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História O Sacrifício Haruno - Cada Um Tem Seu Milagre


Escrita por: JulyFray

Capítulo 62 - Cada Um Tem Seu Milagre


Fanfic / Fanfiction O Sacrifício Haruno - Cada Um Tem Seu Milagre

Então baby não vá,

Me leve para um lugar que terá você,

Onde nós estaremos juntos por toda a eternidade,

Vamos voar para o centro do mundo juntos,

( EXO - Don`t Go)

 

- Sasuke você tem que solta-la - Sua voz era hesitante,quase suplicante - Irmão o coração dela não bate mais, cada célula se desintegrou no sistema , o rosto dela não voltará a corar, ela está congelada e muito pálida...

- Vou levar ela pra casa - Disse com a voz abafada contra seu rosto, balançando inconscientemente apertando-a contra mim - Ela... Ela vai ficar bem.

- Você recitou o ato de sacrifício e agora...  Precisamos enterra-la. Sasuke por favor... 

- Ela não tirou o colar - Repeti para parar as vozes na minha cabeça. Elas diziam que meu amor havia partido mas não era verdade.Ela estava aqui aninhada ao meu peito, no único lugar onde era seguro, onde podia protege-la - Ela... Ela prometeu que ficaria comigo para sempre

- Eu sei que dói mas... É preciso... - Itachi estava puxando meu braço tentando nós afastar em vão, o toque me dava repulsa. De repente ele não era mais gentil - Sasuke Sakura está morta!

- Me deixa em paz! Se afaste de nós! - Gritei a plenos pulmões fazendo o ar a nossa volta se agitar como pragas. Minhas presas surgiram arranhando minha boca - Não diga o nome dela!

Eu não ia escutar o que ele dizia, não queria escutar! Se ela não estava mais em espírito comigo então que pelo menos me deixassem ficar com o corpo. Havia uma adaga imaginária contra o meu peito, que atravessa do corpo dela ao meu, uma de verdade não traria o mesmo efeito da dor que eu estava sentindo naquele momento. Olhos sangrando por sharingan, maldições do ódio por algo...Nada disso se comparava a isso.Nada!

O tempo era frio.Uma camada glacial se criava acima de nós, ou talvez fosse somente o meu coração afundando dentro do meu corpo destruído pela partida dela, tinha consciência do meu rosto grudando contra o dela cada vez mais por conta das lágrimas secas, apurava os meus ouvidos procurando sinal de algum batimento ou corrente sanguínea viva mas tudo era... Parado.Havia um só ali, não adiantava me enganar, estava respirando sozinho e pressionando dedos que não pressionavam de volta, enlaçando um corpo que era vazio sem uma alma.

- Sasuke... Deixe-a ir - Aquela voz se destacou em meio as outras suicidas.

Ergui os olhos para frente.

Naruto estava parado no topo das escadas ao lado de Itachi. Os dois compartilhavam do mesmo olhar de pêsame e assombro.O que eles achavam?Eu não era louco!Eu somente estava segurando meu mundo em meus braços, implorando para que a terra me engolisse para as profundezas do inferno.

Como uma ameaça todos eles se aproximaram formando uma roda em volta de nós. Eu reconhecia seus rostos cansados e suas roupas de guerra manchadas com sangue vermelho e violeta; Ino, Sai, Kakashi, Hinata, Anko. O olhar deles não era diferente, mas em sinal de respeito suas cabeças se curvaram diante dela, de soslaio vi o resto do círculo mantendo cerca distância, mas o suficiente para ouvir seus murmúrios e olhares curiosos ultrapassando acima dos ombros da minha família. Bando de hipócritas! A culpa era deles! Eu nunca os perdoaria!

Surpreendentemente alguém teve coragem para dar alguns passos na nossa direção. Com certeza não tinha medo de morrer.

- Olhe só para ela... - Anko disse se ajoelhando-se na minha frente perto demais para ataca-la , eu grunhiria para ele se não estivesse tão confuso com sua atitude - Parece até uma bela adormecida  - Anko esticou o braço passando a mão de uma maneira maternal pelos cabelos de Sakura, seus olhos tom de bege eram quase lacrimejados agora, como se estivesse a ponto de chorar por uma filha.

