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História O Rei dos Serpentes: A Seleção - A Elite - A Escolha - A Seleção - Capítulo 18


Escrita por: SamBombshell28

Notas do Autor


HEY MENINES


A T E N Ç Ã O: Esse cap contem fortes emoções, se é cardiaca... SINTO MUITO E TE PREPARA QUE EU NÃO VOU POSTAR MAIS HOJE, SO AMANHA. BEIJO.

Have fun, enjoy!

Capítulo 18 - A Seleção - Capítulo 18


JUGHEAD DISSE QUE ME VERIA no jantar, mas não estava lá. A rainha entrou sozinha e encontrou todas nós de pé ao lado das cadeiras. Fizemos a reverência enquanto ela se sentava e depois nós mesmas nos sentamos.

Corri os olhos pela sala de jantar em busca de um assento vazio, pois imaginava que Jughead estava em algum encontro. Todos, no entanto, estavam ocupados.

Eu gastara a tarde inteira repassando minhas palavras. Não era à toa que eu não tinha amigos. Estava óbvio que era péssima em cultivá-los.

Foi então que o príncipe e o rei adentraram a sala. Jughead tinha posto o paletó, mas o cabelo continuava uma bagunça charmosa. Ele e o pai caminhavam lado a lado. Nós nos apressamos em levantar. A conversa de ambos parecia animada. Jughead gesticulava para dar destaque a suas palavras, e o rei concordava mecanicamente com a cabeça, parecendo um pouco farto do assunto. Ao chegar à mesa, o rei FP, com uma expressão severa, deu um tapinha firme nas costas do filho.

O rosto do rei se encheu subitamente de entusiasmo quando ele ficou de frente para nós.

— Por favor, senhoritas, sentem-se.

Ele beijou a testa da rainha e tomou seu lugar ao lado dela. Jughead, porém, permaneceu de pé.

— Senhoritas, tenho um anúncio a fazer — proclamou.

Todos os olhos da sala se voltaram para ele. O que teria a nos dizer?

— Sei que todas receberam a promessa de que seriam compensadas por sua participação na Seleção.

A voz dele estava repleta de uma autoridade imponente que eu só tinha ouvido de verdade uma vez: na noite em que me deixou ficar no jardim. Jughead ficava muito mais atraente quando se valia da sua condição para atingir um objetivo.

— Contudo — continuou o príncipe — houve uma nova repartição de verbas. As Dois ou Três de nascimento não receberão mais sua bolsa. Mas as garotas Quatro e Cinco continuarão a recebê-las, embora num valor um pouco menor a partir de agora.

Alguns queixos caíram de espanto. O dinheiro era parte do acordo. Cheryl, por exemplo, parecia prestes a soltar fogo pelas ventas. Talvez porque quando se tem muito dinheiro seja natural querer mais. E o simples pensamento de ver alguém como eu ganhando algo que ela não teria já corroía sua alma.

— Peço sinceras desculpas por qualquer inconveniente. Amanhã explicarei tudo durante o Jornal Oficial. Acrescento que essa situação é inegociável. Aquelas que tiverem problemas com o novo acordo e não quiserem mais participar da Seleção podem sair após o jantar.

Jughead se sentou e retomou a conversa com o rei, que parecia mais interessado no jantar do que nas palavras do filho. Fiquei um pouco perturbada com o fato de minha família receber menos dinheiro, mas ao menos ainda receberíamos alguma coisa. Tentei me concentrar na comida, mas passei a maior parte do tempo imaginando o que tudo aquilo significava. E não estava só. Vozes cochichavam por toda a sala.

— O que será que ele quer com isso? — Molly perguntou em voz baixa.

— Talvez seja um teste — conjecturou Toni. — Aposto que tem gente aqui só por causa do dinheiro.

Enquanto escutava a conversa das duas, vi Florida dar um cutucão em Olivia e apontar a cabeça na minha direção. Virei o rosto para que ela não soubesse que eu tinha visto.

As garotas continuaram a levantar hipóteses, e eu a observar Jughead.

Queria chamar sua atenção para que visse que eu estava mexendo na orelha, mas ele não olhou para onde eu estava.

Mary e eu estávamos sozinhas no quarto. Naquela noite eu encararia Pop Tate– e o resto do país – no Jornal Oficial de Riverdale. Isso sem falar nas outras meninas, que estariam presentes o tempo todo, analisando o desempenho umas das outras e tecendo suas críticas mentais. Dizer que estava nervosa seria um eufemismo grosseiro. Eu tremia enquanto Mary listava algumas possíveis perguntas, coisas que achava que o público talvez gostasse de saber: “O que você acha do palácio? Qual foi a coisa mais romântica que Jughead fez? Você sente falta da família? Vocês já se beijaram?”.

Lancei um olhar torto para Mary quando ela fez essa última pergunta. Eu respondia automaticamente tudo o que ela perguntava na tentativa de não pensar demais. Mas dava para notar que essa do beijo era pura curiosidade. Seu sorriso provava.

