História O Retorno de Oito - A Viajante

Seis

            Quando simplesmente eles anunciaram que nós iríamos pousar em um dos edifícios mais altos de Chicago eu sinceramente achei que era loucura. Só depois que olhei para a cara de sério de Sandor, Lexa e Henry é que pude perceber que estavam falando muito sério sobre isso.

            Segundo Sandor, ali era seu quartel general onde ele e Nove permaneceram por cinco anos sem nunca serem encontrados pelos mogs, e pela última vez que ele chegou, ainda não havia sido encontrado. Como Lexa havia dito que estava encontrado dificuldades em recarregar os cristais de Terrax da nave, o Cêpan então sugeriu que atracássemos lá para ver se possuía alguma coisa de útil. Ao contrário dos outros, Sandor era o que parece um inventor em Lorien então continuou a aperfeiçoar a tecnologia primitiva da Terra.

            Depois da luta a maioria de nós estava na área de descanso onde era só mexer alguns botões que as camas começavam a descer. Nove estava apagado numa cama ao lado da de Maggie, posso jurar que ela não estava dormindo, mas só o observando. John também não está dormindo, mas não quer ficar no cockpit comigo se isso quer dizer ficar ao lado de Henry, então ele permanece deitado na sua cama com BK deitado em cima dele. Um e Adam dormem juntos numa cama – a nave fora projetada para ter vinte e uma camas, contando com o nosso piloto Janus, ainda não fiz a contagem, mas acho que não temos mais de vinte uma pessoas nessa nave. Os outros parecem estar dormindo mesmo, Oito finalmente se acalmou depois de ter abandonado seus soldados contra a nave mogadoriana.

            Me debruço pela janela enquanto começamos a contornar o Lago Michigan, o sol já está no crepúsculo o que dá um tom alaranjado no lago aqui de cima. Tenho que admitir, se Nove e Sandor viviam numa cobertura que tinha esse visual, eu os invejo, não importa se os mogs iriam acabar me achando com Katarina com um mês ou cinco anos. Aqui é extremamente bonito.

            - Fique atenta Seis, já vamos decolar. – Sandor me informa.

            - Como exatamente vai esconder uma nave que tem quase o tamanho de uma casa no telhado de um hotel? – pergunto. – Os vizinhos não vão reparar?

            - Provavelmente, não. – ele me dá um sorriso idiota. – Eu comprei os dois últimos andares, eu sou os meus vizinhos.

            Reviro meus olhos. Sandor e Nove só podem ser loucos em apostar todas suas fichas num lugar só e para ser mais insano isso deu certo. Não consigo acreditar que um lugar tão a vista tenha ficado fora do radar dos mogadorianos. Tiro meu chapéu para as habilidades cibernéticas desse Cêpan, está ai um cara que sabe o que faz.

            - A nave, não vai ficar muito tempo no telhado. – Lexa me informa. – E vou deixa-la no modo invisível, iremos só pegar algumas coisas e depois eu irei leva-la para um rancho que eu tenho perto de Meniápolis, estarei perto de vocês, para o caso de precisarem de uma pilota em alguma luta ou invasão.

            - Achei que fosse ficar conosco. – digo, Lexa lembra um pouco a mim. Ela tem um jeito distante e sem falar que vejo como olha para as Chimaeras, Crayton e Ella. Eles todos vieram juntos na outra nave. Agora que se reuniram a mulher pretende ir embora de novo.

            Lexa olha para Crayton e Ella que dormem lado a lado e parece estar se perdendo em algum devaneio. De repente eu acho que é exatamente por isso que ela quer ir embora o mais rápido possível, para evitar ter tanto contato assim com eles. Fico pensando se eu me tornaria uma pessoa tão distante assim dos outros se não estivesse tentando ter uma relação agora com John.

            - Não me leve a mal Seis, eu vou sempre estar ao lado de vocês. – Lexa fala. – Mas prefiro trabalhar na escuridão e sozinha.

