História O Sabor Do Nosso Amor: Romance Na Cidade Que Nunca Dorme - Mais Do Que Um Jantar.

                             [ 19:01 ]

As ruas de Nova York eram incríveis de se admirar, mas, ainda sim eu sentia saudade das ruas da minha terra natal. Tudo no caso. Mas as pessoas realmente eram agradáveis, o tempo, as casas, enfim! Tanto que nem parecia que eu estava cansada do trabalho e que já havia acabado tal. As minhas mãos seguravam delicadamente as alças da minha mochila, meus pés se movimentavam lentamente enquanto o vento fazia questão de bagunçar meus fios. Eu nem me importava, era bom demais para eu me preocupar com essa loucura de deixar o cabelo lindo ou não. Caminhando por uma rua que ainda ficava no bairro do meu trabalho, um cheiro gostoso parou o meu trajeto. Era uma cafeteria simples que eu nunca havia reparado ali. Os tons clássicos era o preto e o branco, poucas folhagens e muito vidro. Meus olhos passearam da plaquinha escrita “Open” para a grande placa que ficava a logomarca e o nome da cafeteria. O desenho de uma xícara e o nome “New York Coffe's”.

— Concorrência?

Me virei em um susto quando ouvi a voz de Jin ecoar logo atrás de mim, ele que estava dentro da sua Lamborghini Aventador branca. O mesmo ergueu seu óculos de sol e o deixou em cima da sua cabeça, enquanto em sua boca tinha um lindo sorriso. Só aí percebi os olhares curiosos que estavam nos encarando, o que me incomodou violentamente.

— Que isso! - Sorri - Nem comecei nada.

— Mas pode ter. Já consegui até o número da ex do meu tio.

— Como?

— Já esqueceu, Cameron? - Ele riu - Sobre ela vender imóveis e blá blá blá…

— Ah, sim, sim, sim! Lembrei! - Sorri.

— Então, só dou o número dela se sair comigo hoje.

— Ma… H-Hoje? Em plena terça-feira?

— E o que tem? Vai recusar?

— Aish, você me coloca em cada emboscada. - Revirei os olhos e cruzei os braços - Pode passar mais tarde lá em casa?

— Ahn… - Jin olhou seu relógio vermelho, chamativo para um caral… - Às oito e meia, acho que dá tempo da gente se arrumar, não é?

— Por mim tudo bem.

— Quer uma carona?

— Hum… Tudo bem, se não for incomodo.

                            […]

Lá do lado de fora da janela era possível ver um céu azul, com nuvens espalhadas quase difíceis de ver. O frio da noite já estava pelo ar, até mesmo dentro da minha casinha. Nada que me faça desanimar para esta noite! Eu não sabia o porquê, mas algo dentro de mim estava inquieto, como se quisesse sair do meu corpo. Não uma coisa ruim, muito pelo contrário! Algo tão bom que me fazia sorri a cada minuto, sozinha. Bom, e lá estava eu sorrindo de novo, dessa vez em frente ao espelho. Olhei o meu cabelo que estava solto e bem penteado, no rosto eu havia feito apenas um delineado, blush, iluminador e um lip tint. No corpo, havia uma cropped tomara que caia branca, juntamente com uma calça jeans clara de cós alto, com rasgos nas coxas e nos joelhos. Os pés tinha o sapatênis branco que comprei com Lisa, junto vinha a pequena jaqueta jeans vermelha que estava por cima da cropped. Bom, os pequenos detalhes era apenas uma pulseira que eu guardava, meus brincos pequenos e o meu perfume. Claro! Sorri em satisfação mais uma vez e arregalei meus olhos quando ouvi a buzina de um carro fazer barulho do lado de fora. Peguei meu celular e as chaves da casa, fechei rapidamente as janelas e abri a porta, mas antes de sair, conferi o botijão de gás. Olhei ao redor para ter certeza se estava tudo certo, e sorri ao comprovar que sim. Tranquei a porta e paralisei ao me virar rapidamente e acabar acertando o corpo do motorista que estava ali. O mesmo na noite em que tive meu primeiro jantar com Jin.

— Ah, oi! - Sorri.

— Boa noite, senhorita Cameron. - Ele sorriu e abriu a porta - O senhor Kim pediu que eu colocasse em você. - Ele tirou um tapa olhos preto, e ergueu um pouco.

— Ahn… É realmente necessário? - Olhei para ele e o vi assentir.

Até então eu não havia percebido seus traços, e o quão bonito ele era. Alto, pele morena, olhos negros, lábios carnudos e a cabeça com poucos fios, mas ainda sim era limdo. Sem contar o piercing que tinha em um de seus ouvidos!

— Tudo bem, então. - Concordei e deixei ele colocar delicadamente aquele tapa olhos em mim, e a agonia logo começou me corroer. Apoiei minha mão na porta e sentei no banco, o motorista logo fechou a porta e eu me acomodei muito bem ali dentro.

O moreno entrou no carro em silêncio, e deu partida. Jin não havia me falado aonde ia ser o bendito jantar, de novo. A ansiedade estava me deixando louca, o coração acelerado, as pernas bambas, o corpo suando frio. Céus, que eu não esteja entrando em uma armadilha!