Ela nunca havia agido assim, tão... Como uma mãe. Nenhum de nós admitiu uma única vez na vida, mas Anko cuidou de nós - do jeito torto dela- mas cuidou. Como se tivéssemos vindo do ventre dela, eramos agradecidos silenciosamente e eu principalmente agora;Mebuki não estava ali para sentir pesar pela morte da primogenita... Mas Anko estava.Era o suficiente.

A mulher de cabelos pretos se curvou para perto de mim olhando-me dentro dos olhos.

- Vamos crema-la - Ela sussurrou em uma voz convicta - Bem aqui. De baixo do pé de cerejeira.

Com minha paranoia apertei Sakura ainda mais como se fosse tira-la dos meus braços.

- Não quero que ela descanse em um lugar onde a morte faz morada - Balancei a cabeça em negação - Aqui só há sombras e silêncio, longe de qualquer vida...

- É mesmo? - Anko deu um curto sorriso tentando passar confiança - Ah isso não é verdade. Veja com seus próprios olhos.

O que tinha pra ver? Não importava. O que quer que ela me mostrasse seria preto e branco através das minhas pupilas, com escalas cinzas para mim dançando entre eles nos momentos de dor menor; meu mundo seria assim sem Sakura. Até o dia em que pudesse me juntar a Sakura.

Porém eu não podia negar o cheiro de ar fresco que invadia minhas narinas; era muito doce e suave como uma brisa de verão, era algo além disso, era o cheiro que eu sentia desde que pus meus olhos sobre ela deitada naquele berço. Cheiro de Sakura. Atraiu minha atenção,ali estendendo-se para cima dos degraus de mármore, a árvore de cerejeira estava se recriando em sua forma mais bela na qual eu jamais tinha visto em nenhum sacrifício.

Flores roseadas nasciam vastamente pelos galhos de cor marrom escura deixando todo a vista roseada com a sensação de estar encarando a porta do paraíso. A poesia ressonou na minha mente.

" O verde é só uma fachada, o rosa misturado com vermelho dá uma cor macabra.

Coisas se reúnem a noite, e uma vida ressurge na alvorada.

Mas a única coisa constante é a lindo pé de Sakura"

O céu se estendeu em uma mistura azul e laranjada anunciando a manhã de 29 de Março por cima da clareira, com nuvens brancas se formando por ele, o ar veio levemente bagunçando as mechas que caiam por meu rosto. O sol resplandeceu amarelo de repente queimando meus olhos por segundos e então foi como um colírio limpando minha visão embaçada.Finalmente luz. Eternamente.

- Mas como...? - Disse para mim mesmo. Pasmo.

- Cada um tem o seu milagre - Anko respondeu sorridente pegando uma flor que caia no ar. Ela pegou-a na palma da mão colocando dentro do bolso do meu casaco - E Sakura foi o seu. Ela te trouxe de volta para casa, te tirou dos confins da escuridão e preencheu a sua existência vazia.

Como se não tivesse dirigido um discurso sentimental a mim,ela se ergueu voltando a sua postura ditadora.O sobretudo voando para trás.

- Esta noite pessoas morreram. Tanto humanos quanto vampiros - Anko disse pondo-se de frente para todos os presentes como uma verdadeira líder  - Na verdade o que nos diferencia uns dos outros? - Ela soou resignada de repente - Nos experimentamos a perda, a dor, o amor e embora sejamos imortais a morte também nos persegue  premeditadamente de dezessete em dezessete luas de sangue - Ela virou o rosto para mim - Agora não mais irmãos. O sacrifício Haruno acabou. Para Sempre.

Fechei os olhos esperando ouvir gritos de comemoração e aplausos da parte deles, mas não aconteceu como ocorrido; é claro que foram ouvi um arfar de suspiros aliviados pelas fileiras de vampiros porém eles não ousariam mexer com a minha dor sabendo o que acontecia com o protetor logo depois. Invadi seus pensamentos e eles diziam que era como se livrar se algemas, a liberdade era inexplicável.

- Não sei o que aconteceu aqui e espero que Sasuke nos esclareça em breve - Então ele sorriu - Lá no fundo sabemos que nossa guerra por um lugar ao sol acabou. Definitivamente. Sakura Haruno é a prova de que não devemos parar de lutar jamais! E em nome dela  devemos retornar a Konoha e achar a cura para aqueles humanos que foram lesados pelas loucuras de Orochimaru. Eu conto com vocês.Não esqueceremos dos que morreram aqui essa noite.

