1. Spirit Fanfics >
  2. O Rei dos Serpentes: A Seleção - A Elite - A Escolha >
  3. A Elite - Capítulo 5

História O Rei dos Serpentes: A Seleção - A Elite - A Escolha - A Elite - Capítulo 5


Escrita por: SamBombshell28

Notas do Autor


HEEEEEEEEEEEEY MENINES

HOJE É DIA DE DECISÃO AMIGOSSSSSSSSSSSSSSSS

NOTAS FINAIS LEIAM!

Capítulo 30 - A Elite - Capítulo 5


— ENTÃO, SENHORITA CHERYL, lhe parece que os números são insuficientes e que seria necessário aumentar a quantidade de homens no próximo recrutamento? — perguntou Pop Tate, moderador do debate no Jornal Oficial de Riverdale e única pessoa autorizada a entrevistar a família real.

Nossos debates no programa funcionavam como teste, e nós sabíamos disso. Embora Jughead não tivesse prazo, o público clamava para o grupo diminuir; e dava para ver que o rei, a rainha e seus conselheiros também. Se quiséssemos ficar, precisávamos nos sair bem, onde e quando quisessem. Fiquei feliz por chegar ao fim daquele relatório terrível. Me lembrava de algumas estatísticas, então havia chances de eu deixar uma boa impressão naquela noite.

— Exatamente, Pop. A guerra na Nova Ásia já dura anos. Penso que um ou dois recrutamentos maiores trariam os soldados de que precisamos para terminá-la.

Eu realmente não conseguia suportar Cheryl. Ela tinha feito uma menina ser expulsa, arruinou a festa de aniversário de Toni no mês passado e tentou literalmente arrancar meu vestido. Por ser uma Dois, ela se sentia mais que todas nós. Para ser sincera, não tinha opinião sobre o número de soldados de Riverdale, mas agora que sabia a de Cheryl, decidi ser absolutamente contra ela.

— Discordo — anunciei no tom de voz mais elegante que pude fazer.

Cheryl se voltou para mim tão rapidamente que seus cabelos saltaram por cima de seu ombro. Mesmo com as câmeras focadas nela, parecia se sentir perfeitamente à vontade com os olhos cravados em mim.

— Ah, senhorita Elisabeth, você acha que aumentar o contingente é uma má ideia? — perguntou Pop.

Senti o calor de minhas bochechas coradas.

— As pessoas do Dois podem pagar para evitar o recrutamento. Assim, estou certa de que a senhorita Celeste nunca viu o que acontece com as famílias que cedem seus únicos filhos homens. Recrutar mais seria um desastre, especialmente para as castas inferiores, que costumam ter famílias maiores e precisam do trabalho de cada um deles para sobreviver.

Veronica, ao meu lado, me cutucou como aprovação.

Cheryl tomou a palavra:

— Bom, o que deveríamos fazer? Com certeza você não acha que devemos nos sentar e deixar a guerra se arrastar.

— Não, não. É claro que desejo que Riverdale acabe com a guerra.

Fiz uma pausa para organizar as ideias. Olhei para Jugehad em busca de algum apoio. Ao lado dele, o rei parecia possesso.

Precisava reverter a situação. Falei a primeira coisa que me veio à cabeça.

— E se fosse voluntário?

— Voluntário? — perguntou Pop.

Cheryl e Sam soltaram uma risadinha, o que piorou a situação. Mas então pensei no assunto. Seria uma ideia tão ruim assim?

— Sim. Certamente haveria pré-requisitos, mas talvez conseguíssemos mais com um exército de homens que querem ser soldados do que com garotos cujo único desejo é sobreviver e retornar à vida normal que deixaram para trás.

Um sussurro intrigado preencheu o estúdio. Aparentemente, meu argumento foi bom.

— É uma boa ideia — palpitou Kamila. — Assim, poderíamos enviar novos soldados a cada um ou dois meses à medida que as pessoas se alistassem. Seria um incentivo aos homens que estão servindo há mais tempo.

— Concordo — acrescentou Veronica, com sua brevidade típica de debates.

Estava claro que ela não se sentia à vontade nessas situações.

— Bem, sei que pode parecer um pouco moderno, mas e se a inscrição fosse aberta às mulheres? — comentou Toni.

Cheryl riu alto.

