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História O Retorno de Oito - Enquanto Estivermos Vivos


Escrita por: Guard

Notas do Autor


Espero que gostem ;)

Capítulo 28 - Enquanto Estivermos Vivos


Um

 

            Adam e Lexa estão parados diante de mim depois que acordei do meu pesadelo e tento explicar pela décima vez o que acabou de acontecer para eles. Só que até eu estou tendo dificuldades para entender o que está rolando, e olha que já e a segunda vez que tenho um sonho louco desses onde Setrákus Ra ameaça destruir tudo e me mostra aquela nave de batalha mogadoriana.

            - Elas não eram para estar aqui ainda. – Adam fala pensativo, é admirável vê-lo. – As naves de guerra, elas se movem muito lentamente e precisam de uma quantidade absurda de combustível para se locomoverem, se Setrákus Ra conseguiu trazer uma delas até aqui...

            Lexa parece querer tentar ajudar também. Ela já tinha vários planos em mente para buscar a nave lórica para minha sorte então não iremos completamente no escuro para lá.

            - Como os mogs chegaram aqui a primeira vez? – Lexa pergunta. – Não quer que eu acredite que vocês brotaram pelo pé de feijão.

            Adam revira os olhos.

            - Ok, nós chegamos aqui em duas naves gigantes sim, na Sobek e na Hator elas são as maiores e eram as que carregavam as principais famílias dos nascidos naturalmente e a outro trazia nossa frota principal de soldados artificiais. – ele revela e então fica espantado. – Não pode ser, Setrákus Ra não iria mandar uma das suas únicas naves no momento para atacar a Garde, só se ele tivesse muita certeza da vitória.

            - É eu acho que depois dele me mostrar o sonho dele explodindo o Himalaia para mim e mais dois Gardes ele tem bastante certeza disso. – eu digo.

            - Isso é uma vantagem nossa então, sinal que nosso inimigo está sendo bastante prepotente com a vitória. – Lexa comenta se apoiando no armário com as mãos no bolso. – Qual nave que você acha que ele irá nos atacar?

            Ele parece ficar pensativo agora e fica andando pelo meu quarto por alguns segundos. Estamos nisso há uma hora já, nosso planejamento e partirmos para Dulce amanhã e então conseguirmos de alguma maneira concertar a nave o mais rápido possível para leva-la até a Índia para ajudar os outros a fugir.

            - A Sobek provavelmente, ela tem a capacidade para mais de 2 mil tropas. – Adam responde. – Creio que se Setrákus Ra quer matar todos que estão na Índia ele irá usar o poder de fogo dela.

            2 mil mogadorianos.

            Só de pensar em tantos deles juntos me faz estremecer de medo. E olha que eu sempre achei derrota-los fácil, mas agora é uma proporção absurda, são muito deles para um número minúsculo nosso. Sem falar que temos os Cêpans e alguns civis lá, eles serão massacrados contra um exército tão grande assim. Tento não pensar que Setrákus Ra também possa ir pessoalmente para esse confronto porque o modo como ele acabou comigo e os outros Gardes foi como se fôssemos insetos, eu o consegui derrubar num buraco, mas tenho certeza que foi porque ele se distraiu com alguma coisa que Maggie fez.

            Ele falou algo como se esperasse que Dois conseguisse atacá-lo mesmo com seu Legado Dreynen ativado. Começo a me lembrar algo perturbador, quando eu recebi as memórias de Adamus, eu lembro que um dos Gardes tem uma ligação com aquele monstro maldito, mas não consigo lembrar qual de nós tem, isso me deixa possessa, mas sei bem que não sou eu e nem a Maggie, mas qual de nós é? Droga porque ele não pode me dar uma informação útil para variar só uma vez.

            - Um? – Adam me estala os dedos na minha frente e tomo um susto por estar tão distraída. – O que aconteceu?

            - Estava lembrando das coisas que o seu antigo chefe estava falando para mim. – digo.

            - Algo útil?

            Balanço a cabeça em negação. Não adianta ficar levantando suposições agora com nossa nova missão suicida recém preparada. Pelo menos o meu ferimento está melhor agora, isso já é um grande avança em comparação ao meu estado nos últimos dias.

 

Quatro

 

            Seis e eu tiramos Joe, Mary e Gwen daquela casa assim que ela terminou de deter o ataque dos mogadorianos. Não consigo parar de olhar sorridente para ele que nem um idiota, a minha Seis voltou.