Toquei a flor de botão que estava em minha roupa.Acho que no final não haviam diferenças entre uma flor de cerejeira e Sakura, as duas nasciam em meio aos caos que eram o inverno anunciando que um tempo de paz estava a caminho - uma primavera se aproximava nesse instante - significavam esperança e renovação, eram suaves e de uma vida muito curta. Porém uma vida curta, mas feliz e intensa.

- Adeus Sakura - Eu disse uma última vez.

                                                                       (-)

 

Olhei o céu.

Tão límpido e azul como no primeiro dia em que Sakura retornou á Konoha.

Me lembro de ter acordado naquela manhã me sentindo diferente; no meu coração  algo dizia que um fato surpreendente iria acontecer. E aconteceu! Naruto me gritou e Hinata parou na minha frente segurando-me pelo ombros, o byakugan profetizando com suas veias dilatando nos olhos sussurrando palavras chaves do futuro.

" Sakura está voltando" os lábios pálidos sussurraram.

Deixei que todas as barreiras de tristeza fossem varridas da minha alma, dando lugar a uma felicidade contida que não tomava conta do meu ser por muito tempo.Mas minha razão de viver morreu junto com ela.

Eu era uma casca vazia, uma alma sem valor - se é que algum dia tive uma - Eu Sasuke Uchiha era descartável, assim como minha rosada. Nossa missão tinha sido cumprida, não precisavam mais de nós. Não aqui.Talvez existisse vida depois dessa daqui, e se eu fosse merecedor de algum paraíso iria encontra-la do outro lado.

Então adeus mundo!Eu vivi tudo o que deveria viver, fiz coisas ruins e coisas boas e a principal deles foi conhecer aquela garota.

Era uma passagem sem volta. A água era azul escuro assim como minhas roupas, os corvos rodeavam no horizonte esperando a nova presa que estava a caminho e a mesma catana que perfurou o coração de Sakura estava nas minhas mãos. E dessa fez não tremia,estava fixo em meus dedos como nunca antes.

 " - E em quanto a você Sasuke? - Sakura disse erguendo o rosto,quebrando o silêncio que se estendia entre nós - O que vai fazer no dia seguinte e não me ver mais?

Engoli em seco, uma bile subindo por minha garganta, droga! Eu odiava esses sentimentos.

Todos em relação a Sakura.Suspirei derrotado pegando sua mão e entrelaçando nossos dedos.

- Não há mundo pra mim sem você Sakura - Eu disse encostando nossas testas - Eu vou com você. Mesmo que seja para além dessa vida.

- Então...

- Quando você partir,eu também partirei.Vamos fazer isso juntos.

Sakura mordeu o lábio.

- O que está pensando? - Perguntei segurando seu queixo.

-E pergunta é no que você está pensando - Ela disse serenamente - Não gostaria de ver mais coisas lá fora além dessas arvores? Não deseja conhecer outras pessoas, culturas ou povos? Esse mundo é grande e não conseguimos dar a volta ao mundo como queríamos.Eu só pensei que...

Ela se parou, seu suspiro foi longo e seus ombros caíram derrotados.

- Pensou o que Sakura?Me diga!

- Eu acho que todo nós deveríamos pelo menos uma vez na vida experimentar de todas as coisas que existem neste mundo - Seus dedos tocaram meu rosto olhando no fundo dos meus olhos - Um espírito livre. Esse é o significado de tudo.Então se nós tivéssemos mais tempo eu colocaria uma mochila nas costas e passaria por cada caminho que há - Ela sorriu - Esse é o meu último desejo. Seja livre Sasuke-kun, aprenda a viver sem mim ".

- Não era isso que ela ia querer - Sussurrei para mim mesmo e de certo modo para as aves que grunhiam ao longe impacientes pela minha demora. O vento uivou nos meus ouvidos - Ela gostaria que expandíssemos os laços e continuássemos nossas vidas.Que não deixássemos a morte nos vencer.

Soltei a faca no ar. A mesma banhada com o sangue dela.

Assisti enquanto a peça afundava no mar caindo nas profundezas do oceano, o último brilho prateado reluziu antes das ondas  engolirem o traço da lâmina, o sangue dela seria levado para longe nos lugares mais distantes da Terra.

- Foi como você quis Sakura - Falei segurando o colar dela por de baixo da camiseta, a corrente queimava contra meu peito como um segundo coração - Fizemos uma viagem pelo mundo novamente pequena.

