História O rei secreto do povo-Jikook - Bastardo?

Sabe, sempre gostei de comparar a vida com uma caixinha de surpresas. Você não sabe o que vai acontecer ou simplesmente o que esperar e do nada… algo novo surge. Um desafio, uma guerra, uma vitória, uma conquista. Chega a ser irônico falar palavras tão sinônimáticas. Mas é assim que a vida é, ela muda e continua no papel, ela dá voltas mesmo estando em uma linha reta, parece que algo mudou, mas na verdade tudo já havia sido planejado.

Na infância quando assistimos certas programações, qualquer que seja, nós focávamos nossos olhos apenas no "felizes para sempre" mas se víssemos por outro ângulo, se tivéssemos prestado atenção no quanto as histórias regadas de contos de fadas, teríamos aprendido tanta coisa que estaríamos preparados para a vida. 

Durante minha existência presenciei muitos casais se apaixonarem e morrerem por seus amores, assim como também presenciei acontecimentos de romances que acabaram assim como começaram, do nada. Mas, para aqueles casais que vivenciaram a felicidade de uma vida a dois, não será surpresa se eles se perguntarem como foi possível viver sem a pessoa amada todo esse tempo. Pois viver uma paixão é se aventurar, mas viver um amor é sorrir com os vendavais e se alegrar com os temporais.

Nenhum relacionamento foi ou será perfeito. Mas a história de um amor, será sempre emocionante de ser contada e ouvida, isso eu lhe garanto.

–Herdeiro, Jungkook? – Jimin perguntou meio atordoado ao marido. Como teriam herdeiros? Como isso iria acontecer? 

–Querido, isso teria que acontecer uma hora ou outra. Precisamos ter sucessores para o trono. – Jungkook lembrou –.

–Eu sei, mas… – Jimin respirou fundo. Não queria que seu esposo se deitasse com outra mulher para que eles tivessem herdeiros. Era difícil ter que perdê-lo logo agora que haviam começado a se entender –.

–O que foi, meu bem? Não que ter filhos comigo? – Jungkook não se conteve, tinha que tirar essa dúvida. As reações de Jimin poderiam significar muitas coisas, somente torcia para que não quisessem tirá-lo dos pensamentos do seu companheiro –.

–Não é isso, eu só… – E mordeu os lábios, estava nervoso, confuso – Não quero que se deite com outra mulher! Pronto falei. – Jungkook ergueu sua cabeça e se levantou da cama de seu esposo. O Jeon caminhou pelo quarto até o baú, a passos lentos e calmos. Tentava permanecer calmo diante do absurdo proferido pelos lábios do marido. Jamais lhe trairia novamente, jamais iria voltar a ter concubinas. O que ele estaria pensando ao lhe dizer aquilo? –.

Jeon suspirou e se agachou na frente do marido segurando suas mãos delicadas e pequenas. Jimin era o ser mais precioso de todo o universo e devia ser tratado como tal.

–Amor, eu não vou me deitar com ninguém! – Foi bem claro com suas palavras para que Jimin entendesse –.

–Precisa ser sangue do nosso… digo – voltou a trás –, do seu sangue.

–Deve ser do nosso e será. Podemos fazer fertilização in vitro. – explicou –.

–Como assim? – no século XXXI muitas coisas foram extintas e as pessoas deixaram de seguir muitas regras antigas por temerem novamente terem problemas com a tecnologia do século XXV –.

–Em geral, colocamos o meu sêmen e o seu em um óvulo e colocamos em uma barriga de aluguel, assim teremos um bebê com o nosso DNA. – Jimin balançou sua cabeça positivamente, apesar de não saber muito bem como funcionaria a fertilização in vitro, era melhor do que seu marido dormir com outra –.

–Vamos tentar!

Hoseok estava confuso desde o dia em que a guerra contra o reino Snake Lady aconteceu, Taehyung havia lhe beijado. Por quê?

Indignado por não encontrar uma resposta em sua própria cabeça, resolveu ir tirar satisfação com o Kim.

O Jung foi até o quarto de Taehyung e deu dois toques na porta antes de entrar com a permissão do mais novo.

–Tae, pode me tirar uma dúvida? – pediu e o Kim olhou por cima dos ombros para o comandante de Seul –.

