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História O segredo de Molly Hooper - Um


Escrita por: JaneDi

Notas do Autor


E se a quarta temporada fosse escrita por uma garota de 25 anos, que anda muito estressada pelo seu mestrado, ainda assiste desenhos animados e lê muitos romances?
Provavelmente não seria da BBC, no máximo um seriado das madrugadas do GNT ou mesmo do Lifetime, estrelado por atores mexicanos (nada contra, Gabriela Spanic é uma diva!).

Sherlock/Molly UA bem humorado :D

Capítulo 1 - Um


 

Isso. É. Terrível. E nojento.

Ela pensou ao empurrar toda a porcaria de comida estragada misturada com fluidos que ela tinha quase certeza (95%) que se tratava de alguma coisa inadequada para o consumo humano.

Mais ela ia se livrar daquilo. Imediatamente. Perigoso ao extremo.

“Molly Hooper” A voz grave reverberou em toda a sua potência e arrogância. Pontuada com um aviso sólido e ameaçador que apenas um certo detetive consultor poderia dar “não ouse mexer em meus experimentos” ele disse.

Molly se voltou para ele. O arrogante estava em toda a sua glória desarrumada: vestindo seu roupão azul Royal que caia displicente sobre um conjunto desgastado de camisa e calças de moletom.

Descalço.

Os cachos bagunçados e caindo sobre um par de olhos bastantes enfurecidos.

“Essa geladeira se destina a alimentos Sherlock! Eu quase engasguei com uma solução de acetato agora a pouco, pensando que fosse leite! ” Ela disse apontando para a garrafa que já se encontrava em cima da mesa “eu não vou tolerar isso! ” Ela pontuou decidida.

Ele frisou as sobrancelhas e sua postura aumentou alguns centímetros. Como se isso fizesse sentido.

“Devo lembrar que esta é a minha casa? ” Ele disse não totalmente baixo.

“oh! ” Molly pontuou, cruzando os braços sobre o peito “devo lembrar que eu estou sendo forçada a viver aqui?!” E então ela deu um passo em sua direção.

Sherlock crispou os lábios perfeitos “Há alguém por ai brincando de ser o novo Moriarty Molly, e isso põe qualquer pessoa relacionada comigo em peri..”’

“Perigo! ” Ela completou com raiva. “Eu sei, afinal foi sob essa ameaça que fui trazida para cá” ela jogou os braços ao redor, “sem o meu consentimento! ” Destacou enfurecida.

Sim, houve um tempo em que morar com Sherlock Holmes, o único Detetive Consultor do Mundo ® era seu sonho de consumo.

Era. No pretérito.

Mas depois de quatro anos de amor unilateral e uma morte falsificada, as coisas mudaram um pouco. Totalmente para a esquerda agora.

E por mais que as pessoas em geral ainda a olhavam com pena, como se ela estivesse totalmente apaixonada por Sherlock, Molly sabia que agora eles eram apenas bons amigos, onde ela estava feliz em manter uma distância saudável do homem, apenas o ajudando com coisas básicas sabe? Coisas como fornecer globos oculares e línguas para experimentos ou mesmo fazer testes ocasionais em sua urina para a identificação ou não de substancias entorpecentes ilegais.

Assim, ela o tinha superado. E teve mesmo relacionamentos amorosos para comprovar o fato.

Tudo bem, foram apenas dois.

E um deles era apenas o único Consultor Criminal do Mundo® e megalomaníaco psicopata. Mas ela que deu o fim ao relacionamento, só para deixar claro.

E houve Tom! Seu noivo (ex).

Ninguém pode falar mal de Tom. Não há nada no histórico dele que mostre um desvio de caráter duvidoso e ela pesquisou. Mesmo no seu tempo de escola ele era um aluno exemplar, nunca havia sido mandado para fora de aula por conversar ou por desenhar flores ao invés de prestar atenção na aula de geografia (esse último foi Molly aos 12 anos~~~viram, ela não é tão ‘boazinha’ quanto as pessoas falam).