            - Uh... Valeu Batwoman. – Sandor zomba, mas dá uma piscadela meio sensual para Lexa que procura ignorá-lo.

            - Acho melhor começarmos a acordar os outros. – Henry comenta ao reparar um grande edifício se aproximando de nós. – Estamos chegando.

            Só de olhar o tamanho do prédio e pelo que Sandor me falou ele é dono de dois andares eu já posso ter uma breve noção que devemos estar prestes a entrar numa mansão.

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            Nove não para de tagarelar coisas com Maggie ao seu lado querendo falar tudo para nós sobre o apartamento, eu particularmente estou ignorando tudo que ele fala e me focando na minha arca na minha mão. Enquanto estamos descendo pelas escadas de incêndio para o segundo andar da mansão dele.

            Cinco, Ella, Marina e para meu espanto Três parecem estar bem animados com as coisas que Nove fala sobre sua mansão. Ele explica que no segundo andar é onde ficam as áreas de treinamento e a Sala de Aula, o lugar onde os treinamentos de “verdade” aconteciam. Segundo ele, foi dali que tiraram a ideia da outra sala no bunker de Adamus. Além disso, ali era onde tinham o laboratório de Sandor, e a sala onde o Cêpan monitorava as atividades da Garde pelo mundo e as câmeras da polícia de Chicago instaladas pela rua. Haviam também uns dois quartos, mas a maioria ficava no andar debaixo.

            O primeiro andar era mais impressionante no quesito conforto. Fico imaginando que a qualquer momento um bando de rappers irão sair de alguma porta e então iremos participar de um clipe de música muito louco de Nove. Há um corredor imenso só de quartos, devem haver uns 10 quartos e todos são suítes com banheiras e tudo mais – começo a me sentir frustrada por termos ficado em bunkers claustrofóbicos quando poderíamos ter ficado nesse lugar desde o princípio.

            - Se quiserem tomar uma chuverada! – Nove anuncia. – Eu vou pegar umas pizzas para esquentar, pizzas de Chicago Um, já comeu uma?

            - Nunca... – Um fala, mas percebo que está tão fascinada com todo o luxo quanto eu. É impressionante ver Um assim admirada com algo.

            Até Oito parece estar ficando um pouco mais animado ao ver tudo isso. Marina parece estar desesperada para abraça-lo – acho que perdi alguma coisa enquanto estava ausente. Os dois ficam olhando todo o luxo da casa de Nove com os olhos brilhando, o garoto das montanhas e a menina do convento. Os dois nunca tiveram nenhum tipo de luxo. Até mesmo Adelina parece olhar para tudo fascinada. Ela dos Cêpans foi a que administrou de maneira mais torpe as nossas riquezas trazidas de Lorien.

            - É Nove, tem uma coisa no seu sofá... – Cinco fala apontando para algo caído no sofá meio preto.

            A princípio acho que seja uma pegadinha de Sandor, porque parece muito com uma escultura de pedra de uma pessoa com parte dela de pedra negra e outra normal. Só depois eu ouço a pessoa dar um gemido e vejo que a pessoa está viva. Nós nos olhamos sem entender nada, Nove parece ficar pálido de repente.

            - Não pode ser, ninguém ter conseguido acessar esse edifício sozinho. – Nove murmura recuperando a cor ficando furioso e indo na direção da pessoa.

            - Espere Nove! – Maggie o alerta.

            Corremos para junto dele. Isso é mal, se for alguma armadilha preparada pelos mogs estamos caindo direitinho e logo agora que estava achando que poderia ter um pouco de descanso nessa guerra por alguns dias. Nove avança furioso na direção de um dos seus enormes sofás para atacar a pessoa deitada e então para de repente. Eu estou indo logo atrás dele e paro também.

