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História O reino das rosas. - A batalha final.


Escrita por: Goris

Notas do Autor


Wendy, Clara, Jennifer, Amanda, Eleanor, Gregory e todos os outros, enfrentam a batalha mais perigosa de suas vidas.

Capítulo 69 - A batalha final.


Fanfic / Fanfiction O reino das rosas. - A batalha final.

A praia estava bastante calma e limpa, coberta por uma areia tão branquinha que nem parecia que o mar estava tão revolto como na tempestade que a comitiva real enfrentara.

Ao descerem do bote, Wendy foi a primeira a ficar maravilhada com o magnifico lugar. Flores, plantas, aves e insetos de todas as cores enfeitavam a paisagem além da areia e faziam parecer que aquele era o lugar mais belo e mágico de todo o mundo.

Aqui é lindo. — Comentou Amanda bastante impressionada com o que estava vendo.

Sim, mas não vamos nos deixar enganar pela paisagem. Cof,cof,cof.... Como dizia o Joshua, a beleza é o melhor disfarce da morte. Cof,cof,cof.... Espero que tenhamos trazido pó dourado o suficiente. — Falou Wendy ao olhar para os cavaleiros que estavam banhando e revestindo as lâminas de suas espadas com o poderoso e precioso pó.

Não se preocupe, minha rainha. Nós temos pó suficiente para derrotar qualquer imp que ousar aparecer em nossa frente. — Falou Diana com a lâmina vermelha de Sangue em chamas recoberta de pó dourado.

Apliquem nas lâminas das adagas também! E carreguem alguns desses pequenos saquinhos com pó extra para caso de alguma necessidade. — Aconselhou Meg que aparecera com vários saquinhos pequeninos feitos de linho e recheados de pólen dourado.

Escutem a baronesa! — Falou Clara ao jogar um pouco de pó dourado também por sobre o seu mágico tridente. — Este lugar é mais mortal do que aparenta.

Wendy então olhou para a sua pequena espada feita com um cabo todo enfeitado em flores de cristal coloridos e com uma enorme rosa azul e branca encrustadas de joias preciosas no pomo, e após revestir sua lâmina com o mesmo pó dourado que banhara as outras, falou — Agora que estamos preparados para a batalha, devemos reconhecer o local primeiro. Cof,cof,cof,cof.... Eleanor! Cof,cof... Vá com Amanda e Sir Gregory no seu pássaro e sobrevoe o máximo que você puder. Cof,cof,cof.... Os outros, venham comigo e a princesa Clara! Cof,cof,cof.... Mantenham-se atentos a qualquer movimento suspeito. Cof,cof,cof.... Nunca se sabe o que pode estar atrás de qualquer arbusto ou palmeira.

Então, ao ouvir as ordens de sua rainha, Eleanor terminou de banhar a lâmina de sua adaga “Beijo de fogo” com o pó dourado, e logo depois fez com que Feliz crescesse, podendo assim ser montado pela princesa fria, Amanda e o misterioso e alto homem que por algum motivo muito estranho não empunhava nenhuma arma visível.

Amanda! — Chamou Wendy em particular. — Caso nosso cãozinho fique feroz demais e resolva morder o lado errado da batalha, faça ele experimentar a pior dor de cabeça que ele já sentiu em toda a sua vida. Cof,cof,cof.... — Sussurrou Wendy antes de ser acometida por outro acesso curto de tosse.

Certamente que sim, minha rainha. — Respondeu Amanda com um sorriso até bastante perverso e sádico em seus gordos lábios.

E então, após o excêntrico trio se sentar e montar nas costas do enorme pássaro vermelho da felicidade, Eleanor ordenou que Feliz voasse, e assim, logo em pouco tempo, o “pequeno quarteto” já não podia mais ser avistado em solo.

Como este lugar é grande! — Exclamou Diana ao olhar para as enormes montanhas que podiam ser avistadas ao longe.

Sim, eu mesma mal poderia imaginar que a terra dos imps fosse um lugar tão grande e belo assim. — Falou a baronesa Meg, ao se aproximar de Diana já empunhando a espada com uma esmeralda verde no cabo que pertencera ao seu pai, o barão Luiz do reino das terras além da floresta.

Bela ou não, nós devemos tomar cuidado. Cavaleiros e senhoritas, vamos por aqui! Quero terminar tudo isto antes do anoitecer. — Resmungou a princesa Clara ao apontar uma direção com o seu tridente e guiar todas as garotas e os cinco cavaleiros que as seguiam.

Sir Clerec e Sir Berturio decidiram ir até o final da jornada, já que os dois sobreviveram a todos os outros perigos que a comitiva real passara até agora. Já os outros três cavaleiros eram todos do reino do litoral, e todos eram os melhores e mais habilidosos homens que a princesa Clara pudera encontrar para aquela situação.

Sir Peter saltitava próximo a rainha, sempre atento para qualquer situação na qual precisasse se transformar em um enorme Miraj e proteger a sua amada e querida Wendy. Já Diana e Meg andavam de mãos dadas, enquanto as mãos livres seguravam suas respectivas espadas.

Enquanto isso, na praia, um outro bote se aproximava da branca areia daquele local, nele se encontrava Jennifer, Thomas e Brown; pois os três conseguiram de modo sorrateiro e bastante cuidadoso, roubar um bote sem que a tripulação do navio percebesse, já que a tempestade ajudou bastante nesse fator de fuga.

Brown foi o primeiro a pular do bote assim que se aproximaram da praia, seguido depois por Jennifer que empunhara imediatamente a espada das rosas vermelhas e banhara a sua lâmina de prata e aço mágico com um pouco do precioso pó dourado que a garota azarada sempre levava consigo desde que ganhara um pouco da fada Maribell.

