb fica em silêncio por um tempo pensando na resposta.

―É pode ser, eu te passo uma mensagem. – Sai rápido batendo a porta não era bem esse plano que ele tinha para o almoço ele sai a passos largos enquanto disca o número de Jeyne.

―Ei amor, que tal um almoço só nós dois? – Fala girando as chaves do apartamento de Theon nos dedos.

Conservatório de Música

―Temos um visitante? Isso me deixa satisfeito. – Oberyn Martell recebe Brandon com simpatia. – Senhor Stark é um prazer recebe-lo em nossa instituição.

―O prazer é todo meu acredite, estou impressionado com os talentos que você possui aqui. – Brandon fala olhando para Jeyne que cora com o elogio.

―Tio Brandon! – Domeric aparece para cumprimenta-lo.

―Com está Dom? Não sabia que estava atuando no conservatório. – Brandon se mostra feliz ao rever o garoto.

―Dom é a mais nova aquisição da Orquestra de Westeros e do conservatório, o Viserys fez um favor enorme trazendo o Dom de volta a capital. – Oberyn fala apoiando o braço sobre o ombro de Domeric.

―Agora tenho meu amigo de volta. – Afirma Jeyne animada.

―Que bom saber que eu não represento nada pra você sua ingrata! – Renly se aproxima do grupo. – Bom dia senhores Martell e Stark. – Faz uma mesura na direção dos homens. – E bom dia falsos! – Se dirige a Jeyne e Domeric fazendo Oberyn e Brandon rirem da falsa briga.

―Bom a gente pode discutir nossa relação depois quero que me ajudem a mostrar o lugar para meu tio. – O celular dela toca. – É o Robb. – fala com um sorriso bobo.

―Meus deuses quanto amor, é impressão minha ou estou vendo corações brotarem dos olhos dela? – Dom fala para Renly.

―Não é não, vamos sair de perto ou eu acabo com diabetes. – Rebate o Baratheon. – Vem Brandon vou te mostrar a sala onde nós ensaiamos. – O homem assente.

―Encontro vocês depois. – Solta um beijo para os amigos enquanto o tio lhe beija a cabeça. – Não vou demorar. – assegura e atende ao telefone. – Oi amor, desculpe a demora eu estava falando com o Renly e o Dom.

―Ei amor, que tal um almoço só nós dois?

―Eu pensei em almoçar com o tio Brandon. Achei que fosse ficar preso no trabalho. – Ela responde. – Mas eu aceito, já que vou ensaiar até tarde hoje.

―Até tarde quanto? – Perguntou meio decepcionado. – Pensei em te levar para algum lugar hoje, sei lá, talvez irmos à Shae.

―Eu iria adorar, mas temos que nos preparar para a temporada de apresentações. – Ela o ouve suspirar. – Eu sinto muito, prometo de recompensar.

―Eu vou cobrar pelo menos o almoço está de pé?

―Está sim. Te vejo no almoço e eu te amo.

―Eu também te amo. – Desliga.

Ela mostrou todas as dependências do conservatório para o tio, eles foram acompanhados de perto por Dom e Renly, só deram uma pausa quando cada um assumiu suas turmas para as primeiras aulas do dia, deixando Brandon em uma conversa animada com Oberyn sobre as belezas de Dorne.

Agora neste momento Jeyne, Renly, Dom e outros músicos que faziam parte da orquestra, separavam nomes de possíveis alunos para uma audição onde seriam selecionados jovens músicos que iriam substituir os que estavam encerrando sua carreira na orquestra.

―Acho que são apenas esses. – Disse Renly. – Podemos oferecer aulas extras para que eles possam se preparar melhor para as audições.

―Concordo com o Renly. – Jeyne endossa a fala do amigo. – Todos de acordo? – Todos assentem e encerram as discussões.

―Então vou levar essa lista para o senhor Martell. – Domeric se encarrega da tarefa.

―Senhorita Stark, tem um minuto, por favor? – Ela olha em direção a voz e seu corpo gela Cercei Lannister, e o dia estava indo até bem.

―Pode me chamar de Jeyne. – Ela faz sinal para a mulher entrar e sentar-se. – Sobre o que quer falar?

―Sobre a Myrcella, ela está interessada em fazer as audições para entrar na orquestra.

―Claro. Bem o nome dela com certeza é um dos favoritos, assim como a da prima Shereen e já encaminhamos a lista para a diretoria. – Jeyne informa a mulher que mantinha seu olhar desconcertante sobre ela. – É possível que daremos a esses alunos aulas extra para se prepararem para as audições.

―Fico grata. – Jeyne sente um alivio quando a mulher se levanta. – A nível de curiosidade. – Jeyne direciona o olhar para Cercei. – Como você está? Depois do que vem acontecendo. – Ok Jeyne devia esperar por isso, “é agora que ela vai a forra com você Jeyne Stark” pensou Jeyne.

―Bem, eu estou bem eu acho. – “Ela sabe que você está nervosa”, disse a voz dentro da cabeça de Jeyne.

―Nós nunca nos demos bem não é? – Jeyne confirma com um aceno. – Sabe por quê?

―Sei.

―Então você pode entender um pouco do que eu sofri mesmo você e Robb não sendo irmãos de verdade, mas foram criados com se fossem e as pessoas agora, muitas delas os julgam por isso. – Ela rir como se lembrasse de algo. – Não a Myrcella, pra ela você e o Robb são como os casais das histórias românticas que ela costuma ler. – Jeyne sorrir.

―A Myrcella é uma garota incrível. – Jeyne enfatiza.

