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História O segredo das dívidas passadas - CAP. 1


Escrita por: Fenrir-sama

Notas do Autor


Capítulo de apresentação

Capítulo 1 - CAP. 1


Fanfic / Fanfiction O segredo das dívidas passadas - CAP. 1

Aquele dia estava sombrio, chovia pouco, a chuva caia devagar na janela, como se as lagrimas das deusas estivessem a cair pela minha perda. Eu via as charretes paradas a porta de minha casa. Meu Tio Mephist veio, nunca imaginei que ele se importava, nos doze anos que morei com meu avô só o vi uma vez, nem para o enterro do próprio pai que aconteceu horas atrás. O mais engraçado que ele não parecia mais velho. Tinha a mesma aparência de quatro anos atrás. Mesmo que as carroças sempre continuassem a chegar, “eles” não estavam lá, não imaginei que estariam...
- Odheti, venha para baixo, todos que viriam já estão aqui. – Disse minha tia Lyra. – Sei que você estava esperando por eles, mais eles não vão vir esta noite.
- Certo tia, já vou descer. – Sei que ela não gosta de mim, nenhum deles gosta.
- Não demore. – Feixa a porta, posso ouvir ela reclamar ao descer as escadas.
Me levando da cadeira de balanço velha que eu estava sentada. Meu vestido é azul, tenho um laço em meu pescoço, e uso a única joia que possuo, um anel de ouro com uma pedra de rubi vermelha, o vovô me deu quando completei meus 16 anos. Ele me disse que quando eu me sentisse só olhasse para ela e ele sempre estaria comigo. É engraçado pensar nisso agora, a final ele não está mais aqui. Ele não cabe no meu dedo direito, o retiro e coloco sobre minha mesa de cabeceira. Caminho devagar até a porta, olho minha cama que não está arrumada, olho para meu guarda roupas e meus vestidos, ao tocar na maçaneta da porta, nunca havia sentido ela tão fria... abro a porta e saio, do lado de fora uma mesa com um belo vazo nele vários livros desenhados.
Cada degrau que eu descia, meu corpo pesava mais, a cada centímetro que meus dedos escorregavam pelo corrimão meu peito apertava mais. Quando cheguei na parte de baixo da casa vi meus 2 tios e 2 tias, todos olhando uns para os outros sem expressar nenhuma reação, como um bando de urubus que esperam a carniça apodrecer para comer! Todos esperavam o tabelião chegar para a leitura do testamento. O enterro do meu avô apenas eu estava lá. Estranhamente ele foi enterrado no quintal de casa pois ele pediu isso. O tabelião chega, ele pede a todos que se sentassem para que assim, ditar o testamento de meu avô.
- Muito bem, todos sentados que irei começar! – Colocando sua grande pasta em cima da mesa, ele começa a explicar – Primeiro gostaria de me apresentar, sou Gregore Ahamrin, o pai de vocês me contratou para ditar suas últimas palavras, assim como ditas por ele próprio. Então sem mais delongas... – ele começa a retirar as folhas de sua pasta.
Olhando para cada um naquela sala, vejo muitos que nem sabia que existiam, e outros que nem esperava que estivessem aqui nesse momento. Tios que o vovô nunca havia me contado que existiam, mais não fico bravo com isso afinal nesses anos que o vovô cuida de mim nenhum deles veio o visitar ou ele os visitar então acredito que nenhum se importe.
- “Ao meu filho Algusst...” – O tio Algusst era gordo e careca, tinha uma feição tão grotesca quanto um porco humano! – “Deixo a você meu grande agradecimento por ter saído de casa sedo e esquecido seu velho e fraco pai, pois sei que ao ir embora você conseguiu se tornar um homem grande e maduro...”
- Grande como um porco e maduro como uma fruta podre! – cochicha comigo o tio Mephist, admito que quase soltei uma gargalhada se não fossem os acontecimentos, mais estranhei, não conhecia esse lado dele, ele parecia... Feliz?
- QUE GRANDE BOSTA FOI ESSA QUE OUVI? ESTA DIZENDO QUE AQUELE VELHO GAGA NÃO DEIXOU NEM UM PEDASSO DE TERRA OU ESCRITURAS PARA MIM? BAHH... VIM PARA ESTA DROGA A TOA, DEVERIA TER CONTINUANO EM MINHA FABRICA! – O tio Algusst se levanta da mesa muito estreçado, parecia babar como um animal, pega seu casaco e sai pela porta, a chuva parecia que iria piorar.
- Bem bem... Alguém deveria fechar a porta que aquele gordo deixou aberta – Dizendo tia Bernnadeth, Olhando de lado para mim. Ela e a tia Lyra eram mulheres bem aparentadas, ambas se casaram jovem com filhos de grandes homens. Sempre viveram com muito dinheiro e criados.
- Vou feixar a... – Antes de terminar a frase o tio Mephist me interrompe, e com um olhar de fúria dia a Bernnadeth.