            É uma garota, o lado direito dela está todo transformado numa espécie de pedra negra. Parece uma rocha vulcânica, ela parece estar sentindo muita dor, mas quando nos olha sorri. Um sorriso bonito só com o canto esquerdo do rosto que ainda é visível. De repente sinto vontade de chorar, a garota parece ter 17, mas eu a reconheço na mesma hora.

            - Ella... – Adamus sussurra se aproximando e levando as mãos ao rosto. Posso ver o espanto e nervosismo no rosto do mog. – Meu Deus não...

            - Ella? – A maioria de nós pergunta.

            A nossa Ella de repente parece encolher ao nosso redor para uma garotinha de cinco anos e se esconder ao lado de Marina. Aquela é a Ella do tempo de Adamus, o Adam de outra linha do tempo no futuro. A linha do tempo distópica que todos nós estamos tentando evitar, parece que tiveram outra baixa.

            - Adam... – Ella murmura de maneira fraca. – Como você envelheceu...

              Adamus começa a se aproximar do sofá e se ajoelha ao lado da garota segurando sua mão normal. Ele começa a chorar em cima dela, nós ficamos todos calados. John aparece do meu lado finalmente, ele havia ficado para trás para guardar as nossas arcas e olha confuso até que finalmente percebe o que está se passando. Ele deve ter entendido mais rápido que eu. Afinal tem de vez em quando essas conexões com a outra linha do tempo.

            - Como... Como aconteceu? – Adamus pergunta se erguendo para encarar a garota.

            - A batalha final aconteceu Adam. – Ella explica e começa a tossir. Vejo Marina começar a se aproximar dela para tentar ajudar a garota de alguma forma, mas Ella do futuro ergue a mão de maneira fraca para dizer que não precisa disso. – Nós vencemos, Setrákus Ra está morto.

            - Isso! – Nove grita no meio da sala e dá um soco ar. Todos nós o encaramos de cara feia e dois dá um soco na costela dele. Como eu sei que Nove não sente mais dor por causa do novo Legado agora ele é um sem noção imune a punições físicas. – Foi mal galera. – ele faz o sinal de zíper com a boca indicando que vai se calar.

            Ella do futuro parece não se importar com a inconveniência dele, ela encara o garoto com vontade de rir, mas devido a sua condição precária não consegue. Para falar a verdade a garota nos olha de maneira nostálgica, encara cada um de nós na sala, pela primeira vez eu entendo como isso deve estar sendo feliz e doloroso para ela, ver todos os seus amigos vivos, sendo que eles não os seus amigos vivos. São outras pessoas com outras vidas, agora eu entendo a solidão de Adamus nesse mundo.

            Adamus parece estar atônito com a revelação que Setrákus foi morto, mas parece que quer perguntar mais coisas e sei o que é.

            - John e Marina, estão vivos? – ele pergunta. – Sam, e os outros? Estão todos bem?

            - Eu? – Marina murmura espantada.

            Fico chocada com isso também. Marina é a outra Garde que sobreviveu além de John, eu já imaginei que não teria sido eu, pelo simples motivo que Katarina morreu. Só de saber que Marina conseguiu ficar forte ao ponto de sobreviver até o final da batalha me faz alegre.

            - Sim, eles estão bem. – Ella fala.- Eu que matei Setrákus, não podia deixar John fazer isso.

            John de repente fica tenso ao meu lado. Ele deve estar se fazendo a mesma pergunta que eu, pro que não poderia deixa-lo fazer isso? Temos muitas perguntas sobre essa batalha. Estou com raiva desse Quatro do futuro por enviar uma moribunda e não ter vindo pessoalmente.

            - Adam, eu descobri como alterar a linha do tempo... – Ella murmura. – Nós estávamos errados, vocês...

            Quando Ella do futuro estava prestes a falar começa a ser atingida por um mal súbito e vejo que a pedra em seu corpo parece começar a avançar como se fosse um parasita a devorando. A garota dá um grito de dor e depois vejo que não consegue mais emitir nenhum ruído, seja o que for essa coisa que está nela parece querer impedir que a garota fale.