— Não! Por favor! — repliquei, tentando soar irritada, mas ia parecer estranho ficar brava por isso. Acabei dando um sorrisinho amarelo, que provocou risos em Mary. — Ah, por que... por que você não vai limpar alguma coisa?

Ela caiu na gargalhada, e antes que eu pudesse mandá-la parar, May e Helena atravessaram a porta com um cabide coberto por uma capa.

Helena parecia mais empolgada do que nunca, ao passo que May estava levemente atordoada.

— O que é isso? — perguntei para Helena, que fazia uma reverência cheia de pompa.

— Terminamos seu vestido para o Jornal Oficial, senhorita — ela respondeu.

Franzi a testa em estranhamento.

— Outro vestido? Por que não posso usar o azul que está no armário? Vocês acabaram de fazer. E eu adorei.

As três trocaram olhares.

— O que vocês fizeram? — perguntei, apontando para o cabide que May havia pendurado no gancho próximo do espelho.

— Conversamos com as outras criadas, senhorita. E ouvimos muitas coisas — começou May. — Sabemos que Jamie e a senhorita foram as únicas a terem mais de um encontro com o príncipe. E, pelo que pudemos perceber, talvez haja uma ligação entre vocês.

— Como assim? — perguntei.

— Pelo que ouvimos — continuou May — ela foi mandada embora por ter feito comentários desrespeitosos sobre a senhorita. O príncipe não concordou e a dispensou no ato.

— O quê? — exclamei levando a mão à boca na tentativa de esconder meu espanto.

— Temos certeza de que é a favorita do príncipe. Quase todo mundo diz isso — Helena disse entre suspiros de alegria.

— Acho que vocês estão mal informadas — repliquei.

May deu de ombros com um sorriso no rosto, como se minha opinião não importasse.

Foi então que me lembrei de como a conversa havia começado.

— O que tudo isso tem a ver com meu vestido?

Mary se aproximou de Helena e abriu o zíper daquela enorme capa. Dentro estava um vestido vermelho estonteante que cintilava à luz fraca do pôr do sol vinda da janela.

— Nossa, May... — eu disse, completamente embasbacada. — Você se superou!

Ela recebeu o elogio inclinando levemente a cabeça.

— Obrigada, senhorita, mas todas trabalhamos nele.

— É lindo. Só que ainda não entendi o que tem a ver com nossa conversa.

Mary tirou o vestido da capa para deixá-lo arejar um pouco. May continuou as explicações:

— Como eu disse, muita gente no palácio pensa que a senhorita é a favorita do príncipe. Ele lhe faz elogios e prefere sua companhia à das outras. E parece que as outras garotas também notaram.

— O que você quer dizer?

— Vamos à oficina quase sempre que precisamos costurar algum dos seus vestidos. Lá temos um armário de materiais e um lugar para fazer sapatos. A maioria das outras criadas também vai lá. Todas as garotas pediram um vestido azul para esta noite, e as criadas acham que é porque você usa essa cor quase sempre. As outras meninas estão tentando imitá-la.

— É verdade — palpitou Helena. — Tuesday e Sam não vão usar nenhuma joia hoje. Como a senhorita.

— E a maioria das moças começou a pedir vestidos mais simples, como os que a senhorita prefere — afirmou Mary.

— Isso ainda não explica por que me fizeram um vestido vermelho.

— Para que se destaque, claro — respondeu Mary. — Se ele gosta mesmo da senhorita, temos que mantê-la no primeiro plano. Tem sido tão generosa conosco, especialmente com Helena.

A essas palavras, todas olhamos para Helena, que confirmou com a cabeça.

Mary prosseguiu.

— A senhorita daria... daria uma boa princesa. Seria espetacular.

Comecei a procurar um jeito de escapar. Odiava ser o centro das atenções.

— Mas e se as outras tiverem razão? E se Jughead gosta de mim justamente porque não gosto de aparecer, aí vocês me vestem com uma roupa assim e botam tudo a perder?

— Toda garota precisa brilhar de vez em quando. Além do mais, conhecemos o príncipe desde criança. Ele vai adorar — May afirmou com tanta segurança que não tive escolha.

Não queria explicar que todos os bilhetes que ele me enviou e todo o tempo que passou ao meu lado não passavam de amizade. Não podia contar a elas. Ia deixá-las tristes, e eu precisava manter as aparências se quisesse ficar. E eu queria, de verdade. Precisava ficar.

— Tudo bem, vamos tentar — cedi, com um suspiro.

Helena deu pulos de alegria até Anne lembrar que aquilo não era adequado. Passei o vestido sedoso pela cabeça, e as três deram pontos em diversos lugares que ainda não estavam acabados. As mãos ágeis de Mary punham meus cabelos nas mais variadas formas a fim de descobrir qual penteado combinava melhor com aquela roupa. Meia hora depois, eu estava pronta.