Então Tom passou no teste de normalidade e civilidade. Um perfeito homem inglês que nunca ultrapassou o sinal vermelho, pagava os seus impostos em dia e tomava seu chá diariamente às cinco horas da tarde em ponto.

Agora vamos deixar de lado o fato que Molly TAMBÉM deu fim ao relacionamento. Ela não quer se deter sobre certos assuntos.

De toda forma, ela era uma mulher adulta e saudável que mantinha uma amizade sincera com um sociopata de alto funcionamento.

Ou pelo menos isso foi até ela ser arrastada em um domingo à tarde por três seguranças do MI5 junto ao lustroso carro preto, onde ela foi informada, por um não tão feliz Mycroft Holmes que algum maníaco psicótico estava tentando se passar por James Moriarty, (Jim do TI, para os íntimos). Nesse caso, devido a sua ligação com o pequeno incidente de dois anos antes, Molly poderia muito bem estar na mira de algum possível atentado.

Realmente agradável.

Ela questionou. Bateu o pé. Gritou.

Foi um pouco humilhante de fato.

“Por que você simplesmente não destaca alguns seguranças para o meu apartamento ou mesmo instala algumas câmeras ao redor como você fez em Barts? (Não ouse nega Mycroft, eu sei que você vigia o laboratório e o necrotério!) ” Ela tinha exigido na ocasião.

O Holmes mais velho apenas lhe lançou um olhar presunçoso e sem um pingo de simpatia, “você deve imaginar que o governo britânico possui recursos ilimitados não é mesmo senhorita Hooper?” Ele perguntou, “sinto informar que não, nesse caso, sua proteção será relegada a mesma que fornecemos para o endereço do meu pequeno irmão e de sua senhoria, assim, pode passar sua mala, hum... cor de laranja para um dos meus agentes, por favor? ”

Forçada então a deixar seu pequeno, porém bem decorado (não importa o que Sherlock diga sobre seu papel de parede florido) apartamento, ela foi estabelecida no antigo quarto de John Watson no endereço 221B, da rua Baek.

E ela levou Toby, que atualmente era seu único consolo nessa nova realidade. Tirando, claro, os deliciosos bolos de aveia da senhora Hudson.

O que era apenas para ser um dia ou dois (Sherlock havia dito que era apenas um caso de nota 5), já durava uma semana.

E ela estava indo a loucura.

Sherlock não tinha horários humanos. Não tinha rotinas. Não mantinha o mínimo de limpeza no ambiente e a cozinha era um centro de envenenamento constante!

“Se vamos conviver por algum tempo você deve manter esse apartamento limpo Sherlock” ela gritou para ele, “Toby poderia morrer se por acaso eu desse isso para ele” Molly apontou.

“Não seja dramática Molly, seu animal no mínimo teria um problema intestinal, realmente” ele praticamente cuspiu a palavra. Oh, isso era a outra coisa.

Sherlock e Toby.

Ou melhor, o ódio entre Sherlock e Toby.

Os dois realmente não se davam bem e o detetive ainda insistia que ele deveria ser dado para a adoção (Molly, que não gostava de usar de violência, quase o bateu pela sugestão).

“Você.... Você é impossível Sherlock! Hurg!” Ela jogou as mãos para o céu e passou por ele em direção ao seu quarto, mirando no caminho a parede em cima do sofá completamente recheada de fotos, reportagens e números que poderiam indicar esse novo criminoso que estava usando a persona de Moriarty. Molly desejava, com todo seu coração, que tal mistério fosse resolvido naquele momento.

Se jogando na cama, as mãos cobrindo o rosto, tudo o que ela queria era voltar no tempo quando uma forte preocupação não tomava cada minuto do seu dia.

Ela não queria morar com Sherlock.

Na verdade, manter uma certa distância era o ideal no momento.

Respirando fundo e tentando se acalmar, disse a si mesma que aquilo logo iria passar.

Mirando no teto com algumas teias de aranha, pôs ambas as mãos sobre seu estômago de forma leve.

Ainda estava plano e liso. Isso era bom.

“Tudo bem meu bebezinho, nós vamos sair dessa” ela sussurrou no silêncio da manhã.



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