- TEME! - Uma voz ecoou pela montanha criando um efeito dominó. Eu juro que o som estridente de Naruto fez algumas pedras rolaram abaixo como terremoto.

Uma cabeleira amarela surgiu como um flash dentro do espaço levantando poeria e cascalhos no precipício, tossi pelo ar poluído abanando as mãos.Mas que merda era essa?!O idiota se projetou na minha frente com seu conhecido rosto com bigodes empapado de suor e a língua para fora que nem um cachorro.Naruto colocou uma mão sobre meu ombro a qual eu empurrei pra lá não entendendo nada.

- Teme!!!!! Espera! Saí do precipício cara você é muito jovem pra morrer! 

- O que?!

- Você não vai sucumbir ao ódio. Eu não vou deixar! Nem que eu te amarre você não vai! - Ele apontou um dedo na minha cara empurrando minha testa com um peteleco - Você é meu amigo!

- Naruto!

- SASUKE!Você que me deixar doido?!Isso não tem graça!O que vai fazer tu ficar?!É o Sai não é?! - Bufei.Ele não iria parar tão cedo - A gente se livra dele cara,mandamos de volta pra ANBU!Somos só eu e você como nos velhos tempos! Mas vai ter que contar pra Ino - Naruto arregalou os olhos azuis para mim - Porque você tá rindo?

Não havia como não achar graça. Naruto estava tentando salvar um suicida e era isso que ele diria? Meu Deus que tipo de pessoa é ele?

- Só na minha morte você propõe se livrar do Sai não é mesmo? - Dei um tapa nas costas dele - Dobe?

- Eu não estou entendendo - Disse pasmo erguendo os dedos para repuxar os cabelos. As marcas da guerra ainda eram evidentes em sua pele, os diurnos o arranharam bastante.

Revirei os olhos andando entre os pedregulhos, se eu me apressasse ainda poderia chegar lá antes do sol se por. Eles poderiam nos deixa passar pela barreira de proteção.

- Quer ir comigo a Suna? - Dei uma piscadela por cima dos ombros, Naruto ainda petrificado no lugar balançou a cabeça.

- Fazer o que na aldeia da areia? - Disse confuso.

- Ah eu quero visistar alguém especial - Respondi colocando as mãos no bolso distraidamente. 

                                                                                    (-)

 

- Sinta-se a vontade senhor Sasuke - Sama. AI! - A garota de cabelo cor de mel bateu contra a mesinha de centro emendando uma careta de dor - Eu to bem!

Eu e Naruto trocamos um olhar que dizia mais do que mil palavras. Comunicação entre melhores amigos nunca é uma boa combinação.

" Não ria, não ria" - Dobe pensava com os lábios apertados segurando a gargalhada estridente, suas bochechas estavam muito rosas.

" Não me faça pagar mico ou eu te esgano! " Pensei em resposta.

" Cara eu não vou conseguir! Sabe que não aguento ver uma situação engraçada "

Ele iria soltar o ar quando dei uma cotovelada em sua barriga antes que fizesse a merda. Naruto tossiu fortemente colocando a mão no estômago revirando-se no sofá por cima das almofadas bem organizadas.Kayla nos lançou uma expressão estranha como se fôssemos loucos.

Pigarreei mudando minha postura.

Estávamos sentados em uma sala bem iluminada com paredes brancas e moveis xadrez, era um apartamento bem moderno para vila da areia e o ar condicionado ficava pelo menos ligado no máximo para manter a beleza dos vasos de flores que haviam espalhados por ali. A situação financeira dos Wada era favorável, o pai delas era um dos representantes do conselho e braço direito do Kazekage.

- Obrigado pelo chá de cidreira Kayla estava muito bom - Estendi a xícara de porcelana que estava na minha mão fazendo uma reverência - Mas então... Você é irmã dela? 

A menininha deu um riso nervoso. Ela não deveria ter mais do que doze anos, usava Marias chiquinhas e nenhum sinal de vampirismo  surgira em suas feições ainda, ele ainda teria muito tempo como humana. Não pude deixar de notar que ela corava todas as vezes que olhava pra ela. O que podia fazer? Não era minha culpa ser tão bonito! 

- Sou seis anos mais nova - Respondeu abaixando o rosto para os pés - Ela vai ficar muito surpresa de te ver aqui, não acreditávamos que você realmente viria. Sabe, a essa hora era pra você estar morto.