— Quem você acha que se alistaria? Por acaso você iria para um campo de batalha? — sua voz estava carregada de um descaso ultrajante.

Toni não perdeu a cabeça.

— Não, não nasci para ser soldado. Mas — continuou, voltada para Pop — se há uma coisa que aprendi na Seleção é que algumas garotas possuem um instinto assassino assustador. Não se deixem enganar pelos vestidos de festa — completou, sorrindo.

 

 

De volta ao meu quarto, permiti que as criadas me acompanhassem por mais tempo que o habitual para me ajudarem a tirar o monte de grampos do cabelo.

— Gostei da sua ideia de o exército ser voluntário — disse Mary, enquanto seus dedos trabalhavam depressa.

— Eu também — Helena acrescentou. — Lembro-me de ver meus vizinhos sofrerem quando seus filhos mais velhos eram recrutados. O clima ficava insuportável quando grande parte deles não retornava.

Dava para notar que várias lembranças estavam passando diante de seus olhos. Eu mesma tinha algumas parecidas.

Miriam Carrier enviuvou cedo, mas ela e seu filho, Aiden, conseguiram se virar sozinhos. Quando os soldados apareceram em sua porta com uma bandeira, uma carta e pêsames por seu filho, ela desabou. Ela não podia seguir em frente sozinha. Mesmo se tivesse capacidade, não teria coragem.

Às vezes eu a via mendigando como se fosse uma Oito na mesma praça onde disse adeus à Southside. Mas eu não podia lhe dar nada.

— Entendo — foi o meu comentário à reflexão de Helena.

— Acho que Toni foi um pouco longe demais — comentou May. — Mulheres na guerra parece ser uma ideia péssima.

Achei graça da careta que ela fazia enquanto cuidava de cada detalhe nos meus cabelos.

— De acordo com meu pai, as mulheres antes...

De repente, uma sequência de batidas na porta nos assustou.

— Tive uma ideia — anunciou Jughead, entrando no quarto sem esperar resposta.

Parecia que nós dois tínhamos um encontro fixo todas as sextas à noite, depois do Jornal Oficial.

— Alteza — disseram as três em coro, e Mary derrubou os grampos de cabelo ao se curvar para o príncipe.

— Deixe-me ajudá-la — prontificou-se Jughead, indo na direção dela.

— Está tudo bem — insistiu Mary, extremamente vermelha, já de saída.

Com uma sutileza bem menor do que gostaria – disso tenho certeza – ela arregalou os olhos para Helena e May, como que implorando para ambas acompanharem-na.

— Ah, hum, boa noite, senhorita — se despediu Helena, puxando a bainha da saia de May para levá-la junto.

Assim que as três saíram, Jugehad e eu caímos na gargalhada. Virei para o espelho e continuei a tirar os grampos do cabelo.

— São um trio engraçado — comentou Jughead.

— É que elas te admiram tanto.

Modesto, ele fingiu não ter ouvido o elogio implícito em minhas palavras.

— Desculpe a interrupção.

— Tudo bem — respondi, enquanto tirava o último grampo. Passei os dedos pelos cabelos, que se espalharam sobre meus ombros. — Estou bem assim?

Jughead aprovou com a cabeça, depois de olhar para mim por mais tempo que o necessário. Quando voltou a si, falou:

— Em todo caso, aquela ideia...

— Diga.

— Lembra-se daquele negócio de Halloween?

— Sim. Ah, ainda não li o diário. Mas ele está bem escondido — assegurei-o.

— Tudo bem. Ninguém está procurando por ele. Mas eu estava pensando... Todos aqueles livros diziam que a data caía em outubro, certo?

— Sim — confirmei, sem muita empolgação.

— Pois estamos em outubro. Por que não damos uma festa de Halloween?

Me virei para ele.

— Mesmo? Ah, Jugehad, será que podemos?

— Você gostaria?

— Eu amaria!

— Poderíamos mandar fazer fantasias para todas as meninas da Seleção. Os guardas de folga serviriam como pares extras para a dança, já que eu sou um só e seria injusto fazer todo mundo esperar enquanto danço com alguém. E poderíamos também fazer umas aulas de dança por uma ou duas semanas. Você já me disse uma vez que às vezes não há nada para fazer durante o dia. E doces! Teremos os melhores doces nacionais e importados. Você estará empanturrada ao final da noite. Vamos ter que trazê-la rolando de volta para o quarto.