            Nós tivemos que correr pela noite inteira e saímos do pequeno vilarejo em direção da estação de trem mais próxima. Tanto os senhores quanto a garotinha não falaram nada, mas aceitaram sem pestanejar quando eu disse que precisavam nos acompanhar, já não era mais seguro para eles continuar naquela casa após terem sido descobertos pelos mogs nos ajudando.

            Confesso que não foi minha ideia mais brilhante, ainda mais depois de Seis ter feito uma tempestade com tantos raios que com certeza qualquer mogs nas redondezas saberia que teve algo errado ali. Se não fosse de madrugada nós provavelmente iríamos enfrentar problemas com autoridades galesas também. Sou obrigado a ativar meu Lúmen enquanto corro carregando Joe com uma das minhas mãos e ilumino o nosso caminho para mim e Seis que vem logo atrás carregando Mary e Gwen.

            Fico feliz de tê-lo curado, mas o homem já conseguiu recitar tantos palavrões em sequência que francamente, meus ouvidos já devem estar maculados pela vida toda. Cada vez que salto sobre a algum obstáculo o velho me ensina uma palavra horrenda nova.

            Chegamos numa estação de metrô e sinto o suor começar a escorrer pelo meu rosto por causa do esforço que fiz. Deixo Joe finalmente ficar no chão, ele começa a cambalear para os lados, mas se apoia num banco da estação. Começo a achar que ele vai vomitar, mas o homem se volta para mim e fala.

            - O que diabos é você garoto? – ele resmunga.

            - Joseph! – Mary começa a correr e o abraça.

            Não sei quando foi exatamente o momento em que Seis e Gwen chegaram exatamente, mas acho que isso me tirou de uma enrascada para ter que explicar algumas coisas pelo menos agora. Olho para trás e a vejo para diante de mim.

            Ainda não superei a volta de Seis, e sinceramente, vê-la nesse vestido rasgado e pose altiva me deixa meio sem o que dizer. Só fico a olhando que nem idiota por um minuto inteiro até que ela me encara também.

            - Daqui a pouco seu queixo cai Johnny... – ela resmunga dando um sorriso presunçoso para mim.

            Tenho vontade de rir por isso, é mesmo a Seis, embora haja algumas coisas de Maren Elizabeth que eu vá sentir falta.

            - Vocês são anjos? – Mary pergunta emocionada.

            Posso ver que a senhora está nervosa diante de nós agora que conseguiu soltar o marido um pouco. Sinto um desconforto por isso, eu havia me acostumado com o jeito meigo dela e o jeito bronco de Joe, ver os dois com medo de nós ou até mesmo com espanto faz-me sentir mal.

            - Anjos? – lembro da mãe de Hector Ricardo se referindo a Marina assim. No caso a menina havia curado a doença em estado terminal da senhora, mas eu e Seis não fizemos nada para receber isso.

            - Vocês salvaram o meu Joseph e nos protegeram daqueles demônios que estavam querendo invadir a nossa casa. – ela começa a chorar. – Joseph, o Senhor testou nossa fé enviando dois anjos para nossa casa para nos proteger.

            Ao contrário da esposa, Joe parece entender que eu e Seis não somos seres celestiais. Ele nos olha com medo e espanto.

            - Eles são super-heróis! – Gwen grita.

            - Quietas as duas! – Joseph se manifesta nervoso. – Deixem que eles expliquem a situação.

            Olho para Seis a fim de conseguir algum apoio dela.

            - Nós não somos anjos e nem heróis... Somos sobreviventes de uma terra distante chamada Lorien. – Acho que vai ser melhor para eles evitar não falarmos de outros planetas por enquanto. – Nós estamos sendo caçados por aqueles monstros que vocês viram, eles são chamados de mogadorianos.

            Fico calado por alguns minutos para dar tempo para os três absorverem toda a informação que acabei de dizer. Sei que eles devem estar se sentido traídos por nós, eles abriram as portas de sua casa para mim e Seis e em troca nós trouxemos a destruição até eles.

            - Eles não pareciam estar interessados só em matar vocês, pelo que eu pude perceber. – para minha surpresa quem fala isso é Joseph. – Eles pareciam querer ferir todos ali dentro.

            - Os mogadorianos querem dominar esse planeta. – Seis fala sem rodeios. – Eles não são tidos como sutis, eles matariam uma cidade inteira se ela ficasse no seu caminho. E não estou falando de uma cidade pequena.

            Gwen parece ficar assustada e abraça a avó dela, olho para ela. Só que Seis parece não estar com muita paciência para se importar com sutilezas agora.

