O primeiro da fila era Katsuki, olhava o homem com sua costumeira cara amarrada, mas André não parecia se incomodar.
- Saindo com os amigos, num dia tão bonito, seria muito pedir que você desse um simples sorriso?
- Para de falar desse jeito e só me dá a porra do sorvete logo! – xingou, já irritado.
- Não precisa ficar irritado, muitos menos falar palavrão, já farei um sorvete, para este pequeno limão. Juro que este sabor, irá adocicar seu coração. – André pegou uma casquinha e uma colher, abrindo uma das tampas de seu carrinho para pegar a sobremesa gelada, enquanto fazia poesia.
Ele se sentia tão frágil,
Como se fosse o pior.
E mudou completamente,
Para se tornar o melhor.
Com cobertura e granulados coloridos,
Certificou-se de que nunca mais será destruído.
Sua essência, contudo, continua do mesmo jeito.
Mas não é ruim, ou insuficiente, na verdade é perfeito.
Você sabe, meu jovem, quem é esse sujeito?
Quando terminou, estendeu a casquinha ao loiro, que o encarou confuso, depois o sorvete. Katsuki desconfiadamente estendeu a mão para pega-lá. André cobriu o sorvete com chocolate derretido, que endureciam em contato com a superfície gelada do doce. Além disso, confetes coloridos e pequenas bolinhas marrom e brancas enfeitavam de uma forma exagerada. Com certa dificuldade, mordeu a casca crocante de chocolate, sendo surpreendido pela visão vermelho vivo do sorvete de morango cremoso que estava escondido ali. Uma pessoa surgiu em sua mente e ele sacudiu a cabeça para espantar aquela imagem, sem sucesso. Encarou o homem mais uma vez que parecia poder ler seus pensamentos e então saiu da frente, em silêncio, ainda tentando entender o que havia acabado de acontecer.
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