Thomas foi o último ao deixar o bote, e como roubara uma espada curta de um cavaleiro bêbado um pouco mais cedo, pediu um pouco do pó dourado para Jennifer que agora banhava a lâmina da adaga dourada com cabo de peixe que a garota azarada também sempre levava consigo desde que ganhara de Wendy, pois pressentia que teriam que usar aquelas armas ainda naquele dia.

Por aqui princesa, avante! — Gritou Thomas ao correr, pular e se divertir como se tudo aquilo não passasse de uma singela brincadeira.

Brown logo seguiu o garoto, e Jennifer, que não teve outra escolha, guardou a sua adaga em sua cintura e seguiu os seus dois amigos em direção ao desconhecido.

No outro lado das montanhas, Eleanor, Amanda, Gregory e Feliz, pousaram ao avistar um belo e enorme lago de águas cristalinas.

Gregory foi o primeiro a beber da doce água, enquanto Eleanor se aproximava de Amanda e perguntava — Quem é ele? E por que ele não leva armas?

Amanda então olhou para ver se o velho e alto homem estava escutando, e em um baixo sussurro, respondeu — Ele é um monstro. Na verdade, ele é a nossa arma secreta.

Eleanor então olhou para o alto e misterioso homem mais uma vez, mas antes que pudesse falar alguma coisa, sentiu uma picada, ou melhor, uma perfurada forte em seu pescoço, e logo após passar a mão no local para ver de qual inseto se tratava, a princesa fria agarrou um pequeno dardo artesanal de madeira, provavelmente banhado em algum tipo de veneno ou liquido paralisante que fez com que a nortenha logo ficasse zonza e bastante fraca.

Amanda até tentou alertar Sir Gregory do ataque, mas quando percebera, Sir Gregory já estava com quatro dardos enfiados em seu corpo, e a garota gordinha logo sentiu um do mesmo lhe atingir seu pescoço cheio e carnudo.

Enquanto isso, no grupo da rainha, Sir Clerec acabara de encontrar uma pequena fogueira apagada, e ao chamar o resto da comitiva para ver, falou — Deve ter sido acessa e usada nesta última noite, minha rainha.

Wendy, Diana e Clara então se ajoelharam em volta da mesma, e ao investigar as cinzas, a rainha falou — Provavelmente, Sir, mas por quem?

Infelizmente a duvida da princesa das rosas vermelhas não pode ser saciada, pois naquele mesmo momento, inúmeros imps fantasmas surgiram magicamente por detrás dos arbustos, gritando e sussurrando frases desconexas e armados com pequenas espadas e facões.

Por sorte a comitiva estava bem armada com lâminas e pó dourado, e logo após alguns cortes das afiadas espadas dos corajosos cavaleiros e das bravas princesas, todos os imps desapareceram ou correram, gritando, urrando e sofrendo da pior dor possível que aqueles seus corpos imortais jamais sentiram.

Há! Covardes! Essas aberrações não servem nem para treino. — Falou Diana ao limpar a lâmina de sua espada em seu próprio vestido.

Não os subestime, duquesa. Eles acreditavam que estávamos despreparados para eles, mas agora muitos deles sabem que somos bastante perigosos; por agora, eu sugiro que saiamos daqui o mais rápido possível. — Falou princesa Clara ao fincar o seu mágico e poderoso tridente no peito e na cabeça do último imp vivo que estava caído aos seus pés.

Sim. Cof,cof,cof.... Clara está certa! Cof,cof.... Nós devemos sair daqui o mais rápido o possível. — Ordenou a rainha ao olhar para os lados e verificar que ninguém estava ferido.

Porém, antes que a comitiva real deixasse o local da “pequena batalha”, um dos cavaleiros do reino do litoral apontou o dedo indicador da mão direita para o céu e falou — Vejam, minhas senhoras! Vejam aquilo!

E então, quando Wendy olhou para a direção que o cavaleiro lhe apontara, a rainha avistou o enorme pássaro vermelho da felicidade voando em sua direção, enquanto ficava cada vez menor até o ponto de atingir o seu tamanho normal de passarinho quando pousou na frente da princesa das rosas vermelhas.

É o pássaro da Eleanor! — Gritou Margarete.

Sim, mas cadê a Eli? — Perguntou Diana bastante preocupada.

A Eleanor e os outros! Cof,cof,cof.... Não estou vendo Amanda e Sir Gregory também. Cof,cof,cof.... Algo deve ter acontecido com eles. — Concluiu Wendy ao se ajoelhar e oferecer o dedo indicador da mão esquerda para Feliz subir.

E agora? O que faremos? — Perguntou Diana bastante preocupada por sua melhor amiga e não mais tão secreta amante.

Wendy, então colocou Feliz por sobre o ombro esquerdo e ao olhar para Diana, respondeu — Nós iremos até onde elas foram, e as resgataremos. Cof,cof,cof.... Com vida ou sem.

Clara então gargalhou alto, e ao apontar para Diana, falou — Para o seu gosto, duquesa, espero que “com”. — E foi checar todos os outros corpos de imps para ver se nenhum deles estavam se fingindo de mortos.

Diana se sentindo insultada e provocada, pensou em atacar a princesa Clara, mas ao ser tranquilizada pela mão carinhosa e macia da rainha Wendy, escutou a sua soberana dizer — Não escute o que ela diz, duquesa. Cof,cof.... Nós acharemos a condessa e os outros com vida. Cof,cof,cof... Eu sinto.

Diana pensou em falar alguma coisa, mas ao também sentir o abraço carinhoso e quente de Meg por suas costas, a duquesa apenas acenou com a cabeça e se virou para abraçar a sua amada em um abraço caloroso e bastante confortador.