- Se lhe incômoda o frio e a chuva Bernadinha, vá até lá com suas próprias pernas e feixe a porta, ou pensa que a pequena Odheti é uma de suas criadas? – Nunca havia visto meu tio me proteger dessa forma, Estava sem entender o que estava acontecendo. Mesmo assim ele continua – Ela cuidou do pai enquanto você se deleitava em lucho. E aproveite e me traga um copo d’agua, minha garganta secou respirando o mesmo ar que vocês.
Nos olhos de minha tia, vi o puro ódio a olhar para Mephist, mesmo assim ela se levantou e feixou a porta, após, me perguntou:
- Odheti, minha criança, onde estão os copos? – Podia sentir a sede de sangue que ela estava ao conversar comigo.
– Estão na terceira porta de baixo da estante na cozinha. – Ela se vira e vai até a cozinha.
- Muito bem, continuando... – diz o tabelião – “As minhas gêmeas Lyra e Bernnadeth, cujas vidas foram tiradas de mim pelas fortunas e joias de seus maridos, deixo a vocês dois objetos para que se lembrem das suas origens, talheres! Os mesmos que vocês jogaram no lixo quando saíram atrás de seus maridos.” – Tia Bernnadeth retorna da cozinha, ao ouvir aquilo ela joga a agua no chão e diz.
- Aquele velho louco, Mephist se quiser água vá pegar você mesmo, vou embora dessa casa. – O talher dela fica sobre a mesa junto com a da tia Lyra, ambas são colheres de ferro um pouco enferrujada.
- Espere Bernnadeth. – diz tia Lyra. – Eu irei com você. – Ambas saem pela porta, deixando apenas eu, o tabelião e o tio Mephist a mesa.
- Tio Mephist, irei buscar sua água.
- Não precisa minha jovem, o ar ficou mais puro agora. Sente-se e vamos ouvir as últimas palavras de seu avô. – Olhando para mim com olhos calmos. Estranhamente meu coração acelerou naquele momento, sentir-me confortável, como se fosse natural estar ali do lado do meu tio.
- Muito bem, continuando a leitura do testamento: “A meu filho Mephist, o único que veio me visitar por própria vontade, o único que veio conhecer sua sobrinha, deixo as joias da família. Assim como o próprio me pediu.” – ele abre mais uma vez sua maleta e entrega ao tio uma caixa pequena, deveria ter uns quinze centímetros de comprimento.
O olhos do tio Mephist brilharam, ele abriu a caixa e logo após a feixou denovo perguntando ao tabelião: - Apenas essas? – diz ele como se estivesse atrás de algo em particular.
- Sim, da forma que me foi entregue está sendo entregue a ti. – Me lembrei do anel que meu avô havia me entregado, mais fiquei calada. Pois era a única lembrança que eu possua dele e não iria entregar pra ninguém.
- Aquele velho... – Ele olha para mim, dessa vez sinto um calafrio em minha espinha. – Acho que é isso então, pode ficar com elas minha jovem, parece que o que eu procurava não está aqui. – ele se levanta e vai em direção a porta. Coloca sua mão na maçaneta e antes de abri-la pergunta: - e meu irmão Addy? Papai deixou algo para ele?
- Não, agora apenas para a jovem Odheti, ele deixou todo resto para ela! Só que ela terá encontrar um tutor dentro de dez dias para assumi-la, pois não tem idade legal para responder por si mesma.
- Entendo... – Ele olha para mim com um olhar de charme. – Minha querida, se precisar de um tutor peça a uma carroça para leva-la até minha casa, eu ficaria honrado em tê-la em minha casa. – ele se vira e sair.
- Odheti, agora que só estamos os dois aqui, seu avô me pediu para entrega-la isso apenas quando estivéssemos a sós. – ele puxa uma pequena chave de seu bolso, era pequena como a chave de uma caixinha de música. – Ele falou para você ler os diários dele. E para tomar cuidado com todos os seus tios! Principalmente Mephist. Bem tenho que ir, tenha uma ótima noite. – ele pega suas coisas e se levanta.
- Obrigado senhor Gregore. – acompanho até a porta. – Que os céus o protejam em toda sua volta. – ele me olha com um olhar de pena, e responde:
- Obrigado Odheti, e tome cuidado daqui para frente.
Feixo a porta e olho a pequena chave que está na minha mão pensando apenas o que ela abriria... Caminhei ate o quarto do meu avô, me deitei na cama, abraçando seu travesseiro eu comecei a chorar. Enquanto sentia o cheiro do vovô no travesseiro eu adormeci eu só esperava acordar e tudo aquilo não passar de um sonho ruim.


Notas Finais


Gostaria que vocês leiam meu texto e me digam o que acham. Muito obrigado por lerem "o segredo das dívidas passadas".


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