            - Ella! – Adamus grita. – Marina tente curá-la!

            Marina parece querer chorar ao ver sua amiga, mesmo que seja uma versão alternativa do futuro dela começar a morrer na sua frente. E tenta se aproximar, de repente ela parra e olha para Adamus com lágrimas nos olhos, pela primeira vez eu vejo Marina desse jeito.

            - Não há o que eu possa fazer Adamus, ela vai morrer...

            - Precisamos saber da informação... – murmuro sem saber o que fazer, depois de enfrentar Tráx, de Dulce e da Índia, achei que iríamos ter mais calma. Só que agora temos isso.

            Crayton olha para a versão futurista da sua Garde e começa a se aproximar. Eu acho que o homem se culpa, deve achar que falhou na sua missão de alguma maneira. Ele é detido pela sua própria protegida do presente.

            A Ella do nosso tempo segura a sua mão e lhe olha de maneira triste. Acho que eu não havia parado para pensar em como isso deve estar sendo perturbador para a garota, ver sua versão mais velha começar a morrer de uma maneira tão horrível diante dos seus olhos. Só que de repente os olhos de Ella começam a assumir um semblante mais sábio.

            A garota começa a se aproximar do corpo no sofá, de alguma todos nós começamos a nos afastar para lhe dar espaço. Não sei porque, mas parece o certo a se fazer agora, deixar a menina ir ao encontro da outra Ella. Parece que era exatamente isso que as duas queriam. Então me dou conta que talvez elas pudessem estar se comunicando de alguma forma interna, como uma telepatia que nenhum de nós poderia estar conectado.

            - Me desculpe por isso. – Ella do futuro consegue dizer e percebo que foi algo doloroso com as pedras crescendo em seu lábio.

            - É preciso, eu sei. – Ella do nosso tempo fala confiante e então olha para Crayton. – Papai, precisa confiar em mim. Por favor, não interrompa, não importa o que aconteça.

            - Como assim? – Crayton pergunta confuso, todos nós estamos para falar a verdade.

            As duas Ellas seguram as mãos. Elas fecham os olhos e então a do nosso tempo abre os olhos, eles estão revirados para trás. É como se a garota não tivesse íris, de repente Ella começa a ter uma convulsão e a tremer. Todos começamos a ficar chocados e Crayton começa a correr para tirá-la de lá. Como um borrão John aparece por trás dele e segura o homem o detendo usando toda sua força. Os dois travam quase um combate com o Cêpan tentando se soltar.

            - Ella! – Marina corre para segurar a menina e eu acho que ela vai romper a ligação, fico na dúvida se irei ter coragem de deter Marina, mas no fim o que ela faz é segurar a garota para enquanto se debate não se machucar.

            Só que Marina é arremessada para longe e cai por uma das poltronas. Oito e Adelina lhe gritam e vão ver se ela está bem, a ligação que as duas Ellas estão fazendo é forte demais e assustadora.

            - Não toquem nelas! – Nove nos adverte. – Na próxima vez isso pode fritar o cérebro de alguém.

            Pela primeira vez eu concordo com ele.

            De repente Ella para de convulsionar. Seu corpo para de tremer aos poucos e seus olhos revirados começam a voltar para o lugar, por um momento eu acho que a garota vai recobrar a consciência normalmente, mas ela começa a cambalear e vejo que irá desmaiar.

            - Lorien... – Ella sussurra antes de desmaiar com Cinco a segurando antes de cair no chão.

            - Ella! – Crayton grita se desvencilhando de John e pegando a garota dos braços de Cinco. – Acorde.

            A Ella do futuro está fitando a cena com tristeza, será que ela sabia que de alguma forma isso tudo iria acontecer? Que a garota iria desmaiar. De alguma forma as duas tinham uma ligação e eu vejo uma lágrima escorrer pelo olho bom da garota. Minha espada, o único instrumento da minha Herança até então que eu sei usar começa a pesar na minha cintura.