Wendy então, vendo que todos os cavaleiros esperavam uma decisão e alguma nova ordem de sua rainha, colocou o pequeno pássaro vermelho em suas mãos e sussurrou — Pequeno amigo, nos mostre o caminho até a condessa. — E então o jogou para o ar e ordenou que os cavaleiros e todos os outros seguissem o pequeno pássaro vermelho.

Enquanto isso, em algum salão desconhecido até o momento, a princesa fria Eleanor acordava dentro de alguma enorme gaiola, e ao olhar para os lados e perceber que Amanda também estava presa em outra gaiola do mesmo tipo ao seu lado esquerdo, perguntou — Que lugar é esse? Onde estamos?

Amanda que também acabara de acordar, olhou para os lados e ao avistar inúmeros vasos pintados, e um tapete marrom e grande, bastante velho e carcomido, respondeu — Olha, eu não sei, mas parece ser algum tipo de lar humano.

Sim, mas lar de quem? — Perguntou a condessa fria ao tocar nas grades de ferro da gaiola e perceber que elas não eram feitas apenas de minerais fundido, e que também havia uma certa quantidade de magia naquele material.

Meu! — Ecoou uma voz feminina bastante velha pelo local. — Este é o meu lar, suas vadias sujas e invasoras! — Falou uma senhora já de uma idade avançada e com um rosto bastante enrugado em comparação com o seu corpo.

Quem é você? — Perguntou Amanda. — Onde está Sir Gregory?

Hahahahaha.... — Gargalhou a velha senhora. — Eu me chamo Martha, e sou a senhora desta e futuramente de vossa terra. Diga-me, ele as mandou aqui para roubar os meus filhos, não foi? —Questionou a misteriosa bruxa ao apontar uma bela e modelada varinha de madeira, decorada com várias gravuras e símbolos bastantes pequenos e quase ilegíveis.

Ele? Não sei quem é ele, minha senhora. Eu, minha amiga e meu amigo viemos parar aqui por acidente, não queremos roubar filhos de ninguém! — Tentou argumentar Amanda apelando para a inocência de sua ignorância.

Mentirosa! — Gritou a velha bruxa ao lançar um feitiço silencioso com a varinha que fez a garota gordinha gritar e se contorcer de dor dentro de sua gaiola bastante apertada para o seu peso — Eu sei que ele enviou vocês até aqui! Sua troca-peles imunda!

Aaaaah! — Gritou Amanda mais uma vez ao sentir uma dor excruciante passar por todo o seu corpo — Como você sabe o que eu sou? — Perguntou a garota gordinha já com os olhos cheios de lágrimas.

Hahahahahaha.... — Gargalhou a velha bruxa mais uma vez. — Eu sou a feiticeira Martha, minha criança. Eu sou a bruxa mais poderosa que este mundo já viu! Eu consigo e posso controlar as sombras, as criaturas das trevas, dragões e até mesmo o tempo! Hahahaha.... Porém a única coisa que eu não tenho, é tudo.

Tudo? — Perguntou Eleanor com a sua voz fria e bastante controlada. — Então é isso que você deseja? Tudo?

A velha bruxa então voltou a sua atenção para a garota nortenha, e ao abrir um sorriso bastante medonho e assustador, respondeu — Sim, minha bela e fria princesa do Norte.... Eu quero tudo! Todos, os seus reinos, todas as suas vidas, todas as suas colheitas, eu quero é tudo! Tudo o que eu puder dar para os meus filhos. — Completou Martha com um brilho bastante ambicioso no olhar.

Então foi por isso que você iniciou uma guerra contra os nossos reinos? Foi por isso que você mandou os imps e os dragões? — Perguntou Eleanor sem deixar transparecer medo algum.

Sim, princesinha. E é por isso que eu vou derrotar e matar todos aqueles que estiverem em meu caminho. — Segredou e sussurrou a velha mulher ao se aproximar assustadoramente da gaiola e olhar profundamente nos olhos azul gelo da princesa do Norte.

Onde está o Sir Gregory!? — Perguntou Amanda mais uma vez ao se recuperar e se levantar mais uma vez.

Martha então voltou a sua atenção para a garota gordinha e ao se aproximar da gaiola da mesma, perguntou — Você fala daquela besta adormecida que está em minha masmorra agora? Hêhehe.... Ele ficará vivo e servirá aos meus filhos, pois nenhum monstro ficará solto em meu reino sem a minha permissão. — Explicou a bruxa Martha antes de rir e gargalhar outra vez.

Minha senhora! — Falou a voz de um homem bastante barbudo e com rosto cansado que entrara no salão de surpresa.

Diga, Tibério, o que tens de novidade para mim? — Perguntou a velha bruxa ao se virar e encarar o estranho e misterioso homem.

Minha senhora, os imps me avisaram que alguns estranhos armados invadiram vosso reino, e que estão armados com lâminas que queimam a pele pálida de vossos imps. —Respondeu o barbudo homem sem muito rodeios.

Maldito Hoffman! Tenho certeza que foi ele quem armou esses estranhos com o pó dourado que faz mal aos meus preciosos! Eu juro que quando eu tomar todos os reinos para meus filhos, eu vou encontrar aquele maldito homem e vou arrancar a língua dele só para mim. — Exclamou e ameaçou Martha completamente furiosa com a ideia de traição de seu ex marido.

Porém, apesar da fúria da velha Martha, o homem barbudo apenas se manteve calmo e perguntou — O que eu devo fazer, minha senhora?

Foi então que Martha olhou para Eleanor e Amanda, e ao sorrir perversamente, falou — Leve essas duas fedelhas para o mar e as afogue, Tibério. Amarre-as com pedras bem pesadas e veja os corpos delas afundarem com pavor! Hahahaha.... Pois eu mesma irei observar nossos convidados pelo espelho da verdade e enviar o nosso monstro mais antigo do lago até eles. — E foi andando até sair da enorme sala, enquanto o barbudo homem foi buscar uma pequena carroça para pôr as gaiolas das garotas em cima.