Eu estava hipnotizada por aquelas palavras, ele parecia empolgado também, eu admirava sua empolgação e ele era lindo quando tinha ideias malucas que não teria enfurnado em uma sala trabalhando e pensando em guerras.

— E faremos um pronunciamento. Diremos ao país inteiro para comemorar. Que as crianças voltem a usar fantasias e bater às portas pedindo doces, como no passado. Sua irmã adoraria isso, não?

— Claro que sim! Todo mundo! — Ele pensou em Ana, meu Deus! Que homem!

Ele refletiu por um momento, seus lábios se contorciam.

— E você acha que ela gostaria de comemorar a data aqui, no palácio?

Fiquei pasma.

— O quê?

— Tenho que conhecer os pais das moças da Elite em algum momento da competição. Bem que os irmãos poderiam vir junto e fazer desse encontro algo mais festivo em vez de terem que esperar...

Jughead não pôde continuar a frase porque eu me atirei em seus braços. Estava tão exultante com a chance de ver Ana e meus pais que não consegui segurar o entusiasmo. Ele jogou seus braços em torno de minha cintura e me olhou nos olhos; seu olhar brilhava de alegria. Como essa pessoa – que eu tinha imaginado ser meu extremo oposto – sempre descobria as coisas que mais me alegravam?

— É sério? Eles podem vir de verdade?

— Claro — afirmou ele. — Faz tempo que gostaria de conhecê-los, e faz parte da competição. E, além disso, ver suas famílias também faria bem a todas vocês.

Quando tive certeza de que não choraria, cochichei:

— Obrigada. — Eu estava realmente grata. Mesmo que a festa não fosse uma realidade, estava feliz o suficiente só por ele ter tentado.

— É sempre um prazer... Sei que você os ama.

— Amo.

— E é óbvio que faria praticamente qualquer coisa por eles — continuou Jughead, com um sorriso. — No fim das contas, você permaneceu na Seleção por causa deles.

Me afastei um pouco para abrir um espaço entre nós que me permitisse ver seus olhos. Não havia nenhuma crítica neles, apenas um espanto com meu movimento abrupto. Mas eu não podia deixar a chance escapar: tinha que ser absolutamente franca.

— Jughead, eles foram parte do motivo de eu ter ficado, no começo, mas não são o motivo de eu estar aqui agora. Você sabe disso, certo? Estou aqui porque...

— Porque...

Olhei para Jughead, para aquele rosto incrível, cheio de esperança. Diga, Elisabeth. Apenas diga.

— Por quê? — perguntou ele, dessa vez com um sorriso malicioso nos lábios, o que mexeu ainda mais comigo.

Me lembrei da conversa com Veronica e de como me sentira no dia em que falamos da Seleção. Era difícil ver Jughead como meu namorado sabendo que ele se encontrava com outras garotas, mas ele também não era apenas um amigo. Mais uma vez, fui tomada por uma sensação de esperança, me maravilhei com a possibilidade de termos algo especial. Jughead significava mais para mim do que aquilo que eu me permitia ver, eu sabia que no fundo eu podia amá-lo.

Dei um sorriso e me dirigi para a porta com passos lentos.

— Elisabeth Cooper, volte aqui.

Ele correu na minha frente e passou o braço por minha cintura. Seu peito pressionava o meu.

— Me diga — cochichou no meu ouvido me fazendo arrepiar.

Apertei os lábios.

— Ótimo, então terei que me valer de outro meio de comunicação.

Sem qualquer aviso, Jughead me beijou. Senti meu corpo inclinar um pouco para trás, completamente sustentado por seus braços. Passei as mãos em torno de seu pescoço, com o desejo de guardá-lo só para mim... e, então, algo passou por minha cabeça.

Geralmente, eu conseguia deixar de lado todas as outras pessoas quando ficávamos a sós. Mas naquela noite, pensei na possibilidade de haver alguém em meu lugar. Só de imaginar outra garota nos braços de Jughead, fazendo-o rir, casando-se com ele... Isso despedaçava meu coração. Não deu para evitar: comecei a chorar.

— O que foi, querida?

Querida? Aquela palavra, tão terna e pessoal, me tocou. Naquele instante desapareceram quaisquer desejos de lutar contra o que eu sentia por Jughead. Eu queria ser sua querida. Queria ser só de Jughead.