- Ai caramba! - Naruto pós a mão no peito como se tivesse sido baleado - Descrição não é muito o forte dela.

- Ah Deus eu sinto muito! Eu não queria dizer isso! Quer dizer...  Vocês sacrificadores são conhecidos por se matarem logo depois... - Kayla estava com as mãos estendidas no ar tentando reverter o que falou.

- Tudo bem Kayla - Tranquilizei com um sorriso - É melhor sempre dizer a verdade.

- Sasuke... Uchiha? - A voz dela surgiu na conversa.

Ela estava parada no batente da porta. E eu não esperava essa reação da minha parte, mas fiquei surpreso por vê-la.

A garota possuía cabelos castanhos escuros que desciam até a metade de seus ombros, seus traços eram bem definidos com olhos  também castanhos amêndoas e pele clara demais para uma jovem da areia. Devia ser mais alta e magra do que Sakura,  não mostrava ser frágil. Isso deduzia por seu queixo apertado e boca semicerrada.

" Essa garota vai me dar trabalho " Pensei já exausto " Ela é totalmente diferente"

Mas seu cheiro... 

Era como de uma flor também.

Dente de leão. Uma típica planta do deserto de cheiro cítrico e forte, combinava com ela.

- Yukata Wada - Me levantei estendendo a mão - É um prazer conhece-la.

 

                                                                              (-)

 

- Então você quer um casamento? - Yukata disse assim que chegamos ao jardim artificial no fundo de sua casa.

Ela se mostrou bem diferente da primeira impressão que tive dela. Era educada e se reviria a mim com " sama", se mostrou inteligente e parecia saber todas as regras e políticas do círculo secreto, era bem segura na hora de falar e tinha uma estranha mania de resmungar " maldição " todas as vezes que errava em uma frase.

Bonita? Certo.

Tagarela? Confirma.

Vampira? Confirma.

Shannaro? Não! É " maldição ! ".

Suspirei pesado encostando a cabeça contra o tronco da uma árvore que havia ali.

- Preciso restaurar meu clã - Afirmei chutando um pedaço de cascalho no chão para evitar o olhar dela - É claro que existem muitas garotas atrás de mim mas você é.... A melhor opção.

- Melhor opção? - Ela questionou erguendo uma sobrancelha.

- É sabe. Você é... Bonita - Quase engasguei ao falar. Eu não estava acostumado a dizer isso pra outra pessoa a não ser...  Ela - Não é da Folha, mas é a mais próxima de nós. Dizem que você é forte e muito independente. É perfeito.

- Sasuke-sama com todo respeito eu não sou uma opção perfeita pra ninguém! - Ela cruzou os braços sobre sua blusa cinza - Quer dizer olha só pra mim! Como posso me casar com um Uchiha?! Ainda mais sem conhece-lo?

- Por isso começamos do zero - Levantei o dedo no ar para para-la. Sim, ela era bem tagarela - Quer ir à um encontro?

Yukata escancarou a boca.

- Um... Encontro? 

Sorri.

- O melhor jeito de conhecer a pessoa é se encontrando com ela - Falei suavizando minha voz para persuadi-la - O que me diz?

Yukata ficou me encarando por um bom tempo. Devia me acostumar com esses olhos que não eram verdes, sempre imaginei Uchihas de olhos claros como de uma árvore de verão, mas pelo jeito seriam uma mistura de brilho e calor do deserto. Uma linhagem forte.

- Eu aceito - Ela falou por fim dando-me finalmente um sorriso em retribuição.

- Esse será um belo começo Yukata - Toquei a mão dela seguido de um beijo em sua bochecha - Vou te ver em breve e obrigado.

Dizem que na aldeia da areia somente as flores mais fortes sobrevivem ao sol escaldante.Bom, se isso é verdade veremos se uma flor do deserto sobrevive fora de seu habitat t natural.

Talvez o fim não signifique o fim de tudo. 

 

                                                                                 (-) 

 

- Refira-se a mim direito filha do pacto de cerejeiras - Ela levantou a voz olhando-me de maneira severa.

Todas viraram os olhos para mim esperando uma resposta. 

E essa deveria ser correta ou então... Eu tinha a leve impressão de que iria morrer.

De novo.

- Princesa de Konohana Sakuya Hime - Minha voz soou firme pelos espectros de uma maneira que ficou a altura dela - Agora princesa teremos a eternidade pra você me contar quem é Indra.

 



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