Enquanto isso, na beira do lago onde Eleanor, Amanda e Gregory foram capturados, Wendy e seus companheiros investigavam a margem em busca de pistas sobre o que poderia ter acontecido com os três desaparecidos.

Veja, minha rainha, aparentemente eles foram atacados por dardos atirados por algum tipo de zarabatana. — Falou Diana ao encontrar alguns pequenos dardos feitos de madeira caídos no chão.

Clara então se aproximou acompanhada de Wendy para ver a descoberta da duquesa, e ao pegar um dos dardos e cheirar a sua ponta, falou — É um veneno paralisante poderoso.

Isso significa que Eleanor está viva? — Perguntou Meg bastante preocupada.

Sim, mas não sabemos para onde ela e os outros foram levados. Veja, tem alguns rastros na areia, mas eles vão até o lago. — Falou a princesa do litoral ao apontar para o enorme lago e mostrar o rastro na areia que ia em direção a límpida água.

Será que eles foram afogados? — Perguntou Wendy ao supor uma das piores situações.

Não sei, mas posso mergulhar para ver. — Falou Clara ao ir até a margem do lago e se preparar para pular e mergulhar.

Porém, antes mesmo da princesa do litoral colocar o pé na água, várias bolhas começaram a borbulhar intensamente no lago, e quando elas finalmente pararam, uma criatura enorme com corpo de homem e cabeça de bagre saiu do meio da água.

O estranho ser carregava um tridente bastante semelhante com o da princesa do litoral, que ao perceber a presença da estranha criatura apontou o tridente mágico para o horrendo ser, e falou — Afaste-se, monstro! Ou eu vou enviar você de volta para as profundezas desse maldito lago.

O misterioso ser apenas gritou um som horrível e estridente, e ao apontar o tridente na direção da princesa Clara, avançou na direção da mesma.

Clara então recuou ao se jogar para o lado esquerdo, enquanto os três cavaleiros do litoral caiam em cima da estranha criatura com as espadas banhadas em pó dourado.

Porém, para o espanto de todos, a criatura possuía a pele mais resistente do que aparentava, e quando sofria algum corte superficial, logo se regenerava, mostrando assim a sua alta imunidade a feridas e ao precioso pó dourado que era a arma secreta que a comitiva tanto estimava.

Esse monstro não morre! — Gritou um dos cavaleiros ao perceber que todas as feridas causadas no estranho ser estavam se curando magicamente.

Ele está sobre algum feitiço de cura! Wendy! Rápido! Me ajude com este contrafeitiço. — Gritou Clara ao apontar o tridente na direção da estranha besta e começar a recitar algumas palavras bastante velhas e estranhas aos ouvidos dos outros.

Wendy também fez o mesmo ao apontar a espada na direção do homem peixe, e com bastante apreensão e medo, viu um dos cavaleiros da princesa Clara ter a sua cabeça perfurada pelas afiadas pontas do tridente da fera.

Clivar! — Gritou um dos cavaleiros ao ver o seu companheiro cair morto ao seu lado. — Sua besta maldita! — Gritou novamente ao começar a atacar e golpear o monstro loucamente.

Foquem nos braços dele! — Gritou Sir Clerec antes de empunhar a sua espada e ir se juntar à terrível luta, atacando pelo flanco esquerdo da fera.

Sir Berturio ficou responsável de proteger Diana e Margarete, enquanto todos os outros se engalfinhavam e enfrentavam a terrível besta, que apesar de ter deixado cair o seu tridente, após receber vários golpes nos braços, ainda se esforçava para recuperar o mesmo.

Não enquanto eu viver! — Exclamou Sir Clerec ao enfiar a espada dentro da enorme bocarra do estranho ser, o que deu tempo suficiente para que um dos cavaleiros pegasse o tridente caído e enfiasse as três pontas na barriga grande e branca do monstro.

Cuidado com ele, seus idiotas! Não devolvam o tridente para ele! — Gritou Diana, infelizmente, tarde demais; pois a estranha besta já havia segurado o seu próprio tridente com as duas mãos, e com um forte solavanco de cabeça, atirou Sir Clerec para o lado direito, fazendo-o cair por cima dos outros dois cavaleiros e torcer o seu punho direito.

Naquele momento, Sir Peter, em sua forma de Miraj, atacou a enorme besta, que apesar de ser menor que o mágico animal da rainha, o segurou pelo seu único chifre, e o atirou em direção ao lago, fazendo Sir Peter afundar lentamente na água do mesmo.

A cena de ver seu melhor amigo caindo dentro do lago foi chocante demais para Wendy, que apenas parou de recitar o feitiço e começou a chorar triste pela perda.

Clara, porém, não poderia permitir que a rainha parasse o feitiço naquele momento, então logo após cutucar a perna esquerda da rainha com a ponta do tridente, e ao apontar para o cavaleiro morto e caído no chão, falou — Você quer acabar igual a ele? Se não, então continue a recitar o feitiço!

Wendy então controlou as suas emoções, e ao se concentrar e apontar a espada novamente para a fera, recomeçou a recitar as palavras.

A besta, porém, não deu atenção a pequena garota loirinha, e ao empunhar o seu tridente novamente, foi na direção dos três cavaleiros caídos, provavelmente, em busca de vingança.

Ele vai matar eles! — Gritou Meg desesperada pela vida dos nobres e leais cavaleiros.

Não vai não! — Gritou Diana ao ir enfrentar a besta na companhia de Sir Berturio.

Então, naquele momento, o monstro começou a gritar toda vez que Diana e o cavaleiro Berturio lhe acertavam um golpe, o que significava que o feitiço de proteção que dava suporte a estranha besta estava falhando.