Essa escolha poderia implicar um futuro generoso em que eu nunca tinha pensado. Talvez tivesse que dar adeus a diversas coisas que nunca imaginei abandonar. Eu não podia, porém, lidar com a ideia de ficar longe dele.

Sim, realmente eu não era a melhor candidata à coroa, mas não queria continuar na competição se fosse incapaz de ao menos confessar meus sentimentos a ele.

Respirei fundo, na tentativa de manter a voz firme.

— Não quero deixar tudo isso.

— Se bem me lembro, na primeira vez em que nos encontramos, você disse que o palácio parecia uma jaula.

Jughead sorriu e completou:

— No entanto, acabamos nos apegando a ele, não?

Inclinei um pouco a cabeça, concordando.

— Às vezes, conseguimos ser bem idiotas — eu disse, e um riso fraco conseguiu abrir caminho entre meus soluços.

Jughead me deixou recuar o suficiente para eu olhar no fundo de seus olhos castanhos.

— Não é o palácio, Jughead. O que menos me importa são as roupas, a cama e, acredite, a comida.

Jughead riu. Não era segredo a minha empolgação com as refeições exóticas que fazíamos.

— É você — falei. — Não quero deixar você.

— Eu?

Fiz que sim com a cabeça.

— Você me quer?

Achei engraçada a sua expressão maravilhada.

— É isso o que estou dizendo.

Ele se calou por um momento.

— Como... Mas... O que fiz?

— Não sei — respondi, dando de ombros. — Só acho que formaríamos um bom “nós”.

Ele abriu um sorriso.

— Formaríamos um “nós” maravilhoso.

Jughead me puxou para si, de uma maneira até bruta para seus padrões, e me beijou outra vez, um beijo mais avassalador, cheio de fogo, paixão e desejo.

— Tem certeza? — me perguntou, me segurando com os braços esticados e me olhando ansioso. — Certeza absoluta?

— Se você tem, eu também tenho.

Por uma fração de segundo, algo mudou em seu rosto. Mas foi tão rápido que não sabia dizer se aquilo – seja lá o que fosse – tinha sido real.

Logo em seguida, Jughead me levou até a cama e sentamos. As mãos dadas e minha cabeça apoiada em seu ombro. Eu esperava que ele dissesse alguma coisa. Afinal, não era o momento que ele tanto esperava? Mas as palavras não vieram. De vez em quando, ele soltava um longo suspiro, e só esse som já me dizia o quão feliz estava. Isso me ajudou a não ficar ansiosa.

Depois de um tempo – talvez porque nenhum de nós soubesse o que dizer – Jughead endireitou a postura.

— Melhor eu ir embora. Se vamos convidar as famílias para a festa, preciso planejar mais.

Eu também me endireitei, sorrindo, ainda alegre por saber que logo abraçaria minha mãe, meu pai e Ana.

— Obrigada novamente.

Levantamos juntos e caminhamos para a porta. Segurei forte a mão dele. Por algum motivo, me doía ter que soltá-la.

Parecia haver uma fragilidade naquele momento, como se pudéssemos quebrá-lo se nos agitássemos demais.

— Vejo você amanhã — prometeu Jughead, com um sussurro.

Seu nariz estava a milímetros do meu. Ele me olhava com tamanha adoração que me senti tola por me preocupar.

— Você é fantástica — completou ele.

Assim que ele saiu, fechei os olhos e recapitulei tudo o que acontecera naquele pequeno espaço de tempo: o modo como ele olhava para mim, os sorrisos contentes, os beijos doces. Repassava tudo, uma e outra vez, enquanto me preparava para dormir. E me perguntava se Jughead estaria fazendo o mesmo.


Notas Finais


Estou muito animada e muito ansiosa pelo que vem pela frente, e muito boazinha... Acho que o amor faz bem....
Então quero dizer que faltam apenas poucos favoritos para 170, e que se chegarmos eu vou....

FAZER MARATONA ISSO MESMO QUE LERAM
5 CAPÍTULOS MARAVILHOSOS !!!! ENTÃO CORRAM! PQ EU QUERO MARATONAR COM VOCÊSSSS!!!!

BEIJOS DE LUZ SAMMMMM


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...