1. Spirit Fanfics >
  2. O Sabor da Paixão >
  3. Alguns Segredos Precisam ser Revelados

História O Sabor da Paixão - Alguns Segredos Precisam ser Revelados


Escrita por: Pink_NewRumor

Notas do Autor


Aloha... mais um capítulo saindo do forno! HA

Capítulo 19 - Alguns Segredos Precisam ser Revelados


Fanfic / Fanfiction O Sabor da Paixão - Alguns Segredos Precisam ser Revelados

Alguns dias haviam se passado desde aquela ligação, Hanabi voltou a desaparecer, o que a preocupou. Hinata tinha o coração mole, realmente queria saber como sua irmã estava, e porque todo aquele mistério. Certo, ela tinha mesmo que "pisar em ovos", afinal,o que fez não foi brincadeira. Mas, porque aquela demora toda em voltar a ligar?

Naruto enfim tinha cessado o suspense, o que foi bom para a intreter, acabou ficando muito curiosa quando ele a convidou para ir a "um lugar especial" com ele. Onde seria?

Quando ele estacionou o carro em frente a uma casa, Hinata o olhou curiosa, achou que ele fosse apresentá-la para alguém. No entanto, Naruto desceu do veículo e abriu a porta para que ela o fizesse, sem dizer nenhuma palavra.

A casa não era exatamente nova, mas também não pareceu abandonada, talvez um pouco castigada pelo tempo, ou mal tratada por seus donos. Ainda sem nenhuma palavra, ele a conduziu para dentro. Ela se deixou guiar, o coração começou a bater tão depressa, mesmo sem sua dona saber o porque.

Quando enfim entraram, ele parou, ambas as mãos nos bolsos, olhou para a casa mal mobiliada com um olhar nostálgico. A Hyuuga o observava, intrigada, curiosa, quando enfim ele falou, sua voz saiu estranha.

— Eu morei aqui.

Aquelas foram as palavras dele, Hinata se aproximou, queria ouvir mais, mas não sabia quais perguntas fazer. Acabou fazendo o básico.

— Morou?

— Sim, você já sabe que sou daqui - ele deu um sorriso sem graça - morei aqui com meus pais até os meus quinze anos.

— Oh... - ela não soube muito bem o que devia dizer, pôde perceber o quão nostálgico ele estava - eu...

— Está vendo aquele quintal? - ele apontou para a parte traseira da casa, de onde via-se pela porta de vidro a área livre - Perdi a conta de quantas vezes brinquei ali com meu pai, ou quantas vezes passei por aquela porta para perguntar para a minha mãe se a comida estava pronta... - os olhos azuis se tornaram brilhantes, Naruto sentiu vontade de chorar, respirou fundo - eu paguei uma quantia muito grande nessa casa, e mesmo que ela esteja horrível, cada iene valeu a pena.

— É uma casa muito bonita, e está repleta de memórias boas e calorosas.. - ela segurou a mão dele - com certeza o dinheiro gasto valeu a pena.

— Venha.

Ele apertou de leve a mão de Hinata, fazendo com que ela o seguisse. Subiram a escada, e ela deu de cara com corredor extenso. Havia pelo menos 4 portas ali em cima. Caminharam juntos até uma delas, Naruto a abriu. Hinata se deparou com um quarto, nitidamente masculino.

— Esse era meu quarto... mas só as paredes são as mesmas, quem morou aqui, mexeu na casa inteira...

— Mas as memórias boas ficaram.

— Sim, ficaram - ele sorriu.

Rapidamente, Naruto a puxou, levando-a para o outro quarto. Parecia ter pressa, estava levemente empolgado, e ela sentia aquilo. Já no outro quarto, a Hyuuga se deparou com um cômodo amplo, banheiro, e uma sacada que dava para a frente da casa.

— Aqui era o quarto deles...

Ela olhou ao redor novamente, tentando buscar algo que a fizesse sentir os pais dele, mas não tinha como, aquela era apenas a casa em que moraram.

— Naruto, eu não sei muito bem o que dizer... - sussurrou envergonhada.

— Não diga nada - o Uzumaki se virou em sua direção - outro dia, você me disse coisas, me contou coisas, e quanto estivemos juntos, aquela noite magnifica - sorriu, vendo-a sorrir de volta - eu tive duas certezas. A primeira, era que queria compartilhar minhas memórias com você também...

— Fico feliz... - ela o interrompeu brevemente - continue.

— Como eu disse, minha história lembra muito a sua... eu os perdi em um acidente, no dia do meu aniversário  - ela pareceu chocada quando ele disse aquilo - está tudo bem... por um tempo, me culpei. Perturbei tanto meu pai com um jogo que tinha ganho, que achei que a culpa fosse minha, depois percebi que quando as coisas tem que acontecer, elas acontecem.

— Por isso me disse para não me culpar?...

— Com certeza... - ele respirou fundo - perdê-los foi... como perder o chão em que pisava, e o rumo da vida. Achei que não tinha mais lugar para mim em lugar algum... mas Jiraiya, ele cuidou de mim, me acolheu e me fez tornar o que sou... se tornou o pai que eu precisava.