O contrafeitiço está funcionando! — Gritou Meg ao ir se juntar a luta ao lado de sua amada.

Meg, saia daqui! Ele ainda é bastante perigoso para você! — Gritou e alertou Diana enquanto defendia vários golpes do tridente afiado e perigoso do monstro.

Eu não vou ficar apenas olhando! — Gritou Meg ao enfiar a lâmina de sua espada na barriga grande e branca do homem peixe, fazendo-o gritar mais alto ainda de dor.

Muito bem, meu amor! — Gritou Diana ao fazer o mesmo que sua amada, e abrir um sorriso enorme de satisfação por finalmente estar lutando lado a lado de sua querida baronesa.

Porém, o momento de felicidade durou pouco, e quando a enorme besta finalmente parou de urrar, a asquerosa criatura agarrou as duas garotas pelos cabelos, e usando as suas palmadas mãos de rã, as atirou para longe, dando apenas tempo para Sir Berturio enfiar a sua espada no pé esquerdo da criatura, e retirar as espadas das garotas de dentro do enorme ventre da besta.

A dor alucinante fez o ser aquático ficar mais furioso ainda, e ao jogar o tridente na direção de Sir Berturio, que conseguiu se abaixar a tempo para não ser atingido pelo mesmo, o estranho homem peixe empunhou a espada de Sir Berturio e foi na direção de Diana, que estava caída ali perto.

Foi então que um dos cavaleiros do litoral tentou correr até a enorme besta, mas antes que pudesse chegar lá, um enorme tridente perfurou o peito do asqueroso ser.

Clara, a princesa do litoral, havia pensado rápido, e fazendo uso de sua boa mira e poderosa arma, a atirou a tempo na direção da odiosa besta, que apenas gritou, grunhiu e se ajoelhou pesadamente, antes de Wendy se aproximar lentamente do ser e decepar a sua enorme cabeça de peixe com um golpe limpo e bastante eficaz de sua espada das flores.

Percebendo então que a odiosa besta estava finalmente morta, Diana se levantou rapidamente e foi correndo na direção de Margarete, que ainda estava bastante dolorida e imóvel por causa da pancada da queda.

Meu amor, minha vida, você está bem? — Perguntou a duquesa ao apalpar e examinar cada parte do corpo da menor.

Eu estou bem, minha vida. Apenas um pouco dolorida da queda. — Respondeu Meg ao se sentar com um pouco de dificuldade.

Aí, acho que eu torci meu punho. — Reclamou Sir Clerec enquanto checava o pulso da sua mão direita.

É bem melhor do que o que aconteceu com aqueles dois! — Falou Clara ao recuperar o seu tridente da barriga grande e branca da besta e apontar na direção dos dois cavaleiros do reino do litoral que jaziam mortos no chão.

Como o segundo morreu? — Perguntou Wendy que só se lembrava de ver apenas um cavaleiro ser assassinado pela furiosa besta.

No momento em que Sir Berturio se abaixou para se esquivar do tridente lançado; o meu amigo estava um pouco atrás e não teve tanta agilidade assim. — Falou o último cavaleiro do litoral que restava vivo.

Wendy então se aproximou dos dois cavaleiros caídos, e ao olhar para o último cavaleiro sobrevivente do reino do litoral, perguntou — Qual era os nomes de seus dois amigos, Sir?

O cavaleiro então deu um longo e profundo suspiro, e ao olhar novamente para o corpo de seus dois compatriotas caídos, respondeu — Era Sir Clivar e Sir Merveret, rainha.

E o seu nome, Sir? Cof,cof... — Perguntou Wendy tentando segurar a crise de tosse e as lágrimas por ter provavelmente perdido Sir Peter na água do lago.

Meu nome é Sir Lucas, minha senhora. Eu conhecia os dois desde que éramos crianças; foi apenas por isso que decidimos vir todos juntos nessa perigosa e arriscada missão. — Respondeu e explicou o cavaleiro tentando conter algumas lágrimas que tentavam escapar de seus tristes olhos.

Sir Lucas do reino do litoral, eu, a princesa das rosas vermelhas e rainha Wendy, lhe dou a minha palavra que nunca esqueceremos da coragem de seus nobres e bravos amigos. Cof,cof,cof.... E eu prometo que você, assim como a família deles, serão devidamente e muito bem recompensados por tudo o que fizeram. — Declarou e oficializou a rainha Wendy ao apontar a sua espada na direção dos dois cavaleiros caídos.

Muito obrigado, minha rainha. Se você soubesse como.... — Começou a falar Sir Lucas antes de voltar a sua atenção para o lago onde uma enorme luz verde começava a brilhar e tomar conta de toda a água.

Mas o que está acontecendo ali? — Perguntou Diana ainda abraçada com Meg, que chorava baixinho em seus braços.

Essa luz.... É claro! Rainha! Cuidado, o lago é um grande portal! — Gritou Clara antes de um enorme tentáculo feito de água a agarrar pela cintura e a levar com tridente e tudo para dentro da água.

Clara! — Gritou Wendy antes de ser agarrada por um tentáculo parecido e ser puxada também para dentro do mesmo.

Enquanto isso, dentro dos corredores do estranho castelo, Eleanor e Amanda eram carregadas dentro de gaiolas por cima de uma pequena carroça, pelo misterioso e barbudo homem.

Eleanor permanecia quieta e calma como sempre, enquanto Amanda tentava de todo jeito negociar com o barbudo senhor.

Meu bom senhor, nós trabalhamos para a rainha, se o senhor nos salvar juro que nós o recompensaremos com muito ouro. Você não vai nos jogar no mar, vai? — Perguntava e suplicava Amanda bastante temerosa e desesperada.

Eu vou jogar sim, se vocês não pararem de fazer tanto barulho. Garotas tolas. — Reclamou o velho homem com um sotaque bastante familiar e característico para a princesa fria.