A velha desconfiança…

                   [ 20:47 ]

Minutos dolorosos se passaram e eu ouvi e senti o carro parar. O trajeto foi todo em silêncio, eu tive que me controlar no meio do caminho porque se não eu poderia ter tido um troço. O que seria completamente tosco num encontro. Ouvi a porta do motorista ser aberta, e eu fiquei bem calma esperando o rapaz abrir a porta para mim. O que logo se foi feito, e com a ajuda dele eu consegui sair do carro. Uma de sua mão estava em meu braço esquerdo e a outra mão segurando a minha mão direita.

— Pode ficar calma, já chegamos no seu encontro. - O sussurro de uma voz rouca, o que com certeza era do motorista, foi deixado perto do meu ouvido.

Como se já não bastasse o frio da noite, aquele sussurro foi mais um motivo para eu me arrepiar dos pés a cabeça. Logo começamos a caminhar numa espécie de madeira, franzi o cenho quando comecei a ouvir barulho de água. Para ser mais resumida, barulho do mar. Sorri ao imaginar que o jantar seria o clássico à beira mar, mas já desisti da idéia quando senti eu meus pés tocaram outro tipo de material. E tal ato fez que “a coisa” onde estávamos dar uma balançada vagarosa. As mãos geladas do motorista foram se soltando de mim em silêncio, eu fiquei parada sem saber o que fazer. Até eu senti minha mão tocar um peitoral. Em silêncio eu fui subindo as minhas mãos e deslizando-as pelo rosto do indivíduo, mas eu já sabia quem era. Aquela boca macia que já tocou tanto a minha não me enganava. Confiante de quem eu desconfiava, ergui um pouco meus pés e deixei um leve selinho na boca dele, isso tudo ainda com o tapa olhos em mim.

— Como soube que era eu? - Ele falou enquanto tirava o tapa olhos.

— Primeiro que essa boca não me engana. - Sorri enquanto arrumava meu cabelo. Logo foi ele a sorrir.

— Viu onde vamos jantar essa noite?

Não falei nada, apenas olhei ao redor e fiquei boquiaberta. Estávamos em um…

— Iate?

— Não é qualquer Iate, né? - Jin segurou minha mão e foi me levando até a frente do Iate. Com os olhos arregalados, e com as mãos na boca, eu vi todo o preparo do lindo jantar.

Uma mesa coberta por um pano branco, com o vaso de rosa em cima e as cadeiras em volta. Tinha lampiões charmosos junto com as pétalas espalhadas pelo chão, deixando limpo apenas um caminho para ir até a mesa.

— Gostou?

— Tá brincando?! - Olhei para e ele e sorri - Céus! Isso é completamente lindo! Wow!

Foi aí que a coisa ficou ainda melhor, o Iate começou a se movimentar lentamente. O que era impressionante já que o mesmo não balançava muito, então não nos causaria muito enjôo.

— Tem uma coisa que eu não te falei.

— O quê?

Jin caminhou até a mim e me segurou pela cintura, mantendo um intenso contato visual. Relaxei todos os meus músculos e deixei minhas mãos em seus ombros, me deixando levar pela sua beleza encantadora.

— Você está linda.

— Eu sei. - Rimos - Você também está incrível. - Passei meus dedos pelo seu ouvido e cabelo - Obrigada por tudo. - Sorri.

Sem dizer nada, Jin se inclinou e inciou um delicioso beijo. Ali, eu nem se quer lembrava meu nome, aonde estávamos, o maníaco me perseguindo, da Ryunjin e nem de trabalho. Jin me desligava do mundo, me desligava de todo o estresse e sufoco do mundo. Jin me faz bem, me faz sorri só ao lembrar de seu nome. Com ele eu me sinto protegida, e isso é tão inesplicável!

— Eu… Tenho uma surpresa para você.

— Senhor, outra?

— Outra. - Beijou minha testa - Só estou com medo de você recusar.

— Bobinho. - Segurei seu queixo - Não precisa ter medo, relaxa!

— Então vamos jantar? - Ele puxou a cadeira para que eu me senta-se e assim eu fiz sem tardar - Lennon!

— Ao seu dispor, senhor. - Um homem alto, magro e bem formal apareceu em minha vista. Sua postura era tão ereta e rígida que até mesmo me lembrava Emma.

— Pode trazer as comidas, por favor.

— Como quiser. Boa noite, moça. - Antes de se virar, ele se curvou minimamente para mim. Eu sorri e acenei timidamente, não sei. Até mesmo um funcionário do Jin me deixava intimidada.

Jin se virou e sentou na cadeira que estava logo em minha frente, e sorriu.

                            […]

Já havíamos comida a comida de entrada, a janta, e a sobremesa. Agora nós estávamos a bebericar um pouco do vinho gostoso que tinha em nossa disposição, enquanto ríamos descontroladamente nos lembrando da era de crianças.

— Mas agora é sério. - Jin limpou sua garganta e me olhou. Enquanto eu dava mais um gole do vinho e deixava a taça na mesa, ele se levantou e parou do meu lado.

— O que você tá fazendo, doido? - Perguntei analisando seus atos.

— Cameron… - Jin se ajoelhou e tirou de dentro do seu paletó uma caixinha vermelha aveludada, trouxe para perto do meu corpo e a abriu - Aceita namorar comigo?

Oh. Meu. Deus…

…