Hinata o observou quase devanear nas memórias, então suspirou. Quando sua mãe se foi, seu pai foi crucial para ela, não  conseguia imaginar seu processo de adaptação sem ele, Hiashi esteve com ela a cada minuto depois do acidente.

— Quando a minha mãe se foi, meu pai me apoiou - começou - no entanto, eu ainda sentia falta dela. Imagino que se sinta só as vezes, mesmo que Jiraiya o tenha criado.

— Sim...

Ao ver a cara que ele fez, Hinata definitivamente se arrependeu de ter dito aquilo, viu olhos dele nitidamente ficando vermelhos.

— Eu sinto muito, sei que é difícil perder quem a gente ama - tocou com leveza o rosto dele - me desculpe. 

— Não se desculpe - ele colocou a mão sobre aquela que tocava seu rosto - Hinata...

Ela o olhou, estava bem diante dele. O sol do meio dia entrava pelas janelas, deixando os cabelos loiros dele ainda mais brilhosos. Hinata tocou seu rosto lentamente, seus dedos acariciaram seu maxilar.

— Diga - falou.

— Eu comprei essa casa, pensando sim nas minhas lembranças, quando passei por aqui e a vi, algo em mim se acendeu, eu a quis de volta - ele sorriu - Mas acima de tudo, a comprei pensando em você.

— Em mim?

Hinata sorriu, curiosa, seus olhos lilás cruzando com os dele de forma sutil e amorosa. O viu guiar sua mão até os próprios lábios, beijando-a levemente.

— Eu a trouxe aqui porque quis te mostrar o lugar onde quero viver com você.

— Viver?

No primeiro instante, ela realmente não entendeu, mas quando o viu mexer em seu bolso, arregalou os olhos.Naruto tirou a pequena caixa aveludada e a abriu devagar, revelando o anel prateado e com uma única pedra. Viu Hinata abrir seus lábios e fechá-los depressa, era óbvio que ficaria surpresa, e seu medo era ser rejeitado por ela já ter passado por aquilo uma vez.

— Você quer se casar comigo?

Ela o olhou atônita, fechou seus olhos devagar... Naruto simplesmente, sentiu medo.

As palavras dele lhe causaram um sentimento estranho, aquele pedido, a deixou feliz, muito feliz, mas também lhe deu medo. Pensou que já tinha falhado uma vez, tentou ponderar se queria tentar de novo.

Os olhos azuis curiosos esperavam por sua resposta. Naruto segurava a caixinha com o anel, viu seu rosto ficar corado e ele morder o próprio lábio, oscilando... ela se sentiu uma carrasca.

— Naruto...

— Você não quer não é? É cedo? Não gosta de mim o suficiente? Onde eu estava com a cabeça quando decidi te pegar de surpresa, sou um idiot...

— Eu quero.

Ela disse simplesmente. O loiro piscou os olhos algumas vezes, como se tentasse acreditar no que tinha ouvido.

— O quê?

— Eu quero - ela disse novamente - quero me casar com você.

Era verdade, fazia pouco tempo, mas... o amava. A cada dia que passava, tinha certeza, e ali, ela só tinha aumentado. Por mais que tivesse hesitado no começo, era Naruto quem estava diante dela... aquele que a respeitou e deu espaço, que se aproximou devagar e buscou sua confiança. Ele não era o outro, e ela com ele não era a mesma.

Sorriu, tocando seu rosto.

— Vai colocar esse anel no meu dedo, sim ou não?

Ele sorriu, mas ao invés de fazer o que ela disse, a agarrou, enlaçando sua cintura e tirando-a alguns centímetros do chão. Hinata deixou um gritinho de surpresa escapar, enquanto se segurava nele com medo de cair.

— Não sabe como estou feliz! - o Uzumaki disse aquilo antes de colocá-la no chão. Segurou novamente sua mão, e delicadamente, a beijou. Tendo o anel em mãos, o deslizou no dedo de Hinata - Obrigado por me aceitar.

— Obrigada por me pedir... - ela o abraçou carinhosamente pela cintura.

— Agora precisamos de uma data, um lugar, seu vestido, padre ou nakuodo? Primavera ou outono, ambos estão perto não é?

— Calma... - ela segurou o rosto dele - vamos ter tempo para tudo isso.

— Eu quero muito que chegue logo... - Naruto disse, envergonhado - quero te fazer feliz...

— Você já me faz feliz.

Hinata ficou nas pontas dos pés, e o beijou devagar, sentindo que ele a agarrou pela cintura para que ela não fizesse tanto esforço. Beijaram-se por alguns minutos, antes de se afastarem, mas ainda mantiveram o abraço amoroso.

— Agora, futura Senhora Uzumaki, vou lhe mostrar o restante da nossa casa.

Foi o que ele disse antes de caminhar com Hinata até o corredor.