O senhor é do Reino do Norte, estou correta? — Perguntou Eleanor com sua voz fria e pacata de sempre.

O velho homem, então parou a carroça e ao olhar atentamente para a pele fria e pálida da condessa, respondeu — Sou sim, e você também, pelo o que me diz sua voz.

Eleanor então olhou profundamente nos olhos azuis do velho homem, e ao tomar mais coragem do que nunca, falou — Sou sim, Sir. Me chamo Eleanor e sou a condessa e herdeira das terras do reino do Norte. Qual é o seu nome?

Foi então que os olhos do barbudo homem se arregalaram, e ao sentir que sua mão estava tremendo mais do que o normal, o velho homem falou — Condessa Eleanor? A filha do conde Tony? Eu a conheci quando você ainda era uma criancinha. Eu me chamo Tibério, condessa. Sou o antigo maquinista do reino de vosso pai. Aquele a quem chamavam de o consertador.

Eleanor então se lembrou das qualidades do sábio homem, e ao sorrir de leve para o barbudo senhor, falou — Eu conheço o seu filho, senhor. Ele está no navio em que viemos para cá. Não deseja reencontrá-lo?

O velho homem então, começou a tremer ainda mais, e ao segurar as grades da gaiola com força, perguntou — Thomas? Você conhece o Thomas?

Sim, meu bom senhor. Seu filho me ajudou bastante até chegarmos aqui. Nos ajude a resgatar o nosso amigo e sair daqui, que eu o levarei pessoalmente ao seu filho. — Propôs Eleanor com sua voz fria e tranquila de sempre.

Tibério, então pensou e ponderou, e ao finalmente pegar as chaves que estavam guardadas dentro de seu bolso para abrir as gaiolas, falou — Eu posso tentar, mas vai demorar um pouco até encontrarmos e libertarmos o seu amigo. Por hora, posso libertar vocês e devolver as suas armas.

É o suficiente. — Falou Eleanor antes que Amanda conseguisse sequer abrir a boca. — Nos leve até Sir Gregory e quando saímos daqui o levaremos até seu filho.

Enquanto isso, no salão do misterioso e estranho castelo, Wendy e Clara ainda cuspiam e tossiam água enquanto tentavam reconhecer quem era a figura alta e feminina que estava diante das duas.

Então aquele traidor maldito enviou duas bruxas para roubar os meus filhos de mim, não foi!? — Perguntou e exclamou a velha mulher que empunhava uma estranha e pequena varinha na mão direita.

Então você é a Martha? — Perguntou Clara ao se levantar e encarar a velha mulher de frente. — Mal posso acreditar que o meu esposo algum dia aceitou se casar com uma mulher tão feia.

O comentário maldoso da princesa do litoral, fez a bruxa Martha bufar de raiva, e ao apontar a mágica varinha na direção de Clara, a senhora daquelas terras falou — Então você é a nova meretriz que o Hoffman está enganando? Hahahahaha.... Vejo que ele até lhe ensinou magia. Hahahahaha.... É uma pena que não tenha lhe ensinado como combater as mudanças físicas reagentes!

Wendy então finalmente se levantou e ao avistar o seu pequeno coelhinho branco Peter, preso dentro de uma gaiola, perguntou — Você! Cof,cof.... Bruxa! Cof,cof,cof.... Por que aprisionou o meu coelho?

Foi então que Martha gargalhou alto uma vez mais, e ao apontar a varinha para a rainha Wendy, falou — Minha querida garota loirinha.... Não é todo dia que se vê um miraj andando por ai. E eu vou dar este de presente para os meus filhos, e ninguém vai me impedir!

Ah, mas não vai mesmo! — Gritou Wendy antes de avançar na direção da bruxa que apenas recitou uma magia curta que fez a garota loirinha ser jogada para o outro lado do salão.

Bruxa! — Gritou Clara ao disparar um forte raio mágico de cor azulada que saiu de seu tridente em direção a feiticeira Martha.

Hahahahaha.... Você não tem poder suficiente para me enfrentar! — Falou Martha, antes de revidar o raio da princesa do litoral com apenas um feitiço de sua varinha.

Por sorte, Clara conseguiu se esquivar no último momento, porém, a princesa do litoral sabia que sozinha, a vitória seria praticamente impossível.

E foi então, que do outro lado do salão, a figura de uma enorme, branca e esguia ursa urrou, e em uma velocidade até bastante impressionante para a mesma, a ursa Wendy atacou a bruxa Martha que apenas se jogou para o lado e recitou um feitiço que a transformou em uma espécie de gato negro e grande, que poderia enfrentar sem problemas algum, a poderosa e destemida Wendy.

E então, a sangrenta e violenta luta se iniciou. Mordidas, arranhões e golpes baixos eram aplicados um atrás do outro, Wendy estava até que suportando bem a batalha, mas a princesa das rosas vermelhas sabia muito bem que não conseguiria manter aquele mesmo ritmo por muito tempo.

Clara, por outro lado, estava guardando todas as suas forças, apenas esperando pelo momento certo para jogar o seu tridente com toda a sua magia reunida nele, tentando assim derrotar a bruxa Martha de uma vez por todas.

Então, mais alguns segundos se passaram quando a princesa Wendy finalmente caiu, mas antes que a enorme gata negra pudesse lhe dar a mordida fatal em seu pescoço, Clara jogou o tridente com toda a sua magia reunida nele, que acertou em cheio o lado direito do corpo da enorme gata, que foi atirada para o outro lado do salão, dando tempo suficiente para Wendy poder retornar para a sua forma humana, completamente nua e bastante machucada.

Consegui! Hahahaha....! — Gargalhou Clara em antecipada comemoração. — A varinha mais poderosa do mundo é minha!