―Ela é sim, tão diferente de mim não é mesmo? – Jeyne não se atreveu a responder. – Eu odiava você porque o Jaime te amou tanto, acho que até mais do que eu, odiei porque você podia dá a ele e deu durante o tempo em que estiveram juntos, tudo o que eu jamais daria. – Jeyne começava a sentir pena de Cercei. – E agora te odeio por que você conseguiu o que eu não conseguir. – Ela se aproxima e segura o rosto de Jeyne com as mãos, a deixando assustada. – Você está vivendo o seu amor e a mim só me resta viver com o homem que eu nunca amei. – Jeyne se afasta.

―Cercei você é uma mulher bonita, corajosa e ainda tem tanto pra viver, se não é feliz com o tio Robert, porque ainda insiste neste casamento? – A expressão sempre tão segura de Cercei se altera por um instante.

―Sugere que eu me separe do seu amado tio? – Ela riu.

―Sugiro que deixe de pensar que a única chance de ser feliz se foi junto com o Jaime, que o tio Robert ou eu ou mesmo o Jaime são a causa da sua infelicidade. Se tem uma coisa que eu aprendi nos anos em eu e o Robb nos afastamos é que apesar de amá-lo eu poderia ser feliz sozinha com outra pessoa e eu fui feliz com seu irmão e ele é uma parte boa da minha vida. – Jeyne respira fundo. – Você vai sempre amar o Jaime e eu sei que ele também vai amar você, mas nós precisamos seguir em frente.

―É fácil pra você dizer, você está com seu prêmio, o Robb. – Ela fala cética.

―E eu sou grata por isso, mas ele não é um prêmio e não é justo comigo e nem mesmo com o Robb que eu deposite toda a razão da minha felicidade nele. – Jeyne rebate. – Só pense nisso. – Cercei iria se manifestar quando Brandon entra.

―Não sabia que estava ocupada querida. – Disse se desculpando. – Cercei como está? – Perguntou tomando a mão da mulher e beijando o dorso.

―Bem Brandon, e você continua muito charmoso. – Cercei fala com um sorriso. – Não sabia que estava na cidade.

―Uma visita rápida. Conheci sua filha ela é encantadora como a mãe, pelo menos na aparência. – Jeyne não acredita no que o tio acabava de falar. – Mas a personalidade é completamente diferente.

―Não posso negar a verdade meu querido. – A mulher se inclina um pouco na direção do homem. – Você me conhece muito bem. – Apanha sua bolsa sobre a mesa e sai em sua exuberante elegância.

―Ok isso foi estranho. – Jeyne fala apontando para aporta e para o tio. – Algo do seu passado que eu deva saber? – Inqueriu.

―Eu namorei a Cercei.

―O quê! – Jeyne gritou. – Eu preciso me sentar agora. – Se joga sobre a cadeira. – Quando? Como? Por quê?

―Não podemos chamar de namoro, foi um caso de uma ou duas noites. – Jeyne balança cabeça.

―Que bobeira a minha, uma ou duas noites isso não é nada. – fala debochada.

―Foi antes dela casa com o Robert e antes de eu conhecer a sua mãe. – Ele responde. Depois de um tempo de silêncio com Jeyne o encarando. – Na verdade nós passamos duas semanas juntos em Dorne, foi uma loucura. – Jeyne cobre os ouvidos.

―Tá chega eu não quero mais saber, nunca mais me conte está história. – Brandon abraça a filha sorrindo.

―Não precisa ficar zangada com isso, foi um casinho há muito tempo atrás. – Jeyne se afasta com o dedo em riste.

―Uma regra básica, os filhos não gostam de saber, pensar ou mesmo imaginar que seus pais tenham vida sexual. – Brandon olha para ela surpreso ao notar que ela se referia a ela mesma como sua filha sem nem mesmo se dá conta. – Muito menos saber que seu pai em algum momento da vida fez sexo com a Cercei Lannister. – Ela faz de novo e ele rir abobalhado. – O que foi?

―Nada, eu vim te chamar pra almoçar vamos?

―Ah tio o Robb está vindo me buscar. – Ela fala pesarosa. – Podemos marcar outro dia. Ah melhor ainda eu vou ficar até mais tarde devido ao ensaio da orquestra, quer me acompanhar?

―Claro será maravilhoso. – Ele concordou com um sorriso. – Vai lá almoçar com seu marido. – Ele faz uma careta. – Eu ainda tenho que me acostumar com isso os pais não gostam de imaginar que suas filhas tenham vida sexual. – Rebate Brandon e Jeyne revira os olhos e lhe dá um beijo no rosto.

―Te vejo mais tarde, não esquece! – Sai correndo pela porta.

―Minha filha. – Fala em voz alta para a sala vazia.

Jeyne estava na porta do conservatório esperando Robb quando ele estaciona do outro lado da rua. Ela corre a seu encontro e se joga em seus braços.

―Oi. Aonde vamos? – Perguntou animada.

―É uma surpresa. – respondeu esquivo e ela o encara. – Não adianta me olhar assim, só vai saber quando chegar.

―A comida é boa pelo menos? – Quis saber e ele olha para ela examinando-a por inteiro.

―O que eu posso dizer é que eu adoro a comida e não vejo a hora de prova-la. – Deu aquele sorriso de canto.

―O que você está aprontando Robb Stark? – Perguntou desconfiada.

―Não estou aprontando nada. Só pra saber, o quanto você gosta desse vestido? – Ela agora estava desconfiada e confusa.

―Por quê? – Ele lhe dá um beijo rápido e volta os olhos para a estrada ainda com aquele sorriso no rosto.