 

~~X~~

 

Ela estava no banho, feliz, muito feliz. Pensava em para quem deveria contar primeiro, seu pai não é? E como ele reagiria? Foi tudo muito rápido, passou a confiar em Naruto de uma forma tão natural, que sequer perceber que andaram tão depressa..

Assim que terminou, foi até seu quarto, tomou seu anti depressivo. Não era algo que ela espalhasse por aí, mas, é um tratamento constante, ainda mais ela, que vivia em uma montanha russa. Sentou-se na beirada da cama enquanto pensava se deveria marcar uma consulta com o médico, não queria mais tomá-los. 

Foi quando o telefone tocou. A Hyuuga caminhou calmamente até a sala, e acendeu a luz antes de atender a ligação.

— Alô?

— Hinata...

A voz do outro lado da linha soou baixa como sempre. Hinata se sentou calmamente em seu sofá.

— Hanabi...

— Está ocupada? - ela fez uma pausa - Bom, da última vez você disse que queria me ver...

— Está em Konoha?

— Sim. Pensei que talvez nós pudéssemos nos encontrar...

— Onde você está agora?

— No café central - Hanabi hesitou - na esquina da quinze com a dezesseis.

Hinata imediatamente se levantou, já olhando para o relógio, eram quase dez da noite.

— Me espere, chego em menos de meia hora.

— Você tem certeza?

Ela ouviu um resquício de medo na voz da irmã, também estava apreensiva.

— Claro que tenho, me espere.

 

~~X~~

 

Chegou na elegante cafeteria, o local com mesas de base fincadas no chão, toldo verde, e janelas perfeitamente limpas, as paredes cor de pêssego, e atendentes sorridentes.

Olhou ao redor, e procurou por ela. O lugar estava cheio, era começo de inverno, todos queriam um café quentinho ou chocolate quente.

Continuou procurando por ela, até avistar a figura conhecida sentada em uma das mesas, sozinha, cabeça encostada na janela. Os cabelos lisos e castanhos estavam muito mais compridos, seus olhos lilás perdidos na vista que a janela lhe proporcionava. Quase três anos, e ela era praticamente a mesma.

Aproximou-se lentamente, a outra olhava desatenta para a janela, enquanto a xícara de café perdia seu calor sobre a mesa. 

— Hanabi? - a chamou baixinho.

— Hinata?

Com um susto momentâneo, a mais jovem se levantou.deu um sorriso, que apareceu e sumiu tão rápido que quase não pôde ser notado. 

— Posso me sentar? - a mais velha disse.

— Sim...

Ela o fez, e viu sua irmã fazer o mesmo. Olharam-se por algum tempo, os olhos perolados idênticos se encaravam. A garçonete se aproximou da mesa, e as duas pararam com aquela cerimônia.

— Desejam algo a mais? - a moça perguntou.

— Eu quero outro café, o meu esfriou - Hanabi falou.

— Também quero um café, forte e sem açúcar - Hinata cruzou as pernas.

A atendente fez um sinal positivo, e se afastou, levando consigo a xícara de Hanabi. As duas voltaram a se olhar.

— Eu sei que você me odeia - Hanabi quebrou o silêncio.

— Você não sabe de nada - respondeu secamente.

— Eu mereço isso...

— Sim, você merece - Hinata continuou.

— Fale tudo, não precisa se conter... eu sei que você me odeia, não só você, a família toda. Mas não estou reclamando, eu realmente fiz algo horrível, e que não merece perdão... eu mereço isso.

— Merece isso e eu diria que merece até mais - Hinata falou duramente - Mas não foi para isso que vim até aqui. - sua irmã não respondeu, então ela continuou - Eu já não me importo se você ficou com o Kiba. Eu já quis matar você, mas hoje, isso já não faz sentido.

— Você conheceu outra pessoa? - Hanabi perguntou, sem querer ser muito entrometida.

— Sim, conheci, mas não é só por isso... Na verdade, isso tem muito a ver, mas a decisão é pessoalmente minha. Não quero me prender à memórias sujas.

— Que bom... - ela sorriu acanhadamente - Eu sinto muito por ter tirado sua chance daquela vez. Mas afinal, acho que foi até bom...

— Porquê? - a outra perguntou perplexa.

— Espere, não é como se eu ficasse feliz em tirá-lo de você. O Kiba não é tudo isso Hinata, ele... é um ridículo - Hanabi abaixou cabeça.

— Como assim? - Hinata foi um pouco para frente - Você fugiu com ele, e descobriu que ele não era o príncipe encantado que mostrava? Sabe quantas vezes nós brigamos?

— Eu sei... - Hanabi voltou a olhar para ela - Ele não presta Hinata, aquele Kiba que você conheceu, não chega nem perto do que eu conheci.

Hinata encarou a irmã, nos olhos de Hanabi, ela viu algo indecifrável... Seria medo?


Notas Finais


E agora, o que vocês acham que realmente aconteceu entre Hanabi e Kiba?
Até semana que vem muahahaha


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...