O estúdio ostentava uma decoração diferente para o especial daquela noite. Os tronos da família real estavam em um dos lados, como sempre, e nossos assentos estavam do lado oposto, como da última vez. Mas o palanque tinha sido deslocado do centro, cedendo seu lugar a duas cadeiras altas. Havia um microfone sobre uma delas, que usaríamos para falar com Pop Tate. Meu estômago embrulhava só de imaginar.

De fato, o estúdio estava repleto de vestidos em todas as tonalidades possíveis de azul. Uns mais perto do verde, outros do violeta, mas ficou claro que havia um padrão. Senti-me desconfortável na hora. Percebi de cara o olhar de Cheryl e decidi ficar longe dela até ser obrigada a me sentar.

Toni e Sam passaram por mim. Eu tinha acabado de conferir a maquiagem uma última vez. Ambas pareciam um pouco descontentes, embora às vezes não fosse fácil saber o que se passava na cabeça de Sam. Toni pelo menos também destoava da multidão. Seu vestido azul tinha manchas brancas, como se finas camadas de gelo escorressem por seu corpo.

— Você está arrasadora, Elisabeth — ela disse, em um tom mais de acusação do que de elogio.

— Obrigada. Seu vestido é divino.

Ela escorregou as mãos pelo corpo, como se esticasse rugas imaginárias.

— É, também gostei — ela replicou.

Sam passou a mão em uma das alças do meu vestido e perguntou:

— Que tecido é este? Com certeza vai brilhar com a luz.

— Não faço ideia. Nós, Cinco, não costumamos ter coisas legais assim — comentei com ar de desdém. Sabia que ela estava tentando me atacar e eu não cederia.

Olhei para o tecido. Eu tinha pelo menos mais um vestido feito com ele, mas não me preocupei em aprender o nome.

— Elisabeth!

Quando dei por mim, Cheryl já estava de pé ao meu lado. Com um sorriso.

— Cheryl.

— Você poderia vir comigo um segundo? Preciso de ajuda.

Sem esperar pela resposta, ela me arrastou para longe de Toni e Sam e me levou para trás da cortina azul e pesada que servia de pano de fundo para o estúdio do Jornal Oficial.

— Tire o vestido — ordenou, começando a descer o zíper do seu.

— O quê?

— Eu quero seu vestido. Tire. Argh! Fecho maldito — ela resmungou, ainda tentando se livrar da roupa.

— Não vou tirar meu vestido — retruquei.

Comecei a me afastar, mas não fui muito longe. Cheryl cravou as unhas no meu braço e me puxou para trás.

— Ai! — gritei, levando a mão ao braço.

Pelo jeito a marca das unhas ia ficar, mas felizmente nada de sangue.

— Calada. Tire o vestido. Agora.

Permaneci parada, de cara fechada, nem um pouco a fim de cooperar. Cheryl ia ter que aprender que não era o centro de Riverdale.

— Posso tirar para você, se quiser — ela propôs friamente.

— Não tenho medo de você, Cheryl — eu disse e cruzei os braços. — Este vestido foi feito para mim, e vou ficar com ele. Da próxima vez em que for escolher sua roupa, tente querer parecer menos comigo. Afinal, você e todo mundo sabe que para tentar chegar algum lugar tem que se parecer comigo, porém o segredo e ser você mesma... Opa... Mas se fizer isso, talvez Jughead descubra que você é uma chata e te mande para casa, né?

Sem hesitar um segundo, ela levantou o braço, puxou a alça do meu vestido e foi embora. Bufei de raiva, mas fiquei atordoada demais para ir além disso. Olhei para baixo e deparei com aquele pedaço de tecido descosturado pendendo de forma patética do meu busto, eu estava com raiva e minha vontade de ficar foi maior, se não eu teria acabado com ela alí mesmo. Ouvi o chamado de Hallo para todas irem a seus lugares e saí por trás da cortina, caminhando o mais corajosamente que podia.

Veronica tinha guardado um lugar para mim ao seu lado. Notei sua cara de espanto quando me viu.

— O que aconteceu com o vestido? — ela sussurrou.

— Cheryl — respondi enfadada.

Emilia e Mia, sentadas à nossa frente, viraram para trás.

— Ela rasgou seu vestido? — Emilia perguntou.

— Sim.

— Você tem que contar tudo para Jughead — Emilia implorou. — Essa menina é um pesadelo.

— Eu sei — concordei com um suspiro. — Vou contar da próxima vez que o vir.

— Quem sabe quando vai ser? Pensei que fôssemos passar mais tempo com ele — comentou Mia, com uma expressão triste no rosto.

— Betty, levante o braço — pediu Veronica.

Com as mãos de uma profissional, ela enfiou minha alça descosturada no busto do vestido, enquanto Emilia arrancava algumas linhas soltas. Não dava nem para notar que algo tinha acontecido. Já as marcas de unha pelo menos estavam no braço esquerdo, escondidas da câmera.

