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História O Renascimento do Coração - Me pretending that everything is fine


Escrita por: boyissues

Notas do Autor


Eu tentei terminá-lo antes, mas estive ocupadinho na minha vidinha de estudante.

Selena anjinha. 💖

Capítulo 81 - Me pretending that everything is fine


Fanfic / Fanfiction O Renascimento do Coração - Me pretending that everything is fine

~ PABLLO POV ~

Lena - Eu e Phillip estamos muito apaixonados. - afirma abobada.

Eu - Ah, que delícia e como vai superar a distância? - uso um tom meio irônico.

Por mais que um lado meu torcesse pela minha amiga, outro despertava aquela inveja básica por passar pela mesma situação, mas ainda assim não estar feliz com isso.

Bebe - Acho que todos sempre temem tanto sobre esse negócio de distância, mas no fim a barreira sempre pode ser quebrada.

Eu - Como?

Bebe - Comunicação.

Eu - Acho que você nunca passou por isso, não é? Então, acho melhor nem falar, porque eu não sinto assim.

Bebe - Quer que eu diga o que parece a sua choradeira no meu ouvido depois das suas conversas com o Mateus?

Eu - Vai me chamar de dramática?

Bebe - Se a carapuça serve.

Sevyn - Que desnecessário essa discussão, gente, até então estávamos falando da Lena.

Eu - Só digo que não é tudo um mar de rosas. - volto meu olhar para Lena.

Lena - Os baixos sempre vêm, faz parte. - responde serena.

Eu - Ai, Lena, você está me irritando. - viro a cara.

Lena - Qual é?! Você tem que saber suportar esses altos e baixos. - bebeu um pouco de suco de pêssego. - Ou se não vai ser engolida pela ansiedade.

Eu - Não, eu já entendi, eu sou dramática e ansiosa. - respondo ríspida. - pego um dinheiro na bolsa e ponho na mesa para pagar meu lanche da tarde na cafeteria. - Outra hora a gente conversa.

Sevyn - Espere...

Nem dei ouvidos à elas e segui meu caminho para casa. Pus meus fones de ouvido.

Acho tão chique andar na rua sozinha, bem arrumada e determinada. Me sinto como em uma vida adulta, bem resolvida e sucedida.

Me odeio por saber que sou ansiosa. Eu não admito, mas sei que isso é verdade. O que eu acho estranho em mim é a forma com a qual eu me articulo, sempre noiando sobre sentimentos e sensações. Tudo o que eu queria era estar tranquila, mas sempre há alguma preocupação me atormentando. E nenhuma dessas preocupações se baseiam em mim internamente, apenas externamente, sendo tratado por aparências físicas e intelectuais.

Olhei pela ponte do Harbour para o mar brilhante pelos raios de sol e parei ali por um instante. Através do tempo, me bateu o desejo de ser um peixe, poderia ser tudo mais simples... pelo menos até ser comida por um tubarão ou engolida por uma baleia.

- Você continua maravilhosa. - uma voz sedosa chegou aos meus ouvidos.

Olhei para o lado, saindo do transe e me deparo com Lucas. Apesar de me sentir assustada, apenas esbocei uma expressão simples de surpresa.

Lucas - Não está feliz em me ver?

Eu - O que você espera? - voltei a caminhar, tentando ser paciente.

Lucas - Não sentiu minha falta? - me seguiu.

Eu - Você não foi atrás de mim naquela noite, preferiu ajudar seus amiguinhos a sequestrar os meus amigos. - argumentei. - Não quero você por perto, Lucas, decepção maior com você não pôde haver.

Lucas - Eu sei que desculpas não resolvem em nada e que o meu arrependimento nunca será visto com misericórdia, mas saiba que eu sempre me importei com você.

Saímos da ponte, dobrando para uma alameda que atalha para a rua da minha casa.

Eu - Bom para você, eu não quero mais saber, não vamos ficar juntos.

Lucas - Eu pensava em você todos os dias na prisão.

Eu - Não insista, Lucas. - pedi.

Lucas - Eu sei que existe eu em um pedaço do seu coração. - parou.