            Começo a me aproximar da suavemente ignorando os gritos dos outros de nervosismo. Adamus ainda está ao lado da garota desconsolado. Ella olha para a espada em minha cintura e parece entender o que vou pedir.

            - Eu posso acabar com a dor se você quiser. – digo tentando reunir a coragem para o ato se a garota aceitar.

            Sei que pode Seis. Ella fala na minha mente. Estava certa então, a garota tem o poder de telepatia. Que legado impressionante a nossa Ella vai desenvolver no futuro, espero que seja logo e que tenhamos tempo para aperfeiçoá-lo para a batalha. De todos aqui você é a única que tem a força para fazer isso.

            Sinto um nó na garganta e olho para Adamus. Ele parece concordar, acho que tivemos uma conversa em trio mental. Começo a desembainhar a espada então, não sei se os outros estão prestando atenção a cena, mas acredito que nenhum deles irá me impedir. Vejo o brilho do metal lórico quando a lâmina começa a sair da bainha.

            Ela é linda Seis, fico feliz que tenha achado a sua arca. Ella fala e acho que poderia sorrir se pudesse. Minha espada começa a assumir um brilho branco como se soubesse que tem algo mogadoriano para matar, então lembro que é Adamus do meu lado. Começo a aproximar a lâmina até a direção do coração da garota e sinto minha mão começar a tremer, lembro de Tráx enfiando aquela espada em John. Em quem eu achei que fosse John, mas isto é diferente. Eu estou dando misericórdia há alguém.

            Seis, não esconda de John, vocês dois devem liderar juntos a Garde dessa vez e não separados como faziam. Não entendo o que Ella quer dizer com isso, gostaria de perguntar mais só que posso sentir o coração da garota começar a ser atingido pela pedra negra.

            A espada começa a entrar no coração dela. Ella não grita, parece até que está em paz com isso, minha lâmina começa a afundar mais no peito dela até que eu atravesso o coração, sinto que há uma parte dura já como se fosse uma rocha. A lâmina que ainda está visível brilha mais intensamente e depois noto que a pedra começa a quebrar e eu atravesso completamente. A garota dá um último grito suave e então fecha os olhos.

            As lágrimas descem desenfreadamente pelos meus olhos e sinto dois braços me envolverem. John, pela primeira vez eu deixo ele fazer isso na frente dos outros. Eu preciso desse abraço agora, preciso dessa força para o que acabei de fazer.

            O corpo da Ella do futuro começa a brilha de maneira estranha. Como se fosse envolvido por uma espécie de luz, John me puxa para me afastar do sofá. Adamus se afasta também. Observamos a pedra que envolve quase todo o corpo da garota agora começar a se quebrar e então ela de repente explode revelando o corpo verdadeiro da menina. Que garota linda a nossa Ella vai se tornar. Agora posso notar seus cabelos castanhos-avermelhados voarem com uma luz branca brilhante dando um aspecto quase ruivo neles. A garota está com uma pele tão branquinha e sem ferimentos que mal posso acreditar que estava numa guerra.

            Crayton para de chorar segurando a nossa Ella e olha admirado para sua Garde. Ele então entende que nada de ruim pode ter acontecido com a garota, que está com ele. Lágrimas estão não só no rosto dele, mas nos rostos de todos nós. Uma valorosa guerreira morreu, pelo menos sabemos que agora as pessoas na linha do tempo de Adamus estão em paz.

            Minha espada começa a brilhar novamente. E como ela fez com o metal dos mogadorianos ela faz com Ella, só que dessa vez é diferente. O corpo da garota começa a se dissolver numa poeira branca, de alguma forma eu sei que essa poeira começa a voar para Lorien. Para o lugar onde todos estarão orgulhosos da valorosa guerreira que ela é.

            Agora é a nossa vez de lutar, a nossa guerra está só começando.