Nunca! — Gritou Martha ao se levantar e atirar um feitiço tão forte em Clara que a princesa do reino do litoral foi jogada rapidamente até o outro lado do salão onde estava.

A varinha é minha, sua meretriz! E eu nunca que vou permitir que alguém impura como você a possua! Hahahahaha.... Sua ambição acaba aqui. — Falou Martha ao se aproximar de Wendy já caída e bastante fraca.

Ah, pobre e fraca garotinha.... Quem você achou que era para tentar ousar me derrotar, hein? — Provocou a bruxa Martha ao pisar no peito nu e pálido da rainha.

Eu sou a rainha Wendy. Cof,cof,cof.... Princesa das rosas vermelhas e protetora dos reinos. Cof,cof,cof.... E eu não posso morrer aqui. — Murmurou Wendy fraca demais até para conseguir falar em voz alta.

Hahahahahaha.... Então é você quem é a rainha das rosas vermelhas? Hahahahahaha.... Que pena, princesa. Pois segundo a profecia do corvo de três olhos, apenas o príncipe que foi prometido é quem pode me derrotar! — Exclamou Martha antes de pisar no peito nu da rainha com mais força ainda.

Cof,cof,cof.... — Tossiu Wendy antes de cuspir um pouco de sangue e ouvir a voz de um homem gritar — Pare, bruxa!

E então, ao olhar para a direção da voz, Wendy avistou Sir Clerec, empunhando a sua espada, agora com a mão esquerda e avançando loucamente na direção da feiticeira.

Como ousa!? — Gritou e perguntou Martha antes de lançar um feitiço poderoso que fez o bravo cavaleiro cair rapidamente no chão. — Como esse verme entrou aqui?

Com a minha ajuda! — Gritou uma voz que Wendy reconheceria em qualquer lugar do mundo. — Nós invadimos o seu castelo e nesse momento todos os meus amigos e amigas estão massacrando os seus imps com o pó dourado que nós temos! — Gritou e explicou Jennifer que empunhava bravamente a espada das rosas vermelhas com a mão direita.

Hahahahaha.... Outra menina? Pois vamos ver do que você é capaz! — Falou a bruxa Martha antes de apontar a varinha e disparar um raio verde na direção de Jennifer.

Porém, para a surpresa da bruxa e da própria garota azarada, um enorme espantalho guerreiro de madeira se colocou na frente da garota azarada, apenas para ser despedaçado e destroçado em uma tentativa suicida de defesa da vida de sua mestra.

Ora, ora, pelo visto alguém tinha um protetor. Mas vamos ver se você tem outro para te proteger disto! — Zombou Martha ao apontar a varinha novamente para a garota azarada e fazê-la levitar alguns metros acima do chão.

Hahahahahaha....! Olha como ela se contorce! Hahahaha.... Parece até uma mosquinha presa em uma teia! Eu acho que já estar na hora de você morrer! — Falou a bruxa antes de desfazer o feitiço e deixar que Jennifer caísse livremente de encontro ao chão.

Não! — Gritou um homem com cabeça de lobo ao pular e agarrar Jennifer ainda no ar, a impedindo de cair de cabeça no chão e quebrar o pescoço.

Como!? — Perguntou a bruxa totalmente descrente. — Como você escapou de minhas masmorras?

Eu o libertei! — Gritou Eleanor ao lado de Tibério e Amanda que estada deitada e adormecida no chão.

A bruxa então se enraiveceu ainda mais, e ao apontar a varinha na direção do barbudo homem, gritou — Tibério, seu traidor! Eu vou atormentar você e seus pensamentos pelo resto de sua vida!

Porém, antes que Martha pudesse disparar algum feitiço, uma grande sombra amarronzada pulou e abocanhou a poderosa varinha mágica da bruxa, que ao perceber que perdera seu estimado objeto, olhou e percebeu que a tal sombra se tratava na verdade de um belo e jovem cão.

Muito bem, Amanda! Agora venha para cá e deixe que Sir Gregory lide com a maldita bruxa. — Falou Eleanor tão calma, que nem parecia que estava em uma situação de perigo.

Amanda, que naquele momento estava controlando o corpo de Brown, apenas concordou e correu o mais rápido possível na direção de Eleanor.

Porém, a bruxa Martha não permitiu o gosto dessa vantagem temporária, e ao recitar um feitiço curto e rápido, fez a varinha mágica desaparecer da boca do cão e reaparecer instantaneamente na mão da feiticeira.

Droga! Eu me esqueci do maldito elo que ela possui com a varinha. — Comentou Tibério completamente furioso consigo mesmo.

Não importa! — Comentou Eleanor calma e fria como sempre. — Agora está tudo nas mãos, ou melhor, nas patas dele. — Falou a princesa fria ao apontar para Sir Gregory que naquele momento já estava transformado em um enorme cão negro gigante parecido com um lobo.

Hahahahahaha....! Outro animal feio para eu derrotar? Hahahahaha.... Vamos ver até onde este aguenta! — Gritou Martha antes de lançar um enorme raio mágico verde em direção ao enorme cão negro.

Porém, para a surpresa da bruxa, o feroz canino apenas abriu a sua enorme bocarra e começou a cuspir um fogo de cor mista entre negro, azul, laranja e vermelho, que resistiu bem ao feitiço da malvada feiticeira.

Ele cospe fogo!? — Perguntou Tibério completamente impressionado com as chamas da poderosa besta.

Aparentemente sim. — Respondeu Eleanor que até agora também não havia testemunhado o poderoso e magnifico poder da feroz e misteriosa criatura conhecida como o cão vadio.

Porém, para desespero de quase todos presentes, a varinha de Martha se mostrou realmente poderosa, e ao aumentar um pouco o fluxo de poder do feitiço, a bruxa fez com que as chamas do poderoso cão voltassem contra o mesmo, o fazendo queimar e ganir de dor como nunca antes.

Não! — Gritou Jennifer desesperada ao ver seu antigo amigo sofrer depois de ter salvado a sua vida mais uma vez; e de também ter lutado para proteger Jennifer, suas amigas, e Wendy que estava bastante fraca e com a cabeça deitada no colo da garota azarada que se sentou para confortar a sua amada no que aparentava ser os seus últimos momentos.

Não é possível! — Gritou Amanda ao ver o enorme cão negro voltar a forma humana completamente nu e queimado.

É possível sim! — Gritou a malvada bruxa Martha mais furiosa do que nunca — E agora todos vocês vão pagar pelo o que fizeram! — Ameaçou a feiticeira antes de atirar outro feitiço que acertou em cheio a garota gordinha.

Corra, minha senhora! — Gritou Tibério antes de ser atingido por outro feitiço que o fez ser jogado ao longe.

Eleanor apenas avistou seus amigos serem alvejados, e quando viu o corajoso cão Brown correndo raivoso em direção a bruxa Martha, a princesa fria apena desembainhou a sua adaga “Beijo de fogo” e avançou corajosamente em direção a velha e malvada bruxa.

Brown foi o primeiro a receber outro feitiço e cair desacordado no chão frio, já Eleanor tentou apunhalar a velha bruxa, que apenas agarrou a mão direita da condessa, e apertou o punho da mesma com força, a fazendo soltar a adaga, que foi pega rapidamente pela mão direita bastante hábil e veloz da feiticeira, que logo depois jogou a despreparada garota nortenha no chão.

Hahahahaha....! Hora de morrer, garotinha! — Falou a velha bruxa antes de golpear a adaga na direção da princesa fria caída no cão.

Porém, para a surpresa da bruxa, não foi o corpo da menina de cabelos negros que a adaga acertou, e sim o corpo de um grande homem, que se atirara rapidamente por sobre o corpo da condessa para lhe salvar a vida.

Sir Clerec? — Perguntou Eleanor ao ver o rosto de velho e leal cavaleiro que lutara bravamente até o final.

Sim, minha condessa, fuja daqui, agora.... — Murmurou o nobre cavaleiro antes de perder as forças e cair por cima do corpo frio e apavorado da nortenha.

Eleanor mal conseguiu raciocinar quando o veloz Sir Gregory agarrou a velha bruxa e se atirou no chão junto a Martha, que por meio da força bruta tentou impedir o grande home nu de tomar a varinha da mesma.

Gregory era bastante forte e feroz, porém, Martha não se rendeu a selvageria do louco homem, e ao se transformar novamente no enorme gato negro, o mordeu tão fortemente que todos os seus ossos foram esmagados e toda a sua vida o deixou naquele mesmo instante.

Eleanor mal conseguia retirar o corpo de Sir Clerec de cima do seu, e mais difícil ainda ficou quando o de Sir Gregory também foi adicionado a pilha de corpos em cima da princesa fria.

Hahahahahaha....! — Gargalhou a velha bruxa novamente ao retornar a sua forma humana. — Como eu falei, apenas o príncipe que foi prometido poderá me derrotar! — Se gabou Martha mais uma vez sobre a sua invencibilidade.

Então que assim seja! — Gritou Jennifer ao enfiar e perfurar a lâmina da espada das rosas vermelha pelas costas expostas e protegida apenas pelo tecido da encardida roupa branca da velha bruxa.

Martha mal pôde acreditar no que acabara de acontecer, pois a garotinha a quem ela simplesmente zombara e ignorara esse tempo todo, acabara de lhe enfiar uma espada em seu velho corpo, e aparentemente se tratava de uma ferida mortal.

C-como? Como você conseguiu? — Perguntou a velha mulher ao se virar e encarar a pequena garota azarada cheia de raiva e ódio no olhar.

Você atacou os meus amigos! E todos aqueles que ferem quem eu amo, devem morrer! — Gritou Jennifer ao empunha a sua adaga com o cabo em formato de peixe e enfiar no peito esquerdo da velha e malvada bruxa.

O grito de dor de Martha ecoou por todo o salão e até pelo castelo, e então, em seus últimos suspiros e momentos de vida, a velha bruxa pegou a varinha e a engoliu completamente, antes de dizer — Se eu não a tenho, vocês também não a terão! — E explodiu em chamas verdes que queimaram o seu corpo completamente até virar cinzas.

Jennifer então apanhou a sua espada e a sua adaga de volta, ao ajudar a retirar Eleanor debaixo dos corpos de Sir Clerec e Sir Gregory, falou — Eles morreram para nos proteger, Eli. Meus nobres, corajosos e bondosos amigos.

Eleanor, que estava completamente chocada e sem saber o que dizer, apenas suspirou profundamente e falou — Está acabado, Jennifer. Não haverá mais mortes.

Jennifer então se permitiu liberar algumas lágrimas que estavam presas em seus olhos e ao se ajoelhar e beijar carinhosamente o rosto de Sir Gregory e Sir Clerec, falou — Sim, está acabado.

E foi então que do lado do corpo caído da rainha, que a voz de Clara ecoou — Jennifer, venha aqui!

Jennifer então correu o mais rápido que pôde até chegar ao lado de sua amada e perguntou — Clara, o que houve? O que aconteceu com todos que foram atingidos?

Princesa Clara então olhou para a maioria dos caídos no salão, e após uma breve analise de como a maioria deles gemia e se contorciam de dor, falou — Eu creio que aqueles que não estiverem mortos vão sobreviver, mas....

Mas? — Perguntou Jennifer extremamente preocupada com o uso daquela palavra naquele momento.

Foi então que Clara suspirou profundamente e falou de uma só vez. — A rainha Wendy faleceu.

 


Notas Finais


Continua...


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