Apenas continuei andando sem olhar para trás. Feridas que demoraram para se curar não devem ser cavocadas.

~ SEL POV ~

Por mais boba que eu estivesse parecendo, eu estava gostando de alguém. Sim, essa era a primeira vez desde Hayes e Abel, e era diferente, omedo era diferente e o sentimento era fresco. Poderia ficar me encarando sozinha no quarto, pensando besteira, ou ir atrás da pessoa e tentar algo.

Peguei meu celular e resolvi mandar uma mensagem para ele. Eu já pensava em falar com Jaden há algum tempo, mas meu medo foi maior. E eu sinto que estou segura, até então, mas tudo pode mudar com essa mensagem... eu não sei.

Sel: Oi, Jaden, sou eu a Selena, eu preciso falar com você sobre algo, mas eu tenho medo.

Sel: Só que se eu não disser agora, talvez eu desista e fique frustrada.

Sel: Eu estou gostando de você.

Desliguei a internet, peguei meus fones e fui para a janela. Ia escutar música enquanto assistia o movimento.

Logicamente, eu me senti uma criança por dizer as coisas daquela forma, eu sequer tentei de uma maneira digna. Para mim, já estava na cara que estava perdido, mas ainda tinha um pedaço de esperança em mim, que dizia que sim, talvez ele quisesse passar algum tempo comigo. Que idiota eu sou, tão infantil e insegura.

Eu não sei ser romântica quando eu quero. Eu faço as coisas de forma avoada e não percebo quando eu erro de verdade.

Liguei a internet de volta e vi as várias notificações de mensagem do Jaden. Fiquei eufórica.

Jaden: Selena, te admiro muito e adoro a sua companhia.

Jaden: Eu não quero enrolar, então, vou ser bem direto.

Jaden: Não estou gostando de você da forma como você gosta de mim.

Jaden: Você sempre será uma amiga que me ajuda muito, me ensina e se diverte comigo nos intervalos, rindo das minhas piadas.

Jaden: Te amo. ❤

Aquelas mensagens meio que me destruíram por dentro, porém antes de tudo virar ruína, eu fingi para mim que isso não iria me abalar. Eu estou bem.

Sel: Tudo bem. 💖

Fechei a janela e desci para a cozinha.

Eu - Mãe, precisa de alguma coisa? - me ofereci para tentar ocupar minha mente, mas na verdade queria socar tudo o que eu via pela frente.

Mãe - Eu ia lá na casa de Isobelle, pegar umas geleias.

Eu - Na casa do Niall? Eu posso ir, não estou fazendo nada. - disse irritada.

Eu - Ah, eu agradeço. - sorriu.

Vesti os fones e fui atravessando os jardins sem cerca até chegar a casa do Niall. Eu pude acalmar a tal euforia negativa dentro de mim, um pouco. Toquei a campainha da mansão do Niall, esperando ele me atender. Quem apareceu foi Jojo.

Eu - Oi. - sorri.

Jojo - Oi. - sorriu também, me abraçando. - O que faz aqui?

Eu - Minha mãe pediu para eu buscar umas geleias, que a mãe do Niall deixou para ela.

Jojo - Entre. - convidou e me levou para a cozinha.

Niall estava fazendo coisas para comer, o que deveria ser waffles.

Niall - Oi, Sel.

Eu - Oi.

Niall - Servida? - ofereceu.

Eu - Ah, não, obrigada. - recusei com certa pompa. - Eu vim apenas para buscar as geleias.

Niall - São aquelas duas sacolas. - apontou para as sacolas, uma de pano e outra de tricô, no balcão. - Quer ajuda?

Eu - Acho que não será necessário, mas obrigada. - sorri e as peguei. - Estou indo, gente. - mandei beijos para os dois.

Me encaminhei de volta para fora. Desta vez indo pela calçada. Enquanto eu caminhava, as nuvens mudavam de formas tão rapidamente, que logo uma chuva fresca, porém fraca, se iniciou e eu me molhei um pouco.

Que delícia, não podia me sentir melhor por ser renovada pela água caindo no meu corpo. Deus não poderia ter me dado recompensa melhor depois do sentimento ruim.

Acabei me divertindo ali sozinha naquele tempo bobo. Tudo tem solução, é só barganhar ou deixar o tempo passar, porque tudo acaba bem e nunca é exatamente como esperamos. Tempo é imprevisível.

~ GUST POV ~

Depois de alguns dias me acompanhando no meu cotidiano em Sydney, Túlio estava fascinado. Ele e eu conversávamos sobre tudo: crushes, filmes e séries, música, comida, viagens, etc.

Ele havia terminado sua participação na Fashion Week, mas resolveu passar um tempo conosco para nos conhecermos melhor. Além de haver um certo receio da parte dele em voltar para casa.

Na segunda-feira, quando ele foi me buscar, as garotas piraram nele. Lisa e Em brincaram de que ele era uma versão melhorada minha. E, curiosamente, senti que Túlio havia gostado de ambas, sem pôr seus sentimentos em palavras.

Eu - O que acha da Em e da Lisa? - pergunto curioso, enquanto ele mexia no computador.

Túlio - São bonitas, inteligentes e fluídas sentimentalmente. - responde sem olhar para mim.

Eu - Eu não acho que a Em seja bem resolvida com os... - me alterei ao falar do estado sentimental da Em, mas parei assim que ele se virou para mim.

Túlio - Por que me pergunta essas coisas?

Eu - Você fica bobo perto delas, é visível.

Túlio - O que está insinuando? - corou.

Eu - Olha aí, você já tá até corado. - ri.

Túlio - Seu abobadinho, eu não estou gostando das duas.

Eu - Então... - especulei mentalmente essa afirmação. - De uma delas?

Ele concordou de cabeça.

Eu - Da Lisa?

Ele sorriu e virou para o computador.

Eu - Ei, é a Lisa! - me levantei da cama e me aproximei.

Túlio - Sim. - sorriu envergonhado.

Eu - Apesar de ela ser toda pró-solitude, acho que ela talvez goste de você.

Túlio - O que é pró-solitude?

Eu - Ela se apoia como independente e sem medo de solidão.

Túlio - Ela é muito perfeitinha, mano. - disse apaixonadinho.

Eu - Mas...

Túlio - Mas o quê?

Eu - Ela é muito sensível e já sofreu demais.

Túlio - Eu posso cuidá-la e amá-la com todo meu sentimento.

Eu - Você pode tentar ir falar com ela.

Túlio - Farei isso.

Eu - Só controle sua ansiedade. - lhe dou dois tapinhas nas costas, amigavelmente, voltando para a cama. - Já decidiu quando vai voltar ao Brasil?

Túlio - Não. - respondeu seco.

Eu sabia que por mais que ele ainda estivesse aqui conosco para nos conhecer, agora ele (e eu também) tinha consciência de que nosso pai não é um homem bom. Havia uma linha imaginária de conforto, que o assegurava do medo de ficar confuso, perdido e sozinho.

Túlio - Quem são elas? - olhou para as garotas abraçadas de sorriso arregaçado, ele estava dentro do meu instagram.

Eu - A loira é a Zara e a de cabelo curto é a Kehlani.

Túlio - Elas são bonitas.

Eu - E sapatões.

Túlio - Tem alguém que esteja no seu círculo e não seja do vale? - pergunta divertido.

Eu - Olha, tem uns poucos, bem poucos.

Túlio - Deve ser muito divertido e confortável viver aqui.

Eu - É, sim.


Isso faz parte do ciclo
Esta é a parte em que a flor começa a florescer depois da chuva
E recebe os nutrientes que precisa para crescer novamente
Esta é a parte quando o sol se põe
E a noite começa a sobrecarregar seu cérebro
Mas o sol sempre vai nascer de manhã...

Cycle, Sabrina Claudio


Notas Finais


Pessoas quando gostam de pessoas ficam tão bobas que, às vezes, podem voltar a cometer erros primários.

Meu mês preferido tá chegando e eu me transformo em uma pessoa feliz e realizada apenas por viver nele. O universo é tão grande e cheio de suposições certas ou erradas.

Até o próximo capítulo. Amor em todos os lugares que você for. 🐞


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