–Claro, general. Fique à vontade. Se eu puder, lhe responderei. – sorriu de forma sapeca. Ele sabia que Hoseok viria lhe indagar sobre o que fez dias atrás. Até achou que o Jung havia demorado –.

–Por que me beijou? 

–Porque eu te beijei… hm… é uma pergunta bem inusitada, não é? – Hoseok já impaciente com os rodeios que Taehyung estava dando, abriu a boca para contrariá-lo e foi interrompido –.

–Oh, sim o beijo! 

–É Taehyung. Sem rodeios. Por que me beijou mesmo sabendo dos meus sentimentos por você? – indagou-lhe –.

–Talvez… ok. – Tae respirou fundo antes de responder. O Kim se levantou do banquinho da penteadeira e começou a caminhar até o Jung – Hoseok, eu estou tentando esquecer o Yoongi, eu quero ter uma vida… quero amar e ser amado. Quero sentir o que todos à nossa volta estão sentindo. – explicou choroso e respirou fundo para as lágrimas não escorrerem –.

Assim que ele parou na frente do comandante, Hoseok lhe puxou pela cintura e o beijou, tentou transmitir todos os sentimentos que possui pelo Kim que retribuiu o selar com carinho, segurando o rosto de Hoseok com suas palmas. 

O Jung envolveu sua língua na boca de Taehyung e o Kim abriu passagem, abrindo um pouco sua boca. 

Enquanto Hoseok guiava-os para sentarem na cama de Taehyung, o mais novo acariciava o rosto do comandante. 

–Está pronto para tentarmos um relacionamento? – perguntou –.

–Estou sim, Hoseok-ah! – declarou sorrindo e o Jung sorriu também deixando um selar casto na testa do Kim. Aquilo demonstrava respeito e carinho, os casais faziam isso no começo do relacionamento durante as três fases de um relacionamento, para demonstrarem em uma espécie de promessa que se amariam e se respeitariam acima de tudo –.

A imperatriz Roseanne Park sentia-se mal por escutar a conversa dos reis atrás da porta, mas não conseguiu evitar. 

Assim que viu Jeon Jungkook e Jeon Wang-sik, rei pai, entrarem juntos para uma sala com tanto cuidado para ninguém ver, sua curiosidade falou mais alto e a imperatriz da Tailândia não conseguiu conter-se.

Ela até se sentia culpada, mas já estava ouvindo desde o começo, parar agora seria idiotice.

Pobre, Rosé, se ela soubesse que Jimin fazia o mesmo que ela, talvez a culpa fosse menor sobre seus ombros.

De dentro da sala, os reis estavam alterados e pareciam extremamente preocupados.

–Jungkook, você está sendo precipitado. Se assumir Lalisa como princesa do trono de Seul e sua irmã, nossa família será manchada… – o rei foi interrompido pelo seu filho –.

–E será por sua culpa, que não conseguiu segurar o pau dentro das calças e traiu a mulher que te amou até o último suspiro dela! 

Jimin e Rosé estavam em um choque tão grande que por pouco eles não caíram no chão.

–E pelo visto, você também não, já que teve noites com sua própria irmã! – Wang-sik acusou tentando reverter a culpa para seu filho e não para ele –.

–Não coloque a culpa em mim, eu não fazia ideia de que ela era minha irmã. Você que deveria ter assumido suas consequências desde cedo e a assumido como filha antes de toda essa desgraça acontecer! – Jungkook tinha os punhos fechados de puro ódio e sabia que se seu pai continuasse ele não conseguiria se conter –.

–Você deveria ter sido fiel ao seu marido, Jungkook! – bradou –.

–Olha que grande exemplo eu tive. – o mais novo provocou vendo o pai cerrar os olhos e olhá-lo de forma superior –.

–Não me desrespeite, seu bastardo! – em um momento de descuido Sik gritou. No momento seguinte, sua mão foi de encontro à sua boca e Jungkook arregalou os olhos –.

–Como… do que me chamou? – perguntou desacreditado. Jimin invadiu a sala pela porta do lado esquerdo, enquanto Lalisa abriu a porta pequena de emergência que ficava no lado direito, a mulher estava com lágrimas escorrendo pelo rosto e Chan-woo a acompanhava nervoso. Rosé entrou no mesmo período de tempo pela porta da frente e todos olhavam para Wang Sik,implorando de forma silenciosa por resposta. O que havia acontecido naquela família?