            - Vocês precisam se esconder, se os mogs descobrirem que de alguma foram fomos ajudados por vocês eles irão tentar lhes encontrar. – ela continua a falar.

            - Seis, isso não é uma boa hora para falarmos disso. – eu a interrompo.

            - Seis? – Mary pergunta olhando para e ela e para mim. – Seu nome é Seis e não Maren, que tipo de lugar dá números para as pessoas como nomes.

            É, eu acho que deveria ter me controlado um pouco nas coisas que deveria falar.

            - Quando eles destruíram a nossa terra, nós tivemos que fugir de lá para não sermos mortos e perdemos nossos nomes. – começo a explicar como o encantamento funciona por baixo para que ela entenda o porquê dos nossos nomes serem números agora.

            - E qual é seu número? – quem pergunta é Gwen.

            - Eu sou o número Quatro. – respondo.

            Lembro que Gwen no futuro também irá ter um papel importante na nossa guerra. Eles precisam muito se esconder para que a garota fique protegida agora, por mais irônico que seja, a relação deles com a menina lembra muito a minha com meus avós. Eu era mais próximo deles do que meus pais, só que no caso era porque eles tinham que proteger Lorien.

            - Já tem um lugar para se esconderem? – pergunto.

            Joseph e Mary se olham confusos. Deve estar sendo doloroso para os dois terem que abrir mão da sua casa agora, não podemos falar a verdade. Eles não entenderiam que é por causa da neta, mas há também o perigo real que os dois devem estar correndo.

            - Temos um filho que ainda mantém contato conosco que mora na Irlanda do Norte, ele é fazendeiro. – Mary responde meio nervosa. – Lothar poderá nos abrigar por quanto tempo quisermos, ele sempre quis que morássemos com ele agora que estamos idosos, Joseph nunca quis ir.

            Ele bufa mal-humorado. Sinto vontade de rir, isso faz muito a cara do velho Joe não querer depender dos outros, principalmente de um filho.

            - Temos que deixar a Gwen com os pais primeiro. – ele fala.

            - Não podem, os mogs a viram. – eu minto, sei que não é essa a verdade que não quero Gwen lá. – Ela poderá correr risco se voltar para lá, vocês precisam leva-la com vocês. Avisem aos pais dela que irão fazer uma viagem em família sei lá.

            Os senhores ficam tensos e olham para a netinha, Gwen parece estar nervosa só que para a surpresa de todos parece entender a situação. Eles enfim aceitam a situação que irão ter que enfrentar e acho que eu e Seis também temos que aceitar a nossa.

            Nós nos despedimos deles com abraços que demoram mais que deveriam, sinto meu coração ficar apertado pela saudade que sei que irei sentir. Gostei muito de conhece-los e sei que isso não foi mero acaso, mas agora devemos ir ajudar os nossos amigos na Índia, temos que ir o mais rápido possível para o Stonehenge.

            Pegamos um trem quando a estação abre no sentido o contrário, mas não sem antes passarmos pela cidade mais próxima e pegarmos “emprestado”, algumas roupas de uma loja ainda fechada que peguei usando meu teletransporte para mim e para Seis, mais para ela do que para mim. Na pressa deixamos as nossas rasgadas para trás.

            Enquanto eu troco a minha camisa eu observo o vestido ser jogado por uma força invisível num beco e sorrio. Me lembro de quando eu e Seis ficamos bem próximos no bunker da França, na época foi porque eu estava apavorado por causa do meu sonho com Setrákus Ra, mas agora eu gostaria de ter um momento a sós com ela sem ter que me preocupar com isso. Podermos dormir abraçados sem se preocupar com pesadelos

            Ela reaparece com seu novo visual. Uma calça jeans escura e uma camiseta branca com uma jaqueta marrom e botas pretas. Esse visual deu a ela um aspecto muito diferente do de Maren Elizabeth tão grande que me faz ficar espantado de que as duas são a mesma pessoa. Seis me vê a encarando novamente e ergue uma sobrancelha.

            - Ultimamente tem me encarado demais John. – ela comenta sendo sincera.

            Realmente, foram tantas mudanças. Me sinto aliviado por não ter mais que ser forte por nós dois e ainda mais por saber que ela está se recuperando dos seus traumas.

            - Ainda não acredito que você voltou. – digo sorrindo. – Quer dizer, a Maren era legal, mas precisamos da Seis agora.

            Ela revira os olhos para mim, mas depois sorri ajeitando o cabelo timidamente. Isso não é algo da Seis que eu conheço, talvez ainda haja algo da Maren Elizabeth nela.