Era quase hora de começar. Pop Tate revia suas fichas até a família real finalmente aparecer. Jughead vestia um terno azul-escuro com um broche da serpente nacional na lapela. Ele parecia disposto e calmo.

— Boa noite, senhoritas — ele disse com a voz leve e um sorriso.

Um coro de “Alteza” foi sua resposta.

— Como sabem, farei um breve anúncio e depois chamarei Pop. Será uma boa mudança: é sempre ele que me chama! — Jughead riu, e todas fizemos o mesmo. — Sei que algumas de vocês talvez estejam um pouco nervosas, mas não há motivo. Por favor, sejam vocês mesmas. As pessoas querem conhecê-las.

Nossos olhares se cruzaram algumas vezes enquanto ele falava, mas não foi suficiente para adivinhar seus pensamentos. Ele não pareceu ter notado o vestido. Minhas criadas ficariam desapontadas.

O príncipe caminhou até o palanque, desejando-nos sorte.

Eu sabia que algo ia acontecer. Tinha certeza de que seu anúncio estava relacionado com o que ele nos falara durante o jantar da noite anterior, mas eu ainda não conseguia adivinhar do que se tratava especificamente. O pequeno mistério de Jughead me distraiu um pouco; já não estava mais tão nervosa. Na verdade, quando tocaram o hino, sentia-me bastante bem. Eu assistia ao Jornal Oficial desde criança, e nunca tinha visto Jughead falar à nação, não daquela maneira. Queria ter desejado sorte a ele também.

— Boa noite, senhoras e senhores de Riverdale. Sei que esta é uma noite empolgante para todos nós. O país finalmente conhecerá melhor as vinte e cinco mulheres que ainda participam da Seleção. Não imagino como expressar minha animação por poderem conhecê-las. Estou certo de que todos haverão de convir que qualquer uma dessas jovens incríveis seria uma líder e uma futura princesa maravilhosa.

Ele continuou:

— Mas antes disso, gostaria de anunciar um novo projeto em que estou trabalhando e que tem muita importância para mim. O contato com essas damas expôs-me ao vasto mundo fora deste palácio, um mundo que raramente posso ver. Contaram-me sobre a bondade incrível e a escuridão inimaginável que existe nele. Por meio de minhas conversas com essas mulheres, abracei a importância das massas além destes muros. Despertei para o sofrimento de alguns membros das nossas castas inferiores, e pretendo fazer algo quanto a isso.

O quê?, perguntei a mim mesma. Jughead começou a explicar:

— Precisaremos de pelo menos três meses para nos preparar adequadamente, mas por volta do Ano-Novo todos os Departamentos de Serviços dos Distritos oferecerão assistência alimentar. Qualquer Cinco, Seis, Sete ou Oito poderá ir a um deles no fim da tarde para se servir de uma refeição nutritiva e gratuita. Por favor, permitam-me dizer que essas mulheres que vemos aqui sacrificaram total ou parcialmente sua compensação a fim de ajudar a custear esse importante projeto. E, embora essa assistência talvez não possa se prolongar para sempre, vamos mantê-la o máximo que pudermos.

Tentei engolir a gratidão e a admiração que sentia, mas derramei algumas lágrimas. Ainda estava consciente o bastante para quase ficar preocupada com a maquiagem borrada, mas queria tanto apreciar aquele momento que aquilo já não era uma prioridade. Eu era parte daquilo, eu tinha feito algo que mudaria a vida de alguém, na verdade, de muitas pessoas. Estava orgulhosa de mim, mas principalmente dele.

— Penso que nenhum grande líder pode deixar as massas passarem fome. Riverdale é majoritariamente composta por castas inferiores, e acho que desprezamos essas pessoas por tempo demais. É por isso que dou um passo à frente e peço a outros que se juntem a mim. Pessoas da Dois, Três, Quatro... as estradas pelas quais dirigem não se abrem sozinhas. Suas casas não se limpam por mágica. Eis sua oportunidade de reconhecer a verdade e fazer uma doação ao Departamento de Serviços dos Distritos.

Jughead fez uma pausa.

— Vocês nasceram abençoados. É hora de reconhecer essa bênção. Terei mais informações conforme o projeto avançar. Queria agradecer a atenção de todos. Mas agora passemos ao verdadeiro motivo de todos estarem em frente à TV hoje. Senhoras e senhores, Pop Tate!

O lugar foi tomado por palmas ensurdecedoras vindas de todos, embora fosse óbvio que nem todo mundo estivesse entusiasmado com o anúncio de Jughead. O rei, por exemplo, batia palmas, mas não parecia muito animado, ao passo que a rainha estava radiante de orgulho. Os conselheiros também pareciam divididos quanto à conveniência da ideia.

— Muito obrigado pela apresentação, Majestade! — agradeceu Pop entrando em cena. — Muito bom! Se essa história de príncipe não der certo, o senhor pode pensar em um emprego na televisão.

Jughead foi para seu lugar gargalhando. As câmeras focavam Pop agora, mas continuei observando o príncipe e seus pais. Não entendia porque as reações eram tão diferentes.

— Povo de Riverdale, temos um presente para vocês! Esta noite veremos cada uma dessas jovens por dentro. Sabemos que estão mortos de vontade de conhecê-las e de saber como está seu relacionamento com o príncipe Jughead. Por isso, esta noite... vamos apenas perguntar! Comecemos pela senhorita — Pop conferiu suas fichas — Cheryl Blossom, de Northside!

Cheryl levantou-se de seu assento na fileira do alto e desceu sinuosamente as escadas. Antes de se sentar para a entrevista, beijou as bochechas de Pop. Sua entrevista era previsível, como a de Barbie. Ambas tentaram parecer sedutoras, inclinando-se para a frente várias vezes para que as câmeras filmassem o decote. Elas eram muito falsas. Nojentas. Eu podia ver seus rostos nos monitores, e a cada resposta elas olhavam para Jughead e piscavam. Houve momentos – como quando Barbie tentou lamber os lábios de um jeito atraente – em que Veronica e eu trocamos olhares e tivemos que desviar o rosto para não rir.

Outras tiveram mais compostura. A voz de Molly era muito discreta, e ela parecia encolher à medida que a entrevista avançava. Mas eu sabia que ela era meiga e esperava que Jughead não a riscasse de sua lista apenas por não falar bem em público. Emilia se manteve formal, como Veronica. A principal diferença entre as duas era que a voz de Veronica estava tão carregada de entusiasmo que ficada mais aguda a cada fala.

Pop Tate fazia uma série de perguntas, mas duas pareciam fixas: “O que você acha do príncipe Jughead?” e “Você é a garota que gritou com ele?”. Eu não estava muito ansiosa para revelar ao país que tinha dado uma bronca no futuro rei. Ainda bem que – até onde todos sabiam – eu só tinha feito isso uma vez. Todas pareciam orgulhosas por não terem sido a garota que tinha gritado com Jughead. E todas achavam que ele era simpático. Usavam quase sempre a mesma palavra: simpático. Cheyl disse que ele era bonito. Barbie comentou que tinha um poder silencioso, o que me pareceu assustador. Pop perguntou a algumas garotas se o príncipe já as beijara, e a resposta era invariavelmente um “não” de bochechas coradas. Depois da terceira ou quarta negativa, ele se voltou para Jughead e disparou, parecendo chocado:

— Mas o senhor ainda não beijou nenhuma delas?

— Elas estão aqui há apenas duas semanas! Que tipo de homem você pensa que eu sou? — rebateu o príncipe.

Suas palavras saíram em um tom jovial, mas ele pareceu se contorcer um pouco na cadeira. Será que ele já tinha beijado alguém na vida?

Mia tinha acabado de dizer que a estada no palácio era maravilhosa quando Pop me chamou. As outras garotas aplaudiram quando me levantei, como tinha sido com todas. Dei um sorriso nervoso para Veronica. Concentrei-me em meus pés enquanto caminhava, mas assim que me sentei, notei que era fácil olhar para Jughead por cima do ombro de Pop. Ele deu uma piscadinha quando peguei o microfone, fofo. Senti-me mais calma no ato. Eu não tinha que vencer ninguém.

Apertei a mão de Pop Tate e sentei-me à sua frente. Assim de perto, dava para ver o broche na lapela dele. Tratava-se de um detalhe que se perdia nas câmeras, mas agora eu via que não tinha nada a ver com a marcação de notas fortes em uma partitura; havia um “X” no meio que fazia o broche parecer mais uma estrela. Era lindo.

— Elisabeth Cooper. Ouvi dizer que vocês são 4 mulheres em casa, vocês se parecem muito? — perguntou Pop.

Suspirei aliviada. Essa era fácil.

— Sim, de fato. Minhas irmãs, minha mãe e eu somos extremamente parecidas, com duas exceções: Polly é um doce e Ana é morena. É estranho, nosso gênio é completamente parecido, minha mãe vive reclamando de como somos. Mas devo reconhecer que nós duas vivemos brigando.

Pop Tate riu:

— Parece que ela é uma mulher enérgica.

— Ela é. Herdei boa parte de minha teimosia dela.

— Então você é teimosa? Um pouco geniosa?

Vi Jughead cobrir a boca com as mãos, morrendo de rir.

— Às vezes.

— Então por acaso não seria a garota que gritou com o príncipe?

Respirei fundo.

— Sim, fui eu. E minha mãe deve estar enfartando neste exato momento.

— Faça-a contar a história toda! — gritou Jughead para Pop.

O apresentador olhou para trás e rapidamente se virou para mim de novo.

— Ah! Qual é a história toda?

Tentei olhar feio para Jughead, mas a situação era tão ridícula que não funcionou.

— Senti um pouco de... claustrofobia na primeira noite e fiquei desesperada para sair. Os guardas não me deixaram passar pelas portas. Eu estava a ponto de desmaiar nos braços de um deles quando o príncipe chegou e mandou que abrissem as portas.

— Humm... — grunhiu Pop, inclinando a cabeça um pouco para o lado.

— Sim, e depois o príncipe ainda me seguiu para ver se estava tudo bem comigo... Mas eu estava tão nervosa que quando ele abriu a boca eu basicamente o acusei de ser vaidoso e superficial.

Pop gargalhou ao ouvir isso. Olhei para Jughead e o vi sacudir de tanto dar risada. Mas o mais vergonhoso era que o rei e a rainha também estavam rindo. Não me virei para olhar as garotas, mas ouvia as risadinhas de algumas. Certo. Talvez agora elas parassem de me ver como uma ameaça. Eu era apenas uma pessoa que Jughead achava divertida.

— E ele a perdoou? — Pop quis saber, um pouco mais sério.

— Por incrível que pareça — respondi dando de ombros.

— Bem, agora que os dois fizeram as pazes, que tipo de atividade têm feito juntos? — Pop Tate estava de volta ao tema da entrevista.

— Geralmente andamos pelo jardim. Ele sabe que gosto de passear ao ar livre. E nós conversamos.

Minha resposta parecia patética diante do que as outras garotas falaram. Cinema, caçadas, passeios a cavalo: tudo muito impressionante se comparado à minha história. Mas foi então que entendi por que Jughead passara a semana anterior emendando um encontro com o outro. Elas precisavam ter o que contar para Pop. Ainda estranhava que ele não tivesse comentado nada comigo, mas pelo menos sabia o motivo de sua distância.

— Parece muito relaxante. Você diria que o jardim é sua parte favorita do palácio?

— Talvez — eu disse com um sorriso nos lábios. — Mas a comida é divina, então...

Pop riu de novo.

— Você é a última Cinco na competição, certo? Acha que isso diminui suas chances de ser a próxima princesa?

— Não! — a palavra saltou da minha boca sem hesitações. Nem eu acreditei na rapidez com que as palavras saíram da minha boca.

— Nossa! Quanta convicção!

Pop pareceu ter adorado ouvir uma resposta tão enérgica. Ele prosseguiu:

— Então você acha que vai vencer?

— Não, não — respondi depois de pensar um pouco. — Não é isso. Não me julgo melhor que as outras meninas aqui. É só... Não acho que Jughead faria isso, que desprezaria alguém por causa de sua casta.

Ouvi uma exclamação de surpresa coletiva. Repeti a frase mentalmente. Custei um pouco para descobrir meu erro: tratei o príncipe por Jughead, sem a parte formal da coisa, estava tão acostumada a conversar com ele e com nossa intimidade. Uma coisa era chamá-lo assim falando com outra garota a portas fechadas, mas era extremamente informal pronunciar em público seu nome sem a palavra “príncipe”. E eu tinha acabado de fazer isso ao vivo, diante de todo o país.

Olhei para Jughead para conferir se ele estava irritado. Havia um sorriso calmo em seus lábios. Então ele não estava bravo... mas continuei envergonhada. Fiquei vermelha de alto a baixo.

— Ah, parece que você realmente ficou íntima do príncipe. Diga-me, o que você acha de Jughead?

Pensei em várias respostas enquanto aguardava minha vez de falar. Eu poderia caçoar de sua risada ou falar do apelido carinhoso pelo qual ele queria ser chamado pela esposa. Parecia o único jeito de salvar a situação e voltar à comédia. Mas ao levantar os olhos para tecer meus comentários, deparei com o rosto do príncipe.

Ele queria mesmo saber.

E eu não podia tirar sarro dele, não quando tinha a chance de dizer o que realmente pensava agora que era meu amigo. Não podia fazer piada com a pessoa que me salvara de ter que ficar em casa enfrentando uma desilusão amorosa; com a pessoa que enviava caixas de doce para minha família; que corria até mim preocupado com minha saúde quando eu o chamava.

Um mês antes, eu tinha olhado para a TV e visto uma pessoa distante, rígida e entediante; uma pessoa que, eu pensava, ninguém poderia amar. E, embora não se parecesse nem um pouco com a pessoa que eu tinha amado, ele era digno de passar a vida ao lado de alguém que o amasse.

— Jughead Jones III é a síntese de todas as coisas boas. Será um rei fenomenal. Ele deixa garotas que deveriam usar vestido saírem por aí com calça jeans e não se zanga quando alguém que não o conhece o julga de uma maneira completamente errada.

Olhei bem nos olhos de Pop Tate, que sorriu. Atrás dele, Jughead parecia intrigado. Continuei:

— Quem se casar com ele será uma mulher de sorte. E não importa o que me acontecer, será uma honra ser sua súdita.

Vi Jughead engolir em seco minhas palavras, impressionado. Baixei os olhos.

— Elisabeth Cooper, muito obrigado — concluiu Pop, estendendo a mão. — A próxima é a senhorita Bell Anders.

Não ouvi nada do que as outras garotas disseram depois de mim, apesar de manter os olhos nos dois assentos ao lado do palanque. Também não tinha coragem de olhar para Jughead. Tudo o que fazia era repassar mentalmente as palavras ditas na entrevista, várias vezes.

 

 

Às dez horas, ouvi as batidas. Abri a porta com um só movimento, e Jughead fez cara feia.

— Seria muito bom você ter uma criada aqui durante a noite.

— Jughead! Sinto muito mesmo. Não queria chamar você pelo nome na frente de todos. Fui tão idiota.

— Você acha que estou bravo por isso? — ele perguntou enquanto fechava a porta e entrava no quarto. — Betty, você me chama pelo nome o tempo todo. Uma hora ia escapar. Gostaria que tivesse sido em um ambiente mais reservado — ele ressaltou, com um sorriso malicioso, bem malicioso — mas não vou pegar no seu pé por isso.

— De verdade?

— Claro, de verdade.

— Ai, eu me senti tão idiota hoje à noite. Não acredito que você me fez contar aquela história!

Completei minhas palavras com um tapinha em seu braço.

— Mas foi o melhor momento da noite! Minha mãe ficou muito impressionada. No tempo dela, as garotas eram mais reservadas que Molly, e aí você vem e diz que me achava superficial... Ela não se conformava.

Ótimo. Agora a rainha também me achava inadequada. Cruzamos o quarto e acabamos na sacada. Batia uma brisa leve e morna, carregada com o aroma das flores no jardim. A lua cheia brilhava sobre nós intensificando as luzes do palácio e dotando o rosto de Jughead de um brilho misterioso.

— Bem, fico feliz que você esteja tão impressionado — eu disse, correndo os dedos pelo parapeito.

Com um pulo, Jughead se sentou no parapeito.

— Você é sempre impressionante. Acostume-se a isso.

Humm. Ele estava meio estranho.

— Então... o que você disse... — ele começou, meio sem jeito.

— Que parte? Quando chamei você pelo nome, quando disse que brigava com minha mãe ou quando sugeri que a comida era minha motivação? — perguntei, com ar de desdém.

Ele soltou uma risada e continuou:

— A parte sobre eu ser uma boa pessoa...

— Ah, o que tem?

Essas poucas palavras logo pareceram mais vergonhosas do que qualquer coisa que eu pudesse dizer. Abaixei a cabeça e mexi no vestido. Por que eu estava com tanta vergonha? Era só Jughead, meu amigo.

— Admiro que você queira soar sincera, mas não precisava ir tão longe.

Ergui a cabeça. Como ele podia pensar isso?

— Jughead, não fiz aquilo pelo programa. Se você tivesse perguntado um mês atrás qual era minha opinião sincera sobre a sua pessoa, minha resposta teria sido bem diferente. Mas agora conheço você de verdade. Você é tudo o que eu disse. E mais.

Ele ficou em silêncio, mas tinha um pequeno sorriso no rosto.

— Obrigado — disse por fim.

— Ao seu dispor.

Jughead limpou a garganta.

— Ele também será um homem de sorte — o príncipe comentou, descendo de seu assento improvisado e andando para o meu lado da sacada.

— Hein?

— Seu namorado. Quando ele cair em si e implorar seu perdão.

Jughead disse isso sem rodeios, e eu tive que rir. Isso nunca aconteceria no meu mundo.

— Ele não é mais meu namorado. E deixou bem claro que terminou comigo — até eu pude perceber uma pequena esperança em minha voz.

— Impossível. Ele deve ter visto você na TV e se apaixonado mais uma vez. Embora, na minha opinião, você continue a ser areia demais para o caminhãozinho dele.

Jughead falava quase como se estivesse aborrecido, como se tivesse visto a cena um milhão de vezes. Seria ciúmes? Claro que não, e mesmo que fosse... ele devia sentir isso por todas, igual o “minha querida”.

— A propósito — ele prosseguiu, elevando um pouco a voz — se você não quiser que eu me apaixone, não pode ficar assim tão linda. A primeira coisa que farei amanhã será mandar suas criadas costurarem uns sacos de batata para você usar.

Dei-lhe uma cotovelada no braço.

— Cale a boca, Jughead.

— Não é brincadeira. Você é bonita demais para o seu próprio bem. Quando sair, vamos ter que mandar alguns guardas para acompanhá-la. Nunca sobreviverá sozinha, coitada — ele gracejou, fingindo pena.

— Não posso fazer nada — suspirei. — Não pedi para nascer perfeita — abanei-me com as mãos para mostrar que ser linda era muito cansativo.

— É, não acho que seja possível evitar.

Dei uma risada. Não notei que para Jughead aquilo não era motivo de riso.

Comecei a contemplar o jardim e percebi pelo canto do olho que Jughead tinha o olhar fixo em mim. Seu rosto estava pertíssimo do meu. Quando me virei para perguntar o que ele estava olhando, a surpresa: ele estava perto o suficiente para me beijar.

Fiquei ainda mais surpresa quando ele me beijou de fato.

Afastei-me rapidamente, dando um passo para trás. Jughead se afastou também.

— Desculpe — ele murmurou, com o rosto vermelho.

— O que você está fazendo? — perguntei com a voz baixa e abalada.

— Desculpe.

Ele se virou para o lado, obviamente envergonhado.

— Por que você fez isso? — indaguei, levando a mão à boca.

— É que... o que você disse no programa... E ontem você me procurou... Seu modo de agir... Pensei que seus sentimentos tinham mudado. E eu gosto de você. Achei que já tivesse notado.

Ele se virou para mim e continuou:

— E... Ah, o que fiz foi terrível? Você não parece nem um pouco feliz.

Tentei limpar meu rosto de qualquer expressão. Jughead parecia sofrer muito.

— Sinto muito, demais. Nunca beijei ninguém antes. Não sei o que estou fazendo. Eu só... desculpe, Betty.

Ele respirou fundo e passou a mão no cabelo algumas vezes, apoiado no parapeito.

Sem que eu esperasse, um calor me subiu pelo corpo.

Ele queria que seu primeiro beijo fosse comigo.

Pensei no Jughead que eu conhecia agora, um homem cheio de qualidades; capaz de me ceder o prêmio de uma aposta que eu perdera; de me perdoar depois de eu ter machucado seu corpo e seu coração. Descobri que não me importava de ser beijada por ele.

Sim, eu ainda sentia algo por Kevin. Não podia desfazer isso. Mas se não podia tê-lo, o que me impedia de ficar com Jughead? Nada além de meus preconceitos, todos bem distantes da verdade.

Aproximei-me dele e esfreguei a mão em sua testa.

— O que você está fazendo?

— Apagando essa lembrança. Acho que podemos fazer melhor.

Abaixei a mão e me aconcheguei ao seu lado. Seu olhar permanecia voltado para o quarto. Ele não se moveu... Mas sorriu.

— Betty, acho que não podemos mudar a história — apesar dessas palavras, seu rosto deixava entrever uma esperança.

— Claro que podemos. Afinal, quem vai saber disso além de nós dois?

Jughead me encarou por um momento. Estava claro que ele se perguntava se aquilo tudo fazia sentido. Vi uma confiança cuidadosa tomar conta de sua expressão aos poucos, enquanto ele mantinha seus olhos nos meus. Permanecemos assim por uns minutos até eu conseguir lembrar o que acabara de dizer:

— Ninguém pede para nascer perfeito — sussurrei.

Ele se aproximou, envolvendo minha cintura com seu braço e me puxando para si. Nossos narizes se tocaram. Ele começou a acariciar meu rosto com os dedos de uma forma tão delicada que parecia temer que eu quebrasse.

— É, não acho que seja possível evitar — ele sussurrou.

Com a mão aproximando levemente meu rosto do seu, Jughead inclinou a cabeça e me deu o mais tímido dos beijos.

Algo em sua hesitação fez com que eu me sentisse linda. Sem precisar de palavras, pude compreender como ele estava emocionado mas também assustado com o momento. E por trás de tudo isso via sua adoração por mim.

Então era assim que uma dama se sentia.

Depois de um tempo, ele se afastou e perguntou:

— Melhorou?

Consegui apenas concordar com a cabeça. Jughead parecia a ponto de dar piruetas. Meu peito carregava um sentimento parecido. Tudo tão inesperado, tão rápido, tão estranho. Meu rosto deve ter denunciado minha confusão, pois Jughead ficou sério.

— Posso dizer uma coisa?

Consenti.

— Não sou burro o bastante para crer que você esqueceu seu antigo namorado. Sei pelo que vocês passaram e que circunstâncias aqui não são exatamente normais. Sei que você acha que há moças aqui mais adequadas para mim e para a vida no palácio. Não quero me apressar e tentar ser feliz com qualquer uma. Eu só... só quero saber se é possível...

Uma pergunta difícil de responder. Por acaso eu desejaria uma vida que nunca quis? Estaria disposta a vê-lo em encontros alegres com as outras apenas para se certificar de que não estava errado? A assumir a responsabilidade de princesa? Eu queria amá-lo?

— Sim, Jughead — sussurrei. — É possível.


Notas Finais


É O QUE PESSOAL????????????? É ISSO MESMO!!!!!!!!!!!
EXPLODE O COMENTÁRIO AI BB

(Vocês que comentam CONTINUA, fiquem calmas, eu vou continuar. MAS HOJE NAO)

BEIJOS DE LUZ


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