            Seis se aproxima de mim e para minha surpresa me abraça de maneira forte. Sinto-me até um pouco esmagado por isso.

             - Obrigado por não desistir de mim John. – ela fala.

            - Eu não iria desistir de você, sabe disso Seis. – digo e de repente eu sinto meu coração bater mais rápido. – Eu preciso lhe contar uma coisa, que talvez, nunca tenha te contado antes...

            Achei que Seis iria tentar me parar, mas ela me olha atentamente quando eu falo querendo mesmo saber.

            - Eu te amo Seis. – digo. – Quando eu te vi daquele jeito naquela cela a única coisa que queria fazer era destruir aquela base de ponta a cabeça, estraçalhar até o último mog para fazê-los pagar, só que quando você me pediu para irmos embora eu vi que você ficar bem era mais importante que qualquer coisa para mim.

            Achei que ela iria me bater por ter me declarado ou então me ignorar, mas Seis repousa a mão dela em meu rosto me acariciando e em seguida me dá um beijo. Ficamos nos beijando por um longo tempo que até perco a noção, não quero que esse beijo acabe.

            Quando paramos de nos beijar, noto que seu rosto está meio rosado por causa da friagem. E ela está meio sorridente.

            - Eu quase enlouqueci quando achei que te mataram seu idiota. – ela fala e me dá um soco. – Acho que isso já responde a sua pergunta sobre os meus sentimentos por você.

            Começo a rir, ela nunca iria me dar uma resposta direta mesmo. Essa é a Seis que eu conheço.

            - Agora temos que ir para o Stonehenge. – ela fala.

            - Sim – eu concordo, mas a puxo para mim uma última vez, nossos corpos ficam grudados e Seis não recua. – Só que vamos aproveitar o momento uma última vez antes de enfrentarmos uma nova confusão.

 

Um

 

            Lexa está terminado de fazer alguns preparativos na caminhonete de cabine dupla que ela havia comprado quando Adam entra no quarto. Ele me olha meio estranho e sinto vontade de rir por causa do rosto dele.

            - Não era eu, você sabe disso não é? – ele fala.

            - O que? – pergunto.

            - Eu jamais te mataria Um, nem mesmo num sonho. – ele fala mordendo o lábio. – Eu te amo, quer dizer eu queria dizer isso antes, mas não com a Lexa aqui. Sabe como ela fica quando a gente namora na frente dela.

            Começo a rir por causa disso. Eu sempre acho todo esse zelo dele por causa da nossa relação meio idiota, eu não me importo com o que os outros pensam sobre nós dois. Se tem algum problema eu arrebento eles e o problema é resolvido, mas Adam é mais calmo e centrado. Ele sempre me pareceu querer que as coisas sejam do jeito certo. De certo modo eu admito que ele é a ancora que mantem segura.

            - Bom – digo dando um sorriso malicioso para ele e me aproximando. – Não temos mais ninguém aqui não é?

            Ele sorri para mim nessa hora e quando vejo Adam me agarra e me dá um beijo. Há muito tempo não tínhamos um momento assim, acho que desde o bunker em Orlando, nós ficávamos na parte das Chimaeras onde os outros evitavam ir e era mais tranquilo e bonito.

            Adam e eu ficamos beijando e ele me joga na e depois se deita comigo. Não paramos de nos beijar por nenhum minuto, agora que estou melhor eu não quero que ele pare em nenhum momento. Sempre quis que tivéssemos esse momento até o fim e ainda mais que não temos Lexa pra nos perturbar agora com suas piadas chatas.

            - Está meio afoito mog-boy. – digo rindo o acariciando o seu cabelo.

            Ele começa a beijar o meu pescoço e vai subindo lentamente me dando um prazer incrível até chegar na minha orelha a mordendo e depois nos beijamos novamente. Adam agarra a minha coxa com força e eu começo a enrijecer.

            - Seu plano é louco e suicida. – ele murmura enquanto nos beijamos. – Sabe que podemos morrer não é?

            Eu começo a beijar ele no pescoço e então seguro a camisa dele e começo a puxá-la para fora do corpo dele. Quando ele percebe o que vou fazer ele mesmo a retira para mim.

            - Bom, então é melhor nós aproveitarmos o que tem de melhor da vida enquanto estamos vivos. – digo sorrindo para ele e tirando a minha camisa também e depois o beijando novamente.


Notas Finais


1. Cap com safadeza, não me aprofundo nessas coisas não malz ai pra quem gosta u.u
2. Próximo capítulo vai ser o começo da pancadaria mesmo
3. Qual